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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Cabo Verde à conquista de investimentos franceses

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Luís Filipe Tavares, ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde
Luís Filipe Tavares, ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde governo.cv
 
O ministro cabo-verdiano dos negócios estrangeiros, Luís Filipe Tavares, defendeu nesta quinta-feira em Paris a necessidade de atrair mais investidores franceses para o arquipélago. O chefe da diplomacia do arquipélago presidia na embaixada do seu país um Encontro com empresários e investidores franceses. 
 
Luís Filipe Tavares, ministro cabo-verdiano dos negócios estrangeiros, comunidades e defesa, salientou a importância de alguns investimentos gauleses já em curso no arquipélago.
E isto à luz também de um fórum realizado no ano passado e que se traduzira em promessas de investimentos de 800 milhões de euros.
Daí a realização deste evento para partilhar e ouvir os investidores acerca da forma como este processo está a decorrer, para melhor o agilizar.
O sector do turismo é um dos mais proeminentes. A França representa cerca de 10% dos cerca de 800 000 turistas que visitam anualmente o país, cifra comparável com a dos turistas portugueses, mas muito atrás dos 25% de turistas britânicos.
Os franceses concentram-se essencialmente nas ilhas de São Vicente, Santo Antão, Sal e Boavista, segundo o ministro cabo-verdiano.
Energias renováveis, serviços financeiros são outros dos sectores para, "transformar Cabo Verde numa grande plataforma de serviços no Atlântico", reforçou o governante.
O chefe da diplomacia da Cidade da Praia frisou ainda as questões logísticas também, "logística marítima e aeroportuária são aspectos fundamentais da nossa estratégia de desenvolvimento".
Tavares lembrou, nomeadamente, o projecto do "hub" da Ilha do Sal aproveitanto a encruzilhada do território entre vários continentes (africano, europeu e americano).
O governante lembrou ainda a sinergia de pontos de vista entre os dois países, dois países de tradição democrática e a presença de uma comunidade significativa de Cabo Verde em França, estimada na ordem dos 100 000 cidadãos, bem como a existência de uma Parceria especial com a União Europeia.
O ministro cabo-verdiano que não deixou de referir o facto de ele próprio ter feito a sua formação superior em França, afirmando sentir-se em casa quando visita este país europeu.

fonte: RFI

 

PORTUGAL: Bruno Fernandes teve mais uma noite de recordes e é o melhor marcador da Liga Europa. "Faça aquilo que mais gosto", diz.

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Bruno Fernandes leva 11 golos e oito assistências numa época que promete não ficar longe da melhor, a última, onde bateu vários recordes. Médio lidera marcadores da Liga Europa e bateu outro registo.

 “Ficar até ao fim da época? São coisas que não posso prometer, não sou eu que tenho a força para decidir isso ou não. Esta renovação nada tem a ver com uma eventual saída ou ficar aqui, nunca foi isso que esteve em jogo. Esta renovação tem vindo a ser negociada há algum tempo mas só agora aconteceu. Estou feliz, é um sinal de reconhecimento do meu trabalho e dá-me mais vontade e obrigação de lutar e querer fazer mais, por mim e pela responsabilidade que o clube coloca em cima de mim”, destacou esta semana Bruno Fernandes.

Entre algumas “farpas” pelo que considera ser um excesso de ruído em torno do ordenado atualizados nos leões, o internacional português falou também do futuro. Um futuro que, com exibições como a que teve esta noite com o PSV, dificilmente passará muito mais tempo por Alvalade. E um futuro que, segundo o próprio, seria difícil repetir os números da última temporada: depois dos 16 golos e 20 assistências em 56 jogos em 2017/18, o número 8 pulverizou todos os recordes tornando-se o médio com mais golos numa só época na Europa (32, mais 18 passes decisivos em 53 partidas) mas já leva em 2019/20 11 golos e oito assistências… em 18 encontros.

“A equipa fez uma boa exibição, num grande jogo, com um ritmo alto. Tivemos muita bola, conseguindo segurar o jogo, às vezes com o desespero de querermos marcar e isso nem sempre é conseguido. Com essa posse de bola, desgastámos muito o PSV e logo ao intervalo já tínhamos um bom resultado”, destacou na zona de entrevistas rápidas da SIC Notícias. “Tem de ser sempre assim, pois é isto que o Sporting exige, a sua equipa técnica e os próprios jogadores. Mesmo não ganhemos, trabalhamos sempre para fazer mais e melhor”, acrescentou. 

fonte: observador.pt 

PORTUGAL: Bruno e os melhores 775 euros que um clube pode gastar para ficar cem palavras (a crónica do Sporting-PSV)

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Bruno Fernandes renovou contrato e falou-se de números. Do salário. De cláusulas. Mas há mais números, como os da goleada do Sporting ao PSV (4-0): em 127 jogos, marcou ou deu a marcar... 100 golos.

De um lado, Tiago Ilori. Do outro, Bruma. Recuando à temporada 2012/13, a pior de sempre do Sporting a nível de Campeonato (sétimo lugar, ficando pela segunda vez na história fora das competições europeias), os então jovens da formação leonina foram duas das poucas boas notícias de uma época atribulada com eleições pelo meio, tendo sido lançados por necessidade na equipa principal mas tendo ficado por mérito entre os melhores. No final, ambos forçaram a saída. Ilori assinou pelo Liverpool, onde não fez um único jogo na Premier League em quatro anos de ligação contratual, andou emprestado a Granada, Bordéus, Aston Villa e Reading, voltou a Alvalade. Bruma, que foi para o Galatasaray, esteve cedido ao Gaziantepspor e à Real Sociedad, parecia estar a crescer de vez no RB Leipzig mas perdeu brilho no PSV. A dupla arriscou e pouco petiscou. Mas também há exemplos contrários.
Nessa mesma época, Bruno Fernandes arriscou sair da formação do Boavista para uma aventura em Itália, onde se estrearia pelo Novara (curiosamente, jogando com Seferovic). Depois, entre Udinese e Sampdória, foi ganhando cabedal. Físico, tático, goleador. E sempre que era chamado à Seleção Sub-21, todos pensavam o que andava a fazer um jogador assim em solo transalpino sem nunca ter jogado na Primeira Liga. Por indicação de Jorge Jesus, o Sporting pagou 8,5 milhões de euros por 90% do passe do médio. Hoje, dois anos e meio depois, percebe-se que o agora capitão é o maior negócio da década do clube. E a renovação esta semana conta o resto.
Muito se falou do aumento salarial que Bruno Fernandes recebeu. E que é factual: mantendo a ligação contratual até 2023 e a cláusula de rescisão nos 100 milhões de euros, passou de 1,2 milhões líquidos por ano para dois milhões de euros limpos por ano (quatro milhões para o Sporting, contando com os restantes encargos). Mais: além de ter abdicado de cinco milhões de euros a que teria direito após a recusa de uma proposta do Tottenham acima dos 35 milhões, deixou cair essa alínea no novo vínculo. Mas há outros números que justificam o novo vencimento além da influência que tem na equipa. Em particular, dois. Em duas temporadas e meia em Alvalade, o jogador fez 10.969 em jogos oficiais, o que perfaz um total de 775 euros por minuto atendendo ao valor pago pelo seu passe (8,5 milhões). Em paralelo, e sendo um médio, leva um contributo direto em 100 golos marcados pelo Sporting nesse lapso de tempo, entre remates certeiros (59) e assistências (41). Esta noite, marcou dois e deu outros tantos a marcar, sendo a principal figura na goleada do conjunto verde e branco ao PSV (4-0).
 
Com Luís Maximiano a assumir a baliza em vez do lesionado Renan, naquela que foi a estreia mais nova desde Rui Patrício na posição, Silas trocou o recuperado Mathieu pelo condicionado Coates, voltou a ter à disposição Acuña para lateral e assinou de vez o certificado de redenção para Wendel, depois de ter estado afastado alguns encontros por motivos disciplinares (estando mesmo a treinar nos Sub-23). Na frente, jogaram Bolasie e Luiz Phellype em simultâneo, no apoio andou também Vietto. Mas foi o coletivo que mais se destacou em 45 minutos de sonho que deram a sétima vantagem leonina de três golos na Europa ao intervalo. E foi através desse coletivo transfigurado que mais brilhou aquele que salva o coletivo mesmo quando joga poucochinho: Bruno Fernandes.
O PSV, treinado por um antigo jogador que quando estava no ativo era conhecido por deixar marca nas equipas e também nos adversários (Van Bommel), deixou tudo menos marca em Alvalade. Aliás, à exceção de um período a meio da metade inicial em que conseguiu ligar algumas transições, nunca passou da mediania perante o acumular de erros defensivos e de posicionamentos que deu à mobilidade leonina na frente o espaço para se destacar. Bruno Fernandes, no seguimento de uma jogada pela direita, ganhou espaço no corredor central, tentou um primeiro remate mas Unnerstall defendeu bem para canto (7′). Dois minutos depois, num lance com tanto de simples como de eficaz, nada conseguiu fazer: lançamento lateral de Acuña na esquerda, cruzamento de primeira do capitão verde e branco e desvio de cabeça de Luiz Phellype ao primeiro poste a inaugurar o marcador (9′).

fonte: observador.pt

 
 

Guiné-Bissau: Demissão de Aristides Gomes "custou reeleição" a Jomav

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 O chefe de Estado cessante reconhece os resultados eleitorais publicados pela CNE, diz que está de "consciência tranquila" e afirma que não foi reeleito por ter demitido o primeiro-ministro.
Guinea-Bissau Jose Mario Vaz (Getty Images/AFP/Seyllou)
  José Mário Vaz

O Presidente José Mário Vaz, que concorreu à sua sucessão nas eleições presidenciais de domingo, na Guiné-Bissau, reconheceu os resultados eleitorais publicados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e prometeu continuar a servir o seu país.
Foi na sua sede de campanha, na capital guineense, perante os seus apoiantes, esta quinta-feira (28.11), que José Mário Vaz reconheceu os resultados eleitorais que o colocaram na quarta posição, impossibilitando assim a sua reeleição ao mais alto cargo da nação.
Visivelmente abatido, sem permitir questões por parte dos jornalistas, Jomav fez um balanço positivo dos seus cinco anos de mandato, para depois afirmar que, apesar das irregularidades verificadas no processo eleitoral, aceita os resultados para pacificar a sociedade.
"O poder é do povo e este entendeu que chegou a hora de colocar nesta cadeira um outro cidadão que conduzirá os destinos do país nos próximos cinco anos. Eu vou continuar a servir o meu país, o meu povo, no setor privado, de onde eu tinha saído", sublinhou.
Demissão do PM impediu reeleição
Ouvir o áudio 02:34

Guiné-Bissau: Demissão do PM "custou reeleição" a Jomav

O Presidente cessante disse ainda que não foi reeleito por ter demitido o primeiro-ministro Aristides Gomes, em cumprimento da Constituição que "obriga à demissão" do Governo quando há formação de uma nova maioria. "Foi isso que me custou a reeleição como Presidente da República", afirmou José Mário Vaz.
"Num atentado à nossa soberania, a CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] foi ludibriada a fim de ditar limitações ilegais ao mandato do chefe de Estado, apesar da lei eleitoral da Guiné-Bissau ser clara e inequívoca ao estabelecer que o mandato termina com a realização de eleições, que se devem realizar entre os dias 23 de outubro e 25 de novembro", considera.
Segundo o Presidente cessante, a "comunidade de interesses" violou a Carta da Organização das Nações Unidas e "impediu o cumprimento do ditame constitucional que obriga à demissão do Governo minoritário quando a dinâmica constitucional dá lugar à formação de uma nova maioria, celebrada um mês antes das eleições" de domingo (reunindo o Madem, PRS e APU).
Na declaração, José Mário Vaz agradece também às forças de defesa e segurança pelo "comportamento republicano".
Um mandato inédito
"Ao transferir a faixa presidencial ao meu sucessor, facto inédito na Guiné-Bissau, ao fim de 46 anos, farei com orgulho, pois será o marco na democracia da Guiné-Bissau e eu sairei de cabeça erguida, com a missão cumprida e caminharei pelas ruas desta nossa terra, com a consciência tranquila", garantiu o Presidente cessante, que felicitou os dois candidatos que vão disputar a segunda voltaa 29 de dezembro: Domingos Simões Pereira, candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),  e Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15).
José Mário Vaz, primeiro Presidente guineense a completar os cinco anos no poder, na era da democracia, obteve nas eleições de domingo, de acordo com a CNE, 12, 41%, ficando na quarta posição, mas não conseguiu a reeleição.
O analista político Rui Landim, que considera justa a derrota de Jomav nas presidenciais, afirmou em entrevista à DW África que o Chefe de Estado cessante não deixa um bom legado: "Saiu com a missão de destruir o país, mas não com a missão de servir a Guiné-Bissau. A missão de servir a sua própria agenda, agenda pessoal, de enriquecer-se à custa do erário público, com programas e projetos fantasmagóricos".
Bild-Kombo Domingos Simões Pereira und Umaro Sissoco Embaló (DW/B. Darame)

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Guiné-Bissau: Vencedor da segunda volta depende de apoio dos derrotados

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 O vencedor da segunda volta das presidenciais guineenses vai depender de quem está em condições de reunir apoios de todos os candidatos derrotados na primeira volta, diz o analista político guineense Augusto Nhaga.
Guineenses serão chamados a votar outra vez a 29 de dezembro Guineenses serão chamados a votar outra vez a 29 de dezembro

O analista político guineense Augusto Nhaga considera que na política tudo é possível, mas não tem dúvidas de que Umaro Sissoco Embaló poderá beneficar de algum mal estar entre o engenheiro Domigos Simões Pereria e os dois candidatos derrotados, nomeadamente José Mário Vaz e Nuno Nabiam.
Em entrevista à DW África, Augusto Nhaga diz que os dois candidatos que vão disputar a segunda volta das presidenciais conhecem os seus pontos fracos e fortes porque eram membros do PAIGC, até 2015.
O analista diz ainda que eles têm estilos políticos muito diferentes: um mais ocidentalizado e outro mais africanizado. Nhaga refere ainda que os votos na Guiné-Bissau se caracterizam-se pela crença no candidato e no partido e não tanto pela mensagem que eles difundem.
DW África: O que distingue estes dois candidatos?
Augusto Nhaga (AN):  O que distingue estes dois candidatos é que um é um candidato mais próximo do estilo ocidental e o outro é mais africano, mais acessível ao cidadão comum. Portanto, a forma de fazer política dos dois candidatos é totalmente diferente. Acho que, tendo em conta a reação do eleitor guineense, como podemos constatar na publicação de resultados, um acaba sendo candidato mais votado nos centros urbanos e outro noutras regiões do país.

Umaro Sissoco Embaló Wahlen in Guinea Bissau Umaro Sissoco Embaló

DW África: Umaro Sissoco usa turbante. O que quer dizer isso?
AN: Pela justificação que Umaro apresenta ao eleitor guineense é distintivo, para se poder identificar. Porque como era a primeira vez que se apresentava como candidato às presidenciais, tinha que procurar algum sinal para facilitar os eleitores limitados em termos de leitura, para que possam reparar mais facilmente na sua imagem e na sua fotografia no boletim de voto. Isso não tem nada a ver com aquilo que as pessoas estão a dizer, que ele é um fundamentalista. Longe disso, ele justifica recorrentemente que a sua esposa é da religião cristã. Portanto, nada contra nenhuma pessoa que tenha uma religião diferente da dele. Ele não é representante dos radicais islâmicos como alguns pretendem veicular, que deve estar a ostentar símbolos de radicais islâmicos. Mas o candidato Umaro Sissoco Embaló refutou isso em várias ocasiões: que não é nada disso, é apenas distintivo e até exemplificou com Kumba Ialá, que também utilizava barrete vermelho na cabeça, que era também um distintivo da cultura de um grupo étnico da Guiné-Bissau.
DW África: As acusações mútuas foram muito bem audíveis. Umaro era acusado de ser financiado por potências árabes, obscuras. Domingos Simões Pereira chegou a ser acusado de ser financiado por dinheiro da droga. Como interpreta isto? Fazem sentido essas acusações?
AN: Não. Aaho que isso tem mais a ver com a falta da lei que define o financiamento dos partidos políticos ou candidatos aos processos eleitorais. Porque o nosso país ainda não tem uma lei sobre fontes de financiamento de uma forma clara e objetiva. Entretanto, cada um mobiliza fundos e nós todos ficamos na dúvida de saber de que fontes resulta esse financiamento, porque sabemos que as empresas, as multinacionais que financiam as candidaturas têm interesse em receber contrapartidas. Agora, que contrapartidas? Ninguém sabe, mesmo falando das eleições legislativas passadas.

Guinea-Bissau Ministerpräsident Domingos Simoes Pereira Domingos Simões Pereira

A lei eleitoral manda que os partidos concorrentes ou candidatos têm a obrigação de submeter relatórios financeiros à CNE, mas pelo que eu sei, apenas uma formação política apresentou um relatório financeiro para justificar. E no resto dos partidos ninguém se dignou a apresentar um relatório porque há uma dificuldade de justificar a origem dos fundos. Aí logo aparecem espculações. Então, não posso confirmar que Sissoco é financiado pelos radicais islâmicos e nem confirmar que Domingos Simões Pereria recebeu dinheiro de drogas para financiar campanha. Mas o que é verdade é que são muitos os fundos que ninguém sabe explicar a sua origem e, sendo assim, dá lugar a especulações.
DW África: Umaro é apoiado pelo MADEM G-15 e Domingos pelo PAIGC e, no fundo, os dois eram do PAIGC. Pode explicar o caminho de Umaro Sissoco?
AN: Não só ele, quase toda a direção do MADEM-G15 são militantes expulsos em 2015, quando se iniciou a crise política que o país viveu até este momento. Acho que Umaro Sissoco conhece muito bem a base política do PAIGC, como Domingos Simões Pereira também conhece. Cada um conhece o ponto forte e fraco do adversário. Umaro está hoje a liderar a oposição na caça ao voto para Presidente da República e Domingos Simões Pereira mantém a máquina do PAIGC para o acompanhar nesse embate. Então, o percurso é interessante e sabemos que as acusações feitas na campanha eleitoral são das pessoas que conhecem bem um e outro.
Ouvir o áudio 03:38

Simões Pereira e Sissoco Embaló dependem dos derrotados

DW África: Agora, quem tem mais hipóteses de ganhar e de que depende essa hipótese?
AN: Quem tem hipótese de ganhar vai ser certamente aquela pessoa que estará em condições de reunir apoios de todos os outros candidatos derrotados na primeira volta sobretudo quem vai contar com apoio do engenheiro Nuno Gomes Nabiam e de José Mário Vaz. Os eleitores guineenses acreditam muito no seu candidato ou no seu partido. Os votos cá na Guiné-Bissau não oscilam como voto do outro lado que depende das circunstâncias, que depende do resultado da confrontação e apresentação de uma mensagem clara. Os nossos eleitores acreditam mesmo na orientação dessa pessoa, não sendo ele concorrente, mas dando orientação que o nosso sentido de voto é para este. Então, toda aquela massa, toda aquela base que apoiou a candidatura desse indivíduo acaba por respeitar aquela orientação.
DW África: Mas é sabido que nem Jomav nem Nabiam têm grande respeito por Domingos e provavelmente terão algum ódio. Há indícios de que esses candidatos vão apoiar Sissoco?
AN: Não podemos afirmar porque na política tudo é possível, mas pelos vistos Umaro Sissoco Embaló poderá beneficiar de algum mal estar entre o engenheiro Domingos Simões Pereira e os dois candidatos derrotados isto é, se respeitaram o resultado da primeira volta acho que em termos superficiais podemos afirmar que Umaro Sissoco Embaló tem mais condições de dialogar com essa candidatura em detrimento de Domingos Simões Pereira, até porque na política tudo é possível. Podemos pensar desta forma, mas podemos chegar a um resultado contrário em que Domingos Simões Pereira pode beneficiar do apoio de uma ou outra candidatura derrotada na primeira volta.

fonte: DW Africa


Brasil: Tribunal mantém condenação de Lula e aumenta pena.

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Desembargadores que analisaram caso em 2ª instância desafiam entendimento do STF e rejeitam anular sentença do petista no caso do sítio de Atibaia. Pena ainda foi aumentada para 17 anos e um mês.
Brasilen Lula da Silva, ehemaliger Präsident (picture-alliance/Zuma Press/P. Lopes)
Lula foi condenado pela primeira vez por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio em fevereiro

Os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que analisaram o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do sítio de Atibaia mantiveram a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro nesta quarta-feira (27/11). A decisão foi unânime.
Os três desembargadores ainda decidiram aumentar a pena total do petista no caso, de 12 anos e 11 meses de prisão para 17 anos, um mês e dez dias. É a segunda vez que o TRF4 decide aumentar a pena de uma condenação do petista – a primeira havia sido no caso do tríplex.
Ao manterem a condenação e aumentarem a pena, os desembargadores rejeitaram uma série de argumentos da defesa de Lula para anular o caso. O principal deles se baseava em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do início de outubro, que estabeleceuque réus delatados devem apresentar suas alegações finaispor último em processos que incluírem réus delatores. O julgamento do STF, no entanto, ainda não foi concluído. Ainda falta discutir o alcance da decisão e eventuais restrições.
Mas o entendimento do STF já resultou na anulação das condenações do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine Aldemir Bendinee do ex-gerente de Empreendimentos da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira.
No caso do sítio de Atibaia, a juíza do caso na primeira instância, Gabriela Hardt, determinou que a defesa de Lula entregasse suas alegações no mesmo prazo que um réu delator no mesmo processo.
Os desembargadores do TRF4, no entanto, desafiaram o entendimento do STF. O relator do recurso no tribunal, desembargador Gebran Neto, disse considerar que não houve prejuízo para a defesa de Lula no processo e que juízes de primeiro grau não poderiam adivinhar que o STF estabeleceria esse entendimento sobre o tema.
"Em momento algum se demonstrou a existência de qualquer tipo de prejuízo com a inversão de ordem”, disse Gebran. "A juíza jamais usou as alegações finais dos colaboradores, não tendo ocorrido prejuízo concreto.”
Inicialmente, até mesmo o Ministério Público Federal, que apresentou a denúnciano caso do sítio, chegou a pedir a anulação do caso com base no entendimento, pedindo ainda para que ele fosse remetido para a primeira instância. Mas o MPF voltou atrás na semana passada.
Os desembargadores Leandro Paulsen e Carlos Eduardo Thompson Flores acompanharam o voto de Gebran.
O trio ainda rejeitou outros argumentos pela anulação, como um pedido de suspeição de Sergio Moro com base nas mensagens vazadas pelo The Intercept Brasil, que levantaram questionamentos sobre a conduta do então juiz. A defesa de Lula também apontava o fato de Moro ter abandonado a magistratura para se juntar ao governo do presidente Jair Bolsonaro, rival do PT nas últimas eleições.
Gebran afirmou que o atual ministro da Justiça não é parte do processo do sítio e que a alegação da suspeição já foi rejeitada anteriormente. Em junho, Gebran se recusou a deixar a análise do caso do sítio após um pedido da defesa de Lula, que alegou que o desembargador é amigo pessoal de Moro.
Os desembargadores ainda rejeitaram a alegação que a sentença do sítio, proferida na primeira instância pela juíza Gabriela Hardt – que substituiu Moro quando ele assumiu o ministério – tenha sido um "copia e cola” da sentença do tríplex. O texto final da sentença tinha vários trechos idênticos à sentença original de Moro, chegando a trocar a palavra sítio em algumas ocasiões por "tríplex”.
O trio de desembargadores fez elogios ao trabalho da juíza Hardt e rejeitou as acusações de plágio.  "As conclusões da perícia (de suposto plágio), além de serem aspectos não essenciais, consideram apenas 1% do texto (de Hardt)", disse Gebran. "O que houve aqui foi o aproveitamento o de estudos feitos pelo próprio juízo", disse Paulsen, ao seguir o voto do relator.
No início de fevereiro,Hardt, então ocupando a 13ª Vara Federal no Paraná, condenouLula ao considerar que ele recebeu vantagem indevida das empreiteiras OAS e Odebrecht na forma de reformas de um sítio em Atibaia, que segundo o MPF pertence ao petista. De acordo com a acusação, os valores usados na reforma eram parte de propina paga pelas empreiteiras em troca de contratos com a Petrobras.
No mesmo processo constaram como réus os empreiteiros Marcelo Odebrecht e Emilio Odebrecht, que apareceram na condição de delatores. Outros réus ainda incluíram Alexandrino Alencar, Carlos A.G. Paschoal e Emyr Diniz Costa Junior (- todos funcionários da da Odebrecht. Além deles, os réus incluíram Léo Pinheiro e Paulo Gordilho, da OAS; José Carlos Bumlai, Roberto Teixeira e Fernando Bittar.
Mesmo com a sentença mantida no TRF4, o ex-presidente não será preso e ele poderá aguardar o julgamento de recursos no mesmo caso em liberdade graças à decisão do STF tomada no início de novembro, que estabeleceu que condenados podem aguardar em liberdade até que seus casos tenham transitado em julgado  (ou seja, que os recursos tenham sido esgotados). Lula já havia sido beneficiado pela decisao do STF no caso do tríplex, quando deixou a prisao após cumprir 19 meses de pena e assim aguardar em liberdade o julgamento de novos recursos.
A condenação desta quarta-feira, no entanto, reforça o impedimento do ex-presidente de disputar eleições, já que ele foi novamente condenado por um colegiado, sendo enquadrado mais uma vez na Ficha Limpa.
Após a confirmação da condenação pelo TRF4, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, disse considerar a decisão uma "afronta" ao STF.
“É mais um exemplo de um processo injusto ao qual o ex-presidente Lula está submetido desde 2016. É uma decisão que claramente afronta posições da Suprema Corte não só em relação a ordem das alegações finais entre delatores e delatados, mas também em relação a própria competência que foi firmada em relação a delações da Odebrecht especificamente em relação ao caso do sítio de Atibaia. O Supremo já decidiu que todas essas delações relativas ao sítio devem ser analisadas na Justiça Federal de São Paulo”, disse Zanin.
Já o PT publicou nota comparando o colegiado de desembargadores a um "pelotão de fuzilamento". "Além de ignorar as nulidades do processo do Sitio de Atibaia e de mais uma vez combinar previamente o aumento da sentença injusta, a Turma desacatou abertamente o Supremo Tribunal Federal, num verdadeiro motim contra a hierarquia do Poder Judiciário e contra a ordem constitucional democrática do país", diz a nota.
"O julgamento desta tarde confirma o total descrédito em que o sistema judicial brasileiro foi lançado pela Lava Jato e seus principais operadores: Sérgio Moro e os procuradores de Curitiba, os membros da 8ª. Turma e o Ministério Público da 4ª. Região."

JPS/ots
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Guiné-Bissau: Jomav, o grande derrotado pelo povo nas eleições

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José Mário Vaz entra definitivamente para os anais históricos da Guiné-Bissau como o primeiro Presidente da República a terminar o mandato. No entanto, ficou apenas em quarto lugar nestas presidenciais. Humilhante?
Jomav obteve apenas 12,41% dos votos nas presidenciais de 24 de novembro Jomav obteve apenas 12,41% dos votos nas presidenciais de 24 de novembro

Os resultados provisórios divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) confirmam um grande dilema para José Mário Vaz (Jomav), que terá de entregar a cadeira presidencial a um dos primeiros-ministros que demitiu, por diferenças políticas, Domingos Simões Pereira ou Umaro Sissoko Embaló, que vão a segunda volta. Jomav falhou a reeleição, sendo o quarto mais votado, com 12,41% dos votos.
Domingos Simões Pereira, o candidato apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), obteve 40,13% dos votos e Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), conseguiu 27,65% dos votos. Os dois antigos chefes de Governo disputam a segunda volta das presidenciais a 29 de dezembro.

  Simões Pereira e Sissoco Embaló disputam Presidência na segunda volta
Os dados evidenciam que o Presidente cessante e candidato a um segundo mandato foi o "grande perdedor" das eleições presidenciais de 23 de novembro. É um caso inédito para um chefe de Estado em funções na jovem democracia do país, porque pela primeira vez um Presidente se recandidata ao cargo e não consegue ir a segunda volta.
José Mário Vaz nem sequer alcançou os votos necessários para chegar à segunda volta do escrutínio, tendo sido superado pelo candidato que derrotou em 2014, Nuno Gomes Nabiam. O líder de APU-PDGB foi o terceiro mais votado destas eleições presidenciais, com 13,16% dos votos, e Jomav, que se lançou à corrida como independente, caiu para o quarto lugar, muito abaixo das suas expetativas.
"José Mário Vaz perdeu a legitimidade"
"O Presidente José Mário Vaz perdeu a legitimidade como chefe de Estado há muito tempo e tudo já sabia que não estava em condições de continuar no poder. Um Presidente que concorrer a um segundo mantado e que obteve pouco mais de 60 mil votos, num universo de 700.000, é um sinal de que teve um mandato catastrófico, que destruiu o país em todos os sentidos", comenta em entrevista à DW África o politólogo guineense Rui Landim. O analista considera que foi uma "punição severa" do povo guineense ao mandato de José Mário Vaz.
Antes mesmo das presidenciais, Jomav pediu apoio para a sua candidatura aos seus aliados diretos, durante os mais de quatro anos de luta acesa pelo controlo de poder na Guiné-Bissau. Mas recebeu um não do Partido da Renovação Social (PRS), que apoiou Nuno Nabiam, e também do MADEM-G15, que se esquivou e apoiou um dos líderes fundadores do partido, Umaro Sissoco Embaló.

Guinea-Bissau Jose Mario Vaz Com a derrota nas presidenciais, futuro político de Jomav é colocado em questão
Abandonado à sua sorte, o Presidente não quis render-se ou passar uma imagem de fraqueza política e decidiu apresentar-se como candidato independente. Teve ao seu lado Botche Candé, a quem chamam "Leão de Leste", que nas últimas presidenciais foi eleito deputado pelo PRS, partido que obteve a sua maior derrota nas legislativas, tendo perdido o estatuto de líder da oposição.
"Teve algumas alianças ao longo do percurso da nova legislatura. Mas essas alianças não foram fiéis, sobretudo no caso do PRS e do MADEM-G15,  que o abandonaram a meio do caminho. Abandonado pelos seus parceiros e assessores, José Mário Vaz não tinha condições de ter um desempenho eleitoral favorável que o colocava entre os vencedores e venceu apenas numa região", salienta em declaração à DW África o analista Rui Jorge.
Com o apoio do PAIGC, o maior partido político da Guiné-Bissau, José Mário Vaz chegou a Presidente do país em 2014. Um ano depois, alegando grave crise institucional, corrupção e nepotismo, demitiu o Governo do seu partido, que acabara de conseguir promessas de apoio na mesa redonda com os doadores internacionais, em Bruxelas, no valor de mais de mil milhões de euros. Jomav nunca provou na justiça as acusações feitas contra o então Governo liderado por Domingos Simões Pereira.
Uma Presidência, sete governos
Em cinco anos, José Mário Vaz nomeou sete Governos e nove primeiros-ministros - alguns dos quais não conseguiram sequer formar Governo - e trocou vários procuradores-gerais da República, sob a alegação de querer "combater a corrupção". O país mergulhou numa grave crise que levou à paralisação das principais instituições do Estado.
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José Mário Vaz: "Não me arrependo de nada"

A crise foi tão grave que o Conselho de Segurança das Nações Unidas mandatou a União Africana, que por sua vez, delegou à CEDEAO, organização sub-regional, a mediação da crise guineense, que teve início em 2015. Crise que deverá agora chegar ao fim com o regresso à normalidade constitucional esperado neste pós-eleições presidenciais.
Jomav foi o primeiro Presidente que sentiu na pele a mobilização dos jovens na era das redes sociais para os protestos de rua. Diz que deu ao povo guineense a liberdade de expressão, de se manifestar e de imprensa. "Ao longo do meu mandato, ninguém foi morto, espancado ou intimidado devido à política", disse sempre José Mário Vaz, que foi também acusado de roubar o arroz do povo, doado pela China, o que lhe valeu muitos insultos nas redes sociais. Ainda assim, José Mário Vaz apresenta-se como um "Presidente de paz", que defende o camponês com a sua Fundação "Mão na Lama".
"Quando diz uma coisa faz diametralmente o oposto do que diz. Não estava minimamente preparado para liderar o país, porque foge a todos os parâmetros do raciocínio", disse o sociólogo Rui Landim.
Para o político guineense José Paulo Semedo, ainda é cedo chegar à conclusão de que Jomav foi o grande perdedor. Sem citar nomes, Semedo diz que o grande perdedor foi o candidato que investiu "rios de dinheiro" na campanha e não obteve o seu objetivo eleitoral.
Vida política futura?
Com a derrota nas presidenciais, o futuro político do Presidente cessante, que nunca teve apoio dos seus pares na sub-região, é colocado em questão. "Nunca teve um passado político, não tem no presente e nunca terá um futuro político", observa o analista Rui Landim.
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Jomav diz deixar legado positivo à Guiné-Bissau: "Perante factos, não há argumentos"

José Mário Vaz chegou à presidência da Câmara de Comércio em 1993 e, no ano seguinte, foi mandatário da campanha presidencial de Nino Vieira, algo que lhe valeu um lugar de membro do Conselho de Estado.
Depois de eleito Presidente da Câmara Municipal de Bissau, em 2004, Jomav chegou rapidamente a ministro da Economia e Finanças, no Governo liderado por Carlos Gomes Júnior, e que foi destituído através do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, quando faltavam poucas horas para o início da campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais.
Na altura, José Mário Vaz era conhecido como "ministro 25", porque pagava salários aos funcionários públicos no dia 25 de cada mês. Em 2013, José Mário Vaz, então ministro das Finanças, foi detido pelo alegado desvio de 12 milhões de dólares - um apoio do governo angolano ao Orçamento Geral de Estado (OGE) da Guiné-Bissau, no quadro da cooperação entre os dois países.
No próximo dia 10 de dezembro, José Mário Vaz completa 62 anos de idade. Formado em Economia em Lisboa, o ex-chefe de Estado da Guiné-Bissau fez-se um empresário de sucesso no país, com a fundação do grupo JOMAV.

fonte: DW Africa


Angola: Opinião - Novembro da esperança...

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Resultado de imagem para opinião Víctor Silva; Angola
Víctor Silva

O país está a comemorar 44 anos de Independência Nacional, que se assinalam amanhã, com um vasto programa de celebrações que inclui as já habituais inaugurações e reinaugurações de equipamentos sociais e serviços.
Na realidade, o aniversário do 11 de Novembro vai muito além dessas realizações, grandes e pequenas, que têm vindo a ser promovidas, incluindo o acto central, amanhã, na Kibala.
Quarenta e quatro anos depois, a questão que se coloca é saber se a vida dos angolanos, enquanto cidadãos com a sua própria identidade, tem vindo a melhorar e, sobretudo, se há uma luz que indicie estar-se no bom caminho para que isso possa vir a acontecer, mais cedo que tarde?
Muitas gerações de nacionalistas bateram-se pela Independência, alguns de armas na mão, e muitos não chegaram a ver a concretização dos objectivos por que se entregaram à luta. Ficaram pelo caminho, mas outros deram sequência triunfal ao seu combate vencendo o colonialismo português.
A luta pela Independência merece ser melhor e mais explicada aos jovens que não a vivenciaram e que hoje, quarenta e quatro anos depois, reclamam, justamente, por uma vida condigna, com oportunidades iguais para todos, formação com saídas profissionais, emprego e perspectivas de vida familiar ou individual dentro dos parâmetros modernos, como acontece na maioria dos outros países. São alguns desses jovens que, usando as novas ferramentas de comunicação, questionam nas redes sociais os sacrifícios vividos desde 1975 quando comparados com os actuais provocados pela crise económica e financeira e pelas medidas de estabilização macroeconómica que o Governo tem vindo a adoptar.
Não é demais recordar que o parto da Independência foi muito doloroso. Com os combates entre os três principais movimentos de libertação e a autêntica guerra que depois se seguiu por mais de trinta anos, onde, em muitos sítios, não ficou ninguém para contar a História, nem pedra sobre pedra.
Foram anos perdidos em que os esforços de manutenção da Independência faziam com que as principais infra-estruturas planeadas e executadas para melhorar a vida das populações eram reduzias a pó em pouco tempo pela rebelião armada, a mesma que hoje, nas vestes de oposição politica, lava as mãos qual Pilatos sobre as suas reais responsabilidades e cobra soluções que já estavam encontradas e que, a funcionar, proporcionariam uma situação bem diferente da que temos hoje.
Mesmo quando se buscavam os caminhos para uma solução pacífica do conflito, os acordos eram constantemente rasgados e se intensificavam os actos de destruição para procurar uma posição mais altiva à mesa das negociações.
Tudo isso para dizer que chegar agora aos 44 anos de independência é um feito e tanto, com o país a viver em paz, democracia e a tentar recuperar do tempo perdido com a guerra e os efeitos e das políticas erradas que, entretanto, também foram sendo aplicadas ao longo dos anos e que nos trazem à realidade actual, na qual as dificuldades se amontoam e não há recursos para acudir, no imediato, a todas as prioridades.
E essas prioridades devem ser um desígnio nacional e não ficarem ao gosto/não gosto de alguns decisores públicos, cada um a puxar a brasa à sua sardinha numa rivalidade que acaba na dispersão de recursos e não numa resposta concertada nos grandes desafios dos dias de hoje. O Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) pode ser parte da solução de alguns dos problemas actuais, permitindo criar, ao nível local, condições mínimas para que o crescimento e o desenvolvimento não se fique apenas pela capital e litoral, numa inversão das políticas antes aplicadas.
Mas como é bom de ver, não será apenas a construção ou recuperação de infra-estruturas e equipamentos sociais que farão, por si só, que se altere o abandono a que está votado uma boa parte do interior do país. As pessoas são a peça fundamental para que os municípios e aldeias reganhem vida e sejam a fonte primária da cadeia de produção agrícola ou industrial, desde a familiar à de pequena ou média dimensão. É necessário que se criem políticas de incentivo para que os técnicos, os jovens, as famílias se sintam atraídas a viver nessas localidades, onde as necessidades básicas não tenham de ser satisfeitas a quilómetros de distância. Uma política de rotação de funcionários públicos, sobrepostos actualmente em repartições e serviços, onde dez fazem o trabalho de um ou dois. Educação e Saúde são sectores basilares, mas também não se pode esquecer os da Habitação e dos Transportes e da parte lúdica, porque, doutro modo, dificilmente se conseguirá desafogar, um mínimo que seja, as principais cidades e motivar a empregabilidade no campo, onde há um enorme potencial que enfrenta a resistência do sentido da migração provocada pelo conflito armado e que continua até hoje.
As obras públicas e a construção civil são outras áreas de mão-de- obra intensa e para isso é necessário que os contratos para a implementação do PIIM e de outras infra-estruturas nacionais contemplem maioritariamente, trabalhadores angolanos e não apenas estrangeiros como vimos num passado recente.
A mobilidade urbana é importante, mas soluções pontuais só adiam a sua solução definitiva que pode, sim, passar, também, por um metro em Luanda, mas que está longe de ser a principal prioridade que, na nossa opinião, passa por comboios suburbanos, o retorno dos catamarãs, o funcionamento dos famosos BRT’s que encalharam nas mixas, a regulação do serviço de táxis colectivos e personalizados e a construção e reabilitação de vias secundárias e terciárias, bem como anéis rodoviários que poderão consumir os tais três mil milhões, mas terão, seguramente, maior serventia do que qualquer metro de superfície para uma dezena de quilómetros no casco urbano da cidade capital.
Os megaprojectos fazem lembrar o país da fantasia que se conhece e cujas consequências se está a pagar de uma forma dura na vida das pessoas e das famílias, enquanto os fomentadores e únicos beneficiários se espavaneiam no estrangeiro e mesmo internamente, batendo-se contra as mudanças e o combate inevitável contra a corrupção e a impunidade.
As dificuldades actuais só serão ultrapassadas se todos, e cada um, assumir o seu papel, respeitando a consolidação orçamental e abandonando o espírito despesista, que se mantém, mesmo ao nível dos governantes, pode travar o efeito das medidas de correcção dos desequilíbrios macro-económicos.

fonte: jornaldeangola


Presidente Trump convidado para audição a 4 de Dezembro

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 A Comissão Judicial da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos convidou terça-feira Donald Trump ou os seus advogados a “participar” na audição de 4 de Dezembro, que marca uma nova fase do inquérito com vista à destituição do Presidente norte-americano.

Comissão Judicial da Câmara dos Representantes disponível para ouvir Trump e advogados
Fotografia: DR

“Espero que o senhor ou os seus advogados aceitem participar nesta audição”, escreveu-lhe o congressista democrata Jerry Nadler, que preside a essa comissão, encarregada de redigir o líbero acusatório de Trump.
A audição incide sobre a questão da eventual ocorrência de “alta traição e delitos graves”, considerados na Constituição. A sessão, anunciada na terça-feira, vai contar com a presença de peritos que vão analisar a base constitucional para a eventual destituição do Presidente.
O presidente da Comissão Judicial da Câmara adiantou que vai “explorar o quadro existente para responder a alegações sérias de uma conduta do Presidente que possa conduzir à destituição.”
A audição na Comissão Judicial vai ocorrer em simultâneo com a apresentação, pela comissão das informações, do relatório com as provas das relações de Trump com a Ucrânia.
Esta Comissão da Câmara dos Representantes realizou, ao longo de duas semanas, audições centradas nos pedidos de Trump ao seu homólogo ucraniano para que mandasse investigar o ex-Vice-Presidente Joe Biden e o filho, enquanto fazia depender a prestação de ajuda militar a este país da realização desta investigação.
Trump e os advogados foram convidados e participar na audição e a fazer um pedido para questionar as testemunhas. Pede-se que Trump participe “de uma forma consistente com o decoro.” A comissão divulgou uma carta de Nadler a Trump, em que dizia que esperava que este participasse, “de uma forma consistente com o decoro e a natureza solene do trabalho que se está a fazer.” “O Presidente tem de escolher: ter esta oportunidade para ser representado nas audições ou pode parar de se queixar do processo de destituição”, afirmou Nadler, num comunicado, citado pela Reuters. “Espero que ele escolha participar”, desejou o congressista democrata.
A comissão deu um prazo de até 1 de Dezembro para Trump responder.
O multimilionário septuagenário (73 anos) está sob investigação do Congresso num inquérito para a sua destituição (impeachment), acusado de abuso de poder no exercício do cargo. Trump é suspeito de ter pressionado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, a investigar uma empresa ucraniana da qual foi administrador o filho do ex-Vice-Presidente Joe Biden, rival político nas eleições de 2020, em troca de uma ajuda militar dos EUA.
O 45º Presidente norte-americano, em funções desde 20 de Janeiro de 2017, qualificou a investigação como uma “caça às bruxas.”
As audições públicas do inquérito começaram em 13 de Novembro.


fonte: jornaldeangola 

Brasil: Tribunal julga o recurso de Lula da Silva.

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 Um recurso do ex-Presidente brasileiro, Lula da Silva, contra a condenação de 12 anos e 11 meses num processo sobre alegado suborno relativo a uma quinta na cidade de Atibaia começou a ser julgado ontem, noticiou a agência Lusa.

 Antigo Presidente do Brasil é acusado de receber suborno
Fotografia: DR

Antes de entrar no mérito da validade ou não da sentença, os juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) vão analisar se o processo deverá voltar para a fase de alegações finais, na primeira instância, tendo em conta que o Supremo Tribunal Federal (STF), máxima instância judicial do país considerou, recentemente ilegal o facto de os juízes solicitarem que a acusação e a defesa se manifestem ao mesmo tempo ao final de um processo criminal, prática adoptada pela magistrada Gabriela Hardt, responsável pela sentença em análise.
Neste caso, o ex-Presidente brasileiro é acusado de receber como pagamento de suborno obras de melhoria na quinta Santa Bárbara, localizada em Atibaia, cidade do interior do Estado de São Paulo, que ele frequenta com a família.
As obras terão sido pagas pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, em troca de Lula da Silva usar a influência para manter funcionários corruptos em cargos importantes da Petrobras, que alegadamente foram responsáveis de actos ilícitos em favor de duas empreiteiras em contratos com a estatal petrolífera brasileira. Os investigadores do Ministério Público Federal também acusaram Lula da Silva de ser o proprietário de facto da quinta, registada em nome do empresário Fernando Bittar, amigo do ex-Presidente.
Já a defesa alega que a quinta era frequentada por Lula da Silva e família, mas diz que ele não era dono do imóvel nem pediu ou aceitou subornos das empreiteiras citadas.
Os advogados do ex-Presidente também entenderam que o processo que chegou ao TRF4, tribunal de segunda instância, deve ser anulado porque a sentença em primeira instância terá sido proferida de forma irregular pela juíza Gabriela Hardt.


fonte: jornaldeangola

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Conheça a namorada de Lula(ex-presidente do Brasil), com quem ele vai se casar.

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Resultado de imagem para A namorada do ex-presidente Lula;  Rosângela Silva é socióloga; foto

 Depois do anúncio de casamento de Lula, feito por ele em discurso após sair da prisão, uma figura acabou chamando atenção. A namorada do petista, Rosângela Silva é socióloga e conheceu Lula durante as caravanas da cidadania. 

Janja, como é conhecida, mora em Curitiba (PR) e trabalha há 16 anos na Itaipu Binacional. A socióloga tem bacharelado e licenciatura em ciências sociais e pós-graduação em história pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), além de MBA em gestão social e desenvolvimento sustentável.

Na empresa que trabalha, Rosângela atua na área de programas de responsabilidade social, mas foi cedida para a Eletrobras durante três anos e nove meses, entre 2012 e 2016.

No Facebook, a namorada do ex-presidente tem entre seus amigos a neta de Lula e as duas costumam trocar elogios e comentários. Durante as eleições, ela fez campanha para a chapa de Fernando Haddad e Manuela D´Ávila.
Em sua conta no Twitter, Janja comemorou o placar da votação da constitucionalidade da prisão, após segunda instância no STF. "Amanhã eu vou te buscar! Me espera!", declarou.
fonte: em.com.br

Itália: um senegalês espancado.

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Os incidentes anti-migrantes estão aumentando na Itália. Um senegalês de 32 anos foi agredido e espancado por um grupo de jovens que o espancaram várias vezes com um capacete de motocicleta. A agressão ocorreu anteontem, por volta das 22 horas, na Viale Marconi, em Cagliari, Itália.

Segundo a história de Vox Populi, em sua publicação do dia, o imigrante senegalês estava em um posto de gasolina, provavelmente pedindo dinheiro à pessoa que usava o automático. Estourou uma disputa que resultou no espancamento dos senegaleses.

A vítima acabou com um ferimento na cabeça e a perda de dois dentes com internamento de 30 dias. Sob observação no hospital, sua vida não estaria em perigo. Um de seus atacantes foi preso pela polícia, enquanto os outros ainda estão foragidos.


fonte: seneweb.com 

Senegal: Reformas da UEMOA Senegal avança em dois pontos (presidente da comissão)

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O presidente da Comissão da União Econômica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), Abdallah Boureima, confirmou que o Senegal tem uma taxa de implementação de reformas estimada em 77,9% este ano contra 76% em 2018. Um aumento de 2 pontos. Uma taxa que sua comissão chegou a 78%. Ele presidiu nesta quinta-feira, 21 de novembro de 2019, em Dakar, a cerimônia de abertura da 5ª revisão anual de reformas, políticas, projetos e programas da UEMOA no Senegal para o ano de 2019. Esteve presente o Ministro das Finanças e Orçamento do Senegal, Abdoulaye Daouda Diallo, em particular.

fonte: seneweb.com 

Senegal: Enterro de Colette Senghor: Abdou Diouf é esperado em Dakar.

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Single Post foto: Abdou Diouf

Para prestar uma última homenagem à esposa de Léopold Sédar Senghor, Abdou Diouf estará nesta sexta-feira, 22 de novembro, em Verson. Isto, para assistir à missa dada para o repouso da alma do falecido. Além disso, o ex-presidente do Senegal, que foi o primeiro-ministro do presidente Léopold Sédar Senghor, participará do enterro da senhora Colette Hubert Senghor, marcada para quarta-feira, 28 de novembro no cemitério de Bel-Air, informa Boissy Anne Marie Senghor.

fonte: seneweb.com
 

Senegal: Acusações

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Entre as acusações contra o ex-deputado Bougazelli, há o crime de suborno de agentes juramentados, incluindo os gendarmes que o prenderam. Segundo a Rfm, Bougazelli havia proposto 10 milhões aos homens que o detinham. A acusação já foi feita, o acusado será enviado para a prisão.

fonte: seneweb.com
 

MPLA suspende "Tchizé" dos Santos por dois anos do Comité Central

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 Bureau Político considera que ela violou princípios básicos dos Estatutos e do Código de Ética

O Bureau Político (BP) do MPLA, partido no poder em Angola, aprovou a suspensão durante dois anos da antiga deputada Welwitschia José dos Santos "Tchizé" do Comité Central por violação dos princípios básicos dos Estatutos e do Código de Ética.
A decisão foi tomada na 4ª sessão ordinária do BP, realizada nesta quinta-feira, 21, sob orientação do presidente João Lourenço, que referendou as propostas da Comissão de Disciplina e Auditoria por “violação dos princípios básicos dos Estatutos e do Código de Ética partidária”.
A 7 de Junho, o Comité Central aprovou a instauração de um processo disciplinar e a aplicação da medida de suspensão da qualidade de membro do Comité Central "pela conduta que atenta contra as regras de disciplina à luz dos Estatutos e do Código de Ética Partidária”, de acordo com um comunicado entáo divulgado.
Em Maio, Welwitschia 'Tchizé' dos Santos renunciou ter recebido constantemente ameaças do partido no poder, situação que a mesma considera em "abuso de poder".
"Está a haver um crime contra o Estado. Isto é um caso para 'impeachment'. Este Presidente da República merece um 'impeachment'", afirmou na altura.
Recorde-se que a filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos viu também suspenso o seu mandato de deputada a 29 de Outubro devido a ausências prolongadas e reiteradas nas reuniões plenárias.
Alvo de perseguição, diz a filha de José Eduardo dos Santos
Em reacção, “Tchizé” dos Santos disse que está a ser alvo de perseguição política em Angola e que, como alguns foram no passado, também ela está a ser sacrificada pela democracia.
Num áudio que gravou para a VOA, a então deputada e empresária afirmou não ter a certeza absoluta do que aconteceu, se lhe foi revogado o mandato ou suspenso.
Ela reiterou que não está fora de Angola voluntariamente: "Eu tive que fugir, porque fui ameaçada de morte pelo camarada presidente do grupo parlamentar do MPLA", revelou.
Santos acrescentou também que gravar áudios é a forma que encontrou para comunicar com o povo: "Estou completamente censurada da imprensa pública e até da maior parte dos meios privados, que são controlados por pessoas ligadas ao regime".
"Sempre disse que alguns de nós seríamos sacrificados por esta causa, tal como já foram, no passado, outros sacrificados por outras causas (...) e foi mais forte do que eu continuar a lutar", concluiu na altura.

fonte: VOA

Guine-Bissau: Candidatos tentam atrair eleitores ainda indecisos

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 A campanha para as eleições presidenciais previstas para domingo, 24 de Novembro, na Guiné-Bissau, encerram hoje, com a realização, pelos candidatos, de uma série de actividades políticas e culturais, num momento derradeiro para conquista dos votos.


Os candidatos Domingos Simões Pereira, pelo PAIGC, Carlos Gomes Júnior, independente, Umaro Sissoco, pelo Madem, todos antigos primeiros ministros, e o Presidente cessante, José Mário Vaz, vão estar hoje em Bissau, principal praça de votos, para tentarem conquistar o maior número de votos possíveis, que lhes possibilite a vitória na primeira volta.
O dia de ontem
Domingos Simões, esteve nas ilhas de Bubaqui, Caravela, Unu, Bolama, no Sul do país, e regressou no mesmo dia a Bissau. Umaro Sossico visitou Bafata, no Norte. Um e outro estiveram envolvidos numa incansável caça aos votos.
Carlos Gomes, antigo Primeiro Ministro, que aparece nestas eleições como candidato independente, ficou em Bissau, onde realizou um encontro com empresários guineenses a quem apresentou o seu manifesto. A seguir, deslocou-se ao Bairro de Alto Bandin, na capital, num encontro que mobilizou algumas dezenas de apoiantes.
O Presidente cessante, José Mário Vaz, esteve no Norte, devendo regressar hoje a Bissau, onde vai orientar alguns actos políticos.
Apesar das críticas à campanha de ostentação que se assiste e acusações de que as presidenciais estariam a ser utilizadas para fazer o branqueamento ou lavagem de dinheiro proveniente das drogas, observadores internacionais e sociedade civil confirma estarem criadas as condições para a realização, de forma ordeira e pacífica, das eleições.
O Chefe da equipa de observadores da CPLP, Oldemiro Baloi, disse, em entrevista ao Jornal de Angola, que, depois dos incidentes registados antes da campanha, estão criadas as condições para os cidadãos deste país exercerem o seu direito cívico.
“A campanha começou de uma forma algo atribulada e excitada, mas as águas tendem a acalmar. Estamos entusiasmados com a organização. Todos actores nacionais e parceiros estrangeiros, como a CEDEAO ou CPLP, que jogam um papel muito importante neste processo, estão devidamente enquadrados, para, mais uma vez, ajudarem o povo guineense a entrar para a normalidade política e concentrarem-se no desenvolvimento do seu país” frisou.
Para o vice Presidente da Sociedade Nacional da Sociedade Civil (MNSCPD), Mamadú Queita, o processo decorre de forma normal e sem incidentes a registar, obedecendo ao acordo do código de conduta e ética eleitoral, assinado por todas as partes envolvidas no processo para a realização de eleições justas livres e transparentes.
Mamadú Queita manifestou alguma preocupação pela linguagem que está a ser utilizada por apoiantes de algumas formações políticas e mesmo candidatos, mas desdramatizou a situação por, em sua opinião, não concorrer para o incitamento de actos de violência ou representar um discurso que possa comprometer a paz.
Referindo-se às denúncias de que a campanha estaria a ser utilizada para fazer lavagem e branqueamento de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, Mamadú Queita confirmou serem essas as informações que estão a ser utilizadas por alguns concorrentes. “Todavia, não reúnem elementos probatórios para confirmar se são ou não realidade”.
Militares votaram ontem
Mil e seiscentos eleitores, militares e agentes da ordem pública, exerceram, ontem, o seu direito de voto, em todo espaço nacional da Guiné-Bissau, sendo os primeiros a exercerem esse direito nestas eleições presidenciais.
Por força dos poderes que lhes são conferidos para fazer face às ameaças internas e externas, que podem surgir durante as eleições, e garantir a manutenção da lei e ordem públicas, os militares foram os primeiros a exercer o seu direito de voto.
Em Bissau, 300 militares e agentes da ordem pública depositaram os seus cartões nas assembleias de votos colocadas para este efeito na sede da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

fonte: jornaldeangola

Angola: O Tribunal Superior Militar condenou nesta sexta-feira, 22, o general António José Maria.

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 A defesa recorreu e o general continuará em prisão domiciliária

O Tribunal Superior Militar condenou nesta sexta-feira, 22, o general António José Maria, antigo chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM), a três de prisão efectiva pelo crime de extravio de documentos militares.
Ele foi absolvido do crime de insubordinação.
A defesa do antigo homem forte da secreta angolana interpós recurso, que foi aceite, o que significa que “Zé Maria”, como é conhecido, continuará em prisão domiciliária até o processo transitar em julgado.
O julgamento de um dos mais próximos colaboradores e homem de confiança do antigo Presidente José Eduardo dos Santos começou a 11 de de Setembro.
O Ministério Públicou acusou e, no final, pediu a condenação de “Zé Maria”, por desvio de documentos secretos e insubordinação.
A acusação disse que o crime do general consumou-se quando ele se apossou dos documentos e os transferiu da "esfera militar para a esperar privada."
O Ministério Público acrescentou também que ele não acatou as ordens do Presidente João Lourenço, também comandante em chefe das Forças Armadas, devido ao que chamou de "fidelidade canina" em relação a José Eduardo do Santos.
O general José Maria está em prisão domiciliar desde 17 de Junho.

fonte: VOA



Guiné-Bissau: Jomav anuncia acordo entre candidatos para a segunda volta

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 O Presidente guineense, José Mário Vaz, que concorre à reeleição, anunciou um acordo entre candidatos para a segunda volta. Em declarações à Lusa, Jomav também falou sobre detenção do seu conselheiro no Brasil.
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O candidato às eleições presidenciais de domingo (24.11) na Guiné-Bissau José Mário Vaz anunciou que várias candidaturas assinam esta sexta-feira (22.11) - último dia de campanha para a primeira volta - um acordo para apoiarem o candidato que passar à segunda volta.
"Está a combinar-se, um grupo de candidaturas de partidos políticos, celebrarem um acordo para em caso de um nós passar à segunda volta os outros apoiariam", disse o Presidente cessante em declarações à agência Lusa, à margem de um comício em Biombo, a cerca de 50 quilómetros de Bissau, sem especificar de que candidaturas se trata.
Questionado sobre se isto é uma resposta à proposta feita pelo candidato Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15, líder da oposição), José Mário Vaz, que se candidata como independente, respondeu: "Eu não digo isso".
Sobre se esta confiante numa vitória à primeira volta, Jomav, como é conhecido, admitiu que "é difícil". "Talvez a única pessoa que disse que vai vencer na primeira volta é o candidato adversário, o candidato do PAIGC, que esteve em Portugal e disse a toda a gente que ganharia na primeira volta", mas quem viu esta campanha percebe que "ninguém tem condições de vencer na primeira volta", disse.
E Sobre quem vai apoiar na segunda volta, caso seja afastado da corrida no domingo, José Mário Vaz escusou-se a responder diretamente: "Não tenho problemas nenhuns. Neste momento o povo é soberano, o veredito é popular. Se for ou não for à segunda volta o povo é quem mais ordena. Eu vou cumprir rigorosamente aquilo que as urnas ditarem", disse.
Conselheiro detido no Brasil
Ainda em declarações à Lusa, após o comício desta sexta-feira, José Mário Vaz falou sobre a detenção do seu conselheiro no Brasil. Jomav referiu que o seu conselheiro deve "assumir as consequências" porque "é responsável pelos seus atos".
O conselheiro do Presidente da Guiné-Bissau Adailton Maturino dos Santos foi detido na última terça-feira (19.11) no Brasil, juntamente com mais três pessoas, por suspeitas de organização criminosa, de acordo com a justiça brasileira.
"O meu conselheiro assume as consequências. Eu não posso fazer nada, não posso substituir-me aos tribunais, não posso substituir-me a ninguém, cada um tem é responsável pelos seus atos", disse o Presidente, acrescentando que "perseguiram seriamente" o seu conselheiro "porque estava a apoiar José Mário Vaz.

fonte: DW Africa

Guiné-Bissau: Comícios vão marcar final da campanha eleitoral.

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 Termina esta sexta-feira (22.11) a campanha eleitoral para a primeira volta das presidenciais na Guiné-Bissau. Os principais candidatos são esperados em comícios e festas na capital.


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O atual Presidente e recandidato ao cargo, José Mário Vaz, o líder do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, o candidato do Movimento para a Alternância Democrática, Umaro Sissoco Embaló, o candidato da Aliança Povo Unido (APU), Nuno Nabian e o ex-primeiro ministro Carlos Gomes Júnior realizam comícios de encerramento que vão levar milhares de apoiantes à capital.
A campanha foi marcada pela nomeação, por parte do Presidente, de um novo Governo, que foi recusado pela comunidade internacional, que exigiu a José Mário Vaz que se limitasse a uma gestão mais limitada. A Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO) ordenou o reforço das forças internacionais destacadas num país que tem sido palco de grande instabilidade política nos últimos anos.
O favorito à vitória, Domingos Simões Pereira, opôs-se sempre a esse novo Governo e conta com o apoio do principal partido do país. Já Sissoco Embaló é apoiado por um partido que nasceu do próprio PAIGC, o Madem G15, que teve um surpreendente segundo lugar nas legislativas de março deste ano. Antes do comício final, Sissoco Embaló é recebido na capital de Cabo Verde pelo Presidente da República, numa audiência oficial.

Nuno Nabian conta com o apoio de uma das principais etnias do país, os balantas, e de dois partidos, a APU e o Partido da Renovação Social (PRS, que ficou em terceiro lugar nas legislativas).  Por seu turno, Carlos Gomes Júnior beneficia de um passado como primeiro-ministro mas, na ocasião, era dirigente do PAIGC.
Apoio e carisma
Em entrevista à agência de notícias Lusa, o analista Miguel de Barros defendeu que a dimensão partidária e o carisma dos candidatos "são cruciais" e vão determinar quem vai ganhar as eleições presidenciais de domingo na Guiné-Bissau.
O sociólogo guineense referiu que "mesmo os candidatos que estão no pelotão da frente não são apresentados pelas suas candidaturas, mas como candidatos dos partidos e isso faz com que a dimensão partidária seja um elemento crucial que vai determinar quem vai ganhar as eleições".
De acordo com Miguel de Barros, outro fator será o carisma e os "candidatos exploram ao máximo aquilo que a sua figura possa representar", com uns a escolherem a bandeira da estabilidade, outros da paz, do futuro ou do resgate da dignidade internacional do país "porque cada um entende que é dentro desse âmbito que o seu carisma pode ser o elemento determinante do comportamento eleitoral". 
A primeira volta das eleições presidenciais guineenses, a que concorrem 12 candidatos, realiza-se em 24 de novembro. A segunda volta está agendada para 29 de dezembro.

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Presidenciais na Guiné-Bissau: Quem são os 12 candidatos?

12 candidatos à Presidência

Quem será o novo inquilino do Palácio da República da Guiné-Bissau? Doze candidatos concorrem à Presidência guineense, nas eleições de 24 de novembro. A votação é tida como crucial para o futuro do país, após quatro anos de instabilidade política. Apresentamos aqui os 12 candidatos à Presidência guineense pela ordem em que aparecerão no boletim de voto.

fonte: DW Africa

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

EUA: Sobre Trump.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

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Trump


Sylvain LAFOREST

É o momento certo para todos compreenderem o que Donald Trump está  a fazer e tentar decifrar a ambiguidade de como ele está a fazê-lo. O Presidente polémico tem uma agenda muito mais clara do que qualquer um pode imaginar, quer em política estrangeira, quer nos assuntos internos, mas como ele tem de permanecer no poder ou mesmo permanecer vivo para alcançar os seus objectivos, a sua estratégia é tão refinada e subtil que quase ninguém consegue vê-la. O seu objectivo total é tão ambicioso que ele precisa seguir cursos elípticos imprevistos, para ir do ponto A ao ponto B, usando padrões que afastam as pessoas da compreensão do homem. Isso inclui a maioria dos jornalistas independentes e os chamados analistas alternativos, assim como os principais editores de notícias falsas do Ocidente e uma grande maioria da população.


Sobre a sua estratégia, eu poderia fazer uma analogia rápida e precisa com a medicação: a maioria das pílulas é preconcebida para curar um problema, mas vem com uma série de efeitos secundários. Bem, Trump está a usar medicamentos apenas para os efeitos colaterais, enquanto a primeira intenção da pílula é o que o mantém no poder e vivo. No final deste artigo, verão que esta metáfora se aplica a praticamente todas as decisões, movimentos ou declarações que ele fez. Quando compreenderem o que é Trump, poderão apreciar a presidência extraordinária que ele está a conduzir, como nenhum antecessor chegasse, de perto, a igualar.

Para começar, vamos esclarecer o único aspecto da sua missão que é sério e terrivelmente directo: ele é o primeiro e o único Presidente americano a abordar a pior falha colectiva da Humanidade, a ignorância total da realidade. Visto que as empresas e agências da comunicação social e a educação são controladas por um punhado de bilionários que governam o planeta, não sabemos nada sobre a nossa História, que foi distorcida pelos vencedores e não temos ideia do mundo actual. Ao entrar na arena política, Donald popularizou a expressão "fake news"/notícias falsas, para convencer os cidadãos americanos e também a população mundial, de que as agências da comunicação social mentem sempre para vós. Agora, a expressão tornou-se um lugar comum, mas percebem o quão profundamente chocante é o facto de que quase tudo o que pensam que sabem, é totalmente falso? As mentiras mediáticas não abrangem só a História e a política, mas moldaram a vossa percepção falsa em assuntos como economia, alimentação, clima, saúde, em tudo. E se eu vos disser que sabemos exactamente quem atirou, a partir da colina relvada, sobre JFK, que o conhecimento prévio do ataque a Pearl Harbor foi provado em tribunal, que o efeito estufa do CO2 é cientificamente absurdo, que o nosso dinheiro é criado através de empréstimos de bancos que nem sequer têm esse dinheiro, ou que a ciência prova com 100% de certeza que o 11 de Setembro foi uma operação interna? Já escutaram um jornalista, um documentário da PBS ou um Professor universitário a falar sobre esses assuntos? 44 presidentes estiveram no poder e passaram sem sequer levantar uma palavra sobre esse enorme problema, antes de surgir o 45º Presidente. Trump sabe que libertar as pessoas desta ignorância insondável é o primeiro passo para a liberdade geral, portanto, começou a chamar os jornalistas tradicionais e os meios de comunicação pelo que eles são: mentirosos patológicos.

"Milhares de profissionais de saúde mental concordam com Woodward, escritor de opinião do New York Times: Trump é perigoso."- Bandy X. Lee, The Conversation 2018
 "A questão não é se o Presidente é louco, mas se ele é louco como uma raposa ou louco como um doente mental."

- Masha Gessen, The New Yorker 2017
Vamos deixar uma questão clara: para o 'establishment', Trump não é mentalmente perturbado, mas é visto, definitivamente, como um possível inimigo do mundo deles. Desde que se mudou para a Casa Branca, Trump tem sido descrito como narcisista, racista, sexista e céptico em relação ao clima, carregado de histórias obscuras e problemas mentais. Embora aproximadamente 60% do povo americano não confie mais na comunicação mediática, muitos aceitaram a história de que Trump pode ser um pouco louco ou inadequado para governar e a estatística aumenta ainda mais quando você sai dos EUA. É claro que Donald não está a fazer nada de especial para mudar a percepção profundamente negativa que tantos jornalistas e pessoas têm sobre ele. Ele é declaradamente ultrajante e provocador no Twitter, parece ser impulsivo e burro na maioria das vezes, age irracionalmente, mente diariamente e lança sanções e ameaças como se fossem gulodices da sacola lateral de um elfo num 'shopping center' em Dezembro. Podemos destruir, de imediato, um mito persistente da comunicação mediática: a imagem que Trump está a projectar é autodestrutiva e é exactamente o oposto de como os narcisistas patológicos agem, visto que adoram ser amados e admirados por todos. Donald simplesmente não se importa se vocês gostam ou não gostam dele, o que, por definição psicológica o torna o anti-narcisista supremo. E isto nem é uma opinião, é um facto bastante simples e inegável.

O seu plano geral revela um dos seus lemas favoritos: "Vamos devolver o poder ao povo", porque os Estados Unidos e a sua teia imperialista tecida no mundo estão nas mãos de alguns banqueiros globalistas, industriais militares e multinacionais, há mais de um século. Para concretizar o seu plano, ele precisa de acabar com as guerras no exterior, trazer de volta as crianças/jovens soldados, desmantelar a NATO e a CIA, controlar a Reserva Federal, cortar todas as ligações com os aliados estrangeiros, abolir o sistema financeiro Swift, destruir o poder de propaganda das empresas da comunicação mediática, drenar o pântano do Estado Profundo (Deep State) que administra as agências de espionagem e desactivar o 'governo sombra' que se esconde no Conselho de Relações Exteriores (Council on Foreign Relations) e nos departamentos da Comissão Trilateral. Em resumo, tem de destruir a Nova Ordem Mundial e a sua ideologia globalista. A tarefa é enorme e perigosa, para dizer o mínimo. Felizmente, ele não está sozinho.
Antes de abordarmos as suas técnicas e tácticas, precisamos saber um pouco mais sobre o que realmente está a acontecer no mundo.
A Poderosa Rússia
Desde Pedro, o Grande, toda a História da Rússia é uma demonstração permanente da sua vontade de manter a sua independência política e económica dos bancos internacionais e do imperialismo, pressionando essa grande nação a ajudar muitos países menores que lutam para manter a sua própria independência. A Rússia ajudou duas vezes, os Estados Unidos contra o Império Britânico/Rothschild; primeiro apoiando-os abertamente na Guerra da Independência, e novamente na Guerra Civil, quando Rothschild financiava os confederados para subjugar politicamente a nação e trazê-la de volta à cooperativa do Império colonial britânico. A Rússia também destruiu Napoleão e os nazis, ambos financiados por bancos internacionais como ferramentas para esmagar nações economicamente independentes. A independência está no seu DNA. Depois de quase uma década de oligarquia ocidental assumindo a economia da Rússia após a queda da URSS, em 1991, Putin assumiu o poder e drenou o pântano russo. Desde então, todos os movimentos que ele fez visam destruir o Império Americano, ou a entidade que substituiu o Império Americano, em 1944, que é o nome da teoria da não conspiração da Nova Ordem Mundial. O novo império é basicamente o mesmo esquema de banco central, com apenas um grupo de proprietários ligeiramente diferentes que trocaram o exército britânico pela NATO, como sendo a sua Gestapo mundial.

Até à chegada de Trump, Putin lutou sozinho contra a Nova Ordem Mundial, cuja obsessão centenária é o controlo do mercado mundial do petróleo, já que o petróleo é o sangue que corre nas veias da economia mundial. O petróleo é mil vezes mais valioso do que o ouro. Os navios de carga, os aviões e os exércitos não funcionam com baterias. Portanto, para combater os globalistas, Putin desenvolveu os melhores sistemas de mísseis ofensivos e defensivos e o resultado é que, agora, a Rússia pode proteger todos os produtores de petróleo independentes, como a Síria, a Venezuela e o Irão. Os banqueiros centrais e o governo sombra dos EUA ainda se agarram ao seu plano moribundo, porque sem uma vitória na Síria, não há como ampliar Israel, encerrando assim a fantasia secular de unir a produção de petróleo do Médio Oriente às mãos da Nova Ordem Mundial . Perguntem a Lorde Balfour, se tiverem alguma dúvida. Essa é a verdadeira aposta da guerra na Síria, é nada menos do que fazer ou morrer.


Um Século de Mentiras
Então agora, porque um governo sombra está a dar ordens directas à CIA e à NATO, em nome dos bancos e das indústrias, Trump não tem controlo sobre os militares. O Estado Profundo é um rosário de funcionários permanentes que governam Washington e o Pentágono, que só respondem às suas ordens. Se ainda acreditam que o «Comandante Chefe» está no comando, expliquem por que razão, cada vez que Trump ordenou sair da Síria e do Afeganistão, entraram mais tropas? Enquanto escrevo este texto, as tropas dos EUA e da NATO saíram das zonas curdas, foram para o Iraque e voltaram com equipamentos mais pesados ​​para as reservas de petróleo da Síria. Donald tem muito mais para drenar do pântano antes que o Pentágono realmente ouça qualquer coisa que ele diga. Trump deveria estar indignado e denunciar em voz alta que o comando militar não se preocupa com o que ele pensa, mas isso acenderia um caos inimaginável e talvez até uma guerra civil nos EUA, se os cidadãos, que possuem cerca de 393 milhões de armas em suas casas, percebessem que os interesses particulares estão sob a alçada das forças armadas. Também levaria a uma pergunta muito simples, mas dramática: "Qual é exactamente o propósito da democracia?" Essas armas são as cercas de titânio que protegem a população de um Big Brother totalitário.

É preciso perceber quantos problemas o exército e as agências de espionagem dos EUA estão a enfrentar através da criação de operações de bandeira falsa há mais de um século, para que as suas intervenções sempre pareçam justas, em nome da promoção da democracia, direitos humanos e justiça em todo o planeta. Explodiram o navio Maine, em 1898, para entrar na guerra hispano-americana, depois o Lusitania, em 1915, para entrar na Primeira Guerra Mundial. Pressionaram o Japão para atacar Pearl Harbor, em 1941, souberam do ataque com 10 dias de antecedência e não disseram nada à base havaiana. Forjaram uma agressão com torpedos norte-vietnamitas nos seus navios, na Baía de Tonkin, para justificar o envio de tropas para o Vietname. Inventaram uma história de soldados iraquianos a destruir creches/berçários para invadir o Kuwait, em 1991. Inventaram armas de destruição em massa para atacar o Iraque novamente, em 2003, e organizaram o 11 de Setembro, para destruir a Constituição de 1789, atacar o Afeganistão e iniciar uma guerra contra o terror. Essa máscara de virtude, totalmente falsa, tem de ser preservada para controlar a opinião dos cidadãos americanos e o seu arsenal doméstico, pois precisam acreditar que usam os chapéus brancos dos 'cowboys' da democracia.

 Então, como reagiu Trump, quando soube que as tropas americanas estavam a tornar a entrar na Síria? Ele repetiu sempre, em todas as entrevistas e declarações, que «asseguramos os campos de petróleo da Síria» e até acrescentou «Estou a pensar em enviar a Exxon para a região, para cuidar do petróleo sírio». Os neoconservadores, os sionistas e os bancos ficaram emocionados, mas a maioria ficou indignada, porque a grande maioria não percebe que Trump está a engolir esta pílula apenas pelos seus efeitos secundários. Neste único frasco, está escrito em letras pequenas que «o uso desta droga pode forçar as tropas americanas e as tropas da NATO a sair da Síria, sob pressão da comunidade mundial unida e espantar a população americana.» Trump tornou a situação insustentável para a NATO permanecer na Síria, e como ele repetiu essa posição profundamente chocante e politicamente incorrecta, mostra claramente a sua verdadeira intenção. Ele destruiu mais de um século de virtude falsa, com uma única frase.

Trump é uma anomalia histórica
Trump é apenas o quarto presidente da História dos EUA a lutar realmente pelo povo, ao contrário dos outros 41, que canalizaram, principalmente, o dinheiro do povo, num 'pipeline' de dólares que acaba nos bancos privados. Primeiro, foi Andrew Jackson, morto a tiros depois de destruir o Segundo Banco Nacional, que ele acusou abertamente de ser controlado pelos Rothschild e pela City, de Londres. Depois, Abraham Lincoln, que foi assassinado depois de imprimir as suas "verdinhas", dinheiro nacional que o Estado emitiu para pagar aos soldados, porque Lincoln se recusara a pedir emprestado o dinheiro de Rothschild, com juros de 24%. Seguidamente, JFK, que foi morto por uma dúzia de razões que contrariam principalmente os lucros dos bancos e das indústrias militares, e agora é Donald Trump, que gritou aos quatro ventos, que ele «iria devolver a América ao povo».
Como a maioria dos empresários, Trump odeia os bancos pelo poder formidável que eles têm sobre a economia. Leiam o único livro de Henry Ford, "O Judeu Internacional", para descobrir quão profunda era a sua desconfiança e ódio pelos bancos internacionais. Os negócios de Trump sofreram muito, devido a essas instituições que, basicamente, vendem um guarda-chuva para vocês, para recuperá-lo logo que chove. O controlo dos bancos privados sobre a criação de dinheiro e as taxas de juros, através de todos os bancos centrais de quase todos os países, é um poder permanente sobre as nações, muito acima do ciclo efémero dos políticos. No ano 2000, esses saqueadores da nação estavam a poucos passos do seu sonho totalitário planetário, mas alguns pormenores pararam esse acontecimento: Vladimir Putin e 393 milhões de armas americanas. Depois veio o Donald de rosto laranja, a última peça do quebra-cabeça que nós, o povo, precisávamos para acabar com 250 anos de império bancário.

Técnicas e tácticas
No início de seu mandato, Trump tentou ingenuamente a abordagem directa, cercando-se de rebeldes do 'establishment' como Michael Flynn e Steve Bannon, irritando cada um e todos os seus aliados estrangeiros, destruindo os tratados de comércio livre, impondo impostos sobre as importações e insultando-os na cara deles nas reuniões do G7, de 2017 e 2018. A reacção foi forte e todos duplicaram o absurdo do Russiagate, pois parecia a única opção para travar o homem no seu caminho de destruição do globalismo. Previsivelmente, a abordagem directa não levou a lugar algum; Flynn e Bannon tiveram de se afastar e Trump foi envolvido em algumas investigações que o fizeram perceber que não conseguiria nada com transparência. Teve de encontrar uma maneira de aniquilar as pessoas mais perigosas do planeta, mas, ao mesmo tempo, permanecer no poder e vivo. Teve de se acalmar.

Foi quando o seu génio explodiu no mundo. Mudou completamente a sua estratégia e abordagem e começou a tomar decisões absurdas e a twittar declarações ultrajantes. Por mais ameaçadoras e perigosas que alguns delas parecessem, Trump não as usou pelo significado de primeiro grau, mas estava a visar os efeitos genuínos de segundo grau, que os seus movimentos teriam. Não se importava com o que as pessoas pensavam dele pelo que fazia, pois os resultados só contam no final. Até brincava de fanfarrão no Twitter, parecia ingénuo, lunático ou completamente idiota, talvez na esperança de espalhar a crença de que ele não sabia o que estava a fazer e que não podia ser tão perigoso. Ele está  a ser, deliberadamente, politicamente incorrecto para mostrar o rosto feio que os Estados Unidos estão a esconder atrás das suas máscaras.

O primeiro teste da sua nova abordagem foi tentar parar o crescente perigo de um ataque e invasão da Coreia do Norte pela NATO. Trump insultou Kim Jung-Un através do Twitter, chamou-o de Rocket Man e ameaçou destruir a Coreia do Norte. O seu furioso erro político continuou durante semanas até que afundou na mente de todos, que não eram boas razões para atacar um país. Ele paralisou a NATO. Trump então conheceu o Rocket Man e caminharam no parque, dando início a uma bela amizade, rindo juntos, enquanto não realizavam absolutamente nada nas suas negociações, uma vez que não tinham nada para negociar. Muitos estavam a falar sobre o Prémio do Nobel da Paz, porque muitos não sabem que, geralmente, é entregue a criminosos de guerra como Obama ou Kissinger.
Depois veio a Venezuela. Trump levou sua táctica um passo adiante, para garantir que ninguém pudesse apoiar um ataque ao país livre. Colocou os piores neoconservadores disponíveis no caso: Elliott Abrams, anteriormente condenado por conspiração no acordo Irão-Contras, nos anos 80, e John Bolton, famoso militarista de primeiro grau. Trump então confirmou Juan Guaido como a sua escolha para Presidente da Venezuela; um boneco vazio tão burro que ele nem consegue ver o quanto está a ser usado. Mais uma vez, Trump ameaçou queimar o país em escombros, enquanto a comunidade mundial observava com admiração a total falta de subtileza e diplomacia no comportamento de Trump, com o resultado do Brasil e da Colômbia recuarem e dizerem que não queriam nada com um ataque à Venezuela. O medicamento de Trump deixou só 40 países satélites em todo o mundo, com Presidentes e Primeiros Ministros suficientemente mortos cerebralmente para apoiar timidamente Guaido, o bobo da corte. Donald marcou a caixa ao lado da Venezuela na sua lista e continuou a rolar para baixo.

Depois vieram os dois presentes para Israel: Jerusalém como capital e as Colinas de Golã, na Síria, como posse confirmada. Netanyahu, que tem pouca inteligência, pulou de alegria e todos gritaram que Trump era um sionista. O resultado real após o efeito foi que todo o Médio Oriente se uniu contra Israel, que ninguém mais pode apoiar. Até o seu cúmplice histórico, a Arábia Saudita, teve que desaprovar abertamente esse enorme bofetada na cara do Islão. Os dois presentes de Trump foram, na verdade, facadas nas costas no Estado de Israel, cujo futuro não parece muito brilhante hoje em dia, já que a NATO terá de sair da região. Verifiquem novamente.

Como a realidade se desmorona
Mas há mais! Com a sua falta de controlo sobre a NATO e o exército, Trump está muito limitado nas suas acções. À primeira vista, a excelente multiplicação de sanções económicas em países como a Rússia, a Turquia, a China, o Irão, Venezuela e outras nações parece dura e impiedosa, mas a realidade dessas sanções empurrou esses países para fora do sistema financeiro Swift, projectado para manter as nações escravizadas através da hegemonia do dólar e todos estão a escapar às garras dos bancos internacionais. Forçou a Rússia, a China e a Índia a criar um sistema alternativo de pagamentos comerciais com base nas moedas nacionais, em vez do todo-poderoso dólar. A realidade bipolar do mundo agora é oficial e, com as suas próximas sanções, Trump empurrará mais países para fora do sistema Swift para se juntar ao outro lado, enquanto bancos importantes estão a começar a cair na Europa.

Mesmo no furacão político em que Trump está, ele ainda encontra tempo para mostrar o seu humor arrogante quase infantil. Vejam a sua zombaria grandiosa de Hillary Clinton e Barack Obama, quando ele se sentou com os generais mais sérios que pôde encontrar, para tirar uma foto na chamada "Sala da Situação", enquanto fingiam a supervisão da morte de Baghdadi em algum lugar onde ele não poderia estar, exactamente como os seus predecessores criminosos fizeram há muito tempo com a falsa morte de Bin Laden. Até ampliou a farsa para adicionar os detalhes de um cachorro que reconheceu o falso califa do Daesch, ao cheirar a sua roupa interior. Agora que vocês percebem quem Trump realmente é, também poderão apreciar o programa, em todo seu esplendor e verdadeiro significado.

«Asseguramos os campos de petróleo da Síria». De facto, com esta frase curta, Trump uniu a sua voz à do General Smedley Butler, que abalou o mundo há 80 anos com um pequeno livro chamado "Guerra é uma roubalheira". Saquear e roubar petróleo definitivamente não é tão virtuoso como promover a democracia e a justiça. O que me surpreende são os inúmeros jornalistas e analistas "alternativos", que conhecem na ponta dos dedos todos os problemas técnicos do 11 de Setembro, ou a realidade científica da absurda história do aquecimento global, mas ainda não têm ideia do que Trump está a fazer, após três anos no seu mandato, porque eles compraram a grande comunicação mediática que convenceu todos de que Trump é um doente mental.

Para aqueles que ainda têm dúvidas sobre a agenda de Trump, acreditam realmente que a implosão óbvia do Imperialismo Americano no planeta é uma coincidência? Ainda acreditam que é devido à influência russa nas eleições de 2016 que a CIA, o FBI, todos os medias, o Congresso Americano, a Reserva Federal, o Partido Democrata e a metade belicista dos republicanos estão a trabalhar contra ele e que estão até a tentar destituí-lo? Como a maioria das coisas que saem na comunicação mediática, a realidade é exactamente o oposto do que vos estão a dizer: Trump pode ser o homem mais dedicado que pôs os pés na Sala Oval. E certamente o mais ambicioso e o mais politicamente incorrecto.

Conclusão
O mundo mudará drasticamente entre 2020 e 2024. O segundo e último mandato de Trump coincide com o último mandato de Putin como Presidente da Rússia. Pode nunca haver outra coincidência como esta, durante muito tempo, e ambos sabem que é agora ou talvez nunca. Juntos, eles têm de acabar com a NATO, com o sistema Swift e a União Europeia deve desmoronar. O terrorismo e o aquecimento global antropogénico saltarão no vórtice e desaparecerão com os seus criadores. Trump terá que drenar o pântano, na CIA e no Pentágono, e tem de nacionalizar a Reserva Federal. Junto com Xi e Modi, poderiam pôr um fim ao sector bancário privado nos assuntos públicos, ao recusar-se a pagar um único centavo das suas dívidas e redefinir a economia mundial mudando para as moedas nacionais produzidas pelos governos, pois os bancos privados cairão com um efeito dominó, sem mais servos do tipo Obama para salvá-los à vossa custa. Logo que estas medidas sejam efectivadas, paz e prosperidade insuperáveis ​​podem percorrer o planeta, pois os nossos impostos serão aplicados no desenvolvimento dos nossos países, em vez de comprar equipamentos militares inúteis e pagar juros de empréstimos de banqueiros que, sobretudo, nem sequer tinham dinheiro.
Se ainda não compreendem Donald Trump depois de ler o texto acima, é inútil. Ou vocês podem ser Trudeau, Macron, Guaido ou qualquer outro idiota útil, desconhecedor de que o tapete sob os seus pés já se escapuliu. 

fonte: pravda.ru
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com

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