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quinta-feira, 30 de março de 2023

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
No Senegal, a tensão mantém-se elevada em torno da intimação pela Justiça, do opositor Ousmane Sonko convocado a comparecer hoje 30 de março de 2023, após dois arquivamentos de um processo por difamação interposto por um membro do Governo, e que ia abrir em 16 de fevereiro. Por um bom motivo: a mobilização de seus partidários que, apesar da interdição, ainda se reuniram nos dias 29 e 30 de março na rua, para manifestações que já haviam gerado confrontos, no dia 16 de março, data da primeira convocação. Uma situação que não deixa indiferente a Justiça senegalesa que está sob forte pressão e que chegou a denunciar a existência de um grupo “visando a insurreição”. E o Procurador-Geral da República para ser mais claro ao falar de investigações que revelaram a existência de uma organização autodenominada “comando”, que teria como alvos “figuras públicas da Justiça, do aparelho de Estado, religiosos e imprensa” e cujo objetivo é realizam “atividades subversivas que vão desde a fabricação de artefatos explosivos, bombas de fumaça, coquetéis molotov. E o objetivo de tudo isso é realizar ações brilhantes para instalar o medo e o caos. Para a oposição mobilizada em torno de seu líder, o que está em jogo nesses julgamentos vai muito além do simples direito É o que se diz, ainda que Ousmane Sonko considere "ridículas" estas afirmações ao afirmar ter sido objecto, no dia 16 de Março, de uma "tentativa de assassinato" por parte da polícia, à saída do tribunal. O mínimo que se pode dizer é que esta nova intimação do líder da oposição à justiça está apodrecendo ainda mais o clima sócio-político na Terra de Teranga. Uma atmosfera já deletéria pelo caso Adji Sarr, que leva o nome desse funcionário de uma casa de massagens, que atraiu o adversário à justiça, por um caso sombrio de "estupro e ameaças de morte", que também aguarda elucidação. Isso para dizer se os ladrilhos estão se acumulando na cabeça do presidente do Pastef. Mas seus partidários veem nos problemas jurídicos de seu campeão, como muitos meios desviados do poder para tornar inelegível aquele que já se vê como o quase designado sucessor de Macky Sall, no palácio presidencial. Basta dizer que, para a oposição mobilizada em torno de seu líder, o que está em jogo nesses julgamentos vai muito além da simples lei. Até porque, uma possível condenação do adversário, que soaria como o dobre de finados para as suas ambições presidenciais, poderia perturbar os planos da oposição que aposta nele para fazer a alternância contra um Macky Sall cujo silêncio prolongado sobre as intenções de terceiro mandato dado a ele, começa a ser suspeito. Isso quer dizer que julgar Ousmane Sonko hoje poderia mergulhar o Senegal no caos. E, no entanto, teremos de ouvir o adversário, se não quisermos consagrar a impunidade no Senegal, pelo menos para uma determinada categoria de cidadãos. O que seria um precedente infeliz. É por isso que, mesmo que o ex-prefeito de Ziguinchor não possa ser criticado por dar uma conotação política aos seus problemas jurídicos em relação aos precedentes Karim Wade e Khalifa Sall, Ousmane Sonko deve evitar dar a impressão de estar tentando criar problemas para fugir da justiça. O presidente Macky Sall deve ser capaz de libertar seu povo, esclarecendo de uma vez por todas suas intenções Seja um mau sinal, sobretudo vindo de uma personalidade tão elevada que aspira um dia dirigir o seu país, para todos aqueles senegaleses que querem acreditar no Estado de direito. Em todo o caso, ao estabelecer um nexo de causalidade entre a sua intimação e uma eventual candidatura de Macky Sall a um terceiro mandato, a intenção de mostrar a instrumentalização da Justiça parece não só óbvia, como Ousmane Sonko não deixa realmente outra escolha a seus partidários do que a resistência ao que parece ser um projeto desastroso. Isto coloca o Senegal na vertente acentuada da tensão do clima sócio-político, com as consequências que conhecemos, em termos de violência destrutiva num contexto de repressão policial. E quanto mais próximas as eleições, mais a tensão aumentará. No entanto, o Senegal não precisa disso. É por isso que os protagonistas devem saber manter a razão para a preservação da paz social. Por sua vez, o presidente Macky Sall deve ser capaz de libertar seu povo, esclarecendo suas intenções de uma vez por todas. Se caminharem no sentido da renúncia ao terceiro mandato a que supostamente pretende ter, isso terá sem dúvida a vantagem de contribuir para a descontração do clima sócio-político, além de afastar um argumento considerável de Ousmane Sonko e seus muitos partidários, em suas recorrentes bravatas da autoridade judicial de seu país. É o Senegal como um todo que venceria. Caso contrário, se sucumbir à tentação de um terceiro mandato, o Chefe de Estado senegalês terá de assumir toda a responsabilidade por ela perante a história, com todas as consequências, como alguns dos seus pares que, no caso em apreço, tiveram fortunas ambíguas antes dele. O país "

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