ANGOLA está a receber desde Novembro o
primeiro lote de 15 locomotivas adquiridas na China para reforçar as
empresas de caminhos-de-ferro do país, anunciou hoje o ministro dos
Transportes angolano.
Augusto Tomás avançou os dados à
imprensa no final de um encontro com o governador da província de
Luanda, general Higino Carneiro, no qual analisaram os problemas de
trânsito e de mobilidade da cidade de Luanda.
O governante frisou que já desembarcaram
locomotivas nos Portos de Luanda, Lobito e Namibe, para os Caminhos de
Ferro de Luanda (CFL), de Benguela (CFB) e de Moçâmedes (CFM).
Segundo Augusto Tomás, há um esforço do
Governo para a modernização e ampliação da capacidade de transporte de
mercadorias, com vista a alavancar a produção de bens e serviços nos
sectores da agricultura, pescas, pecuária, indústria mineral e
transformadora e comércio.
As novas locomotivas servirão para
transporte colectivos urbanos, intermunicipal e interprovincial, tendo a
construção das máquinas sido reforçadas para se adaptarem ao actual
estado das vias angolanas.
O titular da pasta dos Transportes
frisou que o Governo aprovou um conjunto de projectos para o sector
ferroviário, com vista a dar resposta ao elevado número de concentração
populacional no eixo entre Bungo, distrito urbano da Ingombota e Baia,
distrito urbano do Rangel, passando pelos municípios do Cazenga e Viana,
em Luanda.
Acrescentou que o elevado número
populacional nos cerca de 400 quilómetros do CFL, torna urgente a
construção da segunda via ferroviária entre o Bungo e a Baia, o
estabelecimento do ramal entre a Baia e o Novo Aeroporto, bem como a
construção de cinco novas estações no eixo da via, Bungo, Musseques,
Kapalanga e interior do Novo Aeroporto Internacional de Luanda.
A reabilitação da rede ferroviária
angolana, destruída pela guerra, custou, entre 2005 e 2015, mais de 3,5
mil milhões de dólares, de acordo com informação anterior do ministro
dos Transportes de Angola, Augusto da Silva Tomás.
A reabilitação das três linhas nacionais
edificadas durante o período colonial envolveu 2.612 quilómetros de
rede e a construção de raiz de 151 estações ferroviárias.
Toda a rede ferroviária nacional,
reabilitada sobretudo por empresas chinesas, foi utilizada para a
passagem de uma linha própria de fibra óptica, tendo sido ainda
adquiridas, nesse processo, 42 locomotivas, 248 carruagens de várias
tipologias e 263 vagões.
Lusa