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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Entrevista: Bento Kangamba, militante do MPLA - "Não é só do MPLA aquele que usa gravata e fala bom português"

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Bento Kangamba quebrou o silêncio e acedeu ao convite do Luanda Post para conceder uma Grande Entrevista de avaliação ao actual momento político que o país atravessa. Para o militante do MPLA e antigo cabo eleitoral do Partido nas eleições de 2012, Angola testemunhou um histórico processo de transição política, na Presidência da República e de que todos devem se orgulhar. Nega haver duas alas dentro do Partido, uma Eduardista e outra Lourencista, e muito menos admite ter sido esquecido ou colocado de parte por João Lourenço. Garante ter uma boa relação com o Presidente do MPLA, de quem espera que seja capaz de unir os militantes. 
 
Que avaliação faz do actual momento político que o país atravessa?

 
Vivemos um período político em que se espera muita coisa para acontecer, porque o presidente do MPLA, camarada João Lourenço, é novo na direcção do Partido e bem como enquanto Presidente da República. Tivemos um Presidente que esteve 38 anos e, é claro, vamos tendo algumas dificuldades, porque não é fácil substituir uma pessoa que esteve 38 anos no poder. É diferente de substituir  alguém que esteve apenas três ou quatro anos. Acho que a direcção do Partido tem feito tudo, para que o Presidente da República e do MPLA crie factores de união, para que o caminho seja para frente. 
 
Acha que a transição foi muito bem feita?
Com certeza. A transição ao nível do MPLA foi boa e está a ser bem feita. Algumas pessoas podem dizer que alguns problemas têm estado a acontecer, mas é normal, porque é uma transição. É preciso beber esta experiencia e abrirmos um espaço para que esta transição ocorra sem constrangimentos.
 
Acredita que o MPLA conseguirá cumprir com as últimas promessas feitas, entre as quais a de maiores postos de emprego para a juventude, quando restam apenas dois anos para o fim do presente mandato?
 
 
O Partido fez um compromisso com a Nação e procura cumprir. Nas eleições houve algumas propostas e acreditamos que o Presidente, e a sua equipa que está no Executivo, tem estado a estudar políticas para encontrar soluções imediatas para estas questões do emprego. É verdade que é complicado, mas o Governo tem estado a criar soluções para que estes empregos existam. Não tem sido fácil, sobretudo nessa altura em que estamos a viver a pandemia e a própria economia está a ressentir. É preciso acreditar, trabalharmos para encontrarmos soluções e darmos emprego  à juventude. Mas a questão dosempregos para os jovens não é um exclusivo do Estado. Todos nós devemos trabalhar para participar nessa empreitada de todos. O sector  privado também deve ser apoiado, com a capitalização destas empresas.
 
O senhor faz parte do Comité Central, acha que existe duas alas dentro do Partido, uma Eduardista e outra Lourencista? 
 
Não existe alas no interior do MPLA. José Eduardo do Santos esteve como Presidente da República durante muitos anos, foi o líder do nosso Partido e todos tivemos que trabalhar com ele. Agora está o Presidente João Lourenço, mas não pode isso significar que as pessoas pertencem a esta ou aquela ala. Após a sucessão na Presidência da República, infelizmente há quem critique outros que queiram trabalhar com o Presidente João Lourenço, só pelo simples facto de antes trabalharem com o Presidente Eduardo dos Santos. Não devemos trabalhar pelos nomes, porque o MPLA é apenas um e indivisível. Temos de ver apenas um MPLA e o seu líder é João Manuel Gonçalves Lourenço. Ele é o Presidente do MPLA e não deve haver pessoas a colocarem uns militantes contra outros, quando todos trabalhamos de acordo com os estatutos do MPLA e nunca trabalhamos a favor de José Eduardo dos Santos. Trabalhamos em prol do Partido e do país.
 
Acha que o ex-Presidente tem recebido o tratamento que merece?
 
Acho que está a existir muito aproveitamento desse aspecto. Há coisas que o Governo não falou, mas atribuem ao Presidente João Lourenço. Nunca vi ou ouvi o Presidente João Lourenço falar em público sobre o ex-presidente Eduardo dos Santos. É claro que, se nunca alguém viu, eu também não e todos os demais militantes, de certeza, também não viram. O que acontece em Tribunal são crimes que cabe à justiça investigar. O MPLA é o partido com mais experiência de governação em Angola. Os seus quadros estão altamente qualificados. Há também a questão da disciplina que orienta a actuação dos militantes do Partido. Sendo um Partido-governo, é claro que os seus militantes são mais escrutinados. E, neste caso, a justiça deve ser o ponto de equilíbrio para proteger o nosso maior património: Angola. 
 
O que lhe parece o facto de o ex-PR Eduardo dos Santos ter saído do país e não dizer nada?
 
O que eu acho é que as pessoas devem deixar de preocupar-se tanto com o antigo Presidente, porque já não está na liderança do Partido, tem a sua vida normal e está fora do país a fazer consultas médicas, pelas informações que tenho. Não nos devemos preocupar com a vida pessoal do antigo Presidente. Estará a descansar e não nos devemos preocupar com ele. Devemos é preocupar-nos em trabalhar para criar condições para as nossas populações.
 
De que forma encara o compromisso assumido pelo Presidente João Lourenço de combate à corrupção. Acha que esse processo está a ser muito bem levado?
 
O combate à corrupção existe em qualquer país e o que o nosso país está a fazer não foge à regra e aos desafios do Governo e do nosso Partido. Se estiverem atentos, vão verificar que, em 2016, o próprio Presidente Eduardo dos Santos falou da corrupção. O que posso dizer é que vamos trabalhar em conjunto para ajudar o Governo, para que esse programa de combate à corrupção seja muito bem interpretado.  Agora, o que não pode acontecer é eu estar a responder em Tribunal só porque algum juiz quer aproveitar-se do facto de uma prima ou sobrinho apresentar uma queixa contra o Bento Kangamba. O combate à corrupção tem regras e modelos que deve ser seguido. 
 
Que avaliação faz ao julgamento de Zenu dos Santos?
 
Ainda não me pronunciei sobre isso, porque o Tribunal deu cinco anos, mas os advogados recorreram. Depois disso, vou apresentar a minha opinião, sobre o que acho de todo este processo. Vou dizer aquilo que acho sobre esse assunto. De todo o modo, eu acredito nas instituições angolanas. Os tribunais são órgãos de soberania e as suas decisões de cumprimento obrigatório. 
 
O que tem a dizer sobre o processo de arresto de bens de Isabel dos Santos?
 
Já tinha dito há alguns dias que sempre aconselhei as pessoas que estão próximas do Presidente, que casos como estes que envolvem, por exemplo, Isabel de Santos devem ser resolvidos com base no diálogo, para o bem do povo. Se estamos a precisar de dinheiro e de fábricas, deve-se negociar com estas pessoas, para que o dinheiro venha parar ao nosso país. Agora, se estamos a preferir prender as pessoas, para amanhã libertar, não estamos a fazer nada. É preciso negociar para se ultrapassar estes problemas da melhor forma. Considero boa a premissa que diz que é sempre melhor um mau acordo do que uma boa demanda judicial.
 
Sendo uma pessoa próxima à família do ex-PR, tem passado também estes conselhos à empresária Isabel dos Santos, para uma eventual negociação com o Estado?
 
Eu aconselho para que se converse porque só se ultrapassa este tipo de conflitos,conversando. Estes problemas não se ultrapassam com faltas de respeito. Tem de haver conversa, para que se crie um mecanismo de bem-estar para todos e acabarmos com estes problemas. 
 
O senhor é ou foi um cabo eleitoral do MPLA fundamental em 2008 e teve um grande protagonismo na mobilização de militantes nas eleições de 2012. Com a saída de José Eduardo dos Santos da presidência, qual tem sido a sua ligação com o Presidente João Lourenço?
 
A minha ligação é com o Partido e nunca com A ou B. Não lido com nomes, mas com o Partido em que milito e para o qual vivo. É claro que esperava ver mais, mas não faço parte de alas. Integrei a equipa que andou com o presidente Eduardo dos Santos em 2008 e 2012. Nós, os políticos, somos como tropas, cumprimos missões. Fazemos isso e damo-nos muito bem. Em 2012 fomos chamados e andei com o antigo Presidente a todas as províncias.  Recordo-me, nessa altura, de ter recebido um elogio público do Presidente Eduardo dos Santos, pelo meu trabalho junto dos militantes nas lundas Norte e Sul.  
 
Esperava ser mais reconhecido pela actual liderança do MPLA?
 
Cada coisa ao seu tempo. Penso que cheguei e cumprir com a missão que me foi incumbida na altura pelo Presidente do MPLA, de contactar os jovens nas Lundas e ver os problemas que havia nas áreas diamantíferas onde as polícias não deixavam entrar o pessoal e as empresas cobravam dinheiro para que as pessoas entrassem nas áreas de diamantes. Trabalhámos nisso durante duas semanas e fizemos tudo para que reinasse o clima de paz entre os garimpeiros. Houve festa em Saurimo. Melhorámos na aquela questão que afligia os jovens de Saurimo. Recordo-me de ter feito um bom trabalho igualmente no Moxico, Huambo, Benguela, Cuando Cubango e Malanje. Fruto desse trabalho, ganhámos muitos votos nestas províncias.  A direcção do Partido reconheceu que tínhamos feito um grande trabalho. Em 2017, fui consultado pelo próprio candidato João Lourenço, que me orientou para permanecer em Luanda. Não acompanhei a caravana às províncias, mas acredito que se fossemos, teríamos encontrado outras soluções e não perdíamos nenhum deputado nestas províncias. 
 
Por tudo quanto fez em prol do Partido, sente que está a ser posto de lado?
 
De maneira alguma. O que se passa é que as pessoas estão acostumadas a ver o Bento Kangamba no centro de algumas actividades do Partido. A verdade é que o Presidente João Lourenço tem a sua equipa. É como uma equipa de futebol, quem decide é o treinador. Se hoje estou numa posição de suplente não posso lutar com o treinador, mas devo trabalhar e aguardar para que seja chamado novamente à equipa. Tudo depende do Presidente de direcção do Partido. A direcção do MPLA, se calhar, pode ver o Bento Kangamba como uma pessoa que deve estar na reforma. Não sei. Vamos continuar a fazer o nosso trabalho em prol do Partido.
 
Mas, acha que o Partido devia aproveita-lo melhor?
 
Não podemos falar em injustiça, porque nada tem a ver. Falo na forma como está montada actualmente a equipa no MPLA e que não pode estar o Bento Kangamba. Tenho de me conformar com isso, mas quando houver a altura de aparecer estarei disponível para servir o meu Partido.
 
Qual é a ambição de Bento Kangamba no próximo Comité Central do MPLA?
 
Acho que o meu tempo já passou e, se tivesse de contar com o Bureau Político, seria em 2016. Já estive na propostas para ser membro do Bureau Político e não fiquei, mas não deixo de ser membro do MPLA. Não tenho uma meta maior do que isso e nunca pensei em atingir, por exemplo a liderança do MPLA, ou ser secretário-geral ou vice-presidente do Partido. Se um dia, o presidente do MPLA me quisessever no Bureau Político do Partido, por aquilo que faço, já estaria lá. Mas é o Presidente do Partido que forma o Bureau Político e ele entendeu formar o seu Bureau Politico sem o Bento Kangamba e temos de respeitar. 
 
Ainda assim, não perde a esperança?
 
Também a amanhã o Presidente pode tirar alguém e entrar eu, quem sabe. Isso é como no futebol, repito. Aliás, aquilo que posso afirmar é que não me preocupa discutir a minha entrada no Bureau Político do Partido e, quando tiver de acontecer vai acontecer, porque o Presidente do MPLA tem estratégia e sabe o que está a fazer. Se calhar pode querer recorrer aos meus préstimos mais tarde e não podemos achar que não nos gosta de mim. A minha relação com o Presidente João Lourenço e com a vice-presidente do Partido é muito boa. Esperamos bons dias. 
 
Qual é a sua ambição política para os próximos quatro anos?
 
É ser um grande militante do MPLA e deixar um bom legado aos meus filhos e netos. Alegra-me que eles saibam que fiz tudo com muito sacrifico. Mas, não pensem que o Kangamba tem ambição de chegar a Presidente do MPLA, secretário-geral ou Vice-Presidente do Partido. O Presidente João Lourenço é um grande militante e excelente líder, conhece-nos muito bem e vamos continuar a ajudar o Partido e o país.
 
Se tivesse que deixar um conselho ao Presidente da República, sobre a situação política que o país atravessa,  qual seria?
 
O meu conselho ao Presidente João Lourenço é que continue a unir o país e a sua equipa de trabalho, para chegarmos onde queremos chegar. Vamos chegar ao objectivo, mas é preciso unir o país, as pessoas, para fazermos uma grande equipa. O MPLA ganhou as suas bases e fortificou-as através de uma união a volta de um slogan que diz: de Cabinda ao Cunene, o MPLA é o povo, e é por este caminho que temos de seguir. Não é só do MPLA aquele que usa gravata, fala bom português e faz consulta nas clínicas A e B. Para chegarmos lá, temos que nos unir e amar bem o Partido, a bandeira do partido, como amamos a nós próprios. Quando formos capazes de fazer isso, vamos chegar lá.
 
 fonte: ANGONOTICIAS

Visita do Presidente da Guiné-Bissau é para "lavar a cara de golpistas" guineenses

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João Tati e Sá, presidente da Associação Guineense de Solidariedade Social disse nada esperar que a visita de Umaro Sissoco Embaló, considerando que vem apenas "lavar a cara de golpistas".


O presidente da Associação Guineense de Solidariedade Social (Aguinenso), João Tati Sá, disse esta quinta-feira nada esperar da visita de Umaro Sissoco Embaló a Portugal, considerando que o chefe de Estado vem apenas “lavar a cara de golpista”.

Como presidente da associação, tenho a noção de que muita gente não espera nada de concreto com esta visita. Vêm simplesmente tentar lavar a cara de golpistas para poderem dizer que assumiram o poder e podem representar legalmente à Guiné-Bissau”.

O médico e dirigente associativo guineense falava, em entrevista à agência Lusa, a propósito da chegada a Lisboa do Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, naquela que é a sua primeira visita oficial a Portugal.

João Tati Sá aludia à tomada de posse “simbólica” de Umaro Sissoco Embaló como chefe de Estado da Guiné-Bissau quando ainda decorria um contencioso eleitoral, à posterior demissão de um governo eleito democraticamente e a episódios de alegadas perseguições de opositores e de vozes críticas do novo poder em Bissau.

O médico e antigo candidato a Presidente da República da Guiné-Bissau, que vive há mais de 40 anos em Portugal, onde preside a uma das mais antigas associações de imigrantes guineenses, assume o “desencanto” com os dirigentes políticos na Guiné-Bissau e reclama sinais concretos de início do processo de democratização do país.

Assinala que Umaro Sissoco Embaló e o Governo por ele nomeado chegaram ao poder através de “um golpe de Estado, pisando na Constituição” e apoiados pelo Senegal, que, adiantou, quer fazer da Guiné-Bissau “um seu apêndice”.

Por isso, não acredita que a deslocação de Umaro Sissoco Embaló a Portugal traga algum “benefício concreto” para a comunidade imigrante.

Hão de vir para tentar enganar os imigrantes e dizer: ‘nós somos a esperança, confiem em nós. Prometem tudo e mais alguma coisa, mas em termos práticos não se vê nada e nós já estamos fartos disso”.

Lembrou, neste contexto, que os vários golpes de Estado e mudanças de poder que aconteceram na Guiné-Bissau não conseguiram colocar o país no caminho da estabilidade e do desenvolvimento e, em vez de promessas pediu sinais concretos de que querem promover a liberdade e a democracia.

“Não se pode falar em democracia e estar a torturar pessoas. Não se pode falar de construção de um país, não fazendo nada”, disse, denunciando a falta de investimento na saúde, na educação e em infraestruturas.

Nunca tivemos indivíduos com um programa sério para desenvolver o país”.

A visita de Umaro Sissoco Embaló acontece no contexto da crise pandémica que atingiu também muitas famílias guineenses que vivem em Portugal, com relatos de perda de empregos e dificuldades para pagar as contas mensais.

Os apoios a estas famílias chegam sobretudo das associações, segundo João Tati Sá, que afirma que a embaixada e os consulados da Guiné-Bissau em Portugal fazem o que podem com os escassos meios que têm.

fonte: observador.pt



Brasil: "Acabei com a Lava Jato porque não tem corrupção no governo", diz Bolsonaro.

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Declaração ocorre após críticas à indicação de Kassio Nunes ao STF, ação considerava pelos "lavajistas" como mais um passo para enfraquecer a operação.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (07/10) que a Lava Jato acabou "porque não tem mais corrupção no governo". A declaração foi feita em resposta às acusações de que o mandatário tem tomado medidas para enfraquecer a operação, incluindo a indicação para o Supremo de Kassio Nunes, considerado um potencial crítico dos métodos da Lava Jato.

"Eu desconheço lobby para criar dificuldade e vender facilidade, não existe. É um orgulho, uma satisfação que eu tenho dizer a essa imprensa maravilhosa nossa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato porque não tem mais corrupção no governo", disse o presidente.

"Eu sei que isso não é virtude, é obrigação, mas nós fazemos um governo de peito aberto. Quando eu indico qualquer pessoa pra qualquer local, eu sei que é uma boa pessoa, tendo em vista a quantidade de críticas que ela recebe em grande parte da mídia", disse.

As declarações foram feitas durante uma cerimônia de lançamento do programa Voo Simples de medidas para desburocratizar o setor aéreo. No momento, a Lava Jato, especialmente o núcleo curitibano, vive um momento extremamente delicado, com uma influência bem distante daquela do período entre 2014 e 2018.

Em setembro, a força-tarefa do Paraná foi prorrogada até o final de janeiro. 

Bolsonaro, na condição de presidente, não tem poder para encerrar a Lava Jato, já que a prerrogativa é da Procuradoria-Geral da República. Mas o presidente vem sendo alvo de críticas de "lavajistas", mais recentemente por causa da indicação de Kassio Nunes.

Os apoiadores suspeitam especialmente da posição "garantista" do indicado. Os garantistas do STF, um grupo que inclui figuras como Gilmar Mendes, vêm impondo uma série de derrotas para a operação, como a anulação de condenações.

Bolsonaro também rompeu em abril com o principal rosto da operação, o ex-juiz Sergio Moro, que ocupava a pasta da Justiça em seu governo, e promoveu mudanças na Polícia Federal que enfraqueceram o poder dos lavajistas na corporação. Moro acusou Bolsonaro de agir assim para proteger integrantes da sua família que são alvos de investigações.

Atualmente, o núcleo curitibano da Lava Jato também enfrenta um momento tenso em sua relação com a cúpula da procuradoria-geral da PGR, que tenta acessar o material acumulado pelos promotores curitibanos em mais de cinco anos de operação.

No início de setembro, Deltan Dallagnol, o outrora influente coordenador da força-tarefa da LJ curitibana, deixou o posto.  Sua imagem ficou abalada depois do vazamento de suas mensagens privadas em 2019, que levantaram questionamentos sobre a conduta dos promotores da operação e do ex-juiz Moro. 

Apoiadores da operação também têm criticado a aproximação de Bolsonaro com políticos do centrão, inclusive implicados na operação. A indicação de Nunes para o STF ainda gerou críticas de apoiadores ultraconservadores do presidente, que esperavam a escolha de alguém religioso com uma visão radical em pautas de costumes.

A fala de Bolsonaro gerou críticas imediatas no meio político, especialmente entre a oposição. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), por exemplo, classificou a fala como "cinismo e deboche". "Com cinismo e deboche, Bolsonaro diz que acabou com a Lava Jato pq 'não tem mais corrupção no governo'. A Lava Jato nunca foi contra a corrupção, sempre foi um instrumento para perseguir o PT e levar a direita ao poder. Por isso, Bolsonaro diz isso e nada acontece", escreveu.

Outros, como o deputado Iva Valente (PSOL-SP), apontaram a ironia de que a Lava Jato tenha sido atacada justamente por Bolsonaro.

"Os procuradores da Lava Jato e Moro fizeram de tudo para eleger Bolsonaro, corrupto que reúne os piores vícios da velha política. Tudo isso para ouvir do canalha: "eu acabei com a Lava Jato... porque não tem mais corrupção no governo". É a comédia mais sem graça que já se viu", disse.

Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) avaliou que a atuação de Bolsonaro contribuiu para o desmantelamento da força-tarefa da Lava Jato. "A atuação de Bolsonaro, de fato, desmantelou os mecanismos de combate à corrupção no país. Aos moldes da ditadura, diz não existir corrupção quando interfere na realização de investigações. Seria piada se não fosse uma afronta ao nosso Estado Democrático!".

JPS/ots















Presidente da Guiné-Bissau inicia visita oficial a Portugal

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Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, inicia hoje a sua visita a Portugal com um encontro com o homólogo Marcelo Rebelo de Sousa. Associação defende que Portugal deve dar "puxão de orelhas" a novo poder de Bissau.


Marcelo Rebelo de Sousa recebeu Umaro Sissoco Embaló em Lisboa em janeiro de 2019

Segundo o programa da visita de três dias, divulgado pela Presidência portuguesa, o chefe de Estado guineense reúne-se durante a manhã com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e depois participa num almoço no Palácio de Belém, em Lisboa.

Durante o período da tarde, Umaro Sissoco Embaló é ainda recebido na Assembleia da República e depois terá um encontro com o primeiro-ministro, António Costa.

Na sexta-feira (09.10), Umaro Sissoco Embaló participa, com o secretário de Estado da Internacionalização e o presidente do Conselho de Administração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), numa mesa-redonda com empresários portugueses, no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Sissoco recebido na sede da CPLP

O chefe de Estado guineense visita também a sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), onde vai realizar-se uma sessão solene com todos os representantes dos Estados-membros da organização.

Sitz der CPLP - Gemeinschaft der Portugiesischsprachigen Staaten

Sede da CPLP em Lisboa

A visita de Umaro Sissoco Embaló a Portugal, a primeira a um país da Europa, ocorre depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, ter realizado em setembro uma visita de trabalho à Guiné-Bissau.

Segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros guineense, Suzi Barbosa, o primeiro-ministro português, António Costa, deverá realizar uma visita à Guiné-Bissau antes do final do ano.

Antes de partir para a capital portuguesa, Sissoco Embaló, disse hoje que pode negociar tudo menos "a cabeça de Nuno Nabiam como primeiro-ministro" e que uma eventual remodelação governamental deve ser proposta pelo Governo. 

Sobre se terá algum encontro em Lisboa com o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, que está em Portugal desde março, o chefe de Estado guineense respondeu: "Se pedir uma audiência ao Presidente da República". 

"Puxão de orelhas" a novo poder de Bissau 

O presidente da Associação Guineense de Solidariedade Social (Aguinenso), João Tati Sá, espera que Portugal dê "um puxão de orelhas" ao novo poder de Bissau para que este faça "algo de concreto" pelo povo. 

"Portugal diz que mantém as suas relações com os governos, mas que não interfere nas decisões políticas. É o politicamente correto em termos diplomáticos, mas o que podemos esperar é que Portugal dê um bocadinho um puxão de orelhas aos novos poderes de Bissau", disse o médico e dirigente associativo guineense em entrevista à agência Lusa, a propósito da chegada a Lisboa de Umaro Sissoco Embaló.

Para João Tati Sá seria útil Portugal, como um dos principais parceiros de cooperação, sublinhar a importância de agir em prol das populações, da democracia e da liberdade. 
"Portugal poderia dizer algo como: vocês assumiram o poder, vejam lá, finalmente, façam algo de concreto que dê um bocadinho de esperança àquele povo", disse, sublinhando que os esforços da cooperação portuguesa não têm sido aproveitados em Bissau. 

"Podia ser útil Portugal dizer alguma coisa nesse aspeto", disse, apesar de considerar que as atuais autoridades "nem sequer deviam ter reconhecimento internacional" por terem chegado ao poder através de "um golpe de Estado". 

João Tati Sá aludia à tomada de posse "simbólica" de Umaro Sissoco Embaló como chefe de Estado da Guiné-Bissau quando ainda decorria um contencioso eleitoral, à posterior demissão de um Governo eleito democraticamente e a episódios de alegadas perseguições a opositores políticos e vozes críticas do novo poder. 

fonte: DW África


ANGOLA: “NÃO EXISTE CENSURA”

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O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social angolano, Manuel Homem, disse hoje “não existir” qualquer censura nos órgãos públicos e privados confiscados pelo Estado/MPLA, afirmando tratar-se de “factos que visam prejudicar as reformas” do sector.

“Eu não sei do que é que estamos a falar, nós ainda não assistimos a nada relacionado com censura nos órgãos públicos ou privados, portanto esta é uma matéria que tem sido desenvolvida de forma intencional para prejudicar todo um trabalho que o executivo tem estado a fazer de reforma na comunicação social”, afirmou hoje Manuel Homem, quando questionado pela Lusa.

Manuel Homem falava hoje aos jornalistas, em Luanda, no final da cerimónia de lançamento da Plataforma do Ensino a Distância do Instituto de Telecomunicações de Luanda (ITEL) e de uma biblioteca virtual da instituição do ensino médio.

Sem especificar quem (estaria a falar do gestores, escolhidos pelo Governo da TV Zimbo e da Palanca TV?), de “forma intencional”, tenta manchar as acções em curso no sector que dirige, o ministro referiu apenas que o assunto vem da “parte de quem tem estado a criar esses factos” que o Governo entende “que não existem”.

E se o Governo/MPLA diz que não existe, é porque não existe. Se diz que Agostinho Neto é o único herói nacional, é porque é. Se diz que os massacres de 27 de Maio de 1977 foram apenas um incidente, é porque foram. Se diz que Jonas Savimbi foi um terrorista, é porque foi. Se diz que José Eduardo dos Santos é um marimbondo que deixou os cofres de Angola vazios, é porque é verdade. Se diz que em Angola não há fome, é porque não há.

Como o Folha 8 escreveu hoje (“Censura=Ditadura=MPLA”), o jornalista Carlos Rosado de Carvalho voltou a ser barrado numa estação de televisão angolana, desta vez na Palanca TV, cinco dias depois de ter sido impedido de abordar o caso Edeltrudes Costa na TV Zimbo.

Nas suas contas de Facebook e do Twitter, o jornalista e economista anunciou que foi impedido, na quarta-feira, de participar num debate sobre “O ambiente de negócios em Angola”, com os empresários Jorge Batista e Bartolomeu Dias, para o qual tinha sido convidado.

“Fazer o quê?”, escreveu Carlos Rosado de Carvalho num “post” acompanhado pelas fotografias dos convidados, onde a sua cara aparecia traçada com um “x” e a legenda “Carlos Rosado de Carvalho not”.

O jornalista afirmou ter sido avisado em cima da hora pela produção do programa de que “já não poderia participar”, sem mais explicações.

A Palanca TV era um órgão privado ligado ao antigo ministro da Comunicação Social do ex-presidente José Eduardo dos Santos que ficou sob controlo do Estado angolano.

Carlos Rosado de Carvalho acusou recentemente a TV Zimbo, outro órgão privado que passou para o Estado/MPLA, de censurar a sua participação na rubrica Directo ao Ponto, em que pretendia abordar, no sábado passado, as alegações relacionadas com Edeltrudes Costa.

O chefe de gabinete do Presidente João Lourenço terá sido favorecido, segundo uma reportagem da televisão portuguesa TVI que, não se sabe bem com que propósitos, repescou um assunto há muito abordado por outros meios, em contratos com o Estado angolano, tendo transferido milhões de dólares de uma empresa sua para o estrangeiro, que serviram para comprar casas e outros bens de luxo.

A direcção da estação rejeitou as acusações de censura, mas não foi poupada por organismos como o Sindicato dos Jornalistas, o Instituto para a Comunicação Social da África Austral (MISA) e até a Ordem dos Advogados de Angola, que se solidarizaram com Carlos Rosado de Carvalho.

Vários órgãos privados de comunicação, nomeadamente a TV Zimbo, Palanca TV, jornal O País, Rádio Mais, Rádio Global, uma produtora de conteúdos audiovisuais e uma gráfica passaram para a esfera do Estado/MPLA por “serem constituídas com fundos públicos”.

A acção enquadra-se no processo de recuperação de activos do Estado no âmbito do programa selectivo de combate à corrupção, um dos propagandeados eixos de governação do Presidente angolano, João Lourenço.

A Palanca TV foi recentemente oficializada como novo canal desportivo da Televisão Pública de Angola (TPA) com as autoridades a garantirem, para os próximos tempos, novos canais temáticos.

Em relação à reprivatização dos órgãos que passaram para a esfera do Estado, Manuel Homem assegurou que os mesmos serão privatizados, realçando que “a seu tempo” serão anunciados os mecanismos do processo de privatização da TV Zimbo.

“Nós fomos claros já e temos estado a dizer que os órgãos de comunicação social que foram arrestados para o serviço público vão ser privatizados e reafirmamos isso”, notou.

A TV Zimbo e os outros órgãos, adiantou, “estão num processo, existe uma comissão de gestão que está a fazer o levantamento de tudo o que é necessário que facilita esse processo de integração”. “E ao seu tempo iremos anunciar os mecanismos de como esse processo de privatização da TV Zimbo irá ocorrer”, concluiu o ministro.

Um ministro de se lhe tirar o chapéu

Recorde-se que, em Julho, o ministro das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, defendeu, em Luanda, a promoção do acesso à Internet em todos os estratos sociais e em todo o país. Embora dê jeito haver electricidade, crê-se que o Governo a vá tornar “potável” através de ligação a candeeiros a petróleo ou a velas de cera…

Por todos os cantos e esquinas do país multiplicaram-se as manifestações de júbilo e elogios à tese de Manuel Homem. A população dos Gambos, por exemplo, e daquelas localidades do Cuando Cubango, onde, só este ano, já morreram dezenas de crianças devido à fome, receberam a notícia com muita alegria. Já foram comprar computadores para os filhos e velas para fornecer energia para os computadores poderem funcionar.

Alguns pais, pouco informados sobra e ciclópica capacidade do governo, perguntam se as crianças, para terem acesso a electricidade, irão ligar os computadores no tronco ou nos ramos das árvores. Esquecem-se, lamentavelmente, que a os computadores podem funcionar ligados a candeeiros ou a velas de cera.

Manuel Homem, que falava à imprensa no termo de uma visita de constatação ao Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI), considerou que a expansão do sinal da Internet deve permitir e facilitar o acesso a todos.

“Temos de continuar a trabalhar na promoção do acesso à Internet em todos os estratos sociais por via dos programas de massificação e inclusão digital em curso um pouco por todo o país”, frisou o ministro sem que alguém lhe lembrasse que não fica bem falar de coisas como electricidade (mesmo que na versão “potável”) a um povo que tem 20 milhões de pobres. Isto se é que esses pobres são gente, se é que são… angolanos.

Manuel Homem manifestou-se, igualmente, satisfeito com o nível de organização do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação do ponto de vista técnico e administrativo, o que vai facilitar o processo de apoio à modernização dos sistemas da administração pública em curso no país, no âmbito dos programas e projectos de massificação digital.

Com a implementação dos Programas e Inclusão Digitais, o Ministério das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social tem vindo a desenvolver o Projecto “Angola Online”, que já permitiu montar 111 pontos públicos de acesso à Internet, em todo o território nacional.

Acresce que, com esse acesso à Internet, os nossos pobres podem mostrar ao mundo que são dos melhores na disciplina basilar implementada pelo MPLA há 45 anos e que, por isso, constitui o seu ADN: Aprender a viver sem comer. É claro que o resultado não é 100 por cento positivo. Isto porque muitos quando estão quase, quase mesmo, a saber viver sem comer… morreram.

Manuel Homem disse ainda que, além do Projecto “Angola Online”, existem outros, com destaque para “Andando com as TIC”, que permitiu, igualmente, melhorar os índices de acesso às tecnologias de informação e comunicação nas zonas mais recônditas do país.

O ministro garantiu, igualmente, estarem criados os programas e plataformas tecnológicas em todos os departamentos ministeriais e instituições públicas para a realização de reuniões e outros encontros de trabalho, nesta fase em que o mundo e, de modo particular, o país enfrenta a pandemia da Covid-19.

“Estão criadas as condições para assegurar que os serviços públicos continuem a funcionar de forma normal”, disse.

Por outro lado, reconheceu a necessidade de se continuar a imprimir esforços para garantir que mais serviços possam surgir com o ambiente digital, de maneira a garantir que os cidadãos, em casa, durante a época da Covid-19, continuem a realizar contacto com a administração pública de forma mais célere e segura.

Folha 8 com Lusa

Presidente da Guiné Bissau visita Portugal: Umaro Sissoco Embaló será recebido por Marcelo Rebelo de Sousa.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Umaro Sissoco Embaló será recebido por Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e na Assembleia da República.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, visita Portugal a partir de quinta-feira, a convite de Marcelo Rebelo de Sousa. É o primeiro país europeu a recebê-lo em visita oficial desde que tomou posse, numa cerimónia polémica, em Fevereiro.
A sua eleição está ainda a ser contestada pelo seu opositor, Domingos Simões Pereira, mas após ter sido reconhecido como Presidente Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em Abril, houve um movimento para o seu reconhecimento com chefe de Estado, ao qual Portugal se juntou. 


Será recebido pelo Presidente da República e pelo primeiro-ministro. Quinta-feira à tarde, é recebido na Assembleia da República. Na sexta-feira reúne-se em Lisboa com empresários portugueses. Na sexta-feira, Umaro Sissoco Embaló participa, com o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e o presidente do conselho de administração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Luís Castro Henriques, numa mesa-redonda com empresas portuguesas, um encontro que vai decorrer no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Umaro Sissoco Embaló visita no mesmo dia a sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), onde vai realizar-se uma sessão solene com todos os representantes dos Estados-membros da organização.

Em declarações hoje aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, momentos antes de viajar para Lisboa, Umaro Sissoco Embaló salientou que Portugal é a porta de entrada e porta-voz da Guiné-Bissau na União Europeia.

O Presidente guineense tem defendido um novo paradigma para as relações político-diplomáticas do seu país, que passam necessariamente por uma diplomacia económica, que capte investimento para a Guiné-Bissau, considerado um dos países mais pobres do mundo.

A visita de Umaro Sissoco Embaló a Portugal ocorre depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, ter realizado em Setembro uma visita de trabalho à Guiné-Bissau e de em Julho o primeiro-ministro guineense ter visitado Lisboa.

Segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros guineense, Susy Barbosa, o primeiro-ministro, António Costa, deverá realizar uma visita à Guiné-Bissau antes do final do ano.

fonte: publico.pt

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