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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

ANGOLA: JLO À DESCOBERTA DE UM “NINHO DE MARIMBONDOS”.

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jl-marimbondos

No actual imbróglio que caracteriza as relações entre o actual presidente da República e o ex-presidente, não sabemos que tipo de conselheiros este último tem, mas, em todo o caso, vê-se a olho nu e entende-se sem ser preciso falar que esses pretensos sábios e doutores não são capazes de interpretar os anseios e aspirações do povo de Angola!

Não acham que seria maior benefício para a salvaguarda da imagem do ex-líder e do próprio partido, se fosse dado um apoio ao actual presidente, fraquinho e manso, entremeado de conselhos de prudência, numa atitude que só daria crédito ao antigo regime JES/MPLA?
Nada disso, o que se sente é repúdio, indignação e, entretanto, o que se está a dar a entender ao povo é que, à coerência política do desempenho do actual presidente – JLo está, tanto quanto pode, a cumprir o que tinha prometido nos seus discursos de campanha eleitoral – se opõe o disco duro do MPLA, representado por um Comité Central muito prudente, que na realidade pouco menos é do que um aglomerado de “yes men” do camarada ex-presidente da República, e a vozeira de alguns dos principais arauto do defunto regime JES/MPLA, entre os quais já se destacaram o deputado João Pinto, a filha do ex-PR, Tchizé dos Santos, o actual governador do Cunene, Kudi Pahyama e o irredutível general Zé Maria.
Entretanto, JLo enviou para o vulgo “olho da rua” pessoas que, pelo menos, não lhe inspiravam confiança e foram substituídas por outras em quem ele pode confiar, o que é normal. O problema é que para o lugar dos exonerados foram optadas não só pessoas competentes, mas também alguns indivíduos um tanto ou quanto tão podres como os que foram apeados.
Pelo que foi dado a conhecer em vários órgãos de comunicação social, no processo que antecedeu a nomeação dos secretários de Estado, o titular das Finanças, Archer Mangueira, havia apresentado a proposta de três nomes para o cargo de secretário de Estado do Tesouro.
Segundo este ministro, as pessoas mais indicadas para exercer essas funções seriam Ciel de Aguiar da Conceição, Vera Esperança dos Santos Daves e Carlos Aires da Fonseca Panzo.
João Lourenço aceitou o nome de Vera Daves e aproveitou o nome de Carlos Panzo, com o intuito de o nomear para o cargo de secretário para os assuntos económicos do Gabinete Presidencial.
Pouca sorte, o recém-nomeado secretário foi enviado em missão à Suíça e quando regressou a Angola, cerca de uma semana depois da data da sua nomeação, foi exonerado “illico presto” por JLo, porque com ele, quase ao mesmo tempo, chegaram a Luanda notícias da justiça helvética segundo as quais o homem estava a ser investigado na Suíça por branqueamento de capitais.
Poucos dias depois deste desaire, aconteceu a exoneração de Isabel dos Santos, PCA da Sonangol. Para o seu lugar foi catapultado mais um dirigente que também está a ser objecto de investigação no estrangeiro por suspeita de branqueamento de capitais, um funcionário que já tinha alegadamente feito alguns desgastes na Sonangol, Luís Ferreira de Nascimento José Maria, que está, desde Agosto passado, associado a uma acusação feita pela Procuradoria da República Portuguesa.
Desde então foram levantadas interrogações quanto ao critério que o novo Presidente estaria a levar na avaliação da ficha dos seus nomeados, uma vez que estavam a propor-lhe nomes com cadastros comprometidos tais como aconteceu com Carlos Panzo e agora com Luís Ferreira de Nascimento José Maria.
Será realmente pouca sorte? Claro que não, pois se for nomeada mais gente que fez parte do cume da pirâmide da hierarquia na Sonangol, muita sorte seria encontrar um funcionário que não estivesse a ser investigado por prática de trafulhices. Enquanto JES esteve no poder, toda essa banda estava ao abrigo duma total impunidade como como prova o facto de a PGR de Angola ter anunciado em comunicado que estava ao corrente da existência de desde Março deste ano cerca da investigação que pesa sobre Panzo.
fonte: http://jornalf8.net

Cuba se prepara para eleições gerais.

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Fonte de informações: 

Pravda.ru

 
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Havana, 20 nov (Prensa Latina) As autoridades eleitorais cubanas revisam hoje os detalhes face às eleições de 26 deste mês e trabalham para solucionar o mais rápido possível as deficiências encontradas durante uma prova geral realizada ontem.

Neste domingo os mais 24 mil colégios eleitorais do país participaram no exercício, o qual foi considerado exitoso na cada território.
A prova permitiu comprovar o sistema de trabalho previsto para o dia das votações-quando serão eleitos os delegados às assembléias municipais do Poder Popular-, bem como mobilizar aos membros das comissões eleitorais e pôr em prática os meios e mecanismos correspondentes à cada nível.
Segundo o vice-presidente da Comissão Eleitoral Provincial de Havana, Pedro Viltres, trabalhou-se com antecedência para prever todo o necessário quanto a tecnologia, preparação dos membros de mesa, documentação e transporte, entre outros elementos.
Segundo Viltres tão só na capital se puseram em marcha e se comprovaram mil e 200 meios de transporte automotor, mais cinco mil e 500 enlaces, 45 radioamadores e ao redor de cinco mil e 700 telefones, entre fixos e móveis.
Mesmo assim se verificou o cumprimento dos horários, a disponibilidade de insumos e as condições de iluminação.
Num segundo momento utilizaram-se boletas de prova e se ensaiou o voto e a transmissão de dados para os centros de cômputo.
De acordo com a Comissão Eleitoral Nacional, em Cuba há 27 mil 221 nominados para as eleições de delegados às assembléias municipais do Poder Popular, dos quais 35 por cento são mulheres e 19 por cento, jovens.
A segunda volta das eleições será em 3 de dezembro, naquelas circunscrições nas que nenhum dos aspirantes obtenha mais do 50 por cento dos votos válidos emitidos

Hoje assinala-se o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres.

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26.11.2017 | Fonte de informações: 

Pravda.ru

 
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Hoje assinala-se o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres

Dezoito anos após a resolução das Nações Unidas, que consagra o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres, a realidade continua a ser preocupante. As estatísticas alarmam, mas o cenário é ainda mais perturbador pelo facto de quase metade dos casos nunca serem relatados.
Segundo confirmou esta semana o Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE, na sigla em inglês), as situações de violência doméstica identificadas são «apenas uma fracção da realidade».
Os dados revelam que quase uma em cada duas mulheres (47%) que sofreu violência nunca disse a ninguém, «seja à polícia, serviços de saúde, um amigo, vizinho ou colega». Por sua vez, a directora do instituto admitiu que a violência exercida sobre as mulheres «é tanto uma causa como uma consequência da desigualdade de género».
As vítimas de violência doméstica, seja ela física, psicológica, emocional ou sexual, provêm de diferentes classes sociais e apresentam várias idades. Apesar de não existir um padrão, quer dos agressores quer das vítimas, a dificuldade em assumir e denunciar a violência está muitas vezes ligada a preconceitos sociais, ameaças à integridade física e dependência financeira.
Em resumo, não basta denunciar. As vítimas precisam de ver reforçadas medidas de protecção e apoio, que sejam céleres e adaptadas às suas necessidades, independentemente da região onde habitem, de forma a preservarem alguma confiança. Neste âmbito, compete ao Estado assegurar a criação de uma rede pública que seja capaz de apoiar as vítimas e dessa forma garantir a igualdade perante a lei.
25 DE NOVEMBRO
A Assembleia Geral das Nações Unidas elegeu o dia em que, no ano de 1960, as três irmãs Mirabal, activistas políticas na República Dominicana, foram assassinadas pelo regime ditatorial de Rafael Trujillo, como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres
Mas é necessário também realizar trabalho efectivo a montante, que previna desde cedo retrocessos na consciência social e nas mentalidades. O aumento de queixas por violência no namoro, onde 89% das vítimas são raparigas, revela a pertinência desse trabalho.  
Os números estão em crescendo desde que foi aprovada a alteração ao Código Penal, em 2013, onde, no artigo referente ao crime de violência doméstica (152.º) se acrescenta uma alínea específica sobre a violência no namoro. Até então, a violência no namoro em meio escolar não era monitorizada. Nesse ano a PSP tratou 1050 ocorrências. Em 2014 registou-se um aumento de 50%, tendo havido 1549 queixas por violência no namoro.
O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) ressalva ainda a necessidade de se apostar na sensibilização e formação das forças de segurança, mas também das mulheres e raparigas em igualdade de género, «para o reforço da sua autoestima e das suas competências relacionais», a par da «formação em comunicação e relacionamento entre os casais, nas famílias e nas comunidades».
«Faça quem as fizer quem as paga é a minha mulher»
A violência doméstica é ancestral, tendo-se vulgarizado ao longo do tempo ditados populares que, além de servirem para reservar o crime à esfera privada («Entre marido e mulher não metas a colher»), legitimaram uma relação de poder do homem sobre a mulher.
Embora ainda haja resquícios dessa violação, ela foi um dos pilares da ditadura de Salazar, onde a mulher era um ser sem direitos. «Mãe, esposa e dona de casa», desta forma o fascismo atestava a atribuição das tarefas domésticas às mulheres, legalmente dependentes da autorização do «chefe de família», fosse para viajar ou para aceitar/manter um emprego. Mesmo na educação dos filhos o seu papel era subalternizado em relação ao homem.
PÉROLAS DO FASCISMO
Alguns dos provérbios que circulavam livremente na ditadura de Salazar, legitimando a violência sobre as mulheres: 
«Faça quem as fizer quem as paga é a minha mulher»
«A mulher e a mula com o pau se cura»
«A mulher e o pedrado querem-se bem pisados»
Até 1969, a mulher não podia deslocar-se ao estrangeiro sem a autorização do marido. Até ao final da década de 60, as mulheres só podiam votar quando fossem chefes de família e possuíssem curso médio ou superior. Mas nem a instrução conferia inteiros poderes às mulheres. As enfermeiras, por exemplo, não podiam casar. As professoras podiam, mas desde que o futuro marido não auferisse um vencimento superior.
Com a Revolução de Abril e as transformações económicas e sociais que alavancou, os direitos económicos, sociais e culturais das mulheres passaram a estar defendidos na Constituição, assim como a igualdade nas esferas privada e pública.
Mas foi já em 1991, após a publicação da Lei 61/91, que resultou de um projecto do PCP, que os governos começaram a adoptar medidas em relação à protecção das mulheres vítimas de violência.
No preâmbulo do diploma lê-se uma afirmação que continua a revestir-se de actualidade: «As mulheres vítimas de opressão, muitas vezes continuam a calar e suportar em silêncio o produto violento de uma sociedade que ainda não deixou de rever-se em estruturas que colocavam as mulheres num dos últimos lugares da hierarquia».
O inimigo mora em casa
Embora se tenham dados passos significativos desde então, os dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), de 2016, revelam que as ocorrências da violência doméstica continuam a aumentar de forma significativa no nosso país, com as mulheres a protagonizar o maior número de vítimas (79,9%). Os agressores, na sua maioria homens (84,3%), são ou foram, em mais de 70% das situações, maridos e companheiros das vítimas.
Desde Janeiro deste ano e até à passada segunda-feira, 18 mulheres morreram, vítimas de violência, e outras três foram alvo da tentativa de homicídio. A maioria dos crimes foi cometida em casa pelos companheiros ou namorados das vítimas, que recorreram a armas brancas ou de fogo.
Em nove dos 18 casos, a medida de coacção aplicada foi a prisão preventiva e noutro a prisão domiciliária. Apesar de ser o número mais baixo de homicídios dos últimos 14 anos, em muitas situações já existiam processos-crime e inquéritos.
Pelo que, a campanha para assinalar este dia, #NemMais1MinutodeSilêncio, lançada pela Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, em conjunto com um leque de entidades relacionadas com os direitos das mulheres, sendo importante não é suficiente.
Apesar da legislação que existe hoje no nosso país, ao nível da prevenção da violência doméstica, na protecção e reparação das consequências das vítimas, e na penalização dos agressores é imperativo que haja uma aplicação célere dos mecanismos previstos a fim de evitar crimes e atenuar os traumas psicológicos e físicos que as sobreviventes enfrentam a curto e longo prazo.
Violência e desigualdade de mãos dadas
Outras formas de violência estão também a aumentar nos locais de trabalho, consideradas nas discriminações salariais e na desvalorização quer dar actividades profissionais quer das qualificações das mulheres.
Tal como recordou o então ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, em Outubro, as disparidades salariais afectam sobretudo as mulheres mais qualificadas, chegando a receber menos 25% de vencimento do que homens com as mesmas qualificações.
«As disparidades aumentaram nos tempos de crise, reduziram-se nos últimos anos. O aumento sucessivo, significativo, do salário mínimo em 2016 e 2017 reduziu bastante as disparidades salariais, porque há muitas mulheres a ganhar o salário mínimo», sublinhava Eduardo Cabrita.
São, de facto, «muitas». Na base da pirâmide, são as mulheres quem maioritariamente aufere o salário mínimo nacional e baixas pensões de reforma.
A CGTP-IN frisa que «o elevado nível de desemprego e de novos riscos de perda de postos de trabalho para centenas de mulheres, bem como de existência prolongada de situações de salários em atraso, de precariedade elevada (em especial, das jovens trabalhadoras) e de pobreza laboral, dado que cada vez mais se empobrece a trabalhar», são factores que têm conduzido à naturalização da violência e assédio moral no trabalho.
Perante a declaração da comissária europeia responsável pela Justiça, Consumidores e Igualdade de Género, Vera Jourová, esta segunda-feira, na qual admitia que «a independência económica das mulheres é a sua melhor protecção contra a violência», a central sindical defende a tomada de medidas concretas.
Então, alerta, «a valorização do trabalho e dos trabalhadores significa atribuir conteúdo concreto a esta data, através de medidas, acções e políticas concretas que combatam as causas e origens» de todas as formas de violência contra as mulheres.
Photo By Sand Paper - victims of acid attacks, CC BY-SA 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=3591024
https://www.abrilabril.pt/nacional/basta-de-violencia-contra-mulheres

Angola: O Presidente João Lourenço quer parceria estratégica com África o Sul.

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Durante três dias de visita à África do Sul, o chefe de Estado angolano manteve reuniões com o seu homólogo Jacob Zuma. As delegações dos dois países assinaram cinco acordos e memorandos de entendimento.
fonte: DW África
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João Lourenço, Presidente de Angola
"Desejo que esta minha visita de Estado seja um primeiro passo para conferir um caráter estratégico ao relacionamento entre a África do Sul e Angola e para explorarmos mais seriamente todas as imensas possibilidades que ainda existem para ampliarmos a nossa cooperação em todos os domínios", afirmou João Lourenço, no sábado (25.11), no término de uma visita de três dias à África do Sul.
Durante a visita do chefe de Estado angolano, as delegações governamentais dos dois países assinaram cinco acordos e memorandos de entendimento, nomeadamente para supressão recíproca de vistos em passaportes ordinários, que entra em vigor já a 1 de dezembro.
Na sua primeira visita de Estado, João Lourenço encontrou-se com representantes da comunidade angolana residente na África o Sul e participou num fórum empresarial que juntou investidores dos dois países.
"Angola deve aprender com a África do Sul o processo de transformação de uma economia paralela e informal para uma economia onde as empresas são devidamente auditadas e cotadas em bolsa, proporcionando assim maiores ganhos e maior transparência na gestão da coisa pública", defendeu João Lourenço.
Segundo o chefe de Estado angolano, é necessário "dizer ao mundo, e em particular à África do Sul, que Angola continua naquela fase de que precisa de investir fortemente nas suas infraestruturas, destruídas pela guerra".
A fechar a sua visita, no sábado (25.11), o Presidente João Lourenço homenageou, no Freedom Park, em Pretória, os sul-africanos que combaterem o apartheid, o regime de segregação racial que teve fim em 1994.

Opinião: Sucessor não é diferente de Mugabe.

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Milhares saúdam na capital Harare o novo presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa. Mas "o Crocodilo" não é melhor do que seu antecessor, e está longe de significar mudança, opina o jornalista Ludger Schadomsky.
fonte: DW África
Apelido do novo presidente do Zimbábue é Crocodilo – totem e tabu em diferentes regiões africanas
Apelido do novo presidente do Zimbábue é "Crocodilo" – totem e tabu em diferentes regiões africanas
No Zimbábue, os coloridos kitenges – vestimenta semelhante ao sarong, típica do Centro e Oeste da África – sempre refletem um pouco a paisagem política do país. Assim, nos últimos 37 anos, seus estampados geralmente traziam o retrato do presidente Robert Mugabe.
Depois de o idoso autocrata ter sido definitivamente varrido do cargo, porém, últimas semanas de novembro já se vê, aqui e ali, o rosto do novo homem forte em Harare: o ex-vice-presidente Emmerson Mnangagwa, de 75 anos. No entanto, por mais sedutor que seja o simbolismo, o novo rosto do Zimbábue está longe de ser um emblema de liberação, e muito menos de reconciliação nacional.
Ludger Schadomsky é jornalista do departamento da DW para a África
Ludger Schadomsky é jornalista do departamento da DW para a África
Não é acaso o apelido de Mnangagwa ser "o Crocodilo". Fiel a Mugabe, ele sempre se encarregou do trabalho sujo para seu mestre; primeiro como seu guarda-costas, nos anos 70, depois como chefe do serviço secreto, e por último como brutal vice. O assassinato de milhares de oposicionistas e ativistas pesa nas costas da suposta nova esperança zimbabuense – da mesma forma que o massacre de fazendeiros brancos.
Não menos importante é o fato de Mnangagwa ser visto como o mandante da sangrenta repressão ao levante do grupo étnico dos ndebele contra Mugabe e seus seguidores shona, matando milhares na década de 80. É difícil imaginar que os ndebele, no empobrecido sul do país, venham a estender a mão conciliatória ao novo presidente.
Mnangagwa é considerado menos ideologicamente armado do que Mugabe, e otimistas esperam que, com ele, uma nova real-política adentre a State House, arrancando o Zimbábue do isolamento e reposicionando-o na comunidade internacional. O novo presidente acenou nessa direção após seu empossamento, na sexta-feira (24/11).
Até esse ponto, é preciso reconhecer que, nestes agitados tempos de revolução, Emmerson Mnangagwa seria o homem certo no lugar certo, pois conhece o funcionamento do sistema como nenhum outro. No entanto quando, por estes dias, se escutam os zimbabuenses bradarem "Chinja!" (mudança), eles não podem estar se referindo ao líder setuagenário, com um currículo na política e no serviço secreto tão intimamente ligado ao velho sistema de Mugabe.
O crocodilo é venerado como totem em algumas regiões africanas, em outras é temido. Da mesma forma, os zimbabuenses se veem divididos entre dois polos, nestas horas e dias. O que é certo é que, o mais tardar na eleição de 2018, o caçador de tocaia Mnangagwa deve abdicar, para dar lugar à verdadeira mudança.
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.

DJs e músicos luso-africanos aquecem noite em Berlim.

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Big Up! LusAfro! trouxe à capital alemã, no sábado (25.11), talentos da cena musical luso-africana. O público dançou ao som da rapper moçambicana Dama Do Bling e dos DJs Buruntuma, Marfox e Breyth, entre outros.
fonte: DW África
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Berlim, a capital da música eletrónica europeia, foi palco para talentos musicais luso-africanos mostrarem as sonoridades que animam clubes de Luanda, Maputo e Lisboa, além da Guiné-Bissau, de São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
Foi no bairro berlinense de Kreuzberg, conhecido pelo estilo alternativo, que esses novos e alguns já renomados talentos apresentaram, este sábado (25.11), as suas batidas.
Os chamados "afrobeats" ou batidas africanas não deixaram ninguém parado na pista de dança do Clube Gretchen numa noite casa cheia, com cerca de 200 pessoas.
"O "afrobeat" é um ritmo que se sente e vem do coração. Eu danço sem ver o que está em redor. Já o "techno" sozinho é um ritmo muito duro", contou à DW África a estudante alemã Marie Wischerow durante a festa.
Os músicos fazem parte do projeto LusAfro, uma iniciativa da produtora Piranha Kultur, em parceria com a empresa Harmonia, o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde e a rádio alemã WDR Cosmo.
Este foi o terceiro encontro do LusAfro, este ano, depois da participação no festival Atlantic Music Expo, em Cabo Verde, em abril, e de uma passagem por Colónia, na Alemanha, em julho.
Sons da diáspora
Mas o que estes artistas luso-africanos trazem para a cena musical berlinense? "Algo totalmente novo", responde Francis Gay, criador do projeto LusAfro pela rádio WDR Cosmo.
Big Up! LusAfro!
Público em Berlim dançou ao som dos "afrobeats"
"Já existem festas africanas em Berlim, onde atuam talentos do Gana, da Nigéria, de Londres ou Paris. Mas o que se produz em Maputo, Luanda e Praia e, sobretudo os sons produzidos no contexto da diáspora africana, em Lisboa, são bem diferentes", afirma Francis Gay.
Kuduro, Kizomba, Funaná são sonoridades africanas que dão um toque especial às batidas eletrónicas da cena musical de Berlim onde, desde os anos 80, o "techno" predomina.
"Poucas pessoas na capital alemã sabem, por exemplo, o que é o "Koti po", um som que nasceu nas ruas de Lisboa e se expandiu rapidamente para Cabo Verde. É hoje um fenómeno, um grande som, quase como o Funaná naquele país africano”, explica Gay.
Além disso, "ainda não chegaram com forte expressão à capital alemã os sons dos guetos de Lisboa, nem mesmo nomes como DJ Breyth e Marfox", acrescentou criador do projeto LusAfro. Foi isso o que o festival LusAfro também quis promover.
DJs dos guetos para o mundo
DJ Breyth vive em Lisboa e sua música toca nos clubes dessa cidade e em Luanda. Começou a interessar-se pela música por volta dos oito anos. Conta que, quando era miúdo, observava o pai misturar sons nas festas de família. Hoje, é o próprio pai que ouve os sons criados pelo músico, às vezes por acaso, nas ruas de Luanda, onde vive.
DJ Marfox
DJ Marfox
Outro nome da cena musical lisboeta é Marlon Silva ou DJ Marfox. Filho de imigrantes de São Tomé, começou a fazer música aos 13 anos e na adolescência integrou o grupo "DJs do gueto".
Hoje DJ Marfox viaja pelo mundo levando os sons que produz no seu quarto, em Lisboa. Aos 29 anos, já passou por festivais da América Latina, Estados Unidos e  Europa, levando ritmos musicais africanos como o Kuduro e Funaná misturados com batidas eletrónicas.
"Tenho passado por bons festivais em que o Kuduro nunca foi tocado. É a batida de Lisboa, o "Afrobeat" ou o "Afro House", como denominaram. A aceitação do público tem sido fantástica", sublinhou DJ Marfox.
A música "Fun Fun Fun" resulta de uma colaboração com o berlinense Daniel Haaksman, com o som de acordeão, misturado pelo DJ Marfox com influências do Funaná cabo-verdiano.
"Downtempo”
DJ Buruntuma
DJ Buruntuma
Em Berlim, ritmos africanos como Kuduro, Kizomba e Funaná acabam por impulsionar uma tendência da cena eletrónica chamada "Downtempo" e "Global base". "Nessa cena ["Downtempo"] não há só as batidas do "techno" tradicional, mas o ritmo tem outra velocidade. É o que chamamos de "beats" por minuto ou "BPMs". São artistas que conseguem absorver tanto da cultura eletrónica como da música orgânica e pegam muito da cultura africana", explica o produtor cultural, músico e DJ Rodrigo Da Mata, que vive e trabalha em Berlim.
E é nessa onda que ganham espaço, em Berlim, novos talentos da cena luso-africana como os DJs Marfox e Breyth, de Lisboa, e Buruntuma, da Guiné-Bissau.
"Não temos muita expressão na cena, pelo menos no mercado onde estou. O meu maior sonho é que as pessoas vejam que se faz muita música boa fora do circuito "mainstream"", explica o guineense.
Rainha do hip-hop pela integração lusófona
Também integrante do projeto LusAfro, a rainha do hip-hop moçambicano, Dama Do Bling, já tem dez anos de carreira mas diz não ser imune às dificuldades do mercado da música africana e particularmente luso-africana.
Dama Do Bling
Dama Do Bling, artista moçambicana
"Desde 2012, tem sido muito mais difícil tocar em outros países africanos, porque estão mais fechados. Para onde deveria ir? Para Angola, Cabo Verde, mas não estamos a fazer isso, porque falta intercâmbio entre países luso-africanos e em África", lamenta Dama Do Bling.
Mesmo com poucos artistas e um público menor do que se esperaria em Moçambique, Do Bling diz que projetos como o LusAfro ajudam a valorizar a música da África lusófona. "Os promotores moçambicanos não aceitam coisas pequenas como o LusAfro. Querem fazer coisas grandes, com casa cheia, pavilhão com 50 mil pessoas. Só que isso não é possível, porque estamos a atravessar uma fase de crise económica", explicou a artista moçambicana.
Por isso, o projeto LusAfro é uma plataforma importante para se criar uma rede de músicos que têm em comum a língua, mas que não estão conectados. "Queremos mostrar ao mundo todos os "temperos" locais desses países e misturados ao que chamamos de "techno house", que acaba sendo parte da tendência "Global base"", explicou o criador do projeto, Francis Gay.
Além dos DJs Breyth, Marfox, Buruntuma e da rapper Do Bling, também participaram da festa BigUp! LusAfro outros talentos como DJ Daferwa, Perera Elsewhere, Fattú Djakité, Hélio Batalha, Gato Preto, e Africaine 808. O DJ Pedro Coquenão, famoso com o projeto "Batida" e conhecido pelo som eletrónico com crítica social, cancelou a participação por motivos de saúde.

Angola: Presidente critica que não se tenha feito nada sobre o problema de divisas.

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João Lourenço garante que o país tem reservas de moeda estrangeira, só que estão fora do controlo do circuito legal. "Todo o mundo sabe e ninguém faz nada", afirmou o chefe de Estado.
fonte: DW África
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Presidente angolano
"Há divisas em Angola, pelo menos em Luanda, só que estão fora das instituições próprias que deviam ter o controlo delas", criticou o Presidente angolano, no sábado (25.11), em Pretória, no terceiro dia de visita de Estado à África do Sul.
 As divisas "não estão nos bancos, mas estão em locais perfeitamente identificados, mas que por razões que desconhecemos, todo o mundo sabe e ninguém faz nada. Então, esta é uma das medidas [orientações ao banco central e polícia] que vai com certeza contribuir para que haja mais divisas disponíveis para a economia, de uma forma geral, e para outro tipo de necessidades", afirmou João Lourenço.
Angola - Uferstraße in Luanda
Banco Nacional de Angola
A crítica serviu também para explicar as recentes mudanças na direção do Banco Nacional de Angola (BNA) e no comando-geral da Polícia Nacional. João Lourenço definiu como prioridade o combate à venda ilegal de divisas nas ruas, que atingiu "níveis preocupantes".
O preço para comprar um dólar norte-americano nas ruas de Luanda manteve-se estável na última semana e a divisa estava a ser transacionada, na sexta-feira (24.11), a cerca de 410 kwanzas (2,10 euros), duas vezes e meia acima da taxa de câmbio oficial.
 O custo de cada dólar no mercado paralelo chegou a rondar, após as eleições gerais de 23 de agosto, os 370 kwanzas, quando a taxa de câmbio oficial definida pelo BNA está há um ano e meio fixa nos 166 kwanzas (85 cêntimos de euro).
Face à possibilidade de uma forte desvalorização do kwanza a curto prazo, o valor do dólar no mercado de rua de Luanda disparou na primeira semana de novembro, até aos 430 kwanzas (2,25 euros), máximos desde janeiro. 
O negócio de divisas nas ruas é ilegal. Mas muitos angolanos e trabalhadores expatriados é a única forma de aceder a divisas, face às limitações nos bancos.

Sector da educação desconvoca greve na Guiné-Bissau.

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media

Os dois sindicatos do sector da educação na Guiné-Bissau decidiram desconvocar a segunda vaga de greve de vinte dias que devia iniciar segunda-feira. A decisão foi tomada em Assembleia dos Professores sob mediação das duas Centrais Sindicais.



A decisão foi tomada em Assembleia dos Professores sob mediação das duas Centrais Sindicais.
Filomeno Cabral, Secretário-geral da Confederação dos Sindicatos Independentes disse que os professores decidiram dar um benefício de dúvida ao governo para o cumprimento do memorando de entendimento dentro de seis semanas.

Filomeno Cabral, secretário-geral da Confederação dos Sindicatos Independentes na Guiné-Bissau
Lauriano Pereira, Presidente do SINDEPROF-sindicato democrático dos professores em nome dos dois sindicatos da educação garante que o governo, para além das dívidas irá desbloquear o salário do mês de Novembro.
Filomeno Cabral, secretário-geral da Confederação dos Sindicatos Independentes na Guiné-Bissau
O pedido do governo foi apresentado na última quinta-feira no Conselho Permanente da Concertação Social, onde as duas centrais sindicais, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné e a Confederação dos Sindicatos Independentes, assumiram a mediação que resultou na desconvocação da segunda vaga de greve que devia iniciar segunda-feira.
A primeira vaga decorreu de 6 a 24 de Novembro.
Desde a abertura oficial do ano lectivo, as escolas públicas não funcionam devido a greve dos professores.

Com a colaboração de Aliu Candé, em Bissau
fonte: RFI

Adeus de Mugabe poderá valer 10 milhões de dólares.

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Depois do adeus, Mugabe que vivier em zona rural

Ex presidente está "bem e jovial". Porta voz diz que reforma será estabelecida de "acordo com a lei"
O sobrinho do derrubado Presidente do Zimbabue, Robert Mugabe disse neste domingo, 26, que Mugabe encontra bem de saúde e "bastante jovial".
Leo Mugabe disse que o antigo Presidente aceitou bem a sua demissão e que quer ir viver para a sua propriedade agrícola numa zona rural.
O sobrinho do Presidente recusou-se a discutir notícias de que Robert Mugabe irá receber um bónus de 10 milhões de dólares como parte do acordo para se demitir.
De acordo com essas notícias Mugabe recebeu também a promessa de imunidade contra qualquer acusação, a garantia de poder manter as suas propriedades e ainda o seu salário.
Um porta-voz de Robert Mugabe disse contudo que os termos da reforma do Presidente serão estabelecidos pela lei.
O sobrinho de Mugabe disse que a esposa do ex Presidente, Grace Mugabe, se encontra com o seu marido e que quer agora planear construir uma universidade com o nome de Robert Mugabe.
O novo Presidente do Zimbabue, Emmerson Mnangagwa, está entretanto a discutir a formação de um novo governo não se sabendo se vai escolher um executivo alargado a outros partidos ou apenas à ZANU PF que governa o país desde a independência.
O antigo ministro das Finanças, Ignatius Chombo, deverá entretanto comparecer de novo em tribunal na Segunda-feira para apresentar um pedido de liberdade sob fiança.
Chombo compareceu em tribunal no Sábado, 25, acusado de corrupção e disse ao tribunal ter sido retirado à força de sua casa a 15 de Novembro por militares.
Com ele compareceu também o antigo dirigente da ala juvenil da ZANU PF, Kudzanai Chipanga, que deverá também comparecer de novo em tribunal na Segunda-feira.
Fonte: VOA

Mukuru: Uma solução zimbabueana, para moçambicanos a viver na África do Sul.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Mukuru, agência de transferência de dinheiro na África do Sul

A África do Sul acolhe a maior comunidade moçambicana no estrangeiro, muitos dos quais provenientes das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane.
Uns estão cá desde o tempo da guerra e outros vão chegando à procura de melhores oportunidades de vida. Quase todos enfrentam dificuldades comuns, como por exemplo enviar dinheiro às suas respectivas famílias em Moçambique.
fonte: VOA

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