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sexta-feira, 22 de junho de 2018

Brasil: Gleisi visita Lula e discute lançamento de pré-candidatura nos Estados.

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Senado disse que ex-presidente está com boas expectativas em relação ao julgamento no STJ, na próxima semana.

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senadora e presidenta nacional do PT , Gleisi Hoffmann, encontrou-se com o ex-presidente Lula, nesta quinta-feira (21), na sede na Polícia Federal, em Curitiba. Ele está preso no local, desde o dia 7 de abril, condenado a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá (SP).

“Vim despachar com o ex-presidente sobre a pré-campanha dele. Ele está muito animado e deu orientações. Vamos montar um calendário de lançamentos da pré-candidatura nos estados”, disse Gleisi, na saída da visita. Ela estava acompanhada do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica.
Segundo a senadora, o ex-presidente pediu a definição urgente das propostas de seu governo, principalmente na área econômica. Ela ainda contou que Lula vai escrever artigos semanais para falar diretamente ao povo sobre suas propostas, mas detalhou onde o material será divulgado.
A presidenta nacional do PT relatou também que Lula tem expectativas positivas em relação ao julgamento de um recurso dele no Superior Tribunal de Justiça (STJ), na próxima terça-feira. “Ele tem expectativas, sim, e falou: ninguém diz por que estou preso aqui”, disse a senadora, que foi cumprimentada pelo ex-presidente pela absolvição dela no Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de terça-feira. “Ele ficou feliz e considera que essa vitória pode restabelecer o princípio do devido processo legal”, contou.
fonte: notíciasaominuto

ANGOLA: A VERDADE SOBRE A BATALHA DO KUITO KUANAVALE.

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É hoje um facto indesmentível que partimos mal como Estado independente em 1975. É costume dizer-se que errar é humano, mas persistir no erro torna-se perigoso sobretudo quando se trata da gestão da coisa pública e particularmente quando se trata de gerir um país com uma estrutura sócio-cultural complexa na sua constituição como é o caso dos países africanos.

Por Paulo Lukamba Gato
Quer queiramos admiti-lo como não, o nosso país vive hoje uma época histórica que devia ser melhor aproveitada para um exercício introspectivo honesto, profundo e inclusivo com vista a podermos identificar com precisão o que de facto está mal e dar-se um novo rumo ao nosso país, que como disse antes arrancou mal há 43 anos e os efeitos são por todos visíveis nos dias de hoje.
Há, portanto, que ter coragem para identificar esse mal e extirpa-lo definitivamente.
Ao preparar a minha intervenção fui pesquisar para encontrar a melhor definição possível de tolerância. Encontrei uma que acho que se adequa bem ao nosso caso. É da autoria de um político francês da história contemporânea que dizia e eu cito: ‘’a tolerância consiste na capacidade que os homens têm de relativizar o absoluto’’. Citei François Mitterrand.
O nosso país não se vai erguer com base na velha teoria do “único e legítimo representante do povo angolano”. Essa teoria já foi denunciada e desqualificada desde 1991, mas ainda resiste na mente de muitos de nós.
Quando trazemos hoje e para esta casa, o debate sobre um episódio da nossa guerra civil, uma guerra fratricida, estamos a querer enaltecer um efeito ou uma consequência do que chamei um arranque falhado da nossa República em 1975. É preciso, portanto rectificar e não enaltecer esse facto.
Afinal o que foi o Kuito Kuanavale?
O Kuito Kuanavale foi tão somente o palco da última grande batalha da nossa guerra civil fratricida em que cada uma das partes beligerantes alinhou os seus aliados para sustentar o seu ponto de vista.
Kuito Kuanavale foi o ponto de partida para ofender o território da Jamba e por esse facto se tornou simultaneamente a linha defensiva mais avançada para a defesa da Jamba.
Tenho dito que do ponto de vista filosófico, a Guerra não é um confronto militar entre exércitos. Ela é sim, um confronto entre “ideias força” sobre um projecto de sociedade. No caso de Angola havia um projecto articulado com base no sistema de partido único e do outro uma democracia multipartidária.
Felizmente e na sequência dessa famosa batalha estamos aqui hoje tentando implementar e aprofundar o sistema democrático. Considero por isso, que se vencedor houve, esse vencedor foi só o povo angolano que conseguiu conquistar ao preço de enormes sacrifícios um sistema democrático.
Dado o contexto internacional em que decorreu, a solução do nosso conflito foi igualmente objecto de tratamento global no quadro dos conflitos regionais no âmbito da guerra fria. Por essa razão o seu desfecho, potenciado pelo desmoronamento do império soviético, teve sérias e positivas repercussões na África do Sul e Namíbia.
O ambiente de distinção política criada com a queda do muro de Berlim e a não tomada da Jamba facilitou sobremaneira as negociações quadripartidas que culminaram com um Acordo Global, no quadro da política do engajamento construtivo, caro a Chester Chocker, então Sub-Secretário de Estado para os assuntos africanos. Esse acordo global determinou a retirada dos aliados estrangeiros de um lado e de outro da barricada; A independência da Namíbia, o fim do apartheid e as negociações directas entre os beligerantes angolanos, isto é, o governo e a UNITA.
Para refrescar a nossa memória colectiva relembro um facto histórico ilustrativo do que acabo de dizer:
No dia 13 de Dezembro de 1990, teve lugar no Departamento de Estado, uma reunião penta partida (US, URSS, Portugal, MPLA e UNITA). Lopo do Nascimento dirigiu a delegação do MPLA e Jeremias Chitunda a delegação da UNITA. As partes discutiram e assinaram um documento intitulado, “Conceitos para Resolver questões Pendentes entre o GRP de Angola e a UNITA”.
Na essência, este documento incluía:
a) o reconhecimento da UNITA como organização politica com direitos;
b) o compromisso do MPLA com o pluralismo;
c) aceitação da realização de eleições;
d) observação internacional do cessar fogo;
e) formação de um exercito nacional na base da paridade.
Mais do que este papel o Kuito Kuanavale não teve nem produziu outro resultado. Transforma-lo num lugar de peregrinação é deturpar a história e inverter valores. Eu tenho a certeza de que nem os sul africanos e nem o povo da Namíbia pensam assim. Senão não precisaríamos de organizar expedições a Kuito Kuanavale eles próprios seriam os promotores da ‘’batalha que os libertou.”
Acho que em nome da paz e da reconciliação que duramente conquistamos, devíamos sim promover símbolos que promovem a unidade Nacional na nossa diversidade. Devíamos lutar sempre para encontrarmos os mais amplos consensos em matérias de interesse Nacional.
Agindo assim, a nossa geração teria cumprindo com o seu papel histórico, a saber:
Dar um rumo diferente ao país nesta nova era histórica em que me parece haver intenção de alterar o paradigma da gestão da coisa pública.
Nota: Intervenção do General Paulo Lukamba Gato no Parlamento.
fonte: Folha8

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