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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Você não pode deixar de ler: Xuxa revela ter sofrido abusos sexuais até os 13 anos de idade.

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A apresentadora Maria da Graça Meneghel, a Xuxa, afirmou, em depoimento no quadro "O que vi da vida", do Fantástico, exibido neste domingo (20), que sofreu abusos sexuais até os 13 anos de idade. Emocionada, disse que luta para que "nenhuma criança sofra" algo parecido.
A apresentadora de 49 anos falou ainda sobre a infância no Sul do país, seus amores, o preço a se pagar pela fama e a importância da sua mãe nos momentos mais difíceis da vida.
Xuxa, que participa de uma campanha contra o abuso sexual de crianças, decidiu revelar sua própria experiência vivida na infância. "Quero lutar por elas. Tenho um sonho de um dia nenhuma criança sofrer nada, porque a criança é um anjo."
"Eu sei o que uma criança sente. Nós achamos que somos culpados. Eu sempre achei que eu estava fazendo alguma coisa: ou era minha roupa ou era o que eu fazia que chamava a atenção. Então, ao invés de falar para as pessoas, eu tinha vergonha, me calava, me sentia mal, me sentia suja, me sentia errada. E se eu não tivesse uma mãe, se eu não tivesse o amor da minha mãe, eu teria ido embora, porque o medo de você ter aquelas sensações de novo, passar por tudo isso, é muito grande. Só que eu não falei pra minha mãe, eu não tinha essa coragem de falar com ela. E a maioria das crianças, dos adolescentes, passa por isso."
Na quinta (17), dados do serviço da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República obtidos pelo G1mostraram que o Disque Direitos Humanos recebeu 82.281 denúncias de violações de direitos humanos de crianças e adolescentes em 2011, uma média de 225 por dia.
O número é quase o triplo das denúncias recebidas no ano anterior, quando houve um total de 30.544 – um aumento de 169,4%.
Neste ano, o total dos relatos sobre abusos contra crianças e adolescentes em apenas quatro meses já representa quase a metade do recebido em todo o ano passado. Foram 34.142 atendimentos de janeiro a abril, aumento de 71% em relação ao mesmo período de 2011.
Desde 2009, todo ato de cunho sexual praticado com menor de 14 anos, mesmo com consentimento, é considerado crime de estupro de vulnerável. Um levantamento feito peloG1 junto às decisões dos Tribunais de Justiça de todo o país e publicado neste domingo mostrou, no entanto, que, mesmo após alterações do Código Penal, juízes e desembargadores continuam absolvendo réus.
Infância

Xuxa, que cresceu com seus quatro irmãos no interior do Rio Grande do Sul e depois se mudou para Bento Ribeiro, subúrbio do Rio, começou a entrevista destacando o orgulho que tem de suas origens. "Mais até do que ser do interior, eu sou do subúrbio. Quando me lembro de Bento Ribeiro, me vem o trem, eu tomando banho de sol na laje. São coisas que não saem da minha cabeça, eu adoro!"
Filha de militar, Xuxa ressaltou o aspecto ausente e austero do pai em contraponto ao carinho e a presença da mãe. "A gente só recebia beijo do pai no Natal e no Ano Novo. A gente tinha que chamá-lo de Seu Meneghel. Só faltava bater continência para ele", disse.
O começo

Durante a entrevista, Xuxa também falou sobre o seu início de carreira como modelo. Quando tinha apenas 15 anos, a apresentadora foi abordada por uma pessoa que trabalhava em uma editora, e que pediu uma foto sua.
"Ele falou: 'Você gostaria de ser modelo?'. Eu disse: 'Não. Não sou bonita. Não sou fotogênica'.  Eu chamei minha mãe e ela disse: 'Não, ela não quer isso'. E eu falei: 'Mãe, eu não quero porque todo mundo acha que sou feia, mas eu acho que eu quero'. Eu sempre gostei de aparecer."
Pouco tempo depois, entre 16 e 17 anos, Xuxa disse que já conseguia sustentar a família com seu trabalho. "As pessoas começaram a me chamar demais para fazer fotografia. Foi uma coisa estrondosa. (...) Uma vez, o Maurício Sherman (diretor de televisão) olhou pra mim e falou 'Quer trabalhar em televisão?'. Eu falei: ‘Como assim trabalhar em televisão?’. ‘Você tem uma coisa de Peter Pan, Marilyn Monroe, tem o sorriso da Doris Day. Eu acho que as crianças vão gostar'."
Os amores

Xuxa também falou das suas relações amorosas. "Fui fazer a capa de uma revista, e ele (Pelé) mandou chamar uma morena, uma loira, uma negra e uma ruiva. Só que na foto ele virou um pouco mais pra mim. E as pessoas queriam saber quem era essa pessoa. E começaram a falar que a gente estava namorando, e eu não estava namorando ele."
"Um dia ele me deu um beijo. Me deu um frio na barriga, aí achei que estava gostando dele. E ele foi uma pessoa muito importante pra mim, eu gostei muito dele. Aprendi muita coisa boa, muita coisa ruim. Eu fiquei seis anos com ele", disse.
A apresentadora também comentou o seu envolvimento com o piloto Ayrton Senna, que, segundo ela, foi a única pessoa com quem realmente pensou em se casar. "Em vez de se beijar, a gente meio que se cheirava. Ele tinha um astral muito diferente. Eu estava trabalhando muito e ele trabalhando também. Aí a gente se separou", afirmou Xuxa.
"Se existe a palavra alma gêmea, a minha alma gêmea estava ali na minha frente. A gente ficou junto um ano e oito meses. Depois nos separamos e ficamos mais dois anos se vendo quase sempre. Um dia a gente vai se encontrar de novo."
Xuxa falou ainda de seu temperamento como mulher hoje. "A coisa mais difícil é um cara me aceitar do jeito que eu sou", disse. "Sou muito independente. Gosto de liberdade, já que tenho tão pouca. Não abro mão de ficar perto da minha filha por homem nenhum. E meu trabalho também está à frente porque é uma coisa que eu preciso para poder ajudar todo mundo. Aí eu vou deixando porque talvez um dia esse homem vá aparecer na minha frente, bater na minha porta, como já aconteceu."
A fama

Por conta do seu grande sucesso, Xuxa lamentou a falta de privacidade, que, segundo ela, é o preço mais alto a se pagar pela fama. "Não tenho liberdade para fazer as coisas que eu gostaria de fazer. Eu não me privo de ir a um shopping, mas é quase um evento. Às vezes eu atrapalho as pessoas, às vezes as pessoas nas lojas se sentem mal porque muita gente começa a querer entrar, quebrar, arrebentar. Então eu me sinto muito mal com tudo isso."
A apresentadora afirmou, porém, que a exposição faz parte de sua vida. "Eu vivo isso. Não só aceito, como gosto, como quero. O dia que eu sair e uma criança não olhar pra mim, não quiser falar comigo, eu vou dizer: ‘Tem alguma coisa errada’."
O encontro com Michael Jackson

A apresentadora também detalhou o seu encontro com Michael Jackson e a proposta do empresário do cantor de se casar com o rei do pop. "Me chamaram para ir até Neverland (antigo sítio do cantor). Ele sabia tudo da minha vida, ele leu tudo sobre mim. Ele me mostrou só as coisas de criança. Todos os clipes dele. Chorei, obviamente que eu ia chorar."
"Pra mim ele era um ídolo, mas de ídolo pra outra coisa é muito diferente. Então não rolou. Minha resposta, obviamente, foi não. Eu fico com a pessoa que eu me apaixono."
Ao final da entrevista, muito emocionada, a apresentadora disse o que viu da vida. "Eu vi o que poucas pessoas puderam ver. Eu senti o que poucas pessoas puderam sentir. Eu vivi o que pouquíssimas pessoas puderam viver. Eu vi o amor verdadeiro através da minha mãe. Eu vi o amor verdadeiro através das crianças. Eu acho que poucas pessoas viram ou viveram isso."
fonte: globo.com



Os que sabiam do assassinato de Kennedy.

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• O magnicídio foi um golpe de Estado
GABRIEL MOLINA FRANCHOSSI
O crime de Dallas, no qual ainda se pretende envolver Cuba, foi realmente a consumação do golpe de Estado que tramavam altos chefes militares da CIA e outros ultraconservadores.
J.F. KennedyEste magnicídio não só afetou os Estados Unidos, mas sim, em surpreendente medida, também atingiu Cuba e o mundo todo. Após quase 50 anos do assassinato de J.F. Kennedy, quando a dramática relação se torna cada dia mais presente no panorama mundial contemporâneo, a CIA pretende adiar, por outro quarto de século, a revelação de alguns documentos que ainda esconde, acerca do crime de 22 de novembro de 1963. Parte dessa estratégia pode ser lida no livro The Castro’s secrets (Os segredos de Castro), de Brian Latell, oficial da CIA para a América Latina, de 1990 a 1994, e que depois de participar de operações da agência contra a Ilha, desde os anos 60, tenta disfarçar o mais escandaloso complô do século 20.
Um dia depois do magnicídio, o presidente Fidel Castro foi, possivelmente, o primeiro em denunciar o assassinato como um complô, num comparecimento na tevê cubana: "Nós podemos dizer que há elementos dentro dos Estados Unidos que defendem uma política ultrarreacionária em todos os campos, tanto no da política internacional como no da nacional. E esses são os elementos chamados a beneficiar-se dos sucessos que tiveram lugar ontem nos Estados Unidos".
O líder cubano leu um dos primeiros telexes: "Dallas, 22 de novembro, (UPI). — A polícia deteve hoje Lee H.Oswald, identificado como o presidente do ‘Comitê do Jogo Limpo com Cuba’, como principal suspeito no assassinato do presidente Kennedy. Quatro dias depois do assassinato, em 27 de novembro, analisou a teoria de Oswald como atirador único, e suas alegadas simpatias "castristas", que nesse momento ninguém questionava. Citou Hubert Hammerer, campeão olímpico de tiro, que declarou inverossímil que um atirador equipado com uma carabina de repetição, com tele-objetivo, possa acertar no alvo três vezes seguidas, no espaço de cinco segundos, quando dispara contra um alvo que se desloca a uma distância de 180 metros, a uma velocidade de 15 quilômetros por hora". Com base em suas experiências na Serra Maestra, com fuzis de mira telescópica, como o que disseram utilizou Oswald, Fidel acrescentou: "Uma vez que se dispara o alvo se perde — por efeito do disparo — e é necessário voltar a encontrá-lo rapidamente (...) com esse tipo de arma é realmente muito difícil fazer três disparos consecutivos. Mas, sobretudo, muito difícil acertar no alvo. Quase impossível" (1).
Fidel analisou que Kennedey era empurrado ao caminho da guerra pelos círculos mais reacionários, com fortes campanhas, leis e resoluções no Congresso, forçando o governo, pelo que eles qualificaram, em 1961, como o colapso da Baía dos Porcos, até colocar o mundo à beira de uma guerra nuclear, a Crise de outubro ou Crise dos Mísseis. O primeiro-ministro de Cuba, na época, também se referiu à atitude de Kennedy sobre os direitos civis, como a segregação e a discriminação racial, e a política de coexistência pacífica que avançava com Jruschov. Estas ações desatavam insuspeitas forças contra o presidente e faziam pensar que o assassinato era obra de alguns dos elementos inconformados com sua política, particularmente sua política respeito a Cuba , que não consideravam suficientemente agressiva, pois se resistia a autorizar uma intervenção militar direta.
O líder cubano se referiu a evidências de que se Oswald "tivesse sido o verdadeiro assassino, estaria claro que os autores intelectuais do assassinato estiveram preparando a coartada com muito cuidado. Enviaram este indivíduo a solicitar visto de Cuba no México. Imaginem...que o presidente dos EUA acabasse sendo assassinado por esse indivíduo, que acabava de retornar da União Soviética, passando por Cuba. Era a coartada ideal (...) para fazer crer à opinião pública norte-americana a suspeita de que tinha sido um comunista ou um agente de Cuba e da União Soviética, como diriam eles" (2).
Em 1978, demonstrou-se que Fidel tinha razão. O Comitê Seleto do Congresso dos Estados Unidos que investigou o assassinato, concluiu: "O Comitê considera a possibilidade de que um impostor visitasse a embaixada soviética ou o consulado de Cuba, durante um ou mais contatos, nos quais Oswald foi identificado pela CIA, em outubro de 1963" (3) O documento do Comitê chega à conclusão de que não tinha nada a ver com Oswald, porque enquanto este era pequeno e magro, o indivíduo da fotografia era "forte, atlético, 6 pés de estatura e careca" (4).
A suspeita começara, em parte, quando o FBI mostrou à mãe de Oswald a suposta fotografia de seu filho. Ela declarou que não era de Lee, mas sim de Jack Ruby, o autor de sua morte. De fato, não havia nenhuma semelhança — acrescentava o relatório do Comitê — o homem da fotografia não era nem Oswald nem Ruby. O FBI também o negou. Num memorando ao serviço secreto consignava: "Estes agentes especiais (do FBI) opinam que o indivíduo da fotografia não é Lee Harvey Oswald".
Fidel tinha suficientes razões para alarmar-se com as insinuações e acusações, típica estratégia da CIA. Ainda agora, Latell tenta afastar as suspeitas sobre os verdadeiros responsáveis pelo crime, tenta fazer renascer o infundado da companhia contra Cuba e de negar que houve um complô entre aqueles que "defendem uma política ultra-reacionária". A teoria do atirador solitário é esgrimida não só no caso de Oswald em 1963, mas também no de Sirhan H. Sirhan, suposto assassino de Robert Kennedy, em 1968, no mesmo momento que foi eleito candidato contra Richard Nixon, suspeito do magnicídio. A verdade tem-se revelado, pouco a pouco, a partir desse momento. Os últimos detalhes foram conhecidos em 2005, através do livro do pesquisador David Talbot Brothers, The hidden history of the Kennedy years (Irmãos. A escondida história dos anos dos Kennedy), com sua sensacional revelação de que Robert possivelmente foi assassinado quando admitiu que, caso fosse eleito presidente, o qual estava praticamente próximo de conseguir, reabriria o amanhado processo.
Latell se refugia na desprestigiada teoria do assassino único da comissão Warren, que criou Johnson, para investigar o assassinato, ao substituir Kennedy na presidência. Uma das últimas e mais contundentes contestações a constitui a nota enviada, em 8 de novembro de 1963, 15 dias antes do atentado, por Oswald a Howard L. Hunt, também suspeito de participar do magnicídio e organizador da rusga contra os "encanadores" do Watergate "Gostaria que me desse informação sobre minha posição. Estou solicitando isto somente para informar-me. Sugiro discutir o assunto antes de dar qualquer passo. Muito obrigado. Lee Harvey Oswald" (5).
O pesquisador Paul Kangas explica que a carta de Oswald foi obtida pelo escritor e jornalista Jack Anderson em Nova Orleans, onde vivia o "atirador solitário" com Clay Shaw, os cubanos Félix Rodríguez, Bernard Barker e Frank Sturgis, investigados também pelo Comitê Especial do Congresso e pelo juiz Jim Garrison. Anderson afirma num vídeo que Hunt e Shaw pediram a Oswald reunir-se com eles, para organizar a posição que ocuparia em Dallas durante o atentado. Como não recebeu resposta de Hunt, Oswald disse a James Hosty, agente do FBI que o atendia, que Hunt e um grupo de cubanos do gabinete da CIA, em Miami, estavam planejando matar Kenndey em Dallas, em 22 de novembro de 1963. Segundo Kangas, Hosty enviou um telexe a Hoover, diretor do FBI, para informá-lo e este o reenviou a seus agentes no país.
O juiz Garrison narra que Waggoner Carr, procurador geral do Texas, entregou à Comissão Warren, numa sessão secreta, efetuada em 22 de janeiro de 1964, provas de que Oswald era o informante secreto do FBI número 179, com um ordenado de US$ 200, desde 1962. As provas foram entregadas a Carr por Allan Sweat, chefe da divisão criminosa do escritório do xerife de Dallas e publicadas peloPhiladelphia Inquirer, o Houston Posat e o The Nation, mas a Comissão Warren não citou para declarar nem Sweat nem os jornalistas que redigiram as notícias. Garrison admite que se Oswald era informante do FBI, em Dallas e Nova Orleans, pode-se admitir que seu trabalho consistia em filtrar organizações como Jogo Limpo para Cuba e o aparelho de Guy Bannister para matar o presidente. "A pergunta que me atormentava e que talvez atormentou Oswald era: se a polícia de Dallas, o gabinete do xerife, o serviço secreto, o FBI e a CIA estavam potencialmente envolvidos na conspiração, então quem eram as autoridades adequadas?" (6).
Quando Robert Blakey, chefe dos investigadores do Comitê Seleto da Câmara, soube em 1990 que o recém falecido George Joannides, oficial da CIA, designado pela agência para informá-lo sobre o assassinato de Kennedy, lhe ocultou que tinha trabalhado estreitamente em Nova Orleans, desde antes do crime, com Oswald e com o grupo terrorista denominado Diretório Revolucionário Estudantil , o considerou uma obstrução da justiça e agora não acredita em coisa alguma do que a CIA disse ao Comitê.
Não é raro que a Comissão Warren eludisse buscar a verdade; não debalde estava presidida pelo congressista Ed Ford, um homem de Nixon, também suspeito.
Allen Dulles, o onipotente chefe da CIA, manipulava os membros, nomeados por Lynndon Johnson, novo presidente por obra e graça do original golpe de Estado, que na prática foi o assassinato dos irmãos Kennedy.
Jornal Revolución. 28 de novembro de 1963.
Ibidem.
The Final Assasinations Report of The Select Committee, on U.S. House of Representatives. Bantam Book. Nova York, 1979, p.320.
Ibidem.
Jornal Granma, 13 de abril de 2012, p. 9
Jim Garrison. JFK Trás La pista de los asesinos. Edições B. Barcelona, 1988, pp. 296-301.
 
fonte: granma.cu

Human Rights Watch denuncia desrespeito pelos direitos humanos dos imigrantes ilegais em Angola.

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ARCHIV - Ein Häftling in Guantanamo in Fußschellen. (am 27.04.2010von der US-Armee herausgegebenes Archivfoto). Seit zehn Jahren halten die USA Terrorverdächtige auf ihrem Marinestützpunkt Guantánamo Bay in Kuba fest. Nach den Anschlägen vom 11. September 2001 hatte US-Präsident George W. Bush dort die Errichtung eines Internierungslagers angeordnet. Sein Nachfolger Barack Obama beschloss zwei Tage nach seinem Amtsantritt im Januar 2009, das Camp binnen Jahresfrist zu schließen. Es war zum Symbol für Folter und Willkür geworden. Aus Obamas Versprechen wurde nichts. EPA/Michelle Shephard / POOL POOL PHOTO. EDS: IMAGE REVIEWED BY U.S. DEPARTMENT OF DEFENSE OFFICIAL PRIOR TO TRANSMISSION. (zu dpa-Themenpaket Guantanamo) +++(c) dpa - Bildfunk+++


Forças Armadas, Serviços de Estrangeiros e agentes policiais estão a cometer abusos graves contra congoleses. A ONG fala em inúmeros casos de violência sexual e tratamento desumano, durante a expulsão destes emigrantes.
O relatório “Se voltares, matamos-te – Violência Sexual e outros Abusos contra Emigrantes Congoleses durante Expulsões de Angola” descreve um cenário alarmante. Segundo a Human Rights Watch (HRW), os membros das forças de segurança de Angola estão a violar os direitos básicos dos emigrantes ilegais desde 2003. Ao longo destes 9 anos, o país tem levado a cabo expulsões em massa de cidadãos do Congo, que vivem em situação irregular em Angola, acompanhadas de atentados graves aos direitos humanos. Segundo Reed Brody, da HRW de Bruxelas, os abusos passam por “violência sexual, tratamento degradante, mulheres que são detidas com os próprios filhos e sofrem violações colectivas e exploração sexual”.
February 1999. The civil war that began in January between the government forces MPLA and rebel UNITA has made thousands of refugees in former portuguese colony. Much recent fighting has been over the country's oil and mineral resouces as well as towns of strategic importance to either side. dpa
Campo de refugiados em Angola

Maioria dos abusos acontece nas prisões
A maioria dos casos relatados à organização tiveram lugar nos estabelecimentos prisionais da Lunda Norte. “Falámos com uma série de mulheres que alegaram elas próprias terem sido violadas ou terem testemunhado outras violaçoes”, afirma Lisa Rimli, da Human Rights Watch, em Geneva, revelando que a organização encontrou "um padrão de abusos". “Desde o momento em que entram na prisão, nas celas, aparecem grupos de homens, pertencentes a vários servicos de seguranca diferentes, que exigem ter relaçoes sexuais com as mulheres”, explica a responsável, acrescentando que os autores dos abusos os levam a cabo “com ameacas, espancando as mulheres que se recusam ou tentando aliciá-las com comida para as criancas”.
As más condiçoes dos estabelecimentos prisionais, de acordo com a HRW, colocam as mulheres numa situação muito vulnerável, o que poderá contribuir para a submissão à exploração sexual. Os casos mais graves relatados à organização prendem-se com as crianças que testemunham os actos de violência sexual inflingidos às suas mães.
Governo angolano nega violação de direitos, apesar das denúncias
Só em 2011, de acordo com os dados das Nações Unidas, foram expulsos de Angola cerca de 100 mil emigrantes. A Human Rights Watch entrevistou mais de 100 vítimas e testemunhas de maus tratos, durante expulsões de Cabinda e de Lunda Norte para as províncias de Bas-Congo e Kasai-Ocidental, em 2009 e 2011. Reed Brody não poe em causa o direito do governo angolano de expulsar emigrantes ilegais. No entanto, afirma, “isso não justifica os maus-tratos, tortura, violações e outros tipos de tratamento cruel e degradante que violam o direito internacional e a legislação angolana.”

Human Rights Watch Logo
As denúncias de violência sexual e tortura não partem apenas da HRW. Desde 2004 que as Nações Unidas, a Comissão Africana dos Direitos do Homem e dos Povos e várias organizações locais e internacionais têm vindo a confrontar o governo angolano com estas questões. Desde o ano passado, têm sido várias as visitas a Angola por parte de representantes da ONU para tentar combater estes abusos. O secretário-geral e a sua representante sobre a violência contra mulheres em conflito são apenas duas das personalidades que já confrontaram o governo angolano com a questão. Apesar de tudo, as autoridades continuam a negar as alegações, algo que preocupa Reed Brody: “Angola é um dos últimos países do mundo que ainda não ratificaram a Convenção Contra a Tortura e a Convenção dos Trabalhadores Emigrantes, apesar de promessas nesse sentido, quando o país se candidatou ao Conselho de Direitos Humanos [da ONU]”.
Relatório da HRW servirá para pressionar governo de Angola

À má conduta de vários ramos das forcas de segurança angolanas, como os Servicos de Emigração e Estrangeiros, Forças Armadas e de agentes da polícia, junta-se a falta de investigaçoes e acçoes judiciais, de acordo com a Human Rights Watch. Perante este cenário, a organização, na voz de Reed Brody, não acredita que a solução do problema esteja para breve: “Se o governo nem assume que está a cometer estas violaçoes agora, estamos pessimistas quanto à possibilidade de acabar com elas”.

Ainda assim, a Human Rights Watch espera que o relatório de 50 páginas, sobre as fracas condições e os atentados aos direitos humanos durante as expulsoes, sirva para pressionar o governo angolano no sentido de assumir os abusos contra emigrantes ilegais que, segundo a organização, continuam a ser levados a cabo em 2012. De acordo com as autoridades da República Democrática do Congo, só nas primeiras 2 semanas de Março deste ano foram expulsos 5 mil emigrantes das regiões de Cabinda e Soyo.
Autora: Maria João Pinto / António Rocha
Edição: Helena Ferro de Gouveia
fonte: DW

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