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domingo, 13 de abril de 2014

Carmelita Pires do PUSD: Proposta para o país.

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Ordem & Organização

Damos hoje início a uma série de artigos apresentando os slogans do PUSD, palavras de ordem, que serão recorrentemente utilizados durante esta campanha.

Ordem é o contrário de desordem. Organização é o contrário de desorganização. A sociedade guineense tem sido corroída por poderosas forças dissolventes, encontrando-se hoje a um passo do abismo: estamos numa encruzilhada decisiva para a nossa existência coletiva. Pelo que já pude constatar, pelos dias de campanha já cumpridos, sente-se um imenso desejo de coisas tão simples como o senso comum, que nos leva a preferir a preferir o bom ao mau, o belo ao feio, o digno ao indigno.

Este país bateu no chão. E não digo isto com um espírito derrotista. Pelo contrário, cresce em mim a esperança. Embora possa parecer paradoxal, atrevo-me a dizer: «_Ainda bem!». Estamos finalmente entregues a nós próprios, rotos e nus, com toda a dor de alma que isso comporta, como matriotas que somos (perdoem o neologismo, o corretor ortográfico está-me a assinalar erro, mas foi isso mesmo que quis dizer). Não o digo pela negativa; digo-o pela positiva, com a esperança de que esta catarse nos sirva pa lantanda nô terra. Digo-o com fé num novo devir, como um(a) escritor(a) frente à página em branco da qual surgirá a sua obra-prima.

Quando seremos capazes de parar de nos desculpar? De encolher os ombros, com vergonha, acompanhando o gesto com um eterno «coisas nossas» por entre os dentes? Quando poderemos dizer a mesma coisa, esse «coisas nossas», com uma ponta de orgulho? Será preciso acabar com a hipocrisia, a todos os níveis, de um Estado que se encontra claramente descredibilizado. A ausência funcional desse Estado poderá até ser uma vantagem, se assumirmos essa viragem brusca; trata-se de recomeçar do nada (ou quase), mas em bases sólidas de ordem e organização, pois esses são os alicerces da estabilidade.

O reordenamento e reorganização do Estado deve assentar na Lei, por isso defendemos uma nova Assembleia Constituinte, para elaborar uma nova constituição. Como sabem, defendo o presidencialismo, para evitar voltar a cair nos mesmos erros do passado. Mas defendo-o no âmbito dessa nova Constituição, graças ao primado da Lei; poderão alguns objetar que dar mais poderes ao Presidente pode favorecer os abusos de poder pela parte deste e arriscarmos a ter um ditador em vez de um Presidente. Pois defendo que essas preocupações fiquem acauteladas na mesma forma de Lei constitucional: definam-se bem as condições para o impeachment, que permitirá destituir o Presidente em caso de flagrante quebra de legitimidade ou de confiança política por parte da Nação. Mas tudo sempre no respeito pela ordem e legalidade. O Estado tem de dar o exemplo e tornar-se uma «pessoa de bem».

Defendemos um Estado confiável, cumpridor das obrigações e compromissos, tanto internos como externos. Vamos mostrar aqueles que nos apontam como «Estado Falhado» ou como «Narco-Estado» o quão profundamente se enganaram. Esta é também uma questão geracional: aqueles que beneficiaram de um momento particular e generoso da nossa História, que nos abriu o caminho enquanto Nação e foram educados nos primeiros anos da independência têm uma enorme dívida e responsabilidade perante o país. Aqueles a quem Amílcar Cabral chamava as «flores da nossa luta» sabem o que isso quer dizer: encabeçados por Paulo Gomes, «presentes» neste momento crítico, dispostos a saldar essa dívida, e a inspirar, pelo seu exemplo e abnegação muitas(os) mais matriotas e patriotas na Diáspora.

Defendemos um pacto de regime, a assinar num novo contexto de legitimidade, estabelecendo, num vasto consenso, regras mínimas de boa governança. Será o PUSD a dar o exemplo, caso vença as eleições: mesmo nos pequenos partidos, há gente competente, bem intencionada e tão inconformada quanto nós. O nosso governo vai ser uma surpresa, com gente de vários quadrantes políticos e geográficos.

Responsabilidade & Rigor

Responsabilidade vem do latim respondere. Responsabilidade implica que o sujeito responde por aquilo por que é responsável. Merece um elogio, se tudo correr bem; merece uma chamada de atenção, se nem tudo correr bem, para que para a próxima possa fazer melhor; merece reflexão, se tudo correr de forma desastrosa. A falta de uma cultura de rigor, a condescendência para com a irresponsabilidade, em nada ajudam ao desenvolvimento da sociedade, ao corromper a confiança depositada nos seus atores.

É uma questão de mentalidade, com a qual é preciso lidar. Em primeiro lugar, o Estado tem de dar o exemplo. É necessária uma cultura de responsabilidade e rigor a todos os níveis, em termos de governação, para evitar desperdícios e aproveitar ao máximo os parcos recursos de que podemos, para já, dispor. E essa prova de responsabilidade deveria começar pelo discurso eleitoral. Tal como afirmei ontem no CCF, custa-me estar a debater panfletos propondo tudo para todos, Educação, Saúde, Justiça, etc...

Tudo isso é muito bonito, são coisas com que todos vamos concordar, mas estamos a desvirtuar o debate. Para isso, mais vale juntarmos todos à mesma mesa e, com ordem, tratarmos da organização necessária para que isso seja uma realidade. Com responsabilidade e rigor. Sem fingimentos. Frontalmente. Olhando com olhos de ver, colocando o dedo na ferida, insistindo, teimando, nunca desistindo, enquanto não atingirmos os objectivos que previamente traçarmos, com base num comum acordo.

Temos de evoluir. Abandonar os maus princípios. E teremos de encontrar em nós próprios, na diversidade da nossa identidade coletiva, a força anímica necessária para essa revolução mental pa lantanda nô terra. Devemos ponderar e ajuizar dos imensos ganhos sociais, que uma iniciativa dessas acarretaria, por pequenos que fossem os ganhos que fossemos conquistando e consolidando: seriam nossos. E viriam aumentar a auto-estima do guineense, a nossa auto-confiança enquanto nação.

Um bom exemplo de responsabilização, é o caso do Governo de Timor-Leste. O Governo definiu muito bem as competências e responsabilidade de cada membro do Governo, publicando-as na internet, com os respetivos contatos. Propomo-nos ir mais longe. Reorganizar o Estado desde a raiz, numa filosofia on-line, de transparência total de todos os seus actos. Em vez do primeiro narco-estado, passaríamos a ser o primeiro ciber-estado. Talvez o nosso atraso possa mesmo tornar-se uma vantagem!

Efetivamente, a tecnologia hoje é relativamente barata. Enquanto os países mais avançados têm de arrastar com o peso histórico e burocrático da administração, nós podemos começar do zero, sem vícios, pensar e fazer as coisas bem feitas. E temos vários recursos reflexivos sobre o país que podem ajudar nesse projeto, desde sites a blogs. Investidos no papel de «watch dogs», vamos pedir-lhes que continuem a interessar-se pela Guiné-Bissau, que denunciem todas as situações menos claras ou suspeitas.

O que propomos, para além de uma campanha de moralização do Estado, baseada na exigência de responsabilidade e rigor, é um estado de auditoria permanente, no qual a informação, o feed-back das nossas políticas esteja disponível o mais rapidamente possível, de preferência imediatamente, para facilitar a tomada de decisão quanto a medidas corretivas. Não bastam boas intenções, é necessário um rigoroso acompanhamento de consistência e não fechar os olhos aos erros.

Neste âmbito, promoveremos a criação de um Gabinete, na dependência direta da Primeira-Ministra, encarregue de verificar que todas as responsabilidades estão bem definidas quanto aos cargos do Estado, que não há sobreposições ou conflitos, bem como apurar com rigor responsabilidades no seu exercício, nomeadamente combatendo a corrupção, propondo medidas paliativas à Primeira-Ministra, incluindo a destituição, nos casos em que se justifique, ou a promoção.

Quem não tem nada a esconder, não teme. Esse é o princípio da boa-fé. Por isso defendemos um estado que se possa ver à transparência. Essa é uma responsabilidade que assumimos. Ser rigorosos(as), recusar chamar vaca a um boi, apenas por conveniência momentânea... Temos todos de aprender a ser inconvenientes, quanto temos a razão e a verdade do nosso lado. Não condescender, não aceitar, fincar o pé. Vamos acabar com a corrupção, com a falta de responsabilidade e de rigor.

Muitos, quando se fala em responsabilidade, só vêm o lado que lhes convém: o estatuto que dá o cargo de Deputado ou de Ministro, por exemplo (para além do dinheiro). Não queremos Deputados ou Governantes desses. Queremos pessoas responsáveis, dispostas a colocar a mão na massa, prontas a aceitar trabalhar em péssimas condições, imbuídas de espírito de sacrifício em prol do bem comum e não motivadas apenas pela sua ganância individual. Precisamos de uma chicotada psicológica!

Competência & Consistência

Apresentamos hoje o último par de palavras de ordem, slogans que escolhemos para esta campanha eleitoral, traduzindo as grandes linhas de força desta nossa / vossa candidatura à liderança do governo.

Capacidade: qualidade de quem está apto a fazer determinada coisa, a compreendê-la. Defendemos que quem é chamado(a) a servir o Estado, em qualquer área, tem de ter capacidade para desempenhar a sua função. Porque sem capacidade, não pode haver competência. Capacidade é a competência em potência. Portanto, defendemos uma avaliação criteriosa de todos os funcionários públicos. A primeira coisa que vou fazer, como Primeira-Ministra, será um diagnóstico global do papel do Estado.

Vou pedir a cada funcionário para se sentar, com um pedaço de papel, e escrever qual é, na sua opinião, a sua função. Seguidamente, que descreva a sua rotina semanal, com ênfase na semana corrente. Compilaremos toda essa informação e iremos confrontar essa perspetiva, esse olhar de dentro, com uma avaliação externa, ou seja, as mesmas funções, mas vistas de fora, por um Gabinete estatal na minha dependência direta, como já avancei noutro artigo deste blog da campanha.

Agradeço ao Filomeno Pina o seu valioso contributo, em artigo recente, para essa reflexão, que me permitirá melhorar a ideia. Posso mesmo avançar que já tenho a pessoa certa para essa função, que será anunciada em tempo oportuno.

Defendo pois que as pessoas que trabalham no Estado, que pretendemos levar por diante, têm de ser capazes. O Governo, cuja proposta de constituição acabo de apresentar, é um Governo de pessoas capacitadas por uma boa formação e longa experiência. O que não quer forçosamente dizer que sejam competentes para o cargo para o qual os(as) escolhi. Porque não basta o ser capaz, é preciso esforço, dedicação, abnegação e até, por vezes sacrifício.

Evitei, ao longo desta campanha eleitoral, fazer promessas populistas, como ouvi alguns colegas a fazer. Eu não prometo um mar de rosas para amanhã, quero deixar isso bem claro. Partindo quase do zero, não podemos esperar acordar no Paraíso no dia seguinte às eleições. Ocorrem-me as palavras de Winston Churchill, no seu famoso discurso na rádio na tomada de posse como Primeiro-Ministro de um Gabinete de Guerra: «Nada mais tenho para vos propor senão sangue, suor e lágrimas».

Por isso, não exijo apenas capacidade, mas também competência, na prática do dia a dia, na lide com as dificuldades. Mas, mesmo isso, não me bastará. Vou exigir consistência, ou seja ver traduzida em eficácia essa competência. Não temos mais tempo a perder na rampança que se segue, depois destas eleições, que é a do desenvolvimento, da sustentabilidade, mas também um desafio cultural e identitário, de conservarmos a maravilhosa diversidade do nosso povo e do nosso território.

Peço-vos que parem um pouco para pensar nas várias propostas que ouviram ao longo desta campanha eleitoral e não se deixem embalar com músicas e discursos pouco consistentes.

Apelo a todos e a todas, eleitores e eleitoras, mon ku mon, para irmos votar na maior das calmas, depois de um dia de reflexão.

Pa lantanda nô terra!

Dia de eleições na Guiné-Bissau.

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Dois anos e um dia depois do último golpe de Estado, a Guiné-Bissau escolhe hoje um Presidente e um Parlamento. A ONU perdeu a paciência e, desta vez, quer resultados: uma votação tranquila, após uma campanha que no geral se fez sem sobressaltos, e uma cúpula militar que aceite os resultados da eleição.
As Nações Unidas já tinham feito saber que, caso as eleições corressem mal - depois de terem sido sucessivamente adiadas -, “sanções selectivas” seriam impostas àqueles que se colocassem no caminho da estabilidade do país: a torneira dos dinheiros internacionais pode fechar-se, o que se traduz em perda de poder. E ainda avisou que os militares sofreriam consequências caso “interferissem com o processo eleitoral ou o resultado da votação”.
Ao SOL, fonte de uma organização internacional no terreno explicou que no geral a população está “muito descrente”. “Aqui, há duas realidades: os políticos, que são tidos como corruptos, e os militares, que são os druglords. E há a população que, apesar de viver num país disfuncional onde há meses não se pagam salários e não se tomam decisões, já fica contente se tiver dinheiro para uma cervejinha e uma festa. Mas o problema não é haver ou não eleições: é o que acontece depois. Isso sim, é uma incógnita”.
Dos 1,6 milhões de guineenses, foram recenseados 95% dos eleitores previstos - 772.924, dos quais 20.107 estão na diáspora. Na quinta-feira, cerca de dois mil militares e membros das forças de segurança, mobilizados para o dia das eleições, já puderam votar antecipadamente.
O ex-ministro das Finanças José Mário Vaz (PAIGC), o empresário Abel Incada (PRS) e o independente Paulo Gomes são tidos como os mais fortes dos 13 candidatos a Presidente. O último “está a ganhar muita força entre as camadas mais jovens”. Se nenhum obtiver maioria absoluta à primeira volta, será necessário regressar às urnas com os dois mais votados. Às legislativas apresentam-se 15 partidos, que disputam 102 lugares.
Talvez um dos momentos mais susceptíveis da campanha tenha sido a morte, na semana passada, do ex-Presidente Kumba Ialá, que também era candidato em 2012, quando se deu o golpe de Estado. Mas passados os três dias de luto, a luta pelos votos continuou: “As pessoas saem à rua em carros quase alegóricos, contratam miúdos para vestir camisolas, atirar flyers a gritar, cantar e dançar. Todos os partidos têm festas e bares”, relata a mesma fonte ao SOL.
Entre as maiores expectativas que recaem sobre o próximo Chefe do Estado guineense estão as capacidades para anular a influência dos militares no poder político e de combater o tráfico de droga. A Guiné-Bissau é uma plataforma para o narcotráfico entre a América do Sul e a Europa. E é ainda o país onde, desde 1980, se sucederam meia-dúzia de golpes e de tentativas de golpe de Estado. Até hoje, nunca uma legislatura presidencial se concluiu.

# ana.c.camara@sol.pt

Eleições gerais na Guiné-Bissau com participação recorde.

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Cerca de 775.508 cidadãos guineenses foram chamados à urnas neste domingo (13.04) para escolherem um novo presidente e elegerem os 102 deputados da Assembleia NacionalPopular.



Como previsto, as urnas fecharam às 17 horas u.t.c nas eleições gerais deste domingo (13.04) na Guiné-Bissau que decorreram sem incidentes, de acordo com várias fontes ligadas ao processo eleitoral.

Também e de acordo com fontes das diferentes missões de observação eleitoral no país, tanto na capital como no interior foram detetados apenas pequenos problemas que não afetam a votação.

A CNE deverá apresentar os resultados definitivos das eleições dentro de uma semana.
Uma artéria movimentada da capital guineense, Bissau
Neste dia de votação, a cidade de Bissau, acordou por volta das 5 horas da manhã com as ruas cheias de pessoas que procuravam desesperadamente as suas assembleias de voto, como foi o caso de Bacar Mané. “Vim às cinco horas da manhã e fiquei à espera por um bom tempo para poder exercer o meu direito cívico. Foi difícil, mas consegui votar”.
Dados avançados pela Comissão Nacional de Eleições indicaram que a taxa de participaçãopoderá oscilar entre 60 a 70 por cento, uma das "mais significativas" na história do país. Foram 2.983 mesas de voto no território nacional, 28 na diáspora. Todas abriram por volta das 7h da manhã e fecharam as 17h tempo de Bissau.
Guineenses à espera de votar
Cada eleitor teve a oportunidade de preencher dois boletins de voto com 13 candidatos presidenciais e 15 partidos que concorreram para as legislativas, que mais tarde irão constituir a Assembleia Nacional Popular.
Uma imagem que terá marcado a votação dos guineenses, foi a do Chefe dos militares que há dois anos e um dia liderou o golpe militar. António Indjai deslocou-se na manhã deste domingo à mesa onde deveria votar vestido com trajes tradicionais dos muçulmanos, ou seja completamente de branco e soltou duas pombas brancas logo após ter introduzido o seu boletim de voto na urna. À imprensa, disse apenas PAZ, PAZ.
António Indjai, Chefe das Forças Armadas
Por seu turno,Serifo Nhamadjo, presidente de Transição, que cumpriu o dever cívico na sua residência privada no Bairro Militar em Bissau, pediu para que os candidatos aceitassem os resultados desta votação. “Aos partidos políticose aos candidatos apelo para que aceitem os resultados que serão anunciados pela CNE (Comissão Nacional de Eleições). Ganhe quem ganhar...mas devemos ser capazes de ultrapassar o atual momento na paz e tranquilidade”.
Wahl Guinea-Bissau 2014
Presidente Serifo Nhamadjo
Já os candidatos às eleições presidenciais proferiram quase todos os mesmos discursos e manifestaram-se confiantes na vitória. Paulo Gomes, candidato independente, fez questão de deixar claro que esta é uma oportunidade única para mudar o rumo do país. “O voto hoje foi um ato importante que servirá para mudar o rumo da Guiné-Bissau. Há uma consciência muito forte no seio da população guineense. Tudo está nas suas mãos e essa população compreendeu que esta é uma oportunidade única”.
Abel Incada, candidato do Partido da Renovação Social, disse aos jornalistas no local onde votou que os guineenses deveriam votar no candidato que vai promover a verdadeira reconciliação entre os guineenses. “As eleições significam mudanças e desta vez estamos a contar que o desenvolvimento da Guiné-Bissau arranque de uma vez para sempre”.
Por seu turno, José Mário Vaz, candidato do PAIGC às presidenciais, que votou no jardim Teresa Badinca, no bairro da Tchada, em Bissau, falou da estabilização do país, após essas eleições. “Precisamos estabilizar o país e a Guiné-Bissau só ficará estabilizada com a participação de todos os guineenses.
Também, Nuno Nabiam candidato independente a presidente da Guiné-Bissau, destacou que o país acaba de dar um passo importante rumo à mudança.
# dw.de

Brasil colabora com processo eleitoral na Guiné-Bissau.

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Apesar da ruptura das relações bilaterais após o golpe de Estado aplicado por forças militares após o primeiro turno das eleições de março de 2012, o Brasil presta cooperação técnica nas eleições presidenciais e legislativas que ocorrem neste domingo (13) na Guiné-Bissau. Uma missão formada por seis técnicos de diversas áreas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais trabalha no país desde fevereiro na organização da maior votação da história do país e que marcará a volta do regime democrático.

De acordo com o TSE, o objetivo da missão brasileira é contribuir na criação de um banco de dados de 775 mil eleitores cadastrados e auxiliar na formação de técnicos locais que possam processar as informações. Um grande recenseamento foi realizado no país entre dezembro de 2013 e fevereiro deste ano, elevando o número de eleitores registrados para mais de 180 mil, aumento de mais de 30% no número 593 mil aptos a votar em 2012.

O recenseamento gera otimismo em relação à legitimidade do resultado. Em entrevista à Rádio daAssembleia Geral das Nações Unidas (ONU), o embaixador Antonio Patriota, representante brasileiro junto ao órgão, disse que o recadastramento eleitoral é um “fator que ampliou o eleitorado e diminuiu a margem para fraudes e alegações de fraudes”. Pelo Brasil, Patriota assumiu, em janeiro, a presidência da Comissão de Consolidação da Paz da ONU e visitou a capital do país, Bissau, para iniciar o planejamentode ações estratégicas a serem desenvolvidas pela comissão após as eleições.

Durante a visita, o Brasil assinou termo de cessão de uso do Centro de Formação das Forças de Segurança de João Landim para o treinamento de policiais encarregados da segurança nas eleições. O centro, inaugurado pelo Brasil em 2011, em cooperação com a ONU, tem o objetivo de formar e capacitar pessoal das Forças Armadas da Guiné-Bissau, mas ainda não foi usado para esse fim em decorrência do golpe de Estado aplicado no ano seguinte.

As eleições presidenciais e legislativas da Guiné-Bissau estavam marcadas, originalmente, para o dia 24 e novembro de 2013, mas foi adiada duas vezes por razões financeiras e logísticas. Após o recenseamento e a doação de US$ 30 milhões por parte da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, do Timor Leste e da União Europeia, o pleito finalmente se realiza hoje. Cerca de 370 observadores internacionais estarão no país acompanhando as eleições, que contarão com 2.983 mesas de votação, sendo 28 em outros seis países, para guineenses residentes no Senegal, na Gâmbia, na Guiné-Conacri, em Cabo Verde, Portugal, na Espanha e França.

Segundo o TSE, desde 2004, já foram enviadas seis missões técnicas da Justiça Eleitoral brasileira para auxiliar a Guiné-Bissau em suas eleições. A cooperação não envolve, no entanto, cessão de equipamentos ou urnas eletrônicas. Em 2010, uma declaração conjunta do TSE e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foi assinada, prevendo a cooperação brasileira para o aprimoramento dos sistemas eleitorais nos países lusófonos.Brasil participa de eleições em Guiné-Bissau.
 
# correiobrasilense.com.br

Guiné-Bissau: Votos, na esperança de transformar a página dos golpes.

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Paulo Gomes, candidat à l'élection présidentielle en Guinée-Bissau, à Bissau, le 11 avril 2014.
Paulo Gomes candidato à eleição Presidencial na Guiné-Bissau, em Bissau, 13 de Abril@ AFP


Os Eleitores na Guiné-Bissau começaram neste domingo a votar em uma das eleições presidenciais e legislativas que eles esperam que vai virar a página dos golpes, a data do último foi há apenas dois anos.

Em uma escola em um bairro popular da capital Bissau transformada em urna para votação, muitos eleitores já estavam presentes na assembleias de voto que abriram às 0700 GMT e devem fechar a 1800 GMT.

Entre eles, uma mãe de 42 anos, Hawa Sonko diz que ela vai apenas " fazer um gesto simples, mas muito importante. Meu boletim de voto é como uma corda que vai ajudar o meu país a sair do buraco. A Guiné- Bissau sofre desde 2012 ".

Estas eleições em um país assolado pela violência política e militar e da pobreza, o que facilitou a sua transformação em um centro de tráfico de drogas na África Ocidental, deveria ter tido lugar um ano após o enésimo golpe ocorrido em 12 de abril de 2012, mas que foi várias vezes adiada.

O golpe de Estado liderado pelo chefe do Exército, o general Antonio Injai tinha interrompido a eleição geral entre as duas torres e que derrubou o regime do primeiro-ministro Carlos Gomes Junior.

Forte pressão de parceiros estrangeiros da Guiné-Bissau, em particular os seus vizinhos da África Ocidental, a fim de que as eleições fossem finalmente realizadas, finalmente se concretizou.

Mas o medo de novas derrapagens após a publicação dos resultados continua forte e os dois altos  responsáveis mais graduados da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO, que reúne 15 países) vieram a Bissau para dizer aos políticos e militares que não aceitariam isso.

13 candidatos presidenciais
Segundo Kadré Désiré Ouédraogo, presidente da Comissão da CEDEAO, que se reuniu no sábado com atores político e militar, disse que a mesma mensagem foi entregue a todos, inclusive aos militares : "A comunidade internacional os observa, é o que nós esperamos deles, que às eleições sejam transparentes e livres e, sobretudo, que respeitem os princípios da CEDEAO que será intransigente. "

Ele lembrou que um dos princípios básicos da organização regional é de "tolerância zero por uma ascensão não constitucional ao poder. "

Uma mensagem também tinha sido conduzida na sexta-feira por John Dramani Mahama, o Chefe de Estado do Gana e presidente da CEDEAO.

Derrubados pelo exército ou assassinados, raros foram os presidentes ou primeiros-ministros que terminaram os seus mandatos na Guiné-Bissau, ex-colônia Portuguesa tornou-se independente em 1974, depois de uma sangrenta guerra de libertação.

O autor do golpe de Estado de 2012, o general Antonio Injai, foi acusado no ano passado pelos Estados Unidos de complô de narco-terrorismo junto com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), o que ele contesta.

Treze candidatos estão concorrendo à presidência e cerca de 15 partidos às legislativas. Estes incluem José Mario Vaz e Abel Incada, que representam os dois principais partidos políticos do país: o Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde ( PAIGC ) e o Partido da Renovação Social (PRS) do ex-presidente Kumba Yala, que morreu na semana passada.

surpresa - Paulo Gomes?
Paulo Gomes, o independente e único no panorama político da Guiné-Bissau, até então amplamente dominado por caciques da guerra de independência contra Portugal, pode surpreender.

Ele é um economista de 50 anos, que passou a maior parte de sua vida no exterior, incluindo o Banco Mundial, em que ele liderou a seção SSA. Ele acredita que a sua experiência e as redes que ele faz parte podem ajudar a endireitar o seu país, que está entre os mais pobres do mundo. Mais de dois terços dos 1,6 milhões de Bissau guineenses estão vivendo abaixo da linha da pobreza.

Uma situação agravada pela suspensão da ajuda por parte da maioria dos parceiros internacionais - incluindo o principal , a União Europeia (UE). - Após o golpe de Estado em 2012, eles não reconhecem as autoridades de transição, nomeadas em seguida, com a aprovação do golpe.

Seja qual for o vencedor da eleição presidencial, ele terá de lidar com um legado militar todo-poderoso e inchado da guerra de independência que os diferentes regimes ao longo de 40 anos, em vão tentaram reformar.

A segurança da Eleição é fornecida pela Guiné-Bissau e os soldados da África Ocidental e a votação é monitorada por 550 observadores internacionais. A segunda rodada está prevista para 18 de maio se nenhum candidato vencer neste domingo.


# jeuneafrique

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