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NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

As forças que disputam o Brasil.

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A ignorância política é dos mais desejados objetivos dos poderes, em relação à população que dominam. Graças à ignorância política o cidadão abre mão da sua cidadania, pois desconhece seus direitos como pessoa humana e como pertencente a um Estado, isto é, à estrutura de poder que tem obrigações com ele. 

São inúmeros os artifícios, fraudes, falácias de que se valem os poderes para que esta ignorância política seja a mais ampla e entranhada, firme e duradouramente, na mente das pessoas. E que não se misture com as habilidades operacionais, ou seja, o ignorante político é capaz de resolver complexos problemas técnicos, em qualquer área de conhecimento. 

Isto constitui verdadeiro presente para os veículos de comunicação de massa, que saem entrevistando em centros de pesquisa, hospitais, universidades e divulgam de doutores, cientistas, professores platitudes, banalidades de corar de vergonha um analfabeto mandarete de vila perdida no interior do país. 

Exemplo desta doutrinação, hoje, no início da terceira década do século XXI, é dizer que o maior perigo para o Brasil é o comunismo. E quantos dizem, repetem e afirmam com convicção esta sandice! 

Procuremos entender quais as forças que disputam o poder no mundo e no Brasil, e de quais recursos elas dispõem e poderemos então nos posicionar em favor de nós mesmos: brasileiros trabalhadores, ou seja, desta maioria absolutamente expressiva, quase a totalidade nacional, que vive do seu trabalho e necessita estar apto para executá-lo e que a economia esteja necessitando desta contribuição permanentemente. 

Até pouco mais da metade do século passado, anos 1960-1970, as forças que disputavam o mundo e o Brasil eram distintas das que nos pressionam agora. 

O mundo viveu um período de expansão, de crescimento, desde o fim da II Grande Guerra. Três correntes procuravam conduzir este desenvolvimento socioeconômico: a capitalista, que tinha seu exemplo e orientação nos Estados Unidos da América (EUA), a socialista que tinha suporte nas ações da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e a terceira força, dispersa pela sua própria característica nacional, que tentara na Conferência de Bandung, na Indonésia, entre os dias 18 a 24 de abril de 1955, numa reunião de dirigentes e líderes asiáticos e africanos, articular a opção aos dois sistemas em aparente conflito.  

Efetivamente não eram tão esquematizadas e simples as questões. Havia dentro do capitalismo dois grupos poderosos: o financeiro e o industrial. Do lado socialista havia as interpretações do socialismo, que buscavam na apropriação da ortodoxia marxista suas justificativas. Porém havia também soluções políticas que equilibravam o capitalismo com o fortalecimento dos trabalhadores, surgindo a socialdemocracia, a democracia cristã e outras correntes. 

Como é óbvio, a bipolaridade ajudava aos EUA e à URSS e, consequentemente, tratavam de torpedear qualquer resultado positivo de Bandung e dos governos que procuravam a terceira via. 

Hoje a situação é bastante diferente 

As finanças, dentro do ideário político capitalista, foram vencedoras. Desde 1990 vem assumindo instituições internacionais, países e organismos multinacionais. Sua ideologia é o “mercado”. 

Ao “mercado” se opõe o poder nacional, que procura defender os habitantes de um país da sujeição a leis gerais, para as quais nada contribuíram ou não podem modificar. 

Esta dualidade ficou absolutamente clara quando o megaespeculador Georges Soros, verdadeiro porta voz do “mercado”, declarou que seu maior inimigo era o “nacionalismo”. 

Tratemos de aprofundar um pouco o que é “mercado” e o que significa “nacionalismo”. 

O “mercado” tem sua lei. Ela foi denominada “Consenso de Washington”; consenso de uma só pessoa, que sumarizou no decálogo as necessidades para tornar as finanças dona do mundo. 

E passou a ser a verdade universal, abrangente, ilimitada, eclética e polivalente. Ou seja, para todos, o que não tem aplicação em lugar algum. 

Consenso de Washington

Consenso de Washington - O economista inglês John Williamson (1937-2021) desde 1968 trabalhou para as finanças inglesas. Nesta condição atuou no Fundo Monetário Internacional (1972-1974), no Banco Mundial (1996-1999) e lecionou em diversas universidades propagandeando o liberalismo financeiro. Com as desregulações dos anos 1980, as finanças entenderam que se deveria elaborar um conjunto de medidas para dar efetividade à “globalização”. J. Williamson foi a pessoa de confiança que, ardilosamente, denominou Consenso de Washington, como se resultasse de um acordo, fruto de discussões que jamais ocorreram Todos estavam em Washington para receber o “Decálogo”, divulga-lo e defende-lo. 

Já “nacionalismo” se direciona a quem está ao abrigo de uma nação, da mesma cultura, valores, história, que dá coesão aos habitantes, que se denominam cidadãos. 

Temos, assim, de um lado apátridas, de outro cidadãos. 

Estas são as opções do século XXI. Porém tão grande clareza não deixaria espaço para o poder do dinheiro. Então as finanças fazem o que sempre souberam fazer: corrompem e deturpam os fatos. 

Corrompem o idioma, tirando o significado das palavras, prejudicando as comunicações, corrompem os valores fazendo do dinheiro o bem maior das pessoas, corrompem o trabalho tirando dele toda dignidade, toda a contribuição para sociedade, corrompem as famílias e as amizades fazendo de cada um o inimigo do outro, a competitividade sobrepondo as relações com o irmão, o colega, o vizinho, o amigo. 

Corrompem a administração da justiça, como se vê nas decisões contraditórias e desvinculadas da própria legislação. 

E dominam todas as mídias para construir uma realidade que não se vê, que se distancia do real e faz surgir o ambiente paranoico, hostil, que se constata no dia a dia de todas as sociedades. 

Acaso é razoável entender, como ação normal, as pessoas entrarem nas agências bancárias, nos fins de semana, para inutilizarem os caixas eletrônicos? Independentemente da avaliação que se tenha da espoliação que os bancos, atores do sistema financeiro, apliquem nos clientes e usuários, são as pessoas comuns, que usam os caixas eletrônicos e não os bancos que são prejudicadas. 

O domínio das finanças tem degradado a vida humana em todos os locais, em todas as camadas econômicas, sociais, culturais, e atingindo o psicossocial das pessoas. É o mundo artificial de um dinheiro que nem existe.  

Podemos distinguir três categorias de ativos. 

Ativos Reais. O Produto Interno Bruto (PIB) dos países que em 2020 foi estimado em 85 trilhões de dólares estadunidenses (USD).  São imóveis, veículos, equipamentos domésticos, grãos, minérios, petróleo. 

Ativos Financeiros. Deveriam representar ativos reais, mas são papeis de dívidas e representativos de bens estimados pelos aplicadores em mercados especulativos. As ações de empresas têm uma parte de seu preço fixado por critérios arbitrários como liquidez negocial, rendimento, demanda do papel etc. Na mesma base monetária dos Ativos Reais, estes seriam avaliados em USD 390 trilhões.  

Derivativos. Papéis que derivam de outros papéis, como hipoteca de hipoteca, milésimo saco de milho ou barril de petróleo de um único efetivamente produzido. Estima-se haver 25 mais papéis derivativos do que bens efetivos. Ou seja, nas mesmas condições anteriores ter-se-iam USD 2.125 trilhões. 

Estes valores só não são maiores pelo controle que a Federação Russa, países nacionalistas, como Cuba, Venezuela, Vietnã, Coreia do Norte, impõe a suas moedas, e pelas reservas da República Popular Chinesa. 

Porém sempre haverá incerteza, a inquietação do dia seguinte, desde o trabalhador, que pode não mais encontrar trabalho, ao rentista que vê desaparecer suas aplicações de um dia para outro. 

Não se enganem com as opções da mídia que repetem os interesses das finanças: o mal que efetivamente assombra a Nação vem das finanças, do capital sem pátria, depositado em não países, ou paraísos fiscais. 

Pedro Augusto Pinho, administrador aposentado. 

fonte: pravda.ru

Alpha Condé nos Emirados para tratamento: o que sabemos.

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Nas últimas horas, circularam na web informações sobre uma viagem aos Emirados Árabes Unidos do ex-presidente guineense Alpha Condé. O ex-presidente deposto foi lá por razões médicas, soubemos de fontes geralmente bem apresentadas.

Confirma-se a informação que circula há algumas horas. Alpha Condé não está mais na Guiné depois de ter sido derrubado pela junta militar há alguns meses. Um vídeo que o mostra embarcando em um avião foi revelado nas redes sociais. Antes de embarcar, o ex-estadista disse algumas palavras. “É urgente que eu vá para o tratamento, essa é a minha preocupação”, disse o ex-presidente. A viagem da ex-presidente ocorre poucos dias depois que Doumbouya o autorizou a buscar tratamento no exterior.

fonte: lanouvelletribune.info

Blinken exorta Putin a optar por via pacífica.

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Durante uma visita de solidariedade à Ucrânia, secretário de Estado dos EUA diz esperar que presidente Vladimir Putin opte pela diplomacia na crise com o país vizinho.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conclamou nesta quarta-feira (19/01) a Rússia a optar pela via pacífica na atual crise ucraniana, durante uma visita a Kiev para reforçar o apoio americano à Ucrânia.

"Firmemente espero que possamos nos manter numa via pacífica e diplomática, mas, em última instância, a decisão cabe ao presidente Putin", declarou Blinken na embaixada dos Estados Unidos em Kiev.

Da Ucrânia, Blinken segue para Berlim, onde vai se reunir com representantes de Reino Unido, França e Alemanha para debater a situação ucraniana. Na quinta-feira, tem um encontro marcado com o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, em Genebra.

Em Berlim, os aliados discutirão "esforços conjuntos para impedir novas agressões russas à Ucrânia, incluindo a prontidão dos aliados e parceiros para impor consequências massivas e custos econômicos significativos à Rússia", segundo o Departamento de Estado.

Apoio da Otan

Paralelamente, nesta terça-feira, a Otan decidiu reforçar as patrulhas aéreas sobre os países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia, ex-repúblicas soviéticas e atuais membros da organização militar) com mais quatro caças dinamarqueses, num contexto de escalada de tensões com a Rússia devido ao reforço militar deste país junto às fronteiras da Ucrânia.

Na véspera da visita a Kiev, Blinken já havia defendido a via diplomática para encerrar a crise entre a Rússia e a Ucrânia, durante um telefonema com Lavrov.

Os Estados Unidos também anunciaram uma ajuda suplementar de 200 milhões de dólares à Ucrânia, nas áreas de defesa e segurança, no âmbito da ameaça de uma potencial ofensiva russa. 

A Ucrânia e os seus aliados ocidentais acusam a Rússia de uma grande concentração de tropas junto à fronteira comum com a perspectiva de uma eventual invasão. A Rússia tem desmentido qualquer intenção bélica, mas formulou diversas exigências, que se destinam a "garantir a sua própria segurança".

as/lf (Lusa, AFP)

[Retrato] Ibrahim Boubacar Keïta: O triste fim do gaullista-maliano!

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O ex-presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta (Ibk), morreu em Bamako no domingo, 16 de janeiro de 2022, aos 76 anos. Chegando ao poder em agosto de 2013, Ibk cristalizou as esperanças de um povo dilacerado pela ameaça terrorista e pela rebelião tuaregue no norte. Mas a descida ao inferno que nada previa, especialmente após uma reeleição em 2018 com 67% dos votos, foi brutal. Um olhar para trás na ascensão e declínio meteóricos deste estadista.

"O homem do momento"! É com esta qualificação ao estilo James Bond que a candidatura de Ibrahim Boubacar Keïta (Ibk) (em 2013) foi vendida aos malianos que compraram sem pechinchar o seu projeto de “Refundação” da República. Aos 68 anos na época, o ex-primeiro-ministro (4 de fevereiro de 1994-14 de fevereiro de 2000) carregado de diplomas, já carrega uma reputação muito boa, uma formação em gestão administrativa e experiência eleitoral (foi derrotado em 2002 e em 2007 pela ATT). Resumindo... Estava bem talhada para o cargo de Presidente da República e estava um passo à frente dos demais candidatos.

O Sorbonnard, amante das letras, com fama de gaullista, que repetiu ao longo da campanha (2013) as famosas frases do famoso general francês, foi apresentado por seus detratores como o “candidato da França”. “Sou o candidato do meu povo”, retruca para se destacar do paternalismo francês. Elevado ao auge no final do segundo turno das eleições presidenciais de 11 de agosto de 2013 com 77% dos votos à frente de seu rival ao longo da vida, Soumaïla Cissé, "IBK, o kankélentiki" ("O homem de sua palavra" em Bambara) como carinhosamente o chamávamos tinha uma “certa ideia do Mali”. E o roteiro do adorado novo presidente, que herdou um país em frangalhos, era muito claro: pôr fim ao caos no norte, restaurar “a honra do Mali” e devolver “a felicidade aos malianos”.

A tarefa não era nada fácil e ele esperava isso desde o início. “Será necessário desagradar, tomar decisões rápidas e ousadas. É uma missão de reconstrução total”, já lançava com toda lucidez. Para o Ibk, para conseguir essa renovação, “não há como negociar com os jihadistas”. Com começos bastante promissores, "o homem do momento" estava, é preciso admitir, no caminho certo para o retorno da paz no norte do Mali. Com efeito, menos de dois anos após a sua ascensão à magistratura suprema, o ex-presidente da Assembleia Nacional do Mali (2002-2007) deu um golpe de mestre ao conseguir acalmar as coisas com os rebeldes tuaregues do norte agrupados em torno da coordenação de Azawad movimentos (Cma).

Começos promissores

Primeira vitória! Ibk está exultante: “Na época da minha eleição, em agosto de 2013, o país não estava bem em uma situação normal. Não havia mais um estado. Não tínhamos mais exército e, sem o lançamento pela França da Operação Serval [em janeiro de 2013], eu não estaria hoje diante de vocês e o Mali teria deixado de existir. O tempo para restabelecer a ordem é longo e um inventário teve que ser feito. Sabia que nos esperavam na questão da governação e gestão do Estado, portanto da descentralização, da qual estou convicto da necessidade", sublinha numa entrevista concedida ao jornal Le Monde na véspera da sua reeleição em 2018.

Ele acrescenta: “Eu agi e, digam o que dizem, a situação atual não tem nada que se compare com o que era quando cheguei. Os jihadistas não controlam mais grandes áreas. Quanto à questão do Extremo Norte, transferi as negociações entre o Mali de Ouagadougou para Argel, onde chegamos a um acordo”. Mas, ele se apressa a reconhecer, esse acordo “certamente não é perfeito, mas cria uma estrutura para negociação. Rubricamos porque garante, em particular, a laicidade e a integridade territorial do Mali”.

A descida ao inferno

Desde a sua ratificação, este acordo permaneceu letra morta devido a várias disputas. Foi apenas 5 anos depois, em fevereiro de 2021, que o comitê de monitoramento realizará sua primeira reunião em Kidal, bastião dos ex-rebeldes separatistas. A estas dificuldades na implementação deste acordo -enquanto a violência terrorista mal cessou-, juntaram-se outras ligadas à gestão do poder maliano, ao sentimento antifrancês (Ibk foi acusado de ser cúmplice da França na gestão da crise no norte) e a incapacidade do Estado maliano de lidar com a insegurança. Um coquetel bastante explosivo que acabará consumindo o Ibk, porém reeleito em grande estilo em 2018 com 67% dos votos.

O velho mochileiro político, líder do Rally do Mali (criado em 2001 após renunciar ao seu partido), dificilmente esperava um cenário tão impressionante, ainda mais a dois anos de uma reeleição. Após vários meses de manifestações do M5-RFP (liderado pelo Imam Dicko, que uma vez apoiou Ib.

fonte: seneweb.com

Taleban pede que países muçulmanos reconheçam seu governo.

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Os talibãs afegãos querem que os países muçulmanos sejam "precursores" e pedem que reconheçam "oficialmente" seu governo, anunciou o primeiro-ministro na quarta-feira.
"Peço aos países muçulmanos que sejam pioneiros e nos reconheçam oficialmente. Espero que possamos nos desenvolver rapidamente", disse Mohammad Hassan Akhund em entrevista coletiva sobre a grande crise econômica que atinge o país desde que o Talibã chegou ao poder. em agosto e a cessação da ajuda internacional ao país.

fonte: seneweb.com

Sanções da CEDEAO: plano de resposta do Mali

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Convocação de instituições bancárias pelo governo, enviando uma delegação à Guiné e Mauritânia, Bamako multiplica iniciativas para contornar as sanções da CEDEAO.

Mali não pretende ficar de braços cruzados. Assimi Goïta havia afirmado isso. "A CEDEAO e a UEMOA assumiram-se, faremos o mesmo", declarou o homem forte da junta numa mensagem à nação no dia seguinte às sanções consideradas ilegais e desumanas. Desde então, o Mali multiplicou as iniciativas.

Internamente, Bamako está tentando controlar a situação financeira. Segundo Jeune Afrique, as autoridades militares indicaram aos estabelecimentos bancários a proibição "formal" de congelar as contas do Estado. Estas instituições bancárias “reunidas no seio da Associação Profissional de Bancos e Instituições Financeiras (APBEF-Mali), foram convocadas a 10 de janeiro pelo Ministro da Economia e Finanças, Alousséni Sanou” para os informar da posição de Bamako.

Externamente, uma delegação composta entre outros pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e seus homólogos da Economia, Comércio e Transportes deslocou-se segunda-feira à Guiné onde foi recebida pelo Coronel Mamady Doumbouya.

Uma composição que indica claramente que viajar é acima de tudo econômico. Além disso, no final do encontro, Conakry indicou em comunicado de imprensa que “as questões relacionadas, entre outras coisas, à segurança, à circulação de pessoas e mercadorias, bem como ao fortalecimento da parceria estratégica duradoura objeto de intercâmbio. »

Esta mesma delegação seguiu então para a Mauritânia onde deverá ser recebida pelo Presidente Mohamed Ould Ghazouani. Esta será uma oportunidade para trazer Nouakchott, que havia fechado suas fronteiras seguindo os países da CEDEAO, a reconsiderar sua posição.

O Mali procura alternativas ao porto de Dakar (65% das importações do Mali) e ao de Abidjan (20%) para garantir o seu abastecimento. Até agora, o comércio entre o Mali e a Mauritânia tem sido bastante fraco. Esta é, portanto, uma oportunidade para dinamizá-los e diversificar as ofertas do lado do Mali, um país sem litoral mas que faz fronteira com 7 países, dois dos quais não são da CEDEAO (Mauritânia e Argélia) e um Estado (Conacri) suspenso do órgão regional.

Convidado para a Rádio Democracia da África Ocidental (Wadr), o operador económico Cheikh Oumar Sakho recorda que os malianos estavam habituados ao porto de Abidjan. Quando houve a crise na Costa do Marfim, voltaram-se para o porto de Dakar. “Se houver um embargo que nos impeça de ir ao porto do Senegal, vamos recorrer ao porto de Conacri”, promete.

Admite, no entanto, que há uma diferença entre o porto de Dakar e o de Conacri, devido a “muitas montanhas” na estrada na Guiné. "Mas assim que nos acostumarmos com essas montanhas, o problema será resolvido", tempera.

De acordo com Sakho, os operadores malianos que transportaram mercadorias para o porto de Dakar e Abidjan estão a estudar como fretá-las para os portos de Conacri, Nouakchott e Argel. “A partir de agora, todas as encomendas que vamos fazer passarão pelos portos da Guiné, Argélia e Mauritânia”, assegura-nos.

fonte: seneweb.com

ANGOLA: A CULPA NÃO É DA CHUVA.

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O novo comandante-geral da Polícia Nacional (do MPLA), Arnaldo Manuel Carlos, aponta a elevação do sentimento de segurança das populações como uma das prioridades. Mal seria se apontasse algo diferente. O problema não está no diagnóstico, está – há 46 anos – na medicação. Quando chove dentro de casa, o problema não é a chuva…

Ao falar à Imprensa (sem perguntas previamente enviadas) depois de ser empossado nas funções, pelo Presidente da República, João Lourenço, Arnaldo Carlos disse que a concretização desse desiderato vai passar por fazer, primeiro, uma breve avaliação, para determinar as preocupações, situações e oportunidades que favoreçam o combate ao crime.

“A nossa missão será combater o crime, no sentido de elevar a segurança das populações”, prometeu, referindo que o diagnóstico vai ajudar a determinar onde reside a maior incidência do problema. Ou seja, vai fazer o que até agora bestial Comandante, Paulo de Almeida, não fez, seja por incapacidade própria ou por ordens superiores.

O novo comandante-geral da Polícia Nacional ressaltou que o asseguramento das eleições faz, igualmente, parte da lista das prioridades. “Pois, como sabemos, o calendário político indica que este ano teremos eleições e a Polícia estará empenhada com os órgãos afins, no sentido de garantir que todos os actos que constem do calendário político sejam exitosamente realizados”, frisou.

O Presidente da República assegurou apoio ao novo comandante-geral da Polícia Nacional, para a concretização das metas traçadas. “Garantimos que estaremos ao seu lado e vamos lhe prestar toda a ajuda necessária, para que possa cumprir, com sucesso, a sua missão”, salientou João Lourenço.

Embora não se conheça a opinião do Presidente do MPLA nem do Titular do Poder Executivo sobre esta matéria, é de crer que corroboram as garantias de João Lourenço.

João Lourenço afirmou que espera de Arnaldo Manuel Carlos o cumprimento da missão, que o despacho e o acto de posse lhe conferem, com brio, profissionalismo e de forma competente. Lembrou, na ocasião, que cabe ao Estado (no caso ao MPLA) a responsabilidade de garantir que os cidadãos exerçam, em liberdade, os direitos que a Constituição e a lei lhes confere, mas sublinhou, também, que cabe ao mesmo Estado a responsabilidade de garantir a ordem pública e a tranquilidade.

“E, para isso, concorrem diferentes órgãos, entre os quais a Polícia Nacional”, aclarou João Lourenço, não fosse Arnaldo Carlos ser tentado a pensar que o Estado é uma coisa e o MPLA outra.

“ASSALTOS VIOLENTOS” (E IMPUNES) À IGREJA CATÓLICA

A Igreja Católica angolana tem registado, de “modo dramático, assaltos violentos” às suas instituições, nos últimos meses, lamentando a “ausência de resposta” das autoridades policiais que, no seu entender, “encoraja os assaltantes”, noticiou o Folha 8 no dia 20 de Dezembro. Provavelmente, parafraseando João Lourenço, a “ausência de resposta” da Polícia é… relativa.

A preocupação foi manifestada pelo arcebispo de Luanda, Filomeno Vieira Dias, que em declarações à Rádio Ecclesia – Emissora Católica de Angola -, denunciou dois assaltos ocorridos em duas instituições católicas da província de Malanje, em que as religiosas foram agredidas.

A Paróquia da Nossa Senhora de Guadalupe e a Casa das Madres da Congregação das Irmãs de São João Baptista, ambas na província de Malanje, foram assaltadas nos dias 14 e 18 de Dezembro, respectivamente.

“O que nos preocupa é o suceder contínuo de assaltos às casas religiosas, não obstante as nossas denúncias, os denunciados sentem-se estimulados, sentem-se encorajados a prosseguir nas suas práticas, como que vingando-se ou desforrando-se das denúncias que fomos fazendo”, afirmou o arcebispo à rádio católica angolana.

Antes, a 7 de Outubro, os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) manifestaram preocupação com o alto nível de criminalidade e de insegurança no país, que atingiu no último ano mais de 60 instituições da Igreja Católica. A inquietação foi expressa por Filomeno Vieira Dias, à data presidente da CEAST.

“Nos últimos meses, após os nossos pronunciamentos, em Outubro, voltámos a registar de modo dramático assaltos violentos a casas religiosas”, disse Filomeno Vieira Dias, arcebispo metropolita de Luanda, lamentando a falta de resposta policial.

“Registámos aqui em Luanda, na Casa das Médicas de Maria, em Viana, registámos na Casa dos Missionários do Verbo Divino, onde um padre foi baleado e outros foram torturados e agora temos um novo caso em Malanje com as missionárias de São João Baptista, no bairro da Carreira do Tiro”, notou.

Segundo o prelado católico, em Malanje, as freiras foram “amarradas e depois ameaçadas que lhes seriam cortados os dedos com uma catana, caso não entregassem os pertences: É-nos de facto bastante confrangedor ver que isto tudo acontece”.

“E faz-se recurso às autoridades, aos serviços de ordem e segurança e não há respostas, parece que essas pessoas são até animadas, estimuladas à prosseguirem nessa direcção, como que dizendo agora hão-de sentir, isto é de todo lamentável e de todo condenável”, referiu.

A Polícia angolana regista “escassez de recursos humanos e técnicos” para dar resposta às preocupações de segurança pública nas 18 províncias do país, reconheceu o então comandante-geral da Polícia Nacional de Angola (PNA), Paulo de Almeida, referindo que a corporação contava com cerca de 100 mil efectivos, um número que esperava ver duplicado até 2025.

Agora, certamente com mais tempo disponível, Paulo de Almeida continuará a escrever o seu “best-seller” onde compila as suas emblemáticas anedotas. No passado dia 6 de Outubro garantiu que, apesar de algumas ocorrências criminais registadas e mediatizadas na comunicação social, “Angola é um país seguro para todos os cidadãos”.

Falando na reabertura do ano lectivo 2021/2022, no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, Osvaldo Serra Van-Dúnem, o então comandante Paulo de Almeida referiu que a Polícia Nacional registou nos últimos tempos a preocupação de vários cidadãos sobre as condições de segurança pública no país, pelo facto de se terem realizado “duas ou três acções” protagonizadas por marginais, que foram mediatizadas nos órgãos de comunicação social.

Paulo de Almeida considerou que, apesar dessas ocorrências, as cifras criminais não abalaram a estabilidade do país, na medida em que todas as instituições públicas e privadas funcionam com normalidade, existindo livre circulação de pessoas e bens, assim como estão garantidos os direitos e liberdades dos cidadãos.

Segundo Paulo de Almeida, o mau uso das redes sociais tem levado alguns cidadãos “de má-fé” (provavelmente ligados à Oposição) a divulgarem mensagens com a intenção de descredibilizar o estado de segurança do país, criando sentimento de insegurança e desencorajamento do investimento estrangeiro em Angola.

Deve ter sido por isso que, em comunicado de imprensa, apresentado pelo bispo de Cabinda e porta-voz da CEAST (Conferência Episcopal de Angola e São Tomé), Belmiro Chissengueti, os bispos manifestaram-se preocupados com o “aumento dos níveis de insegurança um pouco por todo o país”, onde as instituições religiosas “não são poupadas”.

Em relação aos assaltos, disse, o país vive nas cidades, “sobretudo em Luanda, situações de segurança bastante graves, os assaltos multiplicaram-se”.

“E claro que essa multiplicação de assaltos obriga-nos a tomar uma palavra, até porque duas das nossas instituições foram assaltadas durante a nossa plenária. Portanto, o que pedimos é que a polícia tenha capacidade de mobilidade para poder fazer a cobertura naquilo que toca à sua responsabilidade”, referiu Belmiro Chissengueti.

Quanto ao histriónico comediante e ex-comandante-geral da Polícia Nacional disse que a corporação está determinada em prevenir e combater o crime e não vai tolerar actos de desordem e desrespeito aos símbolos nacionais, vandalismo de bens públicos ou privados.

Lembrou que nenhum país tem um sistema de segurança plena, absoluta, total e omnipotente, “daí a necessidade dos cidadãos, instituições e organismos participarem nas questões de segurança nacional, começando com a prevenção nas famílias, na comunidade, escolas e igrejas”.

fonte: folha8

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