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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Rafael Marques: "João Lourenço passou de Messias a Judas".

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Rafael Marques à esquerda. O ativista e jornalista angolano Rafael Marques acusou o Presidente angolano de ter iludido o país com falsas promessas e de ter uma agenda de hostilidade contra os angolanos. O ativista e jornalista angolano Rafael Marques acusou hoje o Presidente angolano de ter iludido o país com falsas promessas, levando a sociedade do sonho ao desespero e passando de Messias a Judas em cinco anos. O diretor do site Maka Angola, em que denuncia vários casos de corrupção, interveio hoje (23.06) no III Congresso Internacional de Angolanística, em Lisboa, lembrando que João Lourenço chegou à presidência em 2017, após quase quatro décadas de José Eduardo dos Santos no poder, permitindo aos angolanos sonharem com a possibilidade de uma Angola melhor. "Augurava-se, como primeiro passo de mudança e de liderança, a reforma do Estado e a implementação de um novo modelo de governação, assente na separação de poderes", apontou. No entanto, a realidade veio a desacreditar as promessas de início de mandato de Lourenço e gorou as expetativas da população, sobretudo no último ano, em que os alicerces necessários à edificação de quatro pilares estruturantes para o futuro de Angola "vêm sendo sistematicamente destruídos". Esses pilares são: uma liderança que promova e una o país e os cidadãos em torno do Estado-Nação, a estruturação do Estado de Direito, uma economia próspera e uma matriz de educação, saúde e justiça que sirva todos os cidadãos. "E os angolanos, depois de tanto sonharem, entraram agora em desespero", lamentou Rafael Marques. fonte: DW África

Um dos últimos suspeitos do extermínio de Ruanda é detido na África do Sul.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Fulgence Kayishema é acusado de genocídio, cumplicidade no massacre, conspiração para cometer os assassinatos em massa e crimes contra a humanidade.
Kayishema foi detido em Paarl, África do Sul SIMON WOHLFAHRT / AFP Fulgence Kayishema, um dos últimos quatro fugitivos procurados por seu papel no genocídio de Ruanda em 1994, foi detido na quarta-feira na África do Sul, anunciaram nesta quinta-feira (25) os promotores da Organização das Nações Unidas (ONU) que investigam o caso. "Um dos genocidas fugitivos mais procurados do mundo (...) foi detido em Paarl, África do Sul", como parte de uma operação com as autoridades sul-africanas, informou um tribunal das Nações Unidas em um comunicado. Ele estava desaparecido desde 2001, de acordo com o Mecanismo Residual Internacional dos Tribunais Penais, responsável por concluir os trabalhos do Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR). Kayishema era procurado por seu papel no genocídio que, em cem dias, resultou na morte de 800 mil tutsis e hutus moderados. Ex-inspetor de polícia, nascido em 1961, de acordo com o tribunal, ele foi acusado de genocídio, cumplicidade em genocídio, conspiração para cometer genocídio e crimes contra a humanidade. De acordo com a acusação, Kayishema é responsável e também cúmplice de assassinato e danos físicos ou mentais graves a membros da população tutsi entre 6 e 20 de abril de 1994. Bulldozer O ex-fugitivo teria "participado diretamente no planejamento e execução do massacre", segundo o tribunal, "em particular ao adquirir e distribuir gasolina para incendiar a igreja com os refugiados dentro". "Quando isto falhou, Kayishema e outros usaram um "bulldozer" para derrubar a igreja, enterrando e matando os refugiados dentro", acrescentou. Kayishema e outros supervisionaram a transferência de cadáveres do terreno da igreja para valas comuns nos dois dias seguintes. A detenção de Kayishema "garante que será levado a tribunal pelos crimes de que é acusado", disse o procurador do órgão judicial, Serge Brammertz, citado no comunicado. "Hoje é um dia dedicado à memória das vítimas e sobreviventes do genocídio" que, 29 anos depois, "continuam carregando as cicatrizes físicas e mentais de seu sofrimento", acrescentou. Kayishema usou vários pseudônimos e documentação falsa para esconder sua identidade e contou com "uma rede de apoio de confiança" para não ser encontrado, segundo os promotores. Entre os apoios estão membros de sua família, membros das ex-Forças Armadas Ruandesas e das Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda. A detenção ocorreu em Paarl, durante uma operação com as autoridades sul-africanas, após uma longa investigação realizada em vários países. Muitos ruandeses foram condenados pela Justiça de seu país, por tribunais internacionais ou de países ocidentais, por atos relacionados ao genocídio dos tutsis em 1994. O TPIR já condenou 62 pessoas. Outros, como Augustin Bizimana, um dos principais cérebros do massacre, morreram antes do julgamento pela justiça internacional. Os juízes da ONU suspenderam em março o processo de Félicien Kabuga, suposto tesoureiro do genocídio ruandês em 1994, para decidir se o estado de saúde do réu permite que ele seja julgado. fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/

Lula afirma que países africanos de língua portuguesa voltarão a ser prioridade para o Brasil.

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Presidente brasileiro teve encontro nesta terça-feira (2) com primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o relacionamento com os países africanos lusófonos (cuja língua oficial é o português) voltará a ser prioridade para o Brasil. Lula teve encontro, nesta terça-feira (2), em Brasília, com primeiro-ministro da República de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, e disse acreditar na cooperação sul-sul (entre países em desenvolvimento) solidária, “com benefícios mútuos e baseada em experiências compartilhadas”. — O Brasil aposta na África não só porque tem uma dívida histórica com esse continente irmão, mas também porque vemos na África um futuro extraordinário com seu 1,2 bilhão de habitantes e seu imenso e rico território — disse durante o encontro, no Palácio do Itamaraty. Em julho, Lula deve ir à cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em São Tomé e Príncipe, e em agosto, à cúpula do Brics — bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O presidente lembrou que, em seus dois primeiros mandados, foi ao continente africano em 12 ocasiões, quando passou por 21 países. Na quarta-feira (3), o primeiro-ministro Correia e Silva participa do maior evento de tecnologia do mundo, o Web Summit, e, para Lula, isso vai permitir a identificação de novas áreas de cooperação a serem exploradas em setores de ponta. — A economia digital e as chamadas startups têm enorme potencial de transformação de nossa economia de geração de emprego e renda nas cidades e no campo — declarou o presidente. Brasil e Cabo Verde estabeleceram relações diplomáticas em 1975. Desde a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica, em 1977, o país tem sido beneficiado por projetos desenvolvidos em parceria com instituições brasileiras, em áreas como saúde, educação, agropecuária e agências reguladoras. Durante discurso nesta terça, Lula destacou as parcerias na educação. Cabo Verde tem aproveitado as oportunidades oferecidas pelos programas de graduação e pós-graduação e enviado anualmente centenas de estudantes ao Brasil. Diplomatas e militares do país africano também têm frequentado tradicionalmente cursos de formação no Brasil. O Brasil também contribuiu para a criação da Universidade de Cabo Verde, em 2004. — Com seus 18 anos de funcionamento, ela tem representado importante opção para o Ensino Superior dos cabos verdianos que já não necessitam buscar alternativas somente no Exterior — pontuou Lula. Outras iniciativas bilaterais importantes estão em curso em assistência materna infantil, coleta eletrônica de dados para pesquisas populacionais e solidariedade animal. O presidente também defendeu a inclusão social e o combate ao racismo como bases para a plena democracia. — O Brasil ainda tem contas a acertar com seu passado de escravidão. Não transigiremos com racismo — ressaltou. Ainda, Lula também quer dar atenção especial para mitigação dos impactos das mudanças climáticas em Cabo Verde. — Os efeitos da mudança do clima representam ameaças a todos e seus impactos são particularmente perversos nos pequenos estados insulares — destacou, sobre o país que é formado por um arquipélago de dez ilhas, na costa ocidental da África. O Brasil é candidato a sediar a 30º edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2025. fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/

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