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O genocídio de Gaza, a questão palestina e o começo do fim do sionismo.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

ANGOLA: TCHIM-TCHIM PRESIDENTE DA RE(I)PÚBLICA.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
O Presidente angolano, João Lourenço, antes de partir para as Ilhas Seychelles para passar o “réveillon”, com a sua família e respectiva comandita, autorizou despesas no valor de 80,9 milhões de dólares (73 milhões de euros) para a reabilitação, ampliação e apetrechamento de oito escolas públicas em Luanda, devido ao seu avançado estado de degradação. Será que mandou igualmente reforçar o abastecimento dos grandes espaços comerciais onde se abastecem os milhões de angolanos pobres, e que são conhecidos como… lixeiras? Amedida (a das escolas, não a das lixeiras) consta de um despacho presidencial datado de 22 de Dezembro e já publicado em Diário da República, autoriza a despesa e formaliza a abertura do “procedimento de contratação simplificada”, para a celebração dos contratos de empreitadas de obras públicas para a “reabilitação, ampliação e apetrechamento” das referidas infra-estruturas. Trata-se das escolas secundárias do primeiro ciclo de Njinga Mbamdi, do 1º de Maio, do Juventude em Luta, do Ngola Kanine, do Ngola Kiluanje, e ainda do Complexo Escolar nº 9.001, da Escola do Ensino Especial do Rangel e do Instituto Técnico Comercial de Luanda. O Presidente da República, em consonância estratégica com o seu homólogo do MPLA e também com o Titular do Poder Executivo, delega na ministra da Educação a competência, com a faculdade de subdelegar, dar seguimento ao processo e fazer a verificação da validade e legalidade de todos os actos praticados no seu âmbito. O Ministério das Finanças deve inscrever os projectos no Orçamento Geral do Estado de 2024 e assegurar a disponibilidade dos recursos financeiros necessários à implementação dos referidos projectos, refere-se no despacho. Aproveitando esta questão para desejar ao Presidente João Lourenço, bem como à sua nababa comitiva, uma feliz passagem de ano nas Ilhas Seychelles, recordamos na íntegra o texto “Falta de carteiras? Isso é fake News…”, publicado no Folha 8 no dia 17 de Outubro de 2022: «A Direcção Nacional de Direitos Humanos de Angola criticou os tiros feitos pela polícia (que se diz nacional mas que é apenas do MPLA) para dispersar uma manifestação de um professor e alunos para exigir mais carteiras escolares, segundo dirigentes do Movimento Estudantil Angolano (MEA) que reuniram com a instituição. Segundo a porta-voz do encontro, Arminda Milena Ernesto, foram abordados vários assuntos, além da detenção de um professor, na semana passada, na sequência da tentativa de uma manifestação, com cerca de 300 alunos, para reivindicar a falta de carteiras suficientes na escola, entretanto, reprimida pela polícia que para o efeito até usou tiros. A activista estudantil salientou que foram informados que a Polícia tomou já “alguma providência”. Terá conseguido fazer regressar às armas as balas disparadas? “Disse que um dos comandantes já foi despromovido do cargo, dizem que estão a tratar desta situação e estamos aqui à espera, não deu muitos detalhes, mas ele [director nacional dos Direitos Humanos] disse que reprova totalmente o acto que se fez na marcha”, sublinhou. Arminda Milena Ernesto disse que no encontro foram abordados outros temas, nomeadamente a falta de carteiras nas escolas, os livros gratuitos que são comercializados, a questão do impedimento da entrada de alunos nas salas de aulas devido ao uso de cabelo crespo comprido, os problemas de saneamento nas escolas e o elevado número de crianças fora do sistema de ensino. “O director Yannick Bernardo, que foi um dos fundadores do MEA, explicou que desconheciam que há escolas sem carteiras e que os direitos humanos estão a trabalhar para averiguar quais são as escolas que apresentam este tipo de anomalia”, frisou. Se até João Lourenço desconhecia que existia fome em Angola, não admira que desconheça a falta de carteiras… O responsável, prosseguiu a activista estudantil, aconselhou o MEA a reportar os casos existentes, bem como escrever para os órgãos de direito, concretamente o Ministério da Educação. “Deu-nos alguns contactos, alguns nomes, para quando tivermos algum problema podermos contactar, porque muitas vezes o que falta é o diálogo, a comunicação”, adiantou a porta-voz do encontro, salientando que lhes foi solicitada também “calma na abordagem dos assuntos”. Arminda Milena Ernesto disse que ficou também a promessa de o MEA ser inserido no Comité de Direitos Humanos, que integra entre várias instituições representantes dos Ministérios da Educação, Saúde, Cultura, Justiça e dos Direitos Humanos, Ordem dos Advogados de Angola, organizações da sociedade civil, igrejas e autoridades tradicionais. «Sim, há 10 anos que sou professor. Há 10 anos que vejo crianças cruzando os pés apoiando cadernos buscando o conhecimento científico com o sonho de contribuir para a evolução e o avanço da ciência no país. Salas há que os estudantes assentam-se no chão por falta de carteiras. De facto é doloroso, pelo menos para mim, ver meninas sentadas no chão enfrentando o risco de contrair uma infecção urinária. Sim… É uma realidade que vivemos no complexo Escolar n° 5118 – Viana (Estalagem). A grande verdade é que a Direcção da Escola em causa tem o devido conhecimento das dificuldades dos Estudantes. Os inspectores da Educação sabem… A repartição municipal da Educação de Viana sabe… O Ministério da Educação sabe… O sindicato de Professores sabe… Os encarregados dos Estudantes sabem… Todos sabemos… Todos cruzamos os braços. Ou seja… Ninguém faz nada… Nós não queremos melhorias… Enfim… Nós Professores continuamos na falsidade… Ensinando aos adolescentes e inocentes que Angola é um país rico e belo…» A Polícia angolana (do MPLA) deteve o professor que organizou uma marcha de alunos para exigirem novas carteiras numa escola do município de Viana, província de Luanda, informaram as próprias autoridades na sexta-feira, dia 14. Segundo o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional do MPLA, Nestor Goubel, o professor liderou uma marcha de aproximadamente 300 alunos, com o objectivo de chegarem à repartição de educação de Viana, “para reclamar contra a falta de carteiras, para acomodação dos alunos”. Tendo em conta a situação, “a polícia foi accionada pela direcção da escola, na pessoa do director, João Paulo de Oliveira, (segundo o qual), antes da saída da escola, por instigação do próprio professor, já haviam danificado cerca de 50 carteiras”, disse. Nestor Goubel frisou que o professor foi acusado de organizar uma marcha não autorizada e do crime de danos materiais, avaliados em 1,7 milhões de kwanzas (cerca de 4.000 euros). “Cada carteira tem o preço unitário de 35 mil kwanzas (82 euros), o que perfaz um global de 1,750 milhões de kwanzas”, sublinhou o porta-voz da Polícia de Luanda. “Em princípio, parece que o professor mostrou resistência. Ele levou meninos de 12, 15 anos, para essa manifestação, com todas as consequências, barraram estradas, parecia que estava a cumprir uma outra agenda”, frisou. Segundo o porta-voz da Polícia de Luanda, o professor tem apenas 15 dias de trabalho na instituição “e já se propõe a realizar uma marcha”. Também na sexta-feira, o grupo parlamentar da UNITA manifestou “bastante preocupação” com os “actos de violência” de “agentes da Polícia Nacional” angolana contra “crianças estudantes que se manifestavam pela melhoria das condições” de uma escola em Viana, município de Luanda. “O grupo parlamentar da UNITA acompanha com bastante preocupação as notícias sobre os actos de violência levados a cabo por agentes da Polícia Nacional em Viana, perpetrados contra crianças estudantes que se manifestavam ontem, quinta-feira, 13 de Outubro de 2022, pela melhoria das condições na Escola 5008, localizada em Viana”, fez saber o principal partido da oposição através de uma nota. A partir dos gabinetes, a UNITA “condena esta onda crescente de violência praticada por agentes da lei e ordem, empunhando armas de fogo, sobretudo contra crianças inocentes e inofensivas que reclamavam apenas pelos seus direitos”, acrescenta-se no texto. A declaração “insta” ainda o Ministério do Interior angolano (que deve estar a tremer de medo) a “pôr cobro, com urgência” ao que o partido designa como um “cortejo de atropelos aos direitos humanos, à Constituição e à lei praticados por agentes da Polícia Nacional”. O partido “solidariza-se”, por outro lado, com estudantes e demais cidadãos que, “no uso dos seus direitos constitucionais, se manifestam para a para a melhoria das suas condições de vida, de ensino e de trabalho”. Muito bem.»melhoria das suas condições de vida, de ensino e de trabalho”. Muito bem.» fonte: folha8

Resultados do quinto dia do BRICS + Fashion Summit.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... O Fórum Internacional BRICS+ Fashion Summit, que aconteceu de 28 de novembro a 2 de dezembro, chegou ao fim em Moscou. O evento, organizado pela Fashion Foundation com o apoio do governo de Moscou, reuniu representantes de 60 países. No último dia do fórum, todos os principais eventos foram realizados no espaço de exposição subterrâneo do Parque Zaryadye.
No salão de exposições B2B, no último dia do fórum, mais de 120 marcas apresentaram seus produtos, incluindo empresas da Argentina, Brasil, Itália, Burundi, China, Egito, Índia, Indonésia, Líbia, Nigéria, Sérvia, Tunísia, Turquia e outros países. Os designers e compradores buscaram ativamente parcerias durante todo o dia. O Fashion Intensive reuniu palestrantes da Rússia, Índia, Colômbia, Nigéria e Sri Lanka. Palestras e workshops discutiram os tópicos de inclusão, colaboração, ideologia de marca e produção sem resíduos. No final do fórum, houve um desfile das coleções da marca sérvia Batakovic Belgrade e do designer brasileiro Lucas Leão. A marca da Sérvia apresentou uma coleção para mulheres, incluindo calças, camisas, casacos e vestidos justos. A protagonista da Batakovic Belgrade foi uma mulher confiante que parece impressionante e feminina em qualquer roupa. O designer brasileiro Lucas Leao trabalha habilmente com formas arquitetônicas, o que se refletiu nas roupas minimalistas dessa marca: a coleção é feita principalmente em cores pastéis, imagens monocromáticas, silhuetas simples e claras - todos os modelos pareciam esculturas vivas, graças ao trabalho habilidoso do designer com cortinas. Também no último dia do fórum, na Casa da Cultura "HPP-2", houve aulas magistrais sobre upcycling, em que os designers russos explicaram como dar uma segunda vida às coisas. De 1º a 2 de dezembro, o espaço de arte Bread Factory sediou um fórum sobre o novo setor da moda, onde os convidados tiveram a oportunidade de ouvir 18 horas de palestras de especialistas em negócios, moda e varejo. Ver mais em https://port.pravda.ru/news/mundo/58277-resultados_do_quinto_dia_do_brics_fashion_summit/

Por que Israel não pode derrotar o Hamas?

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Benjamin Netanyahu, o Hitler judeu, declarou inúmeras vezes que o principal objetivo de Israel nestes últimos dois meses é erradicar a Faixa de Gaza do Hamas. O genocídio promovido por seu exército, que já deixou mais de 18.000 palestinos mortos, resultante de bombardeios e ataques quase ininterruptos contra qualquer coisa que se mova em Gaza, indica que o primeiro-ministro israelense está disposto a fazer qualquer coisa para destruir o movimento da resistência islâmica. Contudo, a história e a realidade atual da Palestina mostram que o Hamas não será erradicado. E Israel e seus comparsas sabem disso. Emmanuel Macron teve um raro momento de razão ao declarar: “eu acho que nós chegamos a um momento no qual as autoridades israelenses terão de definir mais claramente qual é o seu objetivo final. A destruição total do Hamas? Alguém acha que isso é possível? Se for assim, a guerra vai durar dez anos.” A jornalista Loveday Morris publicou no Washington Post de 5 de dezembro que as forças sionistas estimam em 5.000 o número de militantes do Hamas mortos por Israel em Gaza – uma cifra considerada incerta e mesmo duvidosa, pois a Israel (como sempre acontece nas guerras) interessa inflar o número de baixas do inimigo para justificar a carnificina de civis. Se esse índice estiver próximo à realidade, isso significa que, até aquela data, Israel teria assassinado uma criança e um civil adulto para cada militante do Hamas morto. Segundo o Centro Nacional de Contraterrorismo do Diretório de Inteligência Nacional do Governo dos EUA, até setembro de 2022 o Hamas tinha entre 20.000 e 25.000 membros. Analistas consultados pela BBC acreditam que atualmente o número de combatentes seja de 30.000, enquanto que a mesma reportagem do Post estima em até 40.000 e com recrutamento recorrente. Se tanto os dados do governo americano como os desses veículos de imprensa estiverem mais ou menos corretos, pode-se considerar que o número de militantes do Hamas aumentou consideravelmente no período de um ano. Isso seria um fato essencial para a análise da correlação de forças na atual fase do conflito na Palestina. E vai ao encontro das revelações expostas por pesquisas de opinião realizadas recentemente. Reportagem de Dahlia Scheindlin publicada em 22 de novembro no Haaretz noticia que um estudo do grupo de Pesquisa e Desenvolvimento do Mundo Árabe apontou que: 1) quase 60% dos palestinos de Gaza e da Cisjordânia apoiam totalmente e 16% apoiam moderadamente a operação liderada pelo Hamas em 7 de outubro; 2) somente 13% (21% em Gaza) se opõem àquela operação militar; 3) para 76%, o Hamas desempenha um papel positivo; 4) ao menos metade dos consultados acredita que o Hamas luta pela liberdade dos palestinos. A mesma reportagem cita outra pesquisa de opinião, conduzida pelo Barômetro Árabe, que revela que antes de 7 de outubro a maioria dos palestinos criticava o Hamas por não fazer o suficiente contra a ocupação. Essa pesquisa teve o apoio do Fundo Nacional para a Democracia (NED, na sigla em inglês) dos EUA – logo, provavelmente é enviesada para diminuir o apoio real ao Hamas. O Washington Institute, insuspeito de apoiar os palestinos, também conduziu uma pesquisa em julho deste ano, que concluiu que 57% dos habitantes de Gaza expressam um sentimento positivo pelo Hamas, sendo um pouco menor na Cisjordânia (52%) e maior em Jerusalém Oriental (64%) – e três quartos do povo de Gaza apoiam a Jihad Islâmica Palestina e a Cova dos Leões, outra organização militante. A maioria das análises dos números apresentados pelas pesquisas de opinião não interpreta corretamente o sentimento dos palestinos, incluindo a análise publicada em 25 de outubro na Foreign Affairs por Amaney A. Jamal e Michael Robbins, os dois principais investigadores do Barômetro Árabe. O que essas pesquisas comprovam é: 1) o Hamas tem um grande apoio popular e 2) o movimento foi compelido a realizar a operação de 7 de outubro pela pressão popular para que alguma medida fosse tomada em reação à opressão imposta pelos ocupantes sionistas. A operação do Hamas foi o resultado lógico do sentimento de indignação dos palestinos com a sua condição de oprimidos, sendo que uma parte significativa dos palestinos revoltados se incorporou às fileiras do Hamas no último ano para lutar de forma efetiva contra essa opressão. Os nazistas de Tel Aviv têm tratado os civis palestinos como membros ou cúmplices do Hamas. Ao assassiná-los, cometem crimes de guerra – ignorados pelas “sagradas” organizações internacionais, todas corrompidas pelos patrocinadores de Israel. Contudo, a concepção israelense não é de todo incorreta: o povo palestino como um todo está em guerra contra os ocupantes e, ao invés de ser uma guerra entre Israel e Hamas, é uma guerra de todo o povo palestino conduzida pelo Hamas contra os agressores israelenses. Uma grande parte dos cidadãos comuns constitui uma rede de apoio logístico e material à Resistência Palestina. De fato, muitos dos atuais membros do Hamas eram crianças inocentes quando Israel devastou Gaza no início da década anterior e muitas crianças que sobreviverem ao atual genocídio seguirão o mesmo caminho, porque a tendência natural de um povo que vive esmagado e massacrado é a revolta radical e armada. A Resistência Palestina é somente mais um dos inúmeros movimentos de libertação nacional que necessariamente brotam nos países oprimidos, tal como os vietcongues, os talibãs ou a resistência xiita no Iraque pós-2003. E, assim como aqueles, o Hamas tem grande apoio popular – em seu caso, um apoio urbano, dadas as características da Faixa de Gaza, que também fazem com que a tática da resistência seja de guerrilha urbana diante da atual invasão. O Centro Nacional de Contraterrorismo dos EUA admite o caráter popular do movimento ao informar que o Hamas utiliza “dispositivos explosivos improvisados”, “armas pequenas” e “sistemas de defesa aérea portáteis”, reconhecendo assim que a guerra de Israel é absolutamente assimétrica. Tal como os seus antecessores vietnamitas, afegãos e iraquianos, o Hamas utiliza redes de milhares de túneis subterrâneos para transportar armas e combatentes e surpreender os ocupantes com emboscadas mortais. Mesmo que seja verdade que guerrilheiros se escondam sob instalações civis (o ex-primeiro-ministro Ehud Barak admitiu à CNN que foi Israel quem construiu bunkers sob o Hospital al-Shifa), isso não constituiu uma conduta indevida levando-se em conta que os esconderijos servem também aos civis, que são o grande sustentáculo do Hamas na guerra de todo o povo. Deste modo, é de total responsabilidade e culpa de Israel as mortes civis causadas por bombardeios a hospitais, escolas, prédios residenciais e campos de refugiados, mesmo que eles abriguem “terroristas”. As características da militância de organizações como o Hamas e a Jihad Islâmica, assim como do Vietcongue e do Talibã, que significam o abandono desinteressado de todo o tipo de comodidade e a entrega ao martírio, são prova de que o movimento só será derrotado se todos os seus membros e apoiadores (atuais e futuros) forem mortos. Isto é, se toda a população palestina for exterminada. Caso contrário, os palestinos forçosamente continuarão a luta, até a vitória. O grupo de Pesquisa e Desenvolvimento do Mundo Árabe revelou em seu levantamento que três quartos dos palestinos acreditam na vitória e, mesmo na Cisjordânia, onde o Hamas não governa, apenas 10% acham que o Movimento da Resistência Islâmica será derrotado. Isso significa que o moral dos palestinos está muito elevado e essa é uma condição essencial para a vitória em qualquer guerra, principalmente em uma guerra de libertação nacional de todo o povo contra um ocupante. Essa disposição de luta também se comprova pelo fato de que, mesmo após dois meses de martírio em massa, os tradicionalmente inferiores armamentos do Hamas (em relação aos de um exército regular como o de Israel), muitos de produção doméstica, têm vencido o tão propagandeado Domo de Ferro e os israelenses reconhecem que seria muito difícil destruir completamente esses foguetes. O Haaretz revelou que não foram feridos somente 1.593 soldados israelenses (como divulgou Israel), mas sim 4.591. Até o dia 13 de dezembro também haviam morrido 115 militares de Israel em meio aos combates em Gaza. A Resistência Palestina continua revidando, e continuará revidando, mesmo que seja com paus e pedras (como fez tantas vezes), a agressão das forças de ocupação. Até a vitória. O Hamas é fruto direto da opressão sionista e da natural insurgência contra os ocupantes. É fruto também dos erros, capitulações e traições da OLP. Assim como no Vietnã, no Afeganistão e no Iraque, a única maneira de os palestinos conseguirem sua independência é a rebelião armada. O abandono da luta radical contra os opressores foi a sentença de morte da OLP, assim como o é da esmagadora maioria dos regimes da Ásia Ocidental e do Norte da África. Os povos da região não suportam mais a opressão que sofrem de Israel e dos EUA e, enquanto essa opressão existir (ou seja, enquanto existir o Estado de Israel e a presença militar e econômica do imperialismo americano), eles nunca desistirão de lutar. (*) Eduardo Vasco é jornalista especializado em política internacional, correspondente de guerra e autor dos livros O povo esquecido: genocídio e resistência no Donbass e Bloqueio: a guerra silenciosa contra Cuba. Ver mais em https://port.pravda.ru/mundo/58293-israel_hamas/

Crise dos combustíveis: Costa do Marfim compromete-se a entregar 50 milhões de litros de gasolina à Guiné-Conacri por mês.

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A cadeia de solidariedade internacional cresce a favor da Guiné mais de uma semana depois da explosão do principal depósito de hidrocarbonetos localizado na comuna de Kaloum. Para ajudar o país a enfrentar a crise causada por este incêndio, a Costa do Marfim, por sua vez, decidiu ajudar a Guiné. O país de Alassane Ouattara compromete-se a entregar 50 milhões de litros de gasolina por mês à Guiné. O anúncio foi feito na noite de quarta-feira, 28 de dezembro de 2023, na televisão nacional da Costa do Marfim. “A Costa do Marfim compromete-se a entregar 50 milhões de litros de gasolina por mês à Guiné. Os termos práticos do referido contrato e a segurança dos comboios serão assinados esta quinta-feira [28 de dezembro de 2023]”, declarou um jornalista da RTI cujos comentários foram retransmitidos pelo site de notícias abidjan.net, especificando também que a Guiné tem um relatório mensal necessidade de 70 milhões de litros de gasolina. Segundo a imprensa costa-marfinense, o Ministro da Economia e Finanças guineense, Moussa Cissé, hospedado em Abidjan, capital da Costa do Marfim, conversou longamente na quarta-feira com o Ministro das Minas, Petróleo e Energia da Costa do Marfim, Mamadou Sangafowa Coulibaly. Recorde-se que o incêndio no depósito de combustíveis de Kaloum, em 18 de dezembro de 2023, deixou 24 mortos, 454 feridos e mais de 11 mil pessoas diretamente afetadas segundo o último relatório do governo guineense. Desde 24 de dezembro, a venda de gasolina, embora sujeita a condições, foi retomada nos postos de abastecimento. fonte: https://www.guinee360.com/

Guiné-Bissau: Opinião: POR QUE CONTINUAM A ADIAR OS NOSSOS SONHOS? O DEMOCRATA 26/12/2023

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Até quando os guineenses de fato desfrutarão de umaverdadeira paz? Até quando poderemos, assim como outras nações do mundo, viver uma vida digna, uma vida sem estresses de constantes quedas de governos, dissoluções de parlamento, cerceamento de liberdades fundamentais, espancamentos etc? Até quando o interesse de todos (causa maior) será de fato colocado acima de interesse de grupos partidários e individuais? Até quando continuaremos a colocar os indivíduos (protagonistas políticos) no centro de debates e não ideias de como edificar uma nação justa, equilibrada e de facto desenvolvido, como realmente merece o nosso sofrido povo? As respostas para esse conjunto de indagações têm sido o maior “mistério” para a sociedade guineense desde há muito tempo. Mais uma vez, com os recentes episódios ocorridos entre os dias 30 de novembro e 01 de dezembro, essas indagações voltam a pairar pelas cabeças de todos(as) guineenses, no país e na diáspora (o meu caso). O Abel Djassi (Amílcar Cabral) – principal arquiteto da epopeia que culminou com a libertação do país das garras do fascismo e totalitarismo do regime português – deve certamente mais uma vez, esteja onde estiver, estar profundamente desapontado em ver todo seu esforço empreendido ir em vão. Em 2019, nas vésperas das eleições presidenciais ocorridas naquele ano, um texto da minha autoria foi publicado neste egrégio semanário, no qual sem titubear defendi com convicção que eleições nenhumas foram e serão panaceia para os nossos problemas, nossas diferenças e dissensos; após quase 5 anos dessa observação, continuo com a mesma convicção e crença. No regime político vigente em nosso país (democracia), a diferença (em todas as suas vertentes e facetas) não deve ser mal vista, pelo contrário, deve ser celebrada e enxergada como salutar para uma ótima e sã convivência, uma convivência lastreada no respeito mútuo, na tolerância, no amor ao próximo etc. O povo guineense não espera milagre e feitos faraônicos de nenhum político; ao contrário, ele apenas quer viver em paz, quer ter um sistema de saúde de qualidade, ensino de qualidade; quer, outrossim, ter oportunidade para empreender, inovar, criar próprio negócio etc., coisas que apenas um ambiente de estabilidade política, credibilidade institucional e tranquilidade plena proporcionarão. Essas são as principais aspirações e sonho do povo guineense que, infelizmente, tem sido sistematicamente adiado pelas ações de uma classe política ultrapassada. Uma classe política, a bem da verdade, movida pelos discursos de ódio, de intriga, de calúnia e de “nós contra eles”. Como cidadão guineense de pleno direito, faço esse desabafo na expectativa de que vocês (a classe política) possam parar e refletir, dialogar como irmãos e “ramos do mesmo troco”, na diferença de opiniões e no contraditório, mas sempre visando o bem de todos(as). Que cada um(as) de vocês possa refletir profundamente sobre o papel que quer desempenhar para o virar de página da nossa história; sobre o legado que quer deixar para os que virão; sobre que tipo de sociedade quer ajudar a edificar (uma sociedade regulada pelas leis ou uma na qual cada um faz o que quer)? Por mais improvável que possa parecer, uma outra Guiné-Bissau é possível e depende essencialmente da mudança de postura de vossa parte. Se não sabem ou não lembram de qual Guiné me refiro, faço questão de vos lembrar: aquela Guiné sonhada por Amílcar e outros combatentes da liberdade da pátria; a Guiné, além de livre e independente como inicialmente preconizada, próspera, pacífica, estável (político, econômica e socialmente) e, em última instância, desenvolvida. Em suma, por essas e outras aspirações – não apenas de Amílcar e daqueles que tombaram para hoje tivéssemos um país e uma nacionalidade reconhecidas nos quatro cantos do mundo – parem, de uma vez por todas, de adiar os nossos sonhos! Parem! Basta! “Paz e bem pa kilis kuna tarbadja, juízo pa kilis kuna perturba”. Mc Mário. In: Relatório (2012). Por: Deuinalom Cambanco Investigador, Analista Político e Mestre em RI.

Professor Abdu Jarju: “PRESENÇA DE FORÇAS MILITARES NA GUINÉ-BISSAU E NA GÂMBIA REVELA A FRAQUEZA DESTES PAÍSES”.

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O Professor universitário e especialista em segurança e relações internacionais, Abdu Jarju, afirmou que a presença de contingentes das forças militares da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO) na Guiné-Bissau e na Gâmbia revela a fraqueza dos dois países, acrescentando, neste particular, que são os países pequenos e que, em termos de segurança e da capacidade militar, as suas forças de defesa e segurança estão desestruturadas. “Quando um país não tem forças armadas à altura de proteger os seus cidadãos, o qualitativo republicano vai ter sempre problemas. Os casos da Guiné-Bissau e da Gâmbia são casos específicos. Por isso, não considero essas forças, forças de estabilização, mas sim de ocupação”, disse, lembrando que na segunda guerra mundial, os Estados Unidos da América tinham as suas forças estacionadas em França, mas no fim, o povo francês mandou-as embora, frisando que no caso da Gâmbia, Adama Barrow vai completar os seus dois mandatos sob a ocupação das forças da CEDEAO e do Senegal. Assegurou que a presença das forças militares estrangeiras no território de um país prova que o regime no poder não é capaz de criar consensos internos, acrescentando que “enquanto admitirmos as presenças de forças estrangeiras nos nossos territórios, não haverá desenvolvimento nenhum, porque tiram-nos um aspeto da soberania”. “A soberania é constituída por três elementos fundamentais, nomeadamente a defesa, a política externa e a moeda”, insistiu. A CEDEAO dispõe de um contingente militar de 650 efetivos instalados na Guiné-Bissau desde o mês de maio de 2022, cuja missão é ajudar na estabilização do país. A Gâmbia conta com uma força militar da CEDEAO desde 2016, devido à crise política que resultou na negação dos resultados eleitorais da parte do antigo Presidente, Yahya Jammeh. O analista para assuntos políticos e da sub-região fez estas observações na entrevista ao nosso jornal para falar das razões da criação da Aliança do Sahel, uma organização que engloba o Mali, o Burkina Faso e o Níger, países atualmente dirigidos por regimes militares e que estão sob as sanções da CEDEAO. O Democrata (OD): Depois do golpe de Estado no Níger, a situação na sub-região parecia estar calma, mas os eventos de 26 de novembro na Serra Leoa e de 01 de dezembro na Guiné-Bissau revelam que nem tudo está calmo. O que é que o nosso bloco poderá enfrentar nos próximos tempos, se os regimes no poder continuarem hostis e a não facilitar a vida aos opositores? Abdu Jarju (AB): É uma pergunta muita circunscrita, deve ser mais alargada para ver quais são as causas que nos levam a isso. Os regimes não estão a trabalhar para os povos. Quando o regime não trabalha para o progresso e bem-estar do seu povo, sempre vai enfrentar problemas, e porquê? Porque quando o regime está a trabalhar para as forças externas e para a sua sobrevivência em vez de para o bem-estar do povo, cria problemas. Outro aspeto, é que os regimes sustentam a corrupção a uma escala tão grande e têm medo de abandonar o poder e são hostis a qualquer opositor que vai apresentar-se com um discurso de defender o povo e de proteger o bem. Essa situação faz com que haja uma luta muito grande entre os opositores e aqueles que estão no poder. Têm medo de abandonar o poder, porque acham que quando abandonarem o poder serão perseguidos pelo novo regime. OD: A CEDEAO parece, no meio de tudo isso, ser uma figura impotente que não consegue condenar as ações e atrocidades que são cometidas pelos regimes em vigor. Tudo isso deve-se a quê? AJ: Eu vou dizer que estamos à espera da certidão de óbito da CEDEAO. Para mim, a CEDEAO não vai aguentar por mais tempo. As razões são simples, como se diz na língua francesa, quem paga, manda. Quando a CEDEAO não é capaz de se autofinanciar e que receba financiamentos externos, o que significa que as suas decisões serão sempre telecomandadas. O segundo aspecto, é o princípio de padrões duplos. Quando há golpe num país, a CEDEAO é muito suave e quando há noutro condena. Estas situações de padrões duplos vão fazer com que a CEDEAO enfrente a fraqueza que está a enfrentar. A CEDEAO fica impotente a algumas situações, porque os interesses do imperialismo já se jogam. Nos países onde os interesses de imperialistas são relevantes, a CEDEAO será impotente, porque as suas decisões serão ditadas pela França e pela União Europeia. Nestas circunstâncias, ela fica impotente e o que resta à CEDEAO é a sua desintegração. OD: No caso da Guiné-Bissau, a posição da CEDEAO é apenas de condenar a ação da Guarda Nacional e a dissolução da ANP, mas não se fala praticamente dos mecanismos para o retorno à ordem constitucional e parece ser uma rotina e essa organização jogar a favor dos regimes? AJ: Eu estive muito mais categórico sobre a Guiné-Bissau. Aquilo que eu vi não era uma condenação do parlamento, mas uma condenação de atuação da Guarda Nacional. A segunda coisa que se deve notar no comunicado, a CEDEAO congratulou-se com a atuação das Forças leais. A CEDEAO está consciente do sistema do regime em vigor na Guiné-Bissau, mas fingiu que não percebeu nada desse regime e que, quando fala da constitucionalidade, aqui está a referir-se à instituição da Presidência da República. Eu acho que, quando as pessoas interpretam o comunicado como uma condenação à dissolução do Parlamento, eu diria não, porque esta parte da condenação que eu não acredito que é, é muito subjetiva, porque não é claro como fez com o ponto que se refere à atuação da Guarda Nacional. A parte da dissolução do parlamento pode ser submetida a interpretação e aqui, para a minha interpretação, eu vi que a CEDEAO inclinou-se para condenar o ato de 1 de dezembro, mas o ato da dissolução do Parlamento calou-se e não disse nada. A linguagem não foi clara, é ambígua e ninguém pode saber se é condenação ou não. Então, não se pode esperar que a CEDEAO vá dizer os mecanismos que vamos seguir para voltar ao status quo antes do dia 1 de dezembro. Isso não acredito e não vi no comunicado. Os regimes internos são livres de aceitar aquilo que querem aceitar da comunidade internacional, do direito internacional ou das organizações internacionais. Quando essas decisões lhes favorecem, acatam e quando não lhes favorecem, invocam o princípio da soberania e que a lei interna está acima das leis internacionais. Partimos da hipótese que todos os intervenientes na Guiné-Bissau são patriotas, democráticos e gostam do seu povo. Aqui se fala do Estado de Direito, eu não vi em nenhuma circunstância que as pessoas não se podem sentar, discutir e procurar uma saída. Como disse o autor George Owel, “a democracia não pode prosperar, onde não haja consensos ou onde não seja possível construir consensos. Eu acho que este é o papel fundamental dos atores guineenses. Saber que todos são patriotas, amam o seu povo e são patriotas. Portanto, existe a possibilidade para se sentar, discutir e encontrar soluções. OD: Por que é que a CEDEAO continua desequilibrada na tomada de posições em relação a alguns países, nomeadamente a Guiné-Conacri, o Mali, o Burkina Faso e o Senegal? AJ: Exatamente, é isso que eu disse sobre o princípio de padrões duplos. Nós apreciamos a posição da CEDEAO na Guiné- Conacri e não é a mesma posição que observamos em outros países como no Mali, no Burkina Faso e particularmente o Níger. A razão é muito simples, é devido aos interesses de potências externas e sobretudo da França. A CEDEAO está paralisada, porque tem posições variantes em relação aos acontecimentos nos Estados membros. Há divergências entre o grupo anglófono e francófono, e dentre esses grupos registam-se também divergências. Por isso, os países da CEDEAO não conseguem andar juntos. A CEDEAO tem uma divisão e não se solidariza com outros países, tal como acontece com a União Europeia. Como costumo dizer, a CEDEAO é uma associação dos presidentes que esquece o povo, e, por isso, é destinada à morte. OD: Por exemplo, em relação à Gâmbia e à Guiné-Bissau, a CEDEAO sempre teve uma reação e enviou forças militares para a estabilização. Esse desequilíbrio poderá minar ou fazer desaparecer a CEDEAO? AJ: Em primeiro lugar, essa situação revela a fraqueza dos dois países. São os menores países e em termos de segurança e de capacidade militar, as suas forças de defesa e segurança estão desestruturadas. Quando um país não tem forças armadas à altura de proteger os seus cidadãos o qualitativo republicano vai ter sempre problemas. Os casos da Guiné-Bissau e da Gâmbia são casos específicos. Não considero essas forças, forças de estabilização, mas sim de ocupação. Na segunda guerra mundial, os Estados Unidos da América tinham as suas forças estacionadas em França, mas no fim o povo francês mandou-as embora. No caso da Gâmbia, Adama Barrow vai completar os seus dois mandatos sob a ocupação das forças da CEDEAO e do Senegal. Isto prova que o atual regime não é capaz de criar consensos internos. Enquanto admitirmos as presenças de forças estrangeiras nos nossos territórios, não haverá desenvolvimento nenhum, porque tiram-nos um aspeto da soberania. A soberania é constituída por três elementos, nomeadamente a defesa, a política externa e a moeda. A Guiné-Bissau não tem moeda própria, logo neste aspeto não é soberana e pode perder a sua segunda soberania se sua defesa e a sua segurança interna continuarem a ser garantidas por forças externas. A nível da sua política externa, é duvidoso que a Guiné-Bissau tome as suas decisões ou não. Se for o caso, que a Guiné-Bissau diversifique a sua cooperação militar. Imagine que a Guiné-Bissau decida diversificar a sua cooperação e convidar a Rússia, o que vai acontecer? Os Europeus vão dizer que nós não podemos continuar com isso, o que quer dizer que tanto a Guiné-Bissau como a Gâmbia não têm nenhuma soberania, se esses três elementos não funcionam. Nós na Gâmbia, não temos a nossa política externa a funcionar, porque estamos submetidos a quatro vontades do Senegal. Se o Senegal se posicionar contra a escolha estratégica do nosso país, a Gâmbia não pode cooperar. Embora o atual esteja a trabalhar para não perdermos a nossa moeda, precisamos lutar para não perder este último elemento da nossa soberania que nos resta. OD: Está-se a criar uma nova organização a nível sub-regional, os regimes militares do Mali, Burkina Faso e Níger assinaram em setembro deste ano uma carta que estabelece uma aliança defensiva que poderá não só integrar a Guiné-Conacri, o Mali, o Burkina Faso e o Níger, bem como outros países da sub-região. Que implicações económicas, políticas, sociais e segurança, militar, isso terá? AJ: Para ser específico, foi a 16 de novembro deste ano que o Mali, o Burkina Faso e o Níger assinaram a carta de uma nova organização, Aliança dos Estados do Sahel, que terá como prioridade a segurança do seu povo. A CEDEAO, se apreciarmos muito bem, desde o início da sua criação teve como centro das suas atenções a economia, a integração regional económica. Quando se cria uma organização com o objetivo económico está-se a colocar a matéria em cima das pessoas, recursos humanos. Significa que para a CEDEAO, o mais importante é a economia, não os povos. No caso da organização Aliança dos Estados do Sahel, tudo é ao contrário. Nessa organização em fase embrionária, começou-se pela segurança e defesa dos povos. Os Europeus venderam-nos uma narrativa de que com a democracia, os nossos problemas estariam resolvidos, mas contribuíram na destruição da segurança em África, sem que tenhamos capacidade de perceber que estão a conduzir-nos para a insegurança. Alguma vez ouviu o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional a financiarem os países africanos para compra de armamentos? Nunca. Dão dinheiro e ditam regras e áreas em que este dinheiro deve ser aplicado. Neste momento, o nosso maior problema é garantir a segurança do nosso bloco e do continente africano. Foi exatamente o que a Aliança começou a fazer, a segurança e a defesa comum e depois atacar outros passos. Depois da assinatura da carta da defesa comum, os ministros dos negócios estrangeiros dos países signatários do acordo reuniram-se para analisar o aspeto político, a seguir realizou-se a reunião dos ministros da economia e das finanças dos três países. Fez-se recentemente uma reunião dos ministros dos transportes. O processo de criação da Aliança começou com a defesa comum, segurança, aspetos económicos e agora transportes. Isto quer dizer que essa organização está a trabalhar para satisfazer os interesses dos seus povos. A organização inspirou-se na política externa do Mali que tem três aspetos fundamentais: o respeito obrigatório pela soberania do Mali, da escolha estratégica dos países da Aliança e dos interesses dos povos dos países membros da organização. Os países interessados deverão cooperar e respeitar os três elementos estratégicos da Aliança. Essa Aliança é uma ameaça evidente para a CEDEAO, que está atrapalhada devido ao surgimento daquela organização. É uma organização que está num espaço geográfico de um milhão e novecentos quilómetros quadrados, portanto não uma Aliança de brincadeira. Se estão numa confederação e já estão a pensar numa federação. Imagine uma federação de três milhões de quilómetros quadrados com uma capacidade e poderio militar que hoje em dias está a ser desenvolvido nesse espaço como o apoio de países como a Rússia, o que será no futuro. Se decidirem andar juntos e equipar as suas forças de segurança muito bem, vão conseguir proteger os seus interesses económicos, políticos, vão ser proprietários da sua política externa e tornar-se-ão numa força. Estava a dizer que a CEDEAO está atrapalhada. Burkina, Mali e Níger estão sob sanções da CEDEAO e de repente é a própria C EDEAO que anuncia um apoio de um milhão e oitocentos mil dólares ao Mali para lutar contra o terrorismo, ao Burkina dois milhões e ao Níger um milhão e oitocentos dólares. É um absurdo. Como este dinheiro vai ser canalizado para estes países, se estão sob sanções? Ou levanta as sanções! Isso prova que a CEDEAO está atrapalhada e está com medo que essa Aliança vá acabar com essa organização. Se há 12 anos não criou condições para lutar contra esse fenómeno, nem uma única assistência deu aos confrontados com o terrorismo e agora que eles estão a braços com sanções, a CEDEAO anuncia apoios a esses países. Porque só agora, depois de desses assinarem uma Aliança? O medo principal da CEDEAO é a França. A França sabe que os três países vão sair do Franco CFA, que a moeda lançada há semana passada, o câmbio de um Sahel vai ser mil francos CFA, equivalente a 1,5 euros. Imagine a potência desta moeda na nossa sub-região, todos os países vão aderi-la. Para quem ignore a questão geopolítica, estes países já estão a construir fábricas e refinarias do seu ouro e quando começarem a produzir as ligas de ouro acabado, é este ouro que vai ser a garantia da moeda que será mais potente que o euro, o dólar e o franco CFA. Essa visão estratégica colocou a França e a CEDEAO em pânico. Porque é uma das razões por que Muammar Muhammad Abu Minyar al-Gaddafi foi morto em 2011, porque queria uma moeda africana encostada ao ouro da Líbia. A Líbia tinha mais ouro e é a mesma coisa que vai acontecer. O que quer dizer que há implicações políticas e de segurança. Os países que já haviam anunciado guerra contra o Níger podem ter uma resposta adequada, porque será contra a Aliança do Sahel. O Mali e o Burkina já disseram que quem atacar o Níger é uma declaração de guerra contra a Aliança. Significa que se os países do Ocidente insistirem em fazer guerra na sub-região vai haver uma guerra. O Mali já está a falar de mísseis para cada capital dos estados membros da CEDEAO. Estão a criar condições para desestabilizar toda a CEDEAO. OD: Corre-se o risco de o nosso bloco ter duas organizações e provavelmente duas forças militares. É um bom sinal com entrada do terrorismo em várias zonas da África? AJ: Eu acho que a nova aliança do Sahel tem mais possibilidades para se transformar numa organização com futuro, porque as razões são simples. O tratado assinado para a constituição da aliança diz: Não há nenhuma forma que a aliança possa receber o financiamento de fora, mas sim vai autofinanciar-se. Quando uma organização se autofinancia ou se tem capacidade económica, estará em condições de decidir-se livremente, mas se alguém ou uma organização paga as suas despesas para sobreviver, aí aquela pessoa ou organização não terá as condições para decidir. E ao contrário da CEDEAO que aceita financiamento do exterior, por isso é que também está a caminhar para a morte. A CEDEAO, na sua cimeira, encontra-se apenas os europeus que não são da sua zona, de um lado, e do outro lado, transformou-se agora num clube ou sindicato dos chefes de Estado e se interessa mais em defender os seus pares em detrimento do povo. A aliança está a afirmar-se como um protetor do povo, de valores do pan-africanismo e da independência africana e certamente vai sobreviver e tornar-se numa organização com maior influência. OD: A CEDEAO é criticada por submeter-se a recomendações externas… AJ: É isso que estou a referir-me. A CEDEAO toma decisões encomendadas pela França e pela União Europeia, porque é a União Europeia que financia a CEDEAO e esta é a razão que a leva a assistir a reuniões da CEDEAO. Quem é africano que assiste a reunião da Comissão Europeia, ninguém!? No caso da Aliança, a organização recentemente criada, isso nunca vai acontecer, porque são países que decidiram que jamais aceitarão fundos externos para sobreviver e decidiram que vão trabalhar para os seus povos. Quero explicar as causas que estão a provocar os golpes de Estado na sub-região. É quando os regimes que ocupam o poder hoje não são transportes para o povo. Quando o povo ignora aquilo que o regime faz do poder que é uma propriedade soberana do povo. Se o regime não for transparente na gestão das finanças e não comunicar ao povo sobre a gestão do país, então pode esperar o golpe de Estado e o povo nunca vai defender o regime. OD: A CEDEAO deve ou não ser reformada? A reforma começaria aonde? AJ: É urgente a reforma da CEDEAO, mas infelizmente, não vai acontecer, porque cada vez que se renovam os regimes que são neocolonialistas não haverá a possibilidade de reformar a CEDEAO. Eu realmente, estou à espera do dia da desintegração da CEDEAO e isso vai acontecer se a aliança recém-criada ganhar mais força. Já ouvimos que o Togo é um dos candidatos a integrar a nova organização, a Aliança, então imagine, o Mali, Togo, Burkina Faso e Níger, saírem da CEDEAO, quem ficaria naquela organização… Não devemos esquecermo-nos que a medida que a Aliança está a trabalhar para se afirmar e os inimigos da Aliança estão a trabalhar para a sua integração. É dali que entra a importância da média, porque se os povos não são apropriados das nossas comunicações e a tendência é que as medias clássicas, a Rádio França, BBC ou RDP, trabalhem dia e noite para a lavagem dos cérebros dos africanos. É evidente para a Guiné-Bissau, a Gâmbia, o Senegal e em geral os países africanos, quando ouvirem uma informação na RDP, RFI ou BBC, então aquela informação é a verdade absoluta. Os africanos em vez de confiarem nas nossas médias, confiam mais nas narrativas externas do que na narrativa interna. É o momento de as médias africanas apropriarem-se e criarem uma narrativa africana. OD: Nós solicitamos, por exemplo, uma entrevista a um político na Guiné-Bissau, ele não aceita, mas se for solicitado pela RDP ou RFI aceita conceder a entrevista? AJ: Nós temos em África uma divisão, uma polarização ou uma multipolarização. Temos intelectuais africanos cujos corpos estão na Guiné-Bissau, mas o espírito está em Lisboa. E quando se tem este tipo de grupo de pessoas que têm complexos de inferioridade, que não trabalham para o seu próprio povo, que não tem a capacidade de criar uma narrativa nacional para explicar aquilo que está a acontecer, nós vamos ter problemas. O exemplo mais simples, é o problema dos seis bilhões. Houve um problema, porque não se fez nenhuma comunicação ao povo? Se tiver a certeza que está a trabalhar para o povo, venha ao público e explica o que aconteceu e o que pretende fazer, e se o povo está consciente que o dinheiro não saiu é ele quem vai defender a sua vitória, mas se o povo tiver dúvidas e não tem uma ideia clara daquilo que aconteceu, mesmo se chamar o povo para te defender, não vai apropriar-se da tua luta. OD: Em África e na Guiné-Bissau regista-se sempre uma gestão oculta dos bens públicos… AJ: Acho que não há nenhum governo que pode chegar ao poder sem auditar as contas do governo anterior. Quando não há prestação de contas, a luta contra a corrupção, sempre vai haver dúvidas, e onde há dúvidas, há sempre problemas, e aqui o povo começou a ter dúvidas para reagir, porque, quando o povo está informado e tem uma opinião clara da gestão dos seus recursos, não haverá golpes de Estado. O povo vai mesmo defender aquele que está a gerir o bem público muito bem. OD: Registou-se uma tentativa de assalto a prisão, na Guiné-Conacri, por um grupo de militares aliados ao antigo Presidente Moussa Dadis Camara, para retirá-lo das celas. Isso demonstra que o regime golpista no poder não tem, na verdade, o controle da situação? AJ: A situação na Guiné-Conacri tem de ser muito clarificada, porque não é uma questão sobretudo de libertar Dadis Camara. O objetivo não era o Dadis Camara, porque aquele que liderou a missão é filho de um outro general que esteve com Dadis Camará. Então, parece uma situação de ajuste de contas entre diferentes forças. Aqui não se pode generalizar que os golpistas não têm segurança, porque, quando os golpistas trabalham para ter sucesso e demostrar que não estão a dirigir o país para resolver os seus interesses, outras forças trabalham para manipular a opinião pública para se levantar contra eles. Porque a Comunicação e a informação são fundamentais. Se o povo não é informado nada sobre a governação e as políticas públicas, não vai estar no lado do regime. Os imperialistas sabem que o povo é soberano e que o líder que tem capacidade de mobilização do povo, tem elementos fundamentais, por isso enviam as organizações humanitárias, de caridade. As médias Europeus estão a trabalhar apenas para a desintegração e desunião entre os povos de diferentes países africanos. Quando um regime está determinado a trabalhar para o desenvolvimento, a ajudar a fazer entender o que está em jogo, essas médias e organizações trabalham ao contrário. É uma luta constante, seja golpista ou não, entre regimes determinados e os europeus. Quando o regime não é Vassal, Laque de França ou do imperialismo é conectado. São os próprios africanos que mediatizam os nomes que os media do Ocidente dão aos regimes em África. O exemplo concreto é o caso do Mali. No Mali, por exemplo, é uma junta, mas no Gabão e Chad, não. Os media franceses não usam esse termo, porque usam-no no Mali e noutros países no sentido pejorativo. Os jornalistas do Ocidente criam termos, vendem-nos e vocês jornalistas africanos emitem os mesmo termos. No Burkina, o jovem pediu voluntários para combater os terroristas e a RFI noticiou que o Presidente da República, Capitão Ibrahim Traoré, está a recrutar milícias e há Presidente africanos que se contentam com esse termo de milícias. Na primeira Guerra Mundial, a França teve muitos destes tipos de voluntários, nunca os chamou de milícias, mas quando os africanos a mesmíssima coisa que são milícias ou bandidos. No Kidal, por exemplo, todos os que combatiam nessa zona eram terroristas e quando o Mali tomou essa região já não eram terroristas, mas sim rebelião. Hoje em dia, todos os diplomatas, jornalistas e atores políticos devem colocar em cima da mesa o termo manipulação para estudar. O Ocidente e outras pessoas criam uma imagem negativa de África para manipular a opinião pública. O africano deve aprender a procurar onde fica a verdade, não se submeter à manipulação. Por: Filomeno Sambú e Tiago Seidi

PRESIDENCIAL SENEGALÊS: 79 CANDIDATOS À ESPERA DA DESPUTA.

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Não é uma eleição presidencial, é praticamente o mercado Sandaga. Na verdade, nada menos que 70, 79, segundo Le Soleil de Dakar, candidataram-se às eleições presidenciais de 25 de Fevereiro de 2024. Os candidatos ao cargo supremo tinham até à meia-noite de terça-feira para apresentar o seu processo, composto por patrocínios de eleitores ou funcionários eleitos e um depósito de 30 milhões de francos CFA. Na hora marcada, é um verdadeiro contingente que aspira a presidir o destino do Senegal. É claro que há aqueles que são conhecidos, a começar pelo primeiro-ministro Amadou Ba, candidato de Benno Book Yakaar e herdeiro aparente do presidente Macky Sall. Entre os seus adversários, o adversário irredutível Ousmane Sonko, e profissionais de negócios, incluindo Idrissa Seck; Khalifa Sall; Karim Wade, ex-chefes de governo Mohammed Boune Abdallah Dione e Aminata Touré; o ex-chefe da diplomacia Cheikh Tidiane Gadio, bem como Aly Ngouille Ndiaye, várias vezes ministros de Macky Sall. Ao lado destes headliners, uma série de ilustres desconhecidos que nos fazem perguntar o que estão fazendo neste campo particularmente concorrido da corrida presidencial. Felizmente, há um obstáculo a ultrapassar para todas estas pessoas bonitas, o do Conselho Constitucional que deverá elaborar a lista final de candidatos o mais tardar até 20 de Janeiro. Não há dúvida de que esta lista de 79 será particularmente reduzida para reter apenas alguns. Já a questão que todos se colocam é se a candidatura de Ousmane Sonko será aceite pelos grandes jurados. Condenado a dois anos de prisão por “corrupção de jovens” no caso Adji Sarr, o líder do PASTEF recebeu então uma pena de prisão suspensa de seis meses por difamação contra o Ministro do Turismo, Mame Mbaye Niang. Preso por pôr em perigo a segurança do Estado desde 31 de Julho, ao mesmo tempo que testemunhava a dissolução do seu partido, Ousmane Sonko venceu uma primeira batalha legal com a decisão do Tribunal Superior de Dakar que decidiu em 14 de Dezembro o cancelamento da sua destituição do eleitorado. listas. Mas teremos que esperar o veredicto dos Sábios para decidir definitivamente sobre o seu destino. Embora ele já deva saber seu destino. Na verdade, seu arquivo não inclui os patrocínios ou o depósito exigido. Perguntamo-nos, portanto, se esta não será mais uma provocação do enfant terrível de Ziguinchor para convencer definitivamente os seus activistas de que queremos bloquear a todo o custo o seu caminho até ao palácio presidencial. Já podemos imaginar toda a violência que a rejeição da sua candidatura poderá voltar a provocar. Mas ainda não chegamos lá. fonte: observateur.bf

DISPUTAS PÓS-ELEITORAIS: A RDC dança em um vulcão.

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Após as eleições presidenciais de 20 de Dezembro, a tensão continua elevada na República Democrática do Congo (RDC), onde a oposição está em pé de guerra exigindo o cancelamento da votação. Assim, apesar da proibição por parte das autoridades, ela manteve a sua manifestação de protesto no dia 27 de Dezembro com o objectivo de denunciar as “irregularidades massivas” que, aos seus olhos, mancharam as eleições a ponto de retirar toda a credibilidade. Uma atitude de bravata que reflecte toda a sua determinação em repudiar o processo eleitoral, mas que passa por subversão aos olhos dos detentores do poder que decidiram mostrar firmeza. O mínimo que podemos dizer é que a crise pós-eleitoral que temíamos está a instalar-se gradualmente no país de Félix Tshisékédi. E com esta adrenalina entre os protagonistas, a RDC dança mais do que nunca num vulcão cuja erupção e fluxo de lava prometem ser devastadores, num país bastante habituado à violência pós-eleitoral. Os primeiros tremores resultaram em confrontos entre manifestantes e policiais. Altercações pontuadas por breves detenções de manifestantes e que, segundo fontes consistentes, causaram feridos em ambos os lados. A culpa é de toda a classe política congolesa E só Deus sabe até onde irá o impasse entre os protagonistas. Tanto mais que, segundo as primeiras declarações da oposição, a manifestação da última quarta-feira em Kinshasa pretendia ser um aquecimento antes de estender o movimento a outras cidades do interior do país. Mas neste jogo pouco saudável, a culpa é de toda a classe política congolesa. E nesta matéria a culpa é do governo por não ter criado as condições óptimas para a realização das eleições. Abrir-se às críticas através da grande confusão que caracterizou a votação. Mas, por seu lado, ao exigir o reinício da votação mesmo antes do final da contagem, a oposição não só está a bancar o mau perdedor, mas também a dar a sensação de estar a ser superada na tentativa de conquistar crupiês no poder. Mas ela só pode culpar a si mesma. Ainda assim, esta forma de união na derrota no download é ainda mais infeliz porque a oposição teve antecipadamente os meios para colocar o Presidente Félix Tshisékédi em dificuldades, ao chegar a acordo em torno de uma candidatura única. Mas tendo os egos dos diferentes líderes assumido o poder, cada um acreditou que conseguiria defender-se, tanto que hoje, ela tem, por assim dizer, apenas os olhos para chorar, depois de ter dispersado as suas forças numa eleição presidencial onde ela tinha tudo a ganhar entrando em fileiras cerradas. Dito isto, o governo certamente conseguiu limitar os danos nas manifestações de 27 de Dezembro, mas dada a determinação de ambas as partes, devemos acreditar que o jogo está longe de terminar. E podemos temer ainda mais uma exacerbação das tensões aquando do anúncio dos resultados, uma vez que a proibição da marcha de ontem e a repressão que se seguiu poderiam ter criado mais frustração no seio da oposição, que já não tem quaisquer ilusões sobre o resultado da votação. E que agora parece estar a apostar nas ruas para agitar a opinião nacional e internacional, na esperança de ganhar o seu caso. Mas quem está no poder não vê as coisas dessa forma. E agora que as tendências lhe são largamente favoráveis, não vemos o Presidente Félix Tshisékédi comprometer-se com a retomada de uma eleição cuja vitória não necessariamente lhe estendeu os braços. Apesar dos desafios, devemos trabalhar para aliviar as tensões É por isso que as agitações da oposição aparecem como uma batalha de retaguarda que tem poucas hipóteses de prosperar num país com uma história política bastante turbulenta e muitas vezes violenta, onde os que estão no poder nunca pouparam nos meios de repressão para que a lei continue a ser aplicável. Além disso, esta repetida violência pós-eleitoral reflecte uma má imagem da RDC neste caso e de África em geral, que precisa de mudar de paradigma para não dar razão àqueles que pensam que a democracia é um luxo para África. E no caso específico da RDC, apesar dos desafios, temos de trabalhar para aliviar as tensões. É por isso que, além de deixarmos terminar o processo eleitoral, nunca deixaremos de apelar à oposição congolesa para que saiba manter a razão. E, sobretudo, utilizar as vias legais de recurso para não aumentar o sofrimento do povo congolês, já atingido pela crise de segurança que assola o leste do país e contra a qual o destino mais uma vez lutou através de chuvas torrenciais que, em além dos numerosos danos materiais, deixou, ainda no dia 26 de Dezembro, vinte e dois mortos no centro do país. fonte: lepays.bf

Reintegração de Sonko nas listas eleitorais: o Estado remete o assunto ao Supremo Tribunal.

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O jogo de pingue-pongue continua entre Ousmane Sonko e o agente judicial do estado. Yoro Moussa Diallo interpôs recurso junto do Escrivão do Tribunal Distrital de Dakar, relatam os nossos colegas do grupo Emedia. A submissão que surge como a entrega dos processos de candidatura às eleições presidenciais de 25 de fevereiro encerra à meia-noite desta terça-feira, 26 de dezembro. Yoro Moussa Diallo pretende anular a decisão do tribunal de Dakar de reintegração de Ousmane Sonko nas listas eleitorais. Uma decisão tomada quando o Supremo Tribunal, após recurso na sequência da decisão do juiz Sabassy Faye, decidiu remeter o caso ao tribunal de Dakar. Recorde-se que esta é provavelmente a última carta para Ousmane Sonko ver efetiva a sua reintegração nas listas eleitorais. No entanto, isso não impediu o líder do antigo partido Pastef de apresentar o seu processo de candidatura ao Conselho Constitucional. fonte: seneweb.com

Guiné-Conacri: o governo anuncia a retoma da distribuição de gasolina.

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O governo guineense anunciou para sábado a retoma da distribuição de gasolina, através do racionamento, cinco dias depois da explosão e incêndio em Conacri do principal depósito de combustíveis do país que deixou pelo menos 23 mortos. A população está sem gasolina em todo o país desde segunda-feira, levando à paralisação de grande parte da economia. As manifestações em várias localidades de quarta e quinta-feira transformaram-se por vezes em confrontos entre grupos de jovens que exigem a devolução da gasolina aos postos de abastecimento e as forças de segurança. “O governo tem o prazer de anunciar à população que, graças aos esforços diplomáticos com os países vizinhos, o abastecimento de combustível nos postos de abastecimento irá registar uma melhoria significativa”, afirmou num comunicado de imprensa publicado sexta-feira à noite. A partir de sábado, “a venda de gasolina e gasóleo nos postos de todo o território é racionada da seguinte forma: 25 litros por veículo, 5 litros por motociclo e triciclo, proibição de servir latas”, indica o governo, acrescentando que os camiões-cisterna vão circular sob escolta. O fornecimento de diesel foi retomado na quarta-feira, mas não o de gasolina. Em Kaloum, no centro de Conacri, o incêndio ainda não foi extinto e os bombeiros continuam a lutar contra as chamas. As leituras da qualidade do ar revelam a persistência de partículas em suspensão que podem causar problemas respiratórios, dores de cabeça, audição e visão, sublinha o governo, que tornou obrigatório o uso de máscara no concelho. Um censo inicial contou 800 edifícios danificados, a maioria deles num raio de 500 metros em torno do epicentro do incêndio. Um total de 10.337 pessoas são afetadas por esta destruição, segundo o governo. Das 285 pessoas internadas nas unidades de saúde, 243 regressaram às suas famílias e 42 pessoas continuam a ser atendidas. AFP

Serra Leoa: Macky Sall reuniu-se com o Presidente Julius Maada Bio para encontrar uma saída para a crise.

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O Presidente da República, Macky Sall, reuniu-se este sábado, 23 de dezembro, em Freetown, com o seu homólogo da Serra Leoa, Julius Maada Bio. O chefe de Estado senegalês, acompanhado pela sua colega ganense, Nana Akufo Addo, está à frente de uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) cujo objectivo é preparar o estabelecimento de uma missão de estabilização para actuar em particular contra tentativas de golpe. No dia 26 de Novembro, em Freetown, homens atacaram um arsenal militar, dois quartéis, duas prisões e duas esquadras de polícia. Estes distúrbios, que deixaram 21 mortos segundo o governo, foram descritos como uma tentativa de golpe de estado pelas autoridades. Durante a última cimeira da CEDEAO, os chefes de estado da região instaram a comissão a "facilitar o envio de uma missão de segurança da CEDEAO à Serra Leoa para ajudar a estabilizar o país". fonte: seneweb.com

Presidenciais 2024: Esses candidatos atacam comunicadores franceses.

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Em fevereiro de 2024, os senegaleses irão às urnas para eleger o seu presidente. Os candidatos à sucessão de Macky Sall já estão trabalhando duro para colocar todas as chances a seu favor no Dia D. Segundo “Jeune Afrique”, alguns decidiram conquistar os comunicadores franceses para implementar a sua estratégia de comunicação internacional. O ex-primeiro-ministro Mahammed Dionne deve colaborar com a “Médiatique International” A mídia pan-africana informa que o ex-primeiro-ministro de Macky Sall, Mahammed Boun Abdallah Dionne deverá colaborar com a agência “Médiatique International”, estrutura que já trabalhou com o ex-presidente senegalês Abdoulaye Wade e que assessora o governo de Mahamat Idriss Deby Itno, no Chade. A “Médiatique International” é especializada em assuntos públicos, estratégia política, diplomacia política e campanhas eleitorais em particular. Obviamente, ela conquistou uma pequena reputação no Senegal, já que Pape Diop, antigo presidente da Câmara de Dakar e antigo presidente do Parlamento senegalês, também a solicitou antes das eleições legislativas de Julho de 2022. Amadou Ba já teria escolhido o Concerto para uma missão bem definida A Agência “International Media” é gerida pelos comunicadores Marc Bousquet e Raphaël Dembélé. Amadou Ba, o candidato da coligação presidencial Benno Bokk Yakaar (BBY), também lançou uma procura por uma agência capaz de gerir as suas comunicações internacionais. Segundo a "Jeune Afrique", várias empresas abordaram o actual líder senegalês, como a "35°Nord" e a "Etnium". Amadou Ba já escolheu a “Concerto”, agência de relações públicas dirigida por François Hurstel, para uma missão bem definida. Este último organizou um jantar informal no início de Dezembro com dirigentes de cerca de dez meios de comunicação social em França, durante a estadia do Sr. Ba em Paris, informa também a comunicação social pan-africana. Mary Teuw Niane e Babacar Diop trabalham respectivamente com Gilbert Gomis e Diane Lévy Outros candidatos às eleições presidenciais do próximo mês de Fevereiro contam também com o apoio de especialistas em comunicação internacional. Estes incluem a ex-Ministra do Ensino Superior Mary Teuw Niane. O político teria solicitado os serviços do líder empresarial franco-senegalês Gilbert Gomis, que coordena as atividades do seu partido ao nível da diáspora europeia. Já o prefeito de Thiès Babacar Diop é assessorado por Diane Lévy, ex-colaboradora do Le Figaro. Isto já permitiu que o presidente das Forças Democráticas do Senegal (FDS-les Guelwaars) fosse recebido nos sets de vários meios de comunicação franceses. Também teria facilitado reuniões com outras figuras políticas em França. fonte: seneweb.com

Futebol: Veja o que Cristiano Ronaldo, Messi e Mbappé ganharam em 2023 (Forbes).

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De acordo com a revista económica Forbes citada pelo Bild, a estrela do futebol Cristiano Ronaldo ganhou cerca de 126 milhões de euros (brutos) durante o ano de 2023. A sua transferência para a Arábia Saudita não está alheia a esta boa saúde financeira. O campeão europeu de 2016 assinou no ano passado pelo clube Al Nassr por 200 milhões de euros. Somado a isso está sua enorme popularidade, que lhe permite conseguir contratos lucrativos de publicidade. Mbappé teria ganho 111 milhões de euros nos últimos 12 meses Em segundo lugar no ranking da Forbes está seu eterno rival Lionel Messi. O lucro bruto do argentino está estimado em 120 milhões de euros. O terceiro lugar é ocupado por seu ex-companheiro de equipe no Paris Saint Germain, Kylian Mbappé. O francês teria ganho 111 milhões de euros segundo a Forbes. Em quarto lugar, encontramos o astro do basquete americano LeBron James. O atleta teria faturado 110 milhões de euros nos últimos 12 meses. fonte: seneweb.com

Putin assegurou à China que a guerra duraria pelo menos cinco anos.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Xi foi recebido no Kremlin em 21 de março e terá sido nessa altura que o líder chinês ouviu de Putin a garantia de que a guerra na Ucrânia nunca duraria menos de cinco anos.
Presidente da Rússia, Vladimir Putin© MIKHAIL METZEL / EPA Opresidente russo, Vladimir Putin, assegurou ao homólogo chinês, durante a visita de Xi Jinping a Moscovo em março, que a invasão da Ucrânia duraria pelo menos cinco anos, noticiou esta quinta-feira o jornal japonês Nikkei. De acordo com o Nikkei, esta foi a forma de Putin explicar a Xi que, no início deste ano, a situação não era particularmente favorável para a Rússia, nas frentes de batalha na Ucrânia, mas que continuava a acreditar na vitória das forças comandadas por Moscovo. A versão de Putin junto do líder chinês também sublinhava as vantagens para Pequim de uma guerra prolongada na Europa, perante a possibilidade de a China vir a ser um parceiro comercial no campo do armamento. O jornal japonês interpreta também esta mensagem do líder russo como "um aviso para Xi para que não mudasse a sua posição pró-Rússia". Ao longo do conflito na Ucrânia, Pequim nunca condenou a invasão russa, e tem-se oposto às sanções ocidentais a Moscovo, embora tenha dado sinais de que não estava confortável com a situação de um país ver a sua soberania territorial violada. Xi foi recebido no Kremlin em 21 de março e terá sido nessa altura que o líder chinês ouviu de Putin a garantia de que a guerra na Ucrânia nunca duraria menos de cinco anos. A viagem de Xi a Moscovo foi a primeira do Presidente chinês depois de a Rússia ter iniciado a sua invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, tendo os dois líderes realçado o fortalecimento dos laços políticos e comerciais entre os seus países, com palavras que realçavam o apoio tácito da China à "operação militar especial" russa. Contudo, após a visita de Xi a Moscovo, a China enviou uma "missão de paz" à Europa, num gesto que foi entendido como uma tentativa de mostrar à comunidade internacional, e a Moscovo, que procuraria não romper os laços diplomáticos com os países ocidentais. Até agora, nem o Kremlin, nem Pequim comentaram a notícia do jornal Nikkei. Recentemente, o jornal norte-americano The New York Times noticiou que Putin tem usado intermediários para fazer chegar à Casa Branca a mensagem de que estará aberto a discutir a possibilidade de um cessar-fogo, colocando como condição a manutenção dos territórios ucranianos agora ocupados por Moscovo. Vários analistas internacionais têm dito que, se a invasão da Ucrânia se prolongar durante muito mais tempo, isso terá um impacto efetivo nas ambições de Xi Jinping para o seu terceiro mandato como Presidente da China e como secretário-geral do Partido Comunista Chinês, sobretudo tendo em conta o seu plano de unificar Taiwan com a China continental. A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas. fonte: dn.pt

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

[Le Carnet d’Adama] Os paradoxos de Macky Sall… Uma oposição sem cabeça que vai além.

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“Is it Oochie Wally or One Mic” lançou Jay Z ao seu rival Nas em uma frase famosa para destacar as contradições e paradoxos deste último. Poderíamos também fazer a mesma pergunta ao Presidente da República, Macky Sall. O que vamos lembrar sobre ele? O líder africano visto como um democrata modelo por vários dos seus pares ocidentais, que estendem o tapete vermelho para ele, ou o “ditador” criticado por toda a oposição e pela sociedade civil? O homem cujos discursos são muitas vezes relevantes e corajosos na cena internacional ou o líder que faz rir o mundo inteiro ao falar dos “pain aux chocolats” que a antiga potência colonial ofereceu aos fuzileiros? O homem que ataca consistentemente e não sem razão os malefícios das redes sociais, ou aquele que mostra o que de pior essas plataformas podem produzir? Estes poucos exemplos ficarão gravados na memória dos senegaleses ao fazerem um balanço dos anos Macky Sall. Muitos conservarão o sabor dos assuntos inacabados de um líder que poderia ter sido um estadista notável, mas que, por cálculo político, por gosto pela facilidade, e também por falta de coragem e por conformismo senegalês, tem como seu antecessor, Abdoulaye Wade, contribuiu grandemente para a decadência política e o declínio dos princípios republicanos. Para além dos seus inegáveis ​​sucessos em termos de infra-estruturas, os últimos doze anos deixam a impressão desagradável de uma descida ainda mais pronunciada em direcção à mediocridade e à promoção de contra-valores. Para o homem que liderou uma campanha, entre outras coisas, sobre o tema da “governança sóbria e virtuosa”, isso são más notícias. Oposição sem cabeça de fora As eleições presidenciais de 2024 parecem uma oportunidade perdida. O duelo que todos esperavam entre Macky Sall-Ousmane Sonko não acontecerá, a menos que haja uma reviravolta espetacular. O primeiro citado renunciou “à candidatura a que tinha direito”, nas suas próprias palavras, enquanto Sonko está perturbado por uma cascata de processos judiciais. Mas embora o governo tenha encontrado um candidato substituto – que, digamos, está a lutar para deixar a sua marca pessoal – a oposição está perturbada. Entre os 200 candidatos que desafiam Amadou Bâ, o verdadeiro homem a vencer, não surge nenhuma personalidade. Não vemos o Abdoulaye Wade de 2000 ou o Macky Sall de 2012. Khalifa Sall luta o melhor que pode no terreno, destilando discursos razoáveis ​​e moderados. Ele tem, sem dúvida, as qualidades para assumir a posição, mas a sua participação no diálogo político, a ruptura entre o seu movimento Taxawu Senegal e a coligação Yewwi Askan Wi, tornaram-no suspeito para um segmento do eleitorado que não parece perdoá-lo pela sua atitude. apertos de mão com o presidente, Macky Sall. Não mencionaremos Karim Wade, cujo regresso ao Senegal assume ares de um arlesiano. Abdourahmane Diouf, Thierno Alassane Sall, Pape Djibril Fall e Babacar Diop recitam bem as suas falas, mas lutam para electrificar a grande massa de eleitores. Malick Gackou e Déthié Fall tentam ocupar o espaço deixado por Ousmane Sonko em Yewwi Askan Wi e multiplicam os seus gestos de lealdade para com este último, sem colher os dividendos. Em resumo, há muitos adversários, personalidades com sensibilidades diversas, mas nenhuma cabeça se destaca na multidão. Uma situação no mínimo intrigante e que prenuncia uma eleição presidencial com um resultado muito incerto. fonte: seneweb.com

Por que Bazoum ainda não foi libertado? As Revelações do General Tiani.

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Após o golpe de Estado de 26 de Julho no Níger, levantaram-se vozes para exigir a libertação do presidente deposto Mohamed Bazoum. Até agora, o ex-estadista continua detido pelos soldados que tomaram o poder em Niamey. No domingo passado, 10 de dezembro, o líder dos golpistas Abdourahmane Tiani falou aos meios de comunicação durante uma entrevista concedida à Radiotélévision du Niger (RTN). “A intenção da França era atacar-nos quando a CEDEAO começou” Explicou que o contexto não era favorável à libertação do ex-presidente. “Não podemos libertá-lo sabendo o que a França preparava contra o nosso país. Recorde-se que a França enviou no dia 27 de julho um avião transportando soldados e que aterrou em Niamey apesar do encerramento das fronteiras aéreas. A intenção da França era atacar-nos quando a CEDEAO começou. Durante o mesmo período, havia três grupos de homens armados estabelecidos no norte do país e que apenas aguardavam a sua libertação para nos atacar”, revelou o general Tiani, segundo comentários divulgados pela Agência de Imprensa do Níger. “A ameaça de intervenção militar da CEDEAO não foi abandonada” Nestas condições, a libertação do Sr. Bazoum era impensável. Atualmente, o contexto não evoluiu muito, sublinha o presidente do Conselho Nacional de Proteção da Pátria (CNSP). “A ameaça de intervenção militar da CEDEAO não é abandonada, mas sim colocada em espera”, assegura. Além disso, “os antigos dignitários do regime caído estão actualmente em Abuja, onde estabeleceram um governo de resistência. Este governo está apenas à espera da libertação do Presidente Mohamed Bazoum para reivindicar o poder, com o apoio da França”, informa o presidente nigerino. Ele acha que Paris “já conseguiu este tipo de golpe para vários países”. “Com a ajuda de Deus não vai funcionar para nós”, garante o dirigente. Mas se Bazoum não pode ser libertado por enquanto, o que dizer da sua esposa e filho, também detidos pelos militares? “Ele me disse que até que ele também seja libertado, sua família…” O presidente do CNSP disse que se ofereceu para liberá-los ao presidente deposto, mas ele recusou. “Três dias depois do golpe, em 29 de julho, propus-lhe (Mohamed Bazoum) a libertação da sua esposa e do seu filho. Mas em resposta, ele disse-me que enquanto ele também não for libertado, a sua família ficará com ele”, revelou o chefe de Estado nigerino. fonte: seneweb.com

A fome, agravada por atrasos salariais (já de si baixos), poderá estar a levar vários seguranças privados dos armazéns na cidade do Lubango, província da Huíla, a roubar – entre outros – bens alimentares. Por Geraldo José Letras (*) Na última sexta-feira, 8 de Dezembro, a Polícia Nacional na província da Huíla, através de uma operação realizada durante a madrugada, capturou em flagrante um total de seis seguranças privados, com idades entre os 22 e os 30 anos, enquanto assaltavam um armazém com recurso a arma de fogo já apreendida nos arredores do bairro Nambambe. Quatro sacos de açúcar de 25kg, 10 sacos de açúcar de 5kg, 17 frascos de ketchup, 12 caixas de whisky Best, 2 caixas de Will Bull, uma caixa de Red bull e outros produtos fazem parte dos produtos recuperados pela Polícia Nacional que neste mês, mediante denúncias de assaltos em vários estabelecimentos comerciais, está a redobrar as suas operações. Para seguranças privados ouvidos pela reportagem do Folha 8 na província da Huíla, a onda de roubos nos armazéns por estes profissionais deve-se a frequentes atrasos dos salários, já de si baixos, junto de proprietários estrangeiros que “humilham os angolanos”. Outros atiram a culpa para o governo que “nada faz” para travar a subida dos preços da cesta básica desde a reeleição de João Lourenço para o seu segundo mandato. “Já estamos em época festiva. Os preço dos produtos que compõem a cesta básica sobem assustadoramente nos mercados. Eles são chefes de família, logo não é de admirar que tenham assaltado os armazéns onde trabalham”, defende um funcionário da segurança de uma loja na cidade do Lubango, rua do Comércio sob anonimato. No historial deste problema, recorde-se quem já em 2014 os sucessivos assaltos a estabelecimentos comerciais no Lubango mesmo com a presença de guardas afectos a algumas empresas privadas de segurança. Na altura, dois casos a implicar seguranças privados ocorreram nos arredores do Lubango. Uma operação de combate e contenção do crime desencadeada à época pela Polícia Nacional, resultou com a detenção de um militar das forças especiais vulgo “comando” e usava uma arma que havia retirado de um guarda em serviço numa das agências bancárias espalhadas pela capital da Huíla. Na altura, para o director em exercício da Polícia de Investigação Criminal, superintendente Samuel Ramos, os crimes a envolver seguranças privados exigiam que as empresas contratantes revissem a política de contratação. “Aqui vai o nosso apelo para que as pessoas com estabelecimentos comerciais ajam com maior segurança e as empresas de segurança também devem rever os antecedentes desses indivíduos porque muitos deles têm cadastros criminais”, disse o superintendente Samuel Ramos. A polícia não tinha dúvidas que muitas das pessoas contratadas para servirem as empresas privadas de segurança estão longe de responder às necessidades. Por sua vez, o então porta-voz do Comando Provincial da Polícia, superintendente-chefe Paiva Tomás, avisava que a responsabilidade deve ser das empresas que por incumprimento da lei arriscam a ser encerradas. “A fiscalização da polícia recai sobre as empresas e não nos guardas. Toda a situação que ocorrer a empresa é que paga. As medidas vão desde repreensões e se houver mesmo ilegalidade a empresa fecha. A polícia tem esta capacidade”, acrescentou. (*) Com VoA.

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A fome, agravada por atrasos salariais (já de si baixos), poderá estar a levar vários seguranças privados dos armazéns na cidade do Lubango, província da Huíla, a roubar – entre outros – bens alimentares. Por Geraldo José Letras (*) Na última sexta-feira, 8 de Dezembro, a Polícia Nacional na província da Huíla, através de uma operação realizada durante a madrugada, capturou em flagrante um total de seis seguranças privados, com idades entre os 22 e os 30 anos, enquanto assaltavam um armazém com recurso a arma de fogo já apreendida nos arredores do bairro Nambambe. Quatro sacos de açúcar de 25kg, 10 sacos de açúcar de 5kg, 17 frascos de ketchup, 12 caixas de whisky Best, 2 caixas de Will Bull, uma caixa de Red bull e outros produtos fazem parte dos produtos recuperados pela Polícia Nacional que neste mês, mediante denúncias de assaltos em vários estabelecimentos comerciais, está a redobrar as suas operações. Para seguranças privados ouvidos pela reportagem do Folha 8 na província da Huíla, a onda de roubos nos armazéns por estes profissionais deve-se a frequentes atrasos dos salários, já de si baixos, junto de proprietários estrangeiros que “humilham os angolanos”. Outros atiram a culpa para o governo que “nada faz” para travar a subida dos preços da cesta básica desde a reeleição de João Lourenço para o seu segundo mandato. “Já estamos em época festiva. Os preço dos produtos que compõem a cesta básica sobem assustadoramente nos mercados. Eles são chefes de família, logo não é de admirar que tenham assaltado os armazéns onde trabalham”, defende um funcionário da segurança de uma loja na cidade do Lubango, rua do Comércio sob anonimato. No historial deste problema, recorde-se quem já em 2014 os sucessivos assaltos a estabelecimentos comerciais no Lubango mesmo com a presença de guardas afectos a algumas empresas privadas de segurança. Na altura, dois casos a implicar seguranças privados ocorreram nos arredores do Lubango. Uma operação de combate e contenção do crime desencadeada à época pela Polícia Nacional, resultou com a detenção de um militar das forças especiais vulgo “comando” e usava uma arma que havia retirado de um guarda em serviço numa das agências bancárias espalhadas pela capital da Huíla. Na altura, para o director em exercício da Polícia de Investigação Criminal, superintendente Samuel Ramos, os crimes a envolver seguranças privados exigiam que as empresas contratantes revissem a política de contratação. “Aqui vai o nosso apelo para que as pessoas com estabelecimentos comerciais ajam com maior segurança e as empresas de segurança também devem rever os antecedentes desses indivíduos porque muitos deles têm cadastros criminais”, disse o superintendente Samuel Ramos. A polícia não tinha dúvidas que muitas das pessoas contratadas para servirem as empresas privadas de segurança estão longe de responder às necessidades. Por sua vez, o então porta-voz do Comando Provincial da Polícia, superintendente-chefe Paiva Tomás, avisava que a responsabilidade deve ser das empresas que por incumprimento da lei arriscam a ser encerradas. “A fiscalização da polícia recai sobre as empresas e não nos guardas. Toda a situação que ocorrer a empresa é que paga. As medidas vão desde repreensões e se houver mesmo ilegalidade a empresa fecha. A polícia tem esta capacidade”, acrescentou. fonte: folha8 (*) Com VoA

ANÚNCIO DE IMPOSTOS ADICIONAIS PARA O ESFORÇO DE GUERRA NO BURKINA: Agir com grande tato e habilidade.

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Na véspera do 63º aniversário da independência do Burkina Faso, o presidente da transição, Capitão Ibrahim Traoré, dirigiu-se aos seus compatriotas no dia 10 de Dezembro num discurso que não deixou dúvidas sobre o seu desejo de travar a guerra contra o terrorismo ao fim. Prestou uma homenagem vibrante a todas as forças combatentes do país e aos seus compatriotas cujas contribuições para o esforço de paz permitiram que o país permanecesse de pé. Satisfeito com a “ascensão do poder” das forças armadas nacionais, anunciou o seu reforço através da criação de novas unidades de combate, neste caso “sete batalhões de intervenção rápida” dos quais “alguns já iniciaram o seu destacamento e outros continuarão nos próximos duas ou três semanas.” E não é tudo, pois “estão em formação e treino outros cinco batalhões, foram criados dois batalhões de intervenção aerotransportada”. E isto, num contexto onde “todas as outras forças de segurança interna puderam ser dotadas de equipamentos como nunca tinham conhecido” e onde o país foi dotado de “dispositivos de última geração” para vigilância territorial. Medidas que permitiram desferir numerosos golpes mortais no inimigo, mas que ainda precisam de ser capitalizadas ainda mais para desferir o golpe na fera imunda. O Burkinabe deve preparar-se para fazer novos esforços na guerra pela libertação do território nacional É por isso que, ao anunciar a intensificação da guerra tendo como pano de fundo um apelo aos filhos “perdidos” da Nação para que deponham as armas, o Chefe de Estado anunciou medidas adicionais ao esforço de guerra, que “serão tomadas” e que “afetará os trabalhadores públicos e privados, e também as empresas, no seu interesse bruto”. Enquanto esperamos ser suficientemente informados sobre a natureza dos esforços adicionais e os métodos de recolha de contribuições, o mínimo que podemos dizer é que os burquinenses devem preparar-se para envidar ainda mais esforços na guerra pela libertação do território nacional. Um sacrifício que não é muito, pois visa trazer definitivamente a paz ao país. Mas no presente caso, a autoridade terá que agir com muito tato e habilidade para que a pílula seja menos amarga de engolir. Isto é tanto mais necessário quanto, para além dos impostos, salvo erro ou omissão, as contribuições têm sido até agora voluntárias. Mas se, por uma razão ou outra, já não tiverem necessariamente de o ser, a situação já não será a mesma num contexto económico cada vez mais difícil para os trabalhadores e as empresas. É por isso que, sem pôr em causa a necessidade de mobilizar mais recursos para o esforço de guerra, as medidas anunciadas são de certa forma fontes de preocupação para os trabalhadores e as empresas chamados a apertar mais o cinto e que não sabem a que taxa de imposto serão aplicados. tributado. E isto é tanto mais compreensível quanto muitas empresas já se encontram em dificuldades, senão à beira da morte, devido aos efeitos induzidos da guerra na Ucrânia, mas também ao impacto negativo da crise de segurança que o país atravessa há quase oito anos. E se o próprio Estado está verdadeiramente a lutar para honrar a dívida interna, o que dizer das empresas que não estão longe de viver o dia a dia, na esperança de um amanhã melhor? E o que dizer dos trabalhadores públicos e privados, confrontados com as duras leis do custo de vida e que assistem, impotentes, ao seu poder de compra continuar a diminuir? Ao mesmo tempo, na luta contra o terrorismo, há uma guerra que regista resultados encorajadores e que deve absolutamente acabar. Burkina Faso, tendo manifestado o seu desejo de avançar para a soberania assumida, deve assumir plena responsabilidade, na união das suas filhas e filhos engajados na mesma luta. Teremos de encontrar o equilíbrio certo para tornar o fardo suportável para o contribuinte. É por isso que na implementação das novas medidas anunciadas pelo Chefe de Estado seria oportuno demonstrar muita lucidez para mitigar o impacto nos trabalhadores e nas empresas. Por outras palavras, teremos de encontrar o equilíbrio certo para tornar o fardo suportável para o contribuinte. Não só não pedindo demasiado, para além das suas forças, mas também considerando, porque não, medidas de apoio para aliviar as empresas, permitindo-lhes continuar a manter a cabeça acima da água. Caso contrário, por mais benéficas que sejam as medidas previstas, poderão revelar-se contraproducentes a longo prazo se provocarem ranger de dentes entre os trabalhadores, ou, em última análise, conduzirem à morte programada de empresas já empenhadas na dura luta pela sobrevivência. Em qualquer caso, na mobilização de recursos para o esforço de paz, os Burkinabè já demonstraram o seu patriotismo. Cabe, portanto, ao governo saber aproveitar a confiança da população e dos contribuintes, evitando, no entanto, dar a impressão de querer impor medidas que muito rapidamente poderão revelar-se difíceis de suportar. É do interesse de todos, do desejo comum dos burquinenses de se emanciparem do jugo do imperialismo e de se libertarem do domínio da hidra terrorista. fonte: lepays.bf

SUDÃO: REUNIÃO ANUNCIADA ENTRE BURHAN E HEMETI - Esperamos para ver antes de acreditar.

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No final da sua cimeira extraordinária realizada no Djibuti, a Organização Regional do Corno de África (IGAD) anunciou, no dia 10 de dezembro, uma notícia que encantou mais de um sudanês. Na verdade, o comunicado de imprensa final desta organização informa que os generais Abdel Fattah Al-Burhan e Mohamed Hamdan Daglo, conhecidos como Hemeti, concordaram em reunir-se dentro de duas semanas. Melhor, os dois generais também concordam em assinar um acordo de cessar-fogo. Ao extrair o princípio de um encontro entre os dois irmãos inimigos, não há dúvida de que a IGAD deu um passo importante na resolução da crise sudanesa. Contudo, será que terá sucesso onde os Estados Unidos, a Arábia Saudita, o Sudão do Sul, para citar apenas alguns, falharam? Estamos esperando para ver. Na verdade, os dois generais que disputam o poder através das armas habituaram-nos de tal forma a reviravoltas que seria errado acreditar na sua boa fé. Tanto é que chegamos a nos perguntar: eles concordarão em sentar-se à mesma mesa? Manterão a sua palavra respeitando o cessar-fogo? Eles concordarão em fumar o cachimbo da paz? Nada é menos certo. Enquanto os dois senhores da guerra não se encontrarem cara a cara, não devemos declarar vitória. Temos tanto mais razão em pensar assim porque as condições impostas pelos dois homens são difíceis de aceitar por ambos os lados. Na verdade, o campo de Burhan exige a retirada dos combatentes das Forças de Apoio Rápido (FSR) dos locais de acantonamento, enquanto Hemeti exige a prisão de antigos líderes do regime anterior. Isto é, se não for uma conclusão precipitada. Além disso, quem disse que tudo isto não faz parte de uma estratégia de guerra que consistiria em obter uma trégua para se rearmar? Porque, como dizem, a guerra é cansativa e pode acontecer que, após sete meses de intensos combates, ambos os campos sejam dominados pela exaustão. Em qualquer caso, o número incontável de acordos de cessar-fogo violados por ambos os homens obriga-nos a fazer como Santo Tomás: esperar para ver antes de acreditar. Ao prometerem encontrar-se, os dois generais apostam na sua credibilidade Dito isto, é altura de os beligerantes se convencerem de uma coisa: a guerra causou demasiados danos humanos e materiais. E como nunca é tarde para fazer a coisa certa, eles se beneficiariam em se recomporem. Especialmente porque as chaves da paz estão nas suas mãos. E quanto mais cedo decidirem silenciar as armas, mais cedo sairão desta crise com consequências terríveis. E quanto aos países vizinhos, como o Chade e o Egipto, que acolhem nos seus respectivos solos muitos sudaneses forçados ao exílio por causa dos combates? É, portanto, tempo de aliviar o sofrimento destes numerosos refugiados e dos seus anfitriões. De qualquer forma, ao prometerem encontrar-se, os dois generais apostam na sua credibilidade. Eles têm todo o interesse em manter a sua palavra como oficiais superiores. E isso começa primeiro com o respeito do cessar-fogo, depois com a abertura de corredores humanitários para permitir que as organizações humanitárias cheguem ao lado dos leitos dos sudaneses feridos. Dabadi ZOUMBARA fonte: lepays.bf

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