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sábado, 22 de agosto de 2020

ANGOLA: RAFAEL EXPLICA E RESOLVE!

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Rafael Marques, ex-jornalista, activista cívico e “consultor” oficioso do Gabinete do Presidente da República, João Lourenço, considerou a nomeação da filha do Presidente angolano para um cargo público (administradora executiva da BODIVA) como “uma distracção evitável e corrigível”, referindo que o processo, que não considerou nepotismo, “é desaconselhável”.

Por Orlando Castro (*)

“Primeiro, é preciso esclarecer que não é uma nomeação feita pelo Presidente, aliás a filha de João Lourenço, já antes de ele ser Presidente, exercia uma função no Ministério das Finanças. Mas do ponto de vista da opinião pública seria de todo aconselhável que a ministra das Finanças, responsável pela nomeação, não a fizesse”, disse Rafael Marques em declarações à Lusa.

Para Rafael Marques, que entende que o cargo “não trará mais-valia à BODIVA ou à carreira da filha do Presidente da República angolano”, o ideal era Cristina Dias Lourenço “demitir-se do cargo para salvaguardar a imagem do pai”, João Lourenço.

“O problema resolve-se e ela [Cristina Dias Lourenço] até para salvaguardar a imagem do pai pode apresentar a título pessoal a sua demissão”, defendeu.

Cristina Giovana Dias Lourenço, filha do Presidente angolano, João Lourenço, foi nomeada, em Março passado, pela ministra das Finanças para o cargo de administradora executiva da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA).

No despacho n.º2260/20, de 5 de Maio, o Ministério das Finanças confirma a dispensa de Cristina Giovana Dias Lourenço, onde é técnica superior de 2.ª classe, para dirigir os departamentos de Finanças e Património e de Comunicação e Intercâmbio da Bolsa angolana.

O assunto, que surge na sequência de recentes notícias sobre o poder político em Angola publicadas pelo Jornal de Negócios, tem merecido críticas em vários círculos sociais do país por se tratar de “alegado acto de nepotismo”.

Muitos associam a questão aos actos praticados anteriormente pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos, que nomeou filhos, como Isabel dos Santos e José Filomeno “Zenu” dos Santos, para cargos públicos, não se escudando atrás de nomeações feitas pelos seus auxiliares (ministros) no Executivo.

Mas segundo Rafael Marques e presidente da organização não-governamental (ONG) angolana Ufolo — Centro de Estudos para a Boa Governação, “não se está perante um caso de nepotismo, porque não é de nomeação”.

“Ela [filha do Presidente angolano] exerce um cargo, como há outros familiares do Presidente que exercem cargos no aparelho público”, notou.

Por isso, frisou: “Não acho que isso fragilize as acções de combate à corrupção e o nepotismo, mas em termos de opinião pública é desaconselhável”.

Rafael Marques admitiu que a questão que considera “evitável e corrigível”, pode “reavivar traumas do passado” em Angola no que diz respeito à nomeação de familiares de dirigentes para cargos públicos.

“Isso pode encorajar governadores e ministros a fazerem o mesmo, a nomearem os seus parentes, mas também é preciso lembrar que ela já exercia uma função no Ministério das Finanças e não foi contestada porque era uma função de pouca visibilidade”, salientou.

Questionado se filhos de políticos não deveriam ocupar cargos públicos, Rafael Marques respondeu que as decisões “dependem das circunstâncias”, afirmando, no entanto, que pessoas com carreira na função pública “não devem ser prejudicadas por causa dos seus pais”. Isto, é claro, se não tiverem “Santos” no nome próprio ou na filiação.

“Mas, penso ser uma distracção evitável e isso corrige-se. A Cristina pode dar um grande exemplo de apoio ao pai, apresentando a sua demissão”, realçou. Sim, a Cristina. Ou até mesmo a Cristininha…

Rafael Marques disse ainda existirem muitos sectores da sociedade angolana, “inclusive dentro do Governo e do MPLA”, partido no poder há 45 anos, e no exterior do país que “apostam no insucesso” de João Lourenço, “por tocar em muitos interesses instalados nacionais e estrangeiros”. E terão sido, provavelmente, esses marimbondos saudosistas que fizeram a Cristina cair na esparrela? Ou terão feito cair na armadilha a própria ministra das Finanças, Vera Daves?

“Inclusive de muitos interesses portugueses instalados em Angola que estavam habituados aos grandes esquemas de corrupção”, apontou Rafael Marques, convicto de que desde que João Lourenço chegou ao Poder (ou, sobretudo, desde que Rafael foi condecorado) esses grandes esquemas estão a ser derrotados.

Rafael Marques acrescentou: “As pessoas vão pegar qualquer questão irrelevante, de repente as pessoas descobriram que a BODIVA faz uma grande coisa”. Muita gente pensa que é nas pequenas coisas que se vêem os grandes homens…

Quanto aos angolanos “querem mudança”, sendo “fundamental que se aconselhe o Presidente e sua família a evitarem essas distracções”, rematou Rafael Marques, certamente lamentado que os assessores de João Lourenço não tenham consultado… a tempo e horas. Mas isso foi, com certeza, “uma distracção evitável e corrigível”.

O combate à corrupção tem sido uma bandeira do Governo de João Lourenço, no poder há três anos, mas que é criticado por alguns sectores por alegadamente fazer uma escolha selectiva dos alvos da justiça, nomeadamente familiares do seu antecessor, José Eduardo dos Santos.

Rafael Marques é que sabe

Opresidente da Associação Angolana Mãos Livres, Salvador Freire, e o politólogo Olívio Nkilumbo consideraram que a nomeação da filha do Presidente da República (que por sinal não foi nominalmente eleito e também é Presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo) para um cargo público “fragiliza as acções de combate à corrupção e nepotismo”.

Para o líder da Mãos Livres, organização não-governamental (ONG) de promoção dos direitos humanos, a nomeação de Cristina Dias Lourenço configura um acto de nepotismo: “Isto configura-se como nepotismo, portanto não pode de forma nenhuma a filha do Presidente da República ocupar responsabilidade que hoje ocupa, isto para além de nepotismo é tráfico de influência, isso faz com que venha beliscando a boa governação, a transparência”.

Segundo o advogado Salvador Freire, a nomeação da filha do Presidente João Lourenço para o cargo afecta os princípios da boa governação e transparência que o Governo e a sociedade angolana apregoam diariamente.

“Portanto, isso não é bom para a governação, não é bom para a sociedade e são exemplos que devem ser banidos”, disse.

De acordo com o responsável da ONG angolana, que não coloca em causa as competências técnicas e profissionais da filha do chefe de Estado, a medida fragiliza o processo em curso no país.

“Se estamos a combater o nepotismo, o tráfico de influência e a corrupção, não pode haver exemplos provenientes de uma estrutura da governação que demonstre efectivamente que filhos de determinados dirigentes do país ocupem cargos sem fazer um concurso”, notou. “É preciso que os cidadãos concorram aos cargos em igualdade”, vincou.

A opinião de Salvador Freire converge com a do politólogo Olívio Nkilumbo, afirmando que a nomeação de pessoas próximas para determinados cargos políticos “é uma prática muito comum” no seio do MPLA, partido que tem a seu favor o facto de só estar no Poder, de forma ininterrupta, há… 45 anos.

“E é um mal que ele [Presidente angolano] combateu num passado, não muito distante, onde fez críticas duras a nível do seu partido de algumas acções feitas pelo antigo Presidente em nomear filhos ou pessoas com grande proximidade da família”, disse Olívio Nkilumbo.

Para este analista político, a nomeação de Cristina Dias Lourenço para a BODIVA, “periga alguns aspectos relacionados com outros actores que mais ou menos competentes poderiam também estar em pé de igualdade para concorrer para esses cargos”.

Apesar de não ter sido nomeada pelo Presidente da República, mas pela sua auxiliar e subordinada ministra das Finanças, “que entendeu que a jovem tem qualidades técnicas e profissionais de exercer esse cargo”, observa, o “problema reside no facto da pessoa ser filha de João Lourenço”.

Segundo o politólogo, a filha de João Lourenço “estará por esta via a controlar” o processo de privatização das empresas e activos públicos por via da BODIVA.

“Se por esta via se quer controlar o processo de privatização é porque se pretende ter pessoas próximas ao Presidente, logo podemos estar aqui diante de uma nova acumulação primitiva de capitais onde pessoas próximas ao Presidente vão controlar processos complexos e estratégicos para os próximos tempos”, concluiu.

(*) Com Lusa

Senegal: Infidelidade - 10 razões que podem levar um homem a trair sua parceira.

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Infidélité : 10 raisons qui peuvent pousser un homme à tromper sa compagne

Aditámo-lo, o relacionamentos românticos nem sempre são fáceis de gerenciar e cultivar. Às vezes, eles estão até fadados ao fracasso. Na verdade, uma das razões mais devastadoras para relacionamentos românticos é a infidelidade. " Por quê ? É a primeira pergunta que vem à mente após tal ato. Então, vamos descobrir os motivos que levam um homem a ser infiel!
A infidelidade é o erro mais imperdoável que um homem pode cometer. Ele não apenas prejudica a autoestima de sua parceira, mas também significa o fim de um relacionamento que, talvez, durasse anos. Por que então um homem trairia sua parceira?

As razões pelas quais um homem é infiel:
1 - Um jogo imaturo de sedução
Alguns homens não conseguem sair da adolescência e ainda veem a sedução apenas como um jogo, podem até chegar a fazer apostas com os amigos ou colocar desafios absurdos sobre quem vai acumular mais. grande número de conquistas.

2 - mentirosos natos
Na vida, encontramos todas as categorias de pessoas possíveis e imagináveis. Portanto, é muito provável que você encontre esse tipo de homem que não consegue falar com você sem mentir. Essas mesmas pessoas que vão além, fazendo todo tipo de bobagem pelas suas costas, para ver por quanto tempo podem te enganar e brincar com você!

3 - prova de virilidade
Com falta de educação ou visão equivocada, alguns homens acreditam que sua virilidade é medida pelo número de seus parceiros sexuais. Além de estimular o ego, flertar ou fazer sexo com várias mulheres ao mesmo tempo é um sinal de superioridade e poder para elas.

4 - ele te dá como garantido
Agora que você concordou oficialmente em ficar com ele, ele não precisa se esforçar para mantê-lo. Além disso, se você teve a coragem de perdoá-lo por uma infidelidade anterior, isso o levará ainda mais longe em sua crença de que você nunca o deixaria, não importa o quê. Um equívoco alimentado por uma sociedade onde um homem pensa que pode fazer qualquer coisa só porque nasceu com uma genitália masculina!

5 - em busca de novidades
No início de um relacionamento, muitos casais ficam sobrecarregados com a rotina do dia a dia, antes de recuperar o equilíbrio. Mas às vezes esses senhores não têm paciência para esperar e tentar apimentar suas vidas em outro lugar. Então, aos poucos, eles se tornam viciados na excitação de seus relacionamentos secretos e proibidos e infidelidades em cadeia.

6 - O medo da privacidade e do compromisso
Vários psicólogos afirmam que alguns homens têm uma repulsa natural por envolvimento e intimidade. É por isso que preferem manter uma certa distância de seus parceiros e às vezes chegam a ser infiéis a eles, apenas para provar a si mesmos que são livres e que não estão sob seu controle.

7 - A vontade de se sentir desejado
Quando um relacionamento dura muito, ambos os parceiros não podem mais se dar ao trabalho de elogiar ou expressar seu amor um pelo outro. Nesses casos, alguns homens se sentem negligenciados e cada vez menos valorizados. Isso as leva a buscar apreço e admiração nos olhos - e nos braços - de outras mulheres.

8 - Uma personalidade fraca
Sim ! Existem homens que não podem dizer "não" à tentação. Eles podem estar loucamente apaixonados por seus parceiros, mas isso não os impedirá de mergulhar sempre que a oportunidade se apresentar. Eles não conseguem controlar seus impulsos e acabam culpando o álcool ou seu relacionamento "insatisfatório".

9 - Um vício em sexo
Todo ser humano tem desejos sexuais, que aprendem a controlar à medida que crescem e amadurecem. No entanto, alguns indivíduos ainda não possuem essa habilidade. Eles sucumbem à menor vibração sexual e não podem ficar satisfeitos com um parceiro ou um número "normal" de relações sexuais. Portanto, mesmo que amem suas namoradas ou esposas, nunca serão capazes de satisfazer seu (muito) grande apetite sexual.

10 - Uma desculpa para terminar

Na hora de se conhecerem, cada um dos parceiros vem com uma visão determinada e expectativas específicas. Mas quando estes não estão satisfeitos ou se a qualidade do relacionamento não é o que eles queriam, eles pensam em separação. Para evitar tocar no assunto e ter que confrontar o outro e dizer o que há de errado, alguns homens preferem pegar o atalho e cometer a infidelidade. Assim, o veredicto não demorará a cair e o efeito é quase garantido!

fonte: seneweb.com

Senegal: Prostituição ou poder irresistível de sedução, descubra por que as mulheres usam correntes nos rins e nos pés.

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Prostitution ou irrésistible pouvoir de séduction, découvrez pourquoi les femmes portent des chaînes aux reins et aux pieds

Meninas e mulheres vestem cada vez mais. Qual poderia ser o significado dessa nova tendência? A percepção dessa moda não é unânime.

Em alguns países da África e da Ásia, o uso de correntes e anéis nos pés, chamados de tornozeleiras, faz parte dos costumes. No antigo Egito, as mulheres que os usavam eram consideradas prostitutas. Na Costa do Marfim, esse fenômeno cresceu. Essas joias são um toque de beleza que muitas mulheres e meninas trazem para o banheiro. Uma incursão em seu universo nos permite entender por que essas mulheres usam esses acessórios.

Hoje, a situação é clara: vemos cada vez mais correntes de ouro e prata usadas nos tornozelos de meninas e mulheres. No Togo, essa tendência é interpretada de várias maneiras.
Existem certos preconceitos sobre as mulheres que usam uma corrente no tornozelo. Essas mulheres são consideradas delinquentes ou prostitutas. Na verdade, o uso de uma joia no tornozelo é originário do Egito. Isso foi usado pelo egípcio para listar o número de amantes que ela teve em sua vida.

As meninas não compartilham dessas opiniões, por isso muitas delas adotam esse estilo. Qual é o verdadeiro significado da corrente do tornozelo?

fonte: seneweb.com

Senegl: Macky Sall em França esta semna

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Pregado no Senegal há seis meses, por causa da pandemia Covid-19, Macky Sall está de volta ao ar, neste fim de semana, pela França. De acordo com L’AS, ele fará uma breve estada lá para lidar com certos arquivos grandes.

Anteriormente, presidiu ontem, no Palácio da República, a uma reunião para fazer um balanço da situação da companhia nacional Air Senegal neste contexto de crise.

Para as autoridades, o relançamento do setor da aviação exige uma adaptação à situação da empresa, à sua frota, aos destinos e ao seu plano de negócios. O presidente Macky Sall deu instruções para um novo plano de vôo e investimento ajustado.

fonte: seneweb.com

QUANDO A CABEÇA NÃO TEM JUÍZO, O POVO É QUE PAGA.

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A consultora Oxford Economics considera que a prisão de um dos filhos do antigo Presidente de Angola, também vai colocar no centro dos holofotes a situação de Isabel dos Santos e de Manuel Vicente. Só faltou acrescentar que vai, igualmente, desviar as atenções do colapso económico das políticas do actual governo, liderado também por um delfim de José Eduardo dos Santos, no caso o seu ministro da Defesa, João Lourenço.

Recorde-se que, no discurso de tomada de posse, João Lourenço afirmou: “Pretendo endereçar uma saudação especial ao Presidente José Eduardo dos Santos, que cessa hoje a função de Presidente da República. Esta saudação ficaria incompleta se não mencionasse o longo e vitorioso caminho trilhado por Angola ao longo dos últimos 38 anos. O povo angolano agradece a dedicação e o empenho do Presidente José Eduardo dos Santos.”

“A condenação de José Filomeno dos Santos era antecipada mas vai ser vista à mesma como um ‘game-changer’ num país onde a sua família dantes operava com impunidade”, escreveram os analistas num comentário à condenação de ‘Zenu’ dos Santos.

O Tribunal Supremo de Angola condenou, em 14 de Agosto, o ex-presidente do Fundo Soberano de Angola e filho do antigo Presidente pelo crime de burla por defraudação, na forma continuada, a quatro anos de prisão maior e pelo crime de tráfico de influências na forma continuada a dois anos de prisão, num cúmulo jurídico de cinco anos.

“As atenções vão agora certamente virar-se para Isabel dos Santos, considerada a mulher mais rica em África, e para os esforços para repatriar os ganhos indevidos, alguns dos quais estão alegadamente em bancos portugueses onde a família tem significativos interesses empresariais”, acrescenta-se no comentário da Oxford Economics.

Para além disto, continuam, as atenções “devem também virar-se para outros dirigentes do antigo Governo de José Eduardo dos Santos, como o antigo vice-presidente e administrador da Sonangol, Manuel Vicente, que era visto como o mais provável sucessor de José Eduardo dos Santos e continua a ter vastos interesses em Angola”.

Para já, concluem os analistas, “João Lourenço e os seus apoiantes vão ficar satisfeitos pela condenação mediática, mas também estão cientes de que é preciso muito mais para lidar com as redes de corrupção profundamente enraizadas no país”.

Na tomada de posse, João Lourenço disse também: “No plano económico, acreditamos que se o Estado cumprir bem com seu papel de fiscalizador e regulador da actividade económica, passando a ser cada vez menos interventivo, com isso vamos impulsionar a iniciativa privada levando-a a ocupar o espaço que merece e lhe compete realizar”.

E acrescentou: “A necessidade de transparência na actuação dos serviços e dos servidores públicos, bem como o combate ao crime económico e à corrupção que grassa em algumas instituições, em diferentes níveis, constitui uma importante frente de luta a ter seriamente em conta, na qual todos temos o dever de participar”.

“A corrupção e a impunidade têm um impacto negativo directo na capacidade do Estado e dos seus agentes executarem qualquer programa de governação. Exorto, por isso, todo o nosso povo a trabalhar em conjunto para extirpar esse mal que ameaça seriamente os alicerces da nossa sociedade”, referiu João Lourenço.

O tribunal também condenou, no âmbito do caso dos “500 milhões” de dólares, outros três arguidos, Valter Filipe, ex-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), António Samalia Bule, ex-director de gestão do BNA, e Jorge Gaudens Sebastião, empresário e amigo de longa data de ‘Zenu’ dos Santos.

O processo era relativo a uma transferência irregular de 500 milhões de dólares do banco central angolano para a conta de uma empresa privada estrangeira sediada em Londres, com o objectivo de constituir um fundo de investimento estratégico para financiar projectos estruturantes em Angola.

É claro que, enquanto puder, João Lourenço vai continuar a exigir que os holofotes se concentrem em tudo quanto se chame “dos Santos” e apêndices. É a melhor forma mediática de, criando focos selectivos de crítica, escapar aos que perguntam: Onde estava e o que fez (para além de apoiar incondicionalmente as decisões de José Eduardo dos Santos) o actual presidente nesse tempo?

Vejamos outras promessas de João Lourenço. Promessas que, por não terem sido cumpridas, apenas serviram para encher os cemitérios:

«O combate à pobreza é uma prioridade incontornável. Vamos, por isso, apostar na criação de emprego estável e na distribuição meritória dos recursos disponíveis, garantindo a adopção de políticas de inclusão económica e social, o que passa necessariamente pela protecção dos trabalhadores;

Apostar também no apoio a programas direccionados de micro-crédito e de programas de crédito dirigidos a pequenas e médias empresas, bem como de crédito jovem, é outra das acções que urge promover desde já. No meio rural, vamos apostar na produção agrícola e pecuária em pequena e grande escala e na garantia do escoamento dos produtos do campo para as vilas e cidades;

A redução das desigualdades sociais passa por uma maior aposta no sector social, nomeadamente no acesso à educação e ao conhecimento, à assistência de base para todos, à segurança social e à assistência aos mais vulneráveis e desfavorecidos;

Para além das tarefas prioritárias já mencionadas, temos pois de promover o Estado social, com políticas de inclusão económica e social e de redução das desigualdades, apostando num desenvolvimento com grande ênfase no meio rural e no aumento da produção interna, agrícola e industrial;

No decurso dos próximos cinco anos, vamos procurar fixar a taxa de inflação em limites aceitáveis e controláveis. Isso vai obrigar-nos a impor regras rígidas de política cambial e de política fiscal. Vamos apostar no reforço dos sistemas de controlo de actos ilícitos que possam descredibilizar o sector financeiro e bancário, internamente como no exterior;

Pretendemos aumentar a eficiência e a eficácia do aparelho de governação, focando a nossa acção na redução da burocracia e no acompanhamento das iniciativas do Estado. Vamos iniciar um processo de revisão do programa de investimento público, dando suporte aos agentes privados que possam gerir os projectos de forma mais eficaz e suficiente;

Pretendemos também focar as acções do Estado nas medidas que fomentem o acompanhamento, supervisão e fomento das actividades sectoriais e eliminar as barreiras administrativas que não agreguem valor aos processos;

O crédito à economia deve estar de acordo com as necessidades dos agentes económicos e com a obrigatoriedade de diversificação económica, de redução drástica das importações e de aposta nas exportações. Manteremos a aposta na electrificação e na industrialização do país. Será melhorado o quadro da produção, de distribuição de energia eléctrica e de água canalizada, o que permitirá uma maior e mais séria aposta na criação de polos industriais pelo país;

Para tal, vamos actuar em duas direcções, nomeadamente no crédito à indústria e no investimento estrangeiro para os sectores da agro-pecuária, das indústrias, das pescas, do turismo, dos transportes, da imobiliária e de outros de relevante importância para a economia, com a devida transparência e celeridade, de modo a dar credibilidade ao processo.»

Angola está, continua a estar, embora nem todos tenham percepção disso, em cima de um barril de pólvora. Vários são os rastilhos que continuam acesos embora, por enquanto, o lume ainda seja brando. Mas qualquer brisa pode ser suficiente para provocar a explosão.

Convenhamos que, por manifesta inépcia e falta de sentido de Estado, o Presidente da República está a contribuir para a implosão de Angola. Indiferente ao país real usa a farda de bombeiro mas o Povo começa a ver nele o que via no anterior, um pirómano.

Sabemos que, certamente por estar rodeado de muita mediocridade por todos os lados, tende como José Eduardo dos Santos a preferir ser assassinado pelos elogios dos seus bajuladores (muitos, como ele, transitaram do elenco anterior) do que salvo pelas críticas dos que, por quererem bem ao país, também lhe querem bem.

Seja como for, ao contrário do que acontecia com o Presidente Eduardo dos Santos (e tememos que esteja a acontecer com João Lourenço), nós sabemos que a verdade dói, às vezes dói muito, mas temos a certeza de que só ela cura.

Não admira que o Povo se socorra das exonerações, prisões e similares para ultrapassar a tristeza da uma ressaca que já atingiu muitos e vai abalroar muitos mais. Por isso vai perguntando onde estão a comida, a saúde, os empregos.

Na realidade quem tem pago, ao longo dos anos, a factura do desvario governamental é o Povo. São os mais pobres! Os dirigentes têm gasto o dinheiro público com excessos de mordomias. João Lourenço parece preferir poupar os ricos e atacar os pobres, o Povo. Não lhes dá comida mas dá o espectáculo de levar Filomeno dos Santos para a prisão, uma verdadeira dose de liamba ou… cocaína.

O Estado deveria ajustar todas as políticas no sentido da contenção de despesas, mas o esforço deve ser abrangente e não circunscrito à maioria pobre. Infelizmente as políticas que mais atingem a população seguem a escola de Eduardo dos Santos e são para penalizar os pobres, que estão a aumentar, quando deveriam estar a diminuir, fazendo emergir uma classe média. O grande problema é não existir uma verdadeira política económica.

Como se sabe, o MPLA alavancou para si a exclusividade da Paz, tornando os demais actores como descartáveis e quando assim é não é paz, é capitulação. Não é paz é clemência. Não é paz é terror. Significa que as pessoas aceitam, mas não desfrutam na plenitude o novo estado de graça.

Quanto à reconciliação, este conceito não existe no vocabulário do MPLA. Já alguém imaginou o governo a conversar com as vozes verdadeiramente diferentes?

Sobre a “nobreza” das ideias de Eduardo dos Santos, sempre dissemos que eram nobres para os seus, para a sua família, para os seus amigos e que para os demais era uma política escabrosa, maldosa, de perseguição e em muitos casos até sanguinária.

Nesta matéria (ideias) parece que João Lourenço pensa de modo diferente. No entanto, já hoje os angolanos sentem-se como um maluco que pára no meio de uma ponte para pensar se deve ir em frente ou voltar para trás e descobre que, afinal, não há ponte…

fonte: folha8

Guiné-Bissau: Diáspora condena retrocesso democrático e absolutismo de Embaló.

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Comunidade guineense volta à rua este sábado (22.08), em Lisboa, para manifestar o seu desalento e condenar aquilo que considera ser "um golpe de Estado na Guiné-Bissau". Protestantes condenam "atropelos à Constituição".

Protest in Lissabon gegen Instabilität in Guinea-Bissau (João Carlos)

Foto de arquivo (2015)

A diáspora guineense espalhada por vários países europeus manifesta-se esta tarde na capital portuguesa para condenar, "de forma veemente", os atropelos à Constituição, nomeadamente os "fortes ataques às liberdades fundamentais", engendrados pela governação do autoproclamado Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, apadrinhado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Mariano Quade, um dos coordenadores desta mobilização, aponta o dedo à postura do atual Chefe de Estado, a quem os guineenses descontentes atribuem a responsabilidade pelo "retrocesso democrático" no país, limitando, entre outros, valores como a liberdade de expressão e o direito à informação. Prova disso, acrescenta em entrevista à DW África, é que, neste momento, "não há direito à oposição". 

Portugal Lissabon | Protest gegen die Regierung in Guinea-Bissau | Mariano Quade (DW/J. Carlos)

Mariano Quade

Declaradamente, considera que o país vive num ambiente de ditadura, uma vez que o autoproclamado Presidente diz ser ele o único chefe. "Isso só por si diz que ele é um absolutista, uma pessoa que quer concentrar todos os poderes e que não sabe conviver com as regras democráticas", acusa.

"Neste sentido, nós condenamos veementemente este tipo de postura porque consideramos que este é um retrocesso democrático [para a Guiné-Bissau]", afirma Quade, pouco antes do comício que, esta tarde, conta com a presença pessoal de Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Corrente de protestos alarga-se cada vez mais

Lina Banora Ramos tem a vida organizada em Portugal. Mãe de dois filhos, ela é o retrato evidente de um elemento da comunidade preocupado com a situação no país natal, de onde saiu forçosamente há 25 anos por causa da crise político-militar de 1998. A imigrante faz parte dos muitos guineenses indignados, desiludidos e revoltados que, em países como Portugal, Alemanha, França, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Reino Unido e Estados Unidos, têm aderido a esta corrente de protesto face ao estado de degradação da vida política e da crise económica e social na Guiné-Bissau.

Lina Ramos reafirma, em declarações à DW África, que veio à manifestação expressar o seu descontentamento, tal é o estado de espírito de muitos guineenses presentes aqui na Alameda. "Incomoda-me a situação que lá se vive e que tende a piorar", lamenta, reafirmando que "muita gente está descontente" não só com a situação política.

Portugal Lissabon | Protest gegen die Regierung in Guinea-Bissau | Lina Ramos (DW/J. Carlos)

Lina Ramos

A cidadã guineense recua no tempo, revendo os acontecimentos que mancharam a imagem da Guiné-Bissau, para afirmar que o país chegou a este ponto também por culpa dos próprios guineenses que, na sua opinião, votaram erradamente. "Hoje em dia, não há liberdade de expressão, as leis são inoperantes, só estão no papel, não funcionam; não há punições e, em consequência disso, há violação da Constituição, como se estivéssemos a viver numa anarquia", enumera insatisfeita.

A propósito de direitos e de liberdade, Lina Ramos considera "uma tamanha barbaridade" a decisão de Umaro Sissoco Embaló de monitorizar o acesso dos cidadãos guineenses às novas tecnologias de informação e de comunicação. "Acho que as redes sociais são tão importantes, tal como a nossa respiração, para sabermos o que se passa no mundo e ao nosso redor", enaltece, para depois criticar a polémica decisão presidencial que prevê o controlo das comunicações na Guiné-Bissau.

Por estas e outras razões, a imigrante guineense não tem dúvidas que está a crescer o movimento de cidadãos descontentes, não só em Portugal. "Atualmente, há um crescendo da revolta das pessoas. De pessoas que não têm medo de falar ou dizer o que sentem", confirma.

Apelo à comunidade Internacional

A organização critica a CEDEAO que, não condenando as ilegalidades cometidas pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló, procura legitimá-las, apadrinhando uma situação de golpe de Estado. "Isso tem sido uma grande afronta e bastante negativo para a imagem da CEDEAO", reforça Mariano Quade. "A própria CEDEAO", recorda, "tinha declarado tolerância zero a golpes de Estado e não compreendemos como é que no caso da Guiné-Bissau se procura legitimar essa situação, legitimando o atual autoproclamado Presidente".

Guinea-Bissau Präsident Umaro Sissoco Embaló

Umaro Sissoco Embaló

Os guineenses saíram uma vez mais à rua, em Portugal, porque dizem não ser coniventes com a atual situação. Por isso, renovam o apelo à comunidade internacional para que esta reaja e tome uma posição, de modo a se repor a legalidade na Guiné-Bissau. Acreditam que, tarde ou cedo, será assim possível, em defesa da Constituição e das regras da convivência democrática.

"A nossa luta não tem um prazo. Ela é contínua enquanto se mantiver esta situação de ilegalidade", afirma Quade, que invoca o golpe de Estado ocorrido esta semana no Mali. Para este quadro guineense, abriu-se um precedente na Guiné-Bissau. 

"Quando a CEDEAO fecha os olhos a uma situação de golpe de Estado na Guiné-Bissau, naturalmente que abre as portas para que outros países também se sintam à vontade para atropelar aquilo que são as regras democráticas e a Constituição», exemplifica. Acrescenta ser esta uma prova clara de que o precedente aberto pela CEDEAO "vai trazer uma imagem bastante prejudicial e uma instabilidade bem maior para toda a região".

Enquanto se mantiver este clima de instabilidade, Lina Ramos assegura que vai continuar a protestar, porque o país precisa de uma "mudança". Garante que os guineenses não vão "baixar os braços" até "que as coisas mudem". Insiste, com olhar de determinação: "temos que fazer alguma coisa, temos que lutar".

PAIGC também critica CEDEAO

Numa nota divulgada esta sexta-feira (21.08), um dia após a CEDEAO se ter congratulado com a aprovação do programa de Governo pelo parlamento da Guiné-Bissau, o PAIGC condenou a posição da organização regional por "insistir" em tentar "legitimar" o executivo de Nuno Nabiam.

O PAIGC "condena com firmeza a posição da CEDEAO ao caucionar um golpe de Estado e reconhecer um Governo imposto pelo uso da força, minando dessa forma as condições de diálogo com vista à resolução definitiva da crise pós-eleitoral na Guiné-Bissau", referiu, em comunicado. 

O partido denunciou também a "tentativa de alguns chefes de Estado de alguns países membros da CEDEAO em impor a sua agenda na Guiné-Bissau contra os interesses do povo guineense" e alertou para os "perigos de reconhecimento de um poder conquistado pela força e baseado na repressão e violência e que não oferece nenhuma perspetiva de consolidação da paz e de estabilidade política".

No mesmo documento, o PAIGC denuncia igualmente violações "sistemáticas" dos direitos humanos, "repressão e violência contra cidadãos indefesos" e perseguição a membros do Governo liderado por Aristides Gomes e volta a apelar à comunidade internacional para "promover esforços concertados" para assegurar o "restabelecimento da ordem constitucional e a garantir a estabilidade política na Guiné-Bissau".

fonte: DW África

Fidel, seu povo e os novos aprendizados imprescindíveis.

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Foram poucas as figuras da história contra as quais foi empregada uma maquinaria de demonização como a que foi utilizada contra Fidel Castro; talvez com nenhuma tenha sido gasto tanto dinheiro, não somente para liquidá-lo fisicamente, mas também para exterminá-lo moralmente.

Sua confiança no povo, ao qual organizou e educou, era infinita, precisamente a partir dessa educação e organização, mas nunca subestimou a necessidade de dar explicações profundas, perante temas complexos. Photo: Jorge Luis González



Foram poucas as figuras da história contra as quais foi empregada uma maquinaria de demonização como a que foi utilizada contra Fidel Castro; talvez com nenhuma tenha sido gasto tanto dinheiro, não somente para liquidá-lo fisicamente, mas também para exterminá-lo moralmente. Lançaram mão de pós para deixá-lo sem sua lendária barba, até substâncias para que começasse a rir sem controle diante do público, elaboradas nos laboratórios da CIA. Mas nenhuma quantia supera o financiamento das campanhas de propaganda, carregadas de calúnias e mentiras contra a Revolução Cubana, que tiveram como alvo predileto, ainda depois de morto, seu principal condutor.

Como poderia ser explicada, então, a contradição entre essa realidade e o fato incontestável de que, onde quer que ele viajou, inclusive ali onde eram cotidianas as infâmias contra a sua pessoa, fosse aclamado fervorosamente pelas multidões, e cumprimentado respeitosamente por adversários políticos e ideológicos?

Contestando à explicação medíocre da «liderança carismática» com a que alguns escritores querem incutir nele o fervor inconsciente que podem provocar os demagogos, Fidel é um líder ético, com carisma indiscutível, porém a sua diferença com outros carismas assenta em que acompanhou as suas palavras com «fatos e realizações concretas», não mentiu jamais e cada dia acordou pensando o que fazer pelos demais, dando o constante exemplo pessoal de ir sempre na frente e dar a cara, tal como exigiu o povo cubano daqueles que reconheceu como seus líderes autênticos, desde Carlos Manuel de Céspedes até hoje. A estatura moral de quem age deixando claro que, ainda que a causa que está defendendo seja muito alta, o fim não justifica os meios, faz brilhar e distingue Fidel na geopolítica internacional.

Fidel também não é aquele que mantém os seus na escuridão, a fim de aproveitar a ignorância e manipular com facilidade, mas quem afirmou muito cedo que «não vamos dizer ao povo: acredita; dizemos-lhe que leia»; aquele que compartilhava em seus discursos dados e argumentos sofisticados, investigados minuciosamente e expressos com uma lógica impecável e uma pedagogia política consistente. A transformação educativa que liderou foi capaz de converter um povo, onde eram comuns os analfabetos totais e analfabetos funcionais, em protagonistas de façanhas científicas, culturais e militares, que apenas podem nascer de um desenvolvimento em massa das inteligências que o capitalismo tornou invisíveis com a exclusão classista de uma república idealizada por seus inimigos, mas constatada por ele e seus companheiros com suas mais dolorosas inequidades.

Mas o apego à ética e à obra educativa não bastariam para explicar a vitória fidelista sobre seus demonizadores, que vai crescendo com o tempo. Seu manuseamento hábil e criativo da comunicação, seu senso do contragolpe arrasador perante a calúnia ou a adversidade e as consciência da importância do simbólico, são evidentes desde os começos de sua atividade política. Ele é o estudante que desafiou a politiquice reinante, ao trazer para Havana um ícone, como foi o sino de La Demajagua; o candidato a representante da Câmara que caminhava e visitava cada casa, no bairro de Cayo Hueso e enviou uma carta a cada eleitor; aquele que após ter sido preso depois do ataque ao quartel Moncada foi fotografado na casa de detenção, em Santiago de Cuba, justamente diante do retrato de José Martí, o que estando preso no cárcere pediu às suas companheiras publicar e distribuir, clandestinamente, a sua alegação de defesa, que continua sendo hoje um best seller mundial. Fidel foi o chefe que, em meio das mais agudas carências, em uma guerrilha na qual faltou de tudo, menos a convicção e a coragem, recebeu no primeiro reforço braceletes e uniformes; foi quem percebeu a importância estratégica da Rádio Rebelde e determino sua proteção como um dos três objetivos principais perante a ofensiva da ditadura de Batista, no verão de 1958.

Fidel foi o que, mal nascendo a Revolução, ao perceber as campanhas contra ela, organizou a Operação Verdade; encorajou a fundação da Casa das Américas para o diálogo com a intelectualidade latino-americana; a agência Prensa Latina e Radio Habana Cuba, para difundir a verdade de Cuba; o Instituto Cubano de Amizade com os Povos para cultivar a solidariedade de dupla via e, em meio de grandes tensões, dedicou tempo e de a máxima atenção a intelectuais que visitam o país, como Graham Greene, Jean Paul Sartre e Simone de Beavuoir. Seu senso acerca do mais simbólico, não como algo vazio, mas sim como testemunho vivente do que é a Revolução, está na transformação dos quartéis em escolas, que chega até o século 21, com a criação da Universidade das Ciências Informáticas, onde houve antes uma estação de monitoramento radioeletrônico.

Seu diálogo com o jornalista franco-espanhol Ignacio Ramonet, é uma cátedra acerca da falácia da liberdade de imprensa que o capitalismo preconiza, o valor que concede à crítica dentro do socialismo e a importância da cultura e da educação perante os desafios que coloca na nossa frente o poder midiático imperialista da comunicação.

«Chegamos à convicção de que é necessário desenvolver muito mais o espírito crítico. Eu estimulei isso ao máximo, porque constitui um fator fundamental para aperfeiçoar nosso sistema».

«Sabemos que há inconvenientes, mas queremos uma crítica responsável».

«Apesar das possíveis consequências, tudo é melhor do que a ausência das críticas».

(...)

«Se alguém chamar liberdade de imprensa ao direito da contrarrevolução e dos inimigos de Cuba de falar e escrever livremente contra o socialismo e contra a Revolução, caluniar, mentir e criar reflexos condicionados, eu diria que não somos a favor dessa ‘liberdade’».

«Enquanto Cuba seja um país bloqueado pelo império, vítima de leis iníquas, como a Lei Helms-Burton ou a Lei de Ajuste Cubano, um país ameaçado até pelo próprio presidente dos Estados Unidos, nós não podemos dar essa “liberdade” aos aliados dos nossos inimigos, cujo objetivo é lutar contra a razão de ser do socialismo».

«Nesses órgãos da mídia “livres”, quem fala? De que falam? Quem escreve? Fala-se o que querem os donos dos jornais ou as emissoras de televisão. E escreve quem eles determinam. Você sabe muito bem. Fala-se em “liberdade de expressão”, mas realmente o que se está defendendo, fundamentalmente, é o direito de propriedade privada dos meios de divulgação em massa».

(...)

«Nós sonhamos com outra liberdade de imprensa, em um país educado e informado, em um país que possua uma cultura geral integral e se possa comunicar com o mundo».

É por isso que Fidel criou espaços como a Mesa Redonda e Universidade para Todos. Quando a então Repartição de Interesses dos Estados Unidos em Havana começou a dar aulas de inglês em sua sede, como parte dos planos subversivos, Fidel encorajou os cursos de inglês pela televisão. E quando lhe perguntaram o que fariam os cubanos com a Internet, respondeu com a velocidade de um raio: «Falar com os norte-americanos em inglês».

Sua confiança no povo, ao qual organizou e educou, era infinita, precisamente a partir dessa educação e organização, mas nunca subestimou a necessidade de dar explicações profundas, perante temas complexos, tal como fez em um longo comparecimento na televisão, em que preparou os cubanos para receber com sucesso o papa João Paulo II, quando toda a imprensa internacional anunciava que esse seria o anjo exterminador do socialismo cubano.

Justamente nestes dias, nos quais as notícias falsas correm como o vento, é comum a exploração de reflexos condicionados nas pessoas, para levá-las a reagir emotivamente diante de uma imagem ou manchete, sem antes parar e fazer uma análise mínima de fontes e contextos, e isso traz de volta a este batalhador a favor da verdade que é Fidel. Quando a tecnologia e o dinheiro convertem mentirosos profissionais em líderes de opinião e aqueles que repetem as fórmulas que conduziram o mundo ao desastre em que se encontra em grandes gurus que nos estão propondo novas fórmulas salvadoras, justamente na hora em que o capitalismo e a democracia representativa afundam no descrédito e eles não têm nada com que contribuir; o método fidelista de converter o povo em protagonista de sua própria defesa e muni-lo dos mais altos conhecimentos, transformando e potencializando para isso a institucionalidade revolucionária, resulta um tesouro ao qual devemos acudir de maneira criativa e consequente.

A articulação com o objetivo de criar a partir das bases da sociedade cubana um receptor crítico e um cidadão capaz de usar de modo criativo e emancipador as Tecnologias da Informação e da Comunicação, não se pode conformar com a alfabetização informacional. Precisa-se com urgência de um processo dinâmico e dinamizador que, tal como apelou o presidente Díaz-Canel, permita «aproveitar todas as nossas potencialidades», porque «não podemos continuar ancorados em formas de comunicar anteriores à época digital, e não podemos burocratizar os processos ideológicos».

Mais do que criar habilidades, é necessário formar uma sólida cultura da comunicação, não somente nos diretivos, mas sim em nível de todo o povo, utilizando para isso a escola, os meios de comunicação e as estruturas de base das instituições e as organizações políticas e de massa, para converter cada cidadão em um defensor ativo da verdade e um crítico responsável para com aquilo que esteja mal, provido de um conhecimento que lhe permita utilizar o caminho mais eficaz e rápido para converter a crítica em participação e solução.

O país com mais professores em cada habitante, aquele que baniu em menos de um ano o analfabetismo e que pintou a Universidade de «negro, de mestiço, de operário», que com ações de comunicação política libertou o garoto Elián e que conseguiu o retorno dos Cinco, não se pode propor menos, nem o vai permitir a memória daquele que ficou à frente do seu povo, para vencer todas estas batalhas.

fonte: granma

Cuba mais perto de ter sua própria vacina contra a Covid-19.

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A organização superior de direção empresarial BioCubaFarma informou da concessão da licença para iniciar no país os testes clínicos para um candidato de vacina cubana contra a Covid19, capaz de induzir uma potente resposta imunitária perante a infecção do vírus Sars-Cov2.


Em 28 de julho passado, o candidato cubano da vacina foi testado pela primeira vez em humanos, precisamente em três dos seus pesquisadores, os que em uma avaliação inicial também apresentaram uma alta resposta imune. Foto: BioCubaFarma. Photo: Granma

A organização superior de direção empresarial BioCubaFarma informou da concessão da licença para iniciar no país os testes clínicos para um candidato de vacina cubana contra a Covid19, capaz de induzir uma potente resposta imunitária perante a infecção do vírus Sars-Cov2.

Identificado com as siglas FINLAY-FR-1, o projeto de vacina, liderado pelo Instituto Finlay de Vacinas, o Centro de Imunologia Molecular – ambos pertencentes à BioCubaFarma – e com a colaboração do Laboratório de Síntese Química e Biomolecular, da Universidade de Havana, concluiu satisfatoriamente a fase de desenvolvimento farmacêutico e os estudos pré-clínicos em animais; cujas evidências científicas permitiram a emissão da licença ou autorização por parte do Centro para o Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos de Cuba (Cecmed).

A nota explica que, com a referida licença e o acompanhamento de diversas instituições do ministério da Saúde Pública, começará «o teste clínico fase I-II, denominado Soberana, ao qual continuarão outros estudos clínicos, antes de a vacina ser considerada pronta para a sua aplicação».

Argumenta-se, aliás, que foi elaborada uma estratégia de fabricação industrial que gere capacidades, a fim de «dispor dos oito milhões de doses necessárias para proteger nossa população, após serem concluídos satisfatoriamente» os exames.

Da informação da BioCubaFarma transcende que o candidato a vacina é o trigésimo – o primeiro na América Latina e o Caribe – a receber permissão para testes clínicos, entre os mais de 200 que se desenvolvem no mundo.

Precisa-se que o solicitante da permissão, o Instituto Finlay de Vacinas, tem mais de 30 anos de experiência na obtenção de vacinas, «e o fato de dispor de plataformas desenvolvidas para outras epidemias, especificamente para a epidemia de meningite, nos anos 80 do século passado, lhe permitiu obter esses resultados relevantes».

A BioCubaFarma, reitora da atividade biotecnológica e farmacêutica da Ilha maior das Antilhas, qualificou os avanços da pesquisa urgente para procurar uma vacina nacional, como uma homenagem do Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz, fundador e promotor do desenvolvimento nesse setor, e em sadia expressão de orgulho pelos resultados anunciados, exortando a não variar o rigor no cumprimento das medidas sanitárias para conter a doença, enquanto o país se aproxima da hora em que possa dispor de sua própria vacina.

«Foram semanas de intenso trabalho, sacrifício e dias muito tensos, nos quais se contou com a inteligência e compromisso desta comunidade científica que tem como prioridade cuidar da saúde e salvar vidas»; e assegura ao povo de Cuba que não se vai descansar até que cada cubano esteja protegido com a vacina contra essa temível doença; mas neste momento é importante continuar mantendo as medidas higiênico-sanitárias orientadas pelo ministério da Saúde Pública, para o enfrentamento a Covid-19.

fonte: granma.cu



Cuba: A saúde do país na inteligência dos seus filhos.

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Diante da ameaça do novo coronavírus ativaram-se novamente os mecanismos para convocar a inteligência urgente de seus filhos para salvar o país.

Líderes do projeto Soberana, o candidato de vacina cubana contra a Covid-19. Foto reproduzida do Facebook de Yury Valdés. Photo: Granma


 Diante Diante da nova ameaça do novo coronavírus ativaram-se novamente os mecanismos que, tantas vezes na história de resistência heroica da Revolução Cubana, convocaram a inteligência urgente de seus filhos para salvar o país, para pôr o freio da ciência inovadora a outra doença terrível.

No esteve agora fisicamente o homem grande, vestido de verde-oliva, mas no ar se escutava sua lição. Diante do grave perigo que mobilizou com pressa, embora em silencio, o gênio criador desta Ilha soberana, para converter em breves meses os anos que demora em conseguir tais vacinas.

Esses homens e mulheres de nosso povo – tal como aquele que os inspira – são esses heróis singelos, autores da melhor e mais esperada notícia: vacina contra a doença, contra a morte, mas também contra os infames tresnoitados, que teimam em anular as apostas desta nação a favor da vida.

«Parabéns a vocês, aguerridos, comprometidos, originais, criativos e inovadores cientistas revolucionários», disse-lhes o presidente, e o povo, do qual eles fazem parte, o apoiou com uma salva de palmas.

fonte: granma



Mali: junta militar é aclamada por multidão em Bamako.

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Em ato de apoio ao golpe de Estado, militares dizem que se "reconhecem" na luta da oposição e agradecem o "apoio do povo". Missão da CEDEAO será recebida por junta militar neste sábado em Bamako. Mali é suspenso da UA.
Mali I Protest in Bamako (Getty Images/AFP/M. Konate)

Os militares que tomaram o poder no Mali "agradecem ao povo malinense pelo seu apoio" e "reconhecem-se" na luta da oposição, disse o porta-voz da junta nesta sexta-feira (21.08) perante milhares de pessoas reunidas em Bamako para celebrar a queda do Presidente Ibrahim Boubacar Keita.

"Viemos para vos agradecer, para agradecer ao povo malinense pelo seu apoio. Só terminámos o trabalho que iniciou e reconhecemo-nos na sua luta", disse o Coronel Major Ismaël Wagué, porta-voz do Comité Nacional para a Salvação do Povo (CNSP) criado pelos rebeldes militares, a uma multidão entusiasmada.

Milhares de pessoas reuniram-se em Bamako para celebrar o que os oposicionistas chamam de "vitória do povo", três dias após o golpe que derrubou o Presidente Ibrahim Boubacar Keita.

Muitos que participaram da celebração foram os manifestantes que desde junho exigiam a renúncia do Presidente Keita em atos organizados pelo Movimento do 5 de junho - Reunião das Forças Patrióticas (M5-RFP).

Os militares liderados pelo coronel do exército Assimi Goita encontraram-se com líderes políticos malianos e reiteraram o desejo de implementar uma transição. O grupo não deixa claro, porém, quanto tempo esta transição durará.

Mali Bamako Kolonel Assimi Goita (Getty Images/AFP/M. Konate)

Coronel Assimi Goita comandou o golpe militar

 Missão da CEDEAO

Em entrevista à DW África, o comissário da União Africana (UA) para a Paz e Segurança, Smail Chergui, disse que a UA está disposta a conversar com todas as partes envolvidas na crise política.

"Temos de falar com eles [os rebeldes] para lhes dizer que eles têm de voltar a razão. [...]O Conselho de Paz e Segurança da União Africana tem sido muito claro e tomou a decisão de suspender a adesão do Mali à União Africana, como exigem a nossa doutrina e os documentos de referência da União Africana”, disse Chergui.

Uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) prevista para chegar a Bamako este sábado (22.08) será liderada pelo ex-presidente nigeriano Goodluck Jonathan, acompanhado pelo presidente da Comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou, e pelo ministro dos negócios estrangeiros do Níger, Kalla Ankourao. Esta sexta-feira, enquanto vários manifestantes bradavam palavras de ordem hostis à organização, os representantes da junta militar disseram que vão receber a missão da CEDEAO "com prazer”. Integrantes do bloco da África Ocidental defenderam na quinta-feira o retorno imediato de Keita à Presidência. 

Integrantes da Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma) reuniram-se quinta-feira com Ibrahim Boubacar Keita e outras personalidades detidas pela junta militar. O ministro das Finanças e Economia e um familiar próximo a Keita terão sido libertados, de acordo com uma fonte da junta militar.  

Desde as primeiras horas do golpe militar de 18 de agosto, a CEDEAO condenou fortemente a ação dos militares rebeldes.

Mali I Protest in Bamako (Getty Images/AFP/A. Risemberg)

Multidão tem cartazes de reprovação a missão da ONU no Mali

 "Efeito dominó”

Seidik Abba, jornalista e escritor especializado na África Ocidental, acredita que a atitude da CEDEAO mostra o medo de uma espécie de "efeito dominó” pela região - com instabilidade política nos países vizinhos ao Mali.

Abba sublinha a situação pré-eleitoral "complicada” na Guiné Conacri, tensões pré-eleitorais também na Costa do Marfim e uma grave situação de insegurança no Níger. "Assim, existem situações de tensão na sub-região e a CEDEAO, ao agir desta forma, quis desencorajar todas estas tentativas que possam surgir noutros países”, sugere Abba em entrevista à DW África.

Já o ex-presidente da Assembleia Nacional do Burkina Faso, Mélégué Traoréque, não acredita que haja um "efeito contágio". "Não, não creio que tenha um efeito imediato no Burkina Faso. Não me parece. O que aconteceu foi muito malinense. Penso que não terá quaisquer repercussões no Burkina Faso ou no Níger, que são os dois países vizinhos", diz Traoré à DW África.

Os Estados Unidos suspenderam toda a cooperação com os militares do Mali até que a situação seja esclarecida. Os governos norte-americano e de outros países condenaram o golpe militar. O enviado dos Estados Unidos para a região do Sahel, Peter Pham, reiterou que os EUA condenam a queda de Keita, mas salientou que uma decisão sobre a designação formal às "ações de um golpe" deve passar por uma revisão jurídica.

Mali I Protest in Bamako (Getty Images/AFP/A. Risemberg)

Cidadãos mostram satisfação com militares no poder

Entenda a crise no Mali

Dezenas de milhares de pessoas protestam na capital Bamako desde junho contra o Governo do Presidente Ibrahim Boubacar Keita. A coligação M5-RFP, composta por grupos da oposição e da sociedade civil, organizou os primeiros protestos em massa a 5 e 19 de junho.

A 10 de julho ocorreu a terceira grande manifestação contra o Governo, apontada como a mais violenta desde 2012. Segundo o Governo, 11 pessoas morreram em três dias. A MINUSMA, por sua vez, contabiliza 14 manifestantes mortos, enquanto o M5-RFP relata 23.

Os motivos apontados para a crise política são a instabilidade da segurança no centro e norte do país, a estagnação económica e a corrupção. Considera-se, no entanto, que o episódio que inflamou o movimento de contestação foi a invalidação pelo Tribunal Constitucional de cerca de 5,2% dos votos expressos nas eleições legislativas. A decisão anulou os resultados provisórios de 31 dos 147 assentos no Parlamento e acabou por aumentar a representação do partido de Keita em dez lugares.

Ibrahim Boubacar Keita foi eleito em 2013 e reeleito em 2018 para mais cinco anos. O M5-RFP o acusa de ter falhado na sua missão e apelou várias vezes à sua saída do poder. Após uma pausa nos protestos do M5-RFP e quando o Governo se movimentava para a formação de um governo de unidade nacional, a 18 de agosto de 2020, Keita sofreu um golpe de Estado e foi detido por militares rebeldes. A junta militar anunciou a pretensão de realizar eleições e uma "transição política civil". 

fonte: DW África

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