Postagem em destaque

O genocídio de Gaza, a questão palestina e o começo do fim do sionismo.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Senegal: Renúncia de Niasse anunciada: plano de Macky Sall.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Single Post

É sussurra nos corredores do palácio. De fato, estão sendo realizadas manobras para encontrar um substituto para Moustapha Niasse, que está prestes a renunciar ao seu cargo de Presidente da Assembléia Nacional.
"Oprimido pelo peso da idade e pelas duras críticas feitas a ele, o líder dos progressistas pretende se aposentar da vida política para sempre. Nossos radares acreditam firmemente que Macky Sall e sua cúpula imediata terminaram seu foco na direcção  do secretário-geral da Presidência da República Mahammad Boun Abdallah Dionne ", relata o Rewmi Daily.

Oportunidade de aplicar nova lei aos deputados

O jornal acrescenta: "Pela primeira vez, a lei poderá beneficiar (um deputado nomeado para outro cargo (cxemplo, Ministro) poderá retornar ao cargo no Hemiciclo após sua saída do cargo). Assim, Boun Abdallah Dionne, chefe da lista da Coalizão Presidencial Benno Bokk Yakaar nas eleições legislativas de 2017, que foi eleito deputado e depois nomeado Secretário Geral da Presidência da República após a dissolução do Gabinete do Primeiro Ministro, pode ser encontrado, sem problemas, um queijo suculento empoleirado na beira da Praça Soweto ".

ADICIONAR no Interior, Aly Ngouille ao SG da Presidência

Ainda acreditando que fontes de Remi Quotidien espreitam nos labirintos do poder, "Dionne, portanto, se beneficiará das últimas alterações feitas recentemente no nível de nossa Carta Fundamental". Pelo nome de seu substituto na Presidência, evoca-se, por enquanto, Aly Ngouille Ndiaye, fiel entre os fiéis do Chefe de Estado. Este último terá que ceder seu posto estratégico de Ministro do Interior a outro próximo de Macky Sall, neste caso o Ministro das Finanças e Orçamento Abdoulaye Daouda Diallo, que poderia, assim, assinar seu retorno ao nível desse departamento de soberania.

fonte: seneweb.com

Senegal: [Fotos] Eventos: O palácio e a praça da independência já estão sob alta segurança.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Single Post

A plataforma "Ño Lank Ño Bagne" pretende se manifestar na sexta-feira no lugar da independência. Por seu lado, as autoridades de segurança assumiram a liderança. De fato, a segurança foi reforçada no lugar da independência, mas principalmente em torno do palácio presidencial que foi barricado, como ilustrado por essas fotos publicadas abaixo.

fonte: seneweb.com

Angola: Orçamento de 2020 cria condições para a retoma.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Angola depara-se, hoje, com um exigente desafio de restabelecer a sua credibilidade como nação solvente, tendo como única saída, além das reformas em curso, a consecução de uma trajectória de crescimento que lhe permita reduzir o peso relativo da dívida face ao exterior.


Fotografia: Proposta do OGE 2020

O Orçamento Geral do Estado (OGE) do exercício de 2020 assenta, apesar dos receios em torno dos riscos associados à volatilidade do preço do petróleo, na conjugação de condições para a retoma do crescimento económico, antecipando um aumento do PIB na ordem de 1,8 por cento (1,5 por cento do sector petrolífero e de 1,9 do sector não petrolífero), com ênfase no crescimento do sector não petrolífero, destacando-se o sector produtivo (agricultura e fomento da indústria nacional), o reforço das afectações do sector social (educação, saúde e combate à pobreza) e a reposição de investimento público.
A interacção entre as reduzidas expectativas do crescimento da economia mundial (tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China são a principal ameaça) e as tensões no Médio Oriente geram, actualmente, uma expectativa de ligeira redução do preço do barril (assumindo-se um preço de 55 dólares para efeitos do OGE de 2020 e uma produção diária de 1,436 milhões de barris por dia) e, em contra-ciclo, um maior equilíbrio do mercado cambial interno (redução gradual do gap entre o mercado formal e o mercado informal, actualmente ainda na ordem dos 30 por cento), acompanhado de uma su-bida da taxa de inflação (25 por cento).
A Fitch, que há um par de semanas reconfirmou uma notação “B” a Angola, abaixo da recomendação de investimento, declarou na semana passada prever que a economia cresça 2,00 por cento em 2020 e que a dívida pública desça para 77,4 por cento, registando um défice das contas públicas de 3,00 por cento, o que globalmente traduz confiança no crescimento da economia angolana e gestão da sua dívida, mas antecipa gastos e investimentos superiores aos adiantados no OGE.
Reestruturação da dívida
A redução das receitas petrolíferas e a desvalorização da moeda nacional face ao dólar fizeram disparar a dívida pública, com um peso actual de cerca de 90 por cento do PIB.
Em 2020, mais de metade do OGE, no valor global de cerca de 15,9 biliões de kwanzas, será alocado ao serviço da dívida.
Neste contexto, o processo de consolidação das finanças públicas é um pilar chave, sendo crítico gastar menos recursos, aplicando-os nos projectos e custos mais pertinentes para a criação das bases necessárias para o desenvolvimento do País e, assim, materializar saldos orçamentais positivos que permitam algumas operações de reestruturação da dívida.
O orçamento de 2018 marcou a inversão da trajectória deficitária da política fiscal, devido ao facto de se terem alcançado, nos saldos global e primário, excedentes de 2,2 e 7,7 por cento do PIB, respectivamente. Pela primeira vez em 2017, o executivo assumiu antecipadamente “poupar” parte dos recursos económicos gerados.
Este progresso representa um esforço significativo, uma vez que foi possível alterar a tendência fiscal que se vinha observando até então, quando o défice global atingiu cerca de 6,9 por cento e o défice primário (défice orçamental antes de juros) cerca de 3,3.
Apesar desse esforço, a dívida pública continua acima do limite aceitável de 60 por cento do PIB, um rácio que, para atingir, este rácio até 2025, implicaria um crescimento económico anual de 10 por cento, de acordo com estimativas do Relatório Económico de Angola de 2018 apresentado pelo Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola apresentado na semana passada.
Por isso, o processo de consolidação fiscal e estabilização das contas públicas deverá continuar em 2020, estimando o orçamento em aprovação um excedente de 1,2 por cento em 2020.
No caso do Orçamento em análise, mais poderia ser feito do ponto de vista da receita tributária (analisaremos mais à frente), mas importa deixar claro que o investimento é necessário (contenção na dívida não pode significar o congelamento do investimento, este deve acontecer se reunidas condições qualitativas) e que os modelos financeiros preparados por académicos e instituições internacionais também têm as suas debilidades.
Crescimento e Investimento
No decurso do Conselho de Auscultação Social, há duas semanas, no Sumbe, Cuanza-Sul, o Presidente da República exortou o sector Privado a assumir “as suas responsabilidades”, reocupando o lugar na economia, defendendo que o Estado deve ter uma função meramente “reguladora”, quase que como o Professor Doutor Aníbal Almeida (Boletim de Ciências Económicas da Universidade de Coimbra) questionando a racionalidade do Estado ou Governo como operador económico.
De facto, o sector privado possui um papel crítico no relançamento do crescimento económico, sendo fundamental afastar alguns obstáculos regulatórios e comportamentais (cancelar concessões imediatamente após a sua adjudicação e não priorizar repatriações de lucros e dividendos de investidores externos), promovendo a abertura da economia, quer do ponto de vista da atracção de investimento externo directo e qualitativo (vistos, atracção mão- de-obra disruptiva, remessas livres de capitais), quer do ponto de vista da facilitação e promoção das exportações (infra-estruturas de suporte e incentivos financeiros directos, que não o financiamento aos sectores primários). Por outro lado, e apesar de maldito na visão de Richard Auty, o petróleo continua a dominar a balança comercial angolana, sendo absolutamente imperativo assegurar investimento no sector (de que são bons indícios os investimentos da Total e Eni para exploração das bacias marítimas do Namibe e de Benguela e na base logística de armazenamento de derivados do petróleo da Barra do Dande pelo Xeque do Dubai).
Neste sector, saliente-se também a urgência na revisão (em fase de conclusão de acordo com as autoridades) do modelo de preço dos combustíveis (e sua consequente actualização) a bem da competitividade da Sonangol, que suportou, nos últimos anos, prejuízos significativos ao colocar no mercado de retalho e restantes operadores de mercado, combustíveis significativamente abaixo do preço de custo. A Sonangol, além de uma força económica nacional, é um dos maiores empregadores de Angola.
Finalmente, e como dito no capítulo anterior sobre a dívida, o indispensável crescimento deverá passar por investimento qualitativo com multiplicador económico, em condições equilibradas de remuneração e amortização. Desta forma, o Estado deverá focar o in- vestimento directo na reabilitação de infra-estruturas, focando-se em disponibilizar condições de suporte e externalidades positivas ao investimento privado.
Em termos globais as intenções do executivo para o investimento são revistas em alta, para os 1,092 biliões de kwanzas, um crescimento nominal face ao OGE revisto de 2019 de cerca de 38 por cento.
Para a potenciação do crescimento económico, além dos avanços na estabilização macro-económica e no investimento público, visível na revisão e actualização do Programa de Investimento Público, como um todo, o Executivo tem criado diversas medidas de políticas assertivas para que haja um novo empoderamento da classe empresarial.
Contam-se entre essas políticas os estímulos do Banco Nacional de Angola para o financiamento da produção de bens essenciais que apresentam défices de oferta de produção nacional; Externalidades positivas e dinamizadoras derivadas do Pro- grama de Privatizações (PROPRIV) que atraem investidores internacionais; o Programa de Apoio à Produção das Exportações e Substituição de Importações (PRODESI) e o instrumento de financiamento, o Programa de Apoio ao Crédito (PAC).
A lista inclui o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM); regularização de pagamentos atrasados do Estado, que tem permitido novos investimentos internos e a melhoria da percepção económica; e o processo de reestruturação do sector petrolífero e dos diamantes, que têm permitido a captação de novos investimentos e o aumento da sua contribuição fiscal em sede do OGE, já visíveis no subsector dos diamantes (leilões de 2019 com bons resultados) e dos petróleos com investimentos já contratados em novas áreas de exploração, em 2020.
Reforma Tributária
Noutra parte deste texto adiantamos que, no domínio da reforma tributária, é necessária uma reflexão profunda, e sobretudo, inverter o ciclo de inércia dos últimos anos (excepção feita ao IVA). Com efeito, o peso relativo da receita tributária no PIB (cerca de 10 por cento do PIB) decresceu a níveis de 2009/2010, tendo-se perdido alguns ganhos conquistados na Reforma Tributária terminada em 2014 com a fusão da DNI/SNA que originou a criação da AGT.
A relação entre o modelo económico e o modelo tributário geram ciclos, viciosos ou virtuosos, consoante um e o outro se adequam entre si, sendo observáveis internacionalmente nos modelos de distribuição de carga tributária três princípios fundamentais:
- As fontes mais significativas de receita para a maioria dos países são o consumo e o rendimento, em particular o de singulares;
- Os impostos sobre o consumo e o património são os que introduzem menos efeitos regressivos na economia;
- A receita de impostos sobre o comércio internacional tenderá a diminuir devido ao aumento da produção nacional e ao estabelecimento de acordos comerciais. No caso de Angola, no que respeita à tributação não petrolífera, os rendimentos das empresas e os impostos aduaneiros (e agora o IVA) são responsáveis pelos volumes mais significativos de arrecadação. Desta forma está negligenciado o potencial de arrecadação (e maior neutralidade económica) da tributação dos rendimentos de singulares (devendo subir-se consideravelmente a carga tributária dos detentores de rendimentos mais elevados, aliviando os contribuintes com menores rendimentos) e da tributação do património imobiliário (quase inexistente).
Em Angola, persistem debilidades fiscais estruturais (prestação de contas das empresas deficientes ou mesmo fraudulentas, baixa literacia económica e tributária, economia fundamentalmente informal, património imobiliário não regularizado jurídica e fiscalmente) que não se compatibilizam com as abordagens tributárias tradicionais, devendo desenvolver-se processos de cobrança mais disruptivos e adaptados à realidade local.
O OGE para 2020, o primeiro Orçamento a ser realizado após a introdução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), prevê um crescimento significativo das receitas associadas aos impostos sobre o consumo, decorrente quer da introdução do IVA, quer do Imposto Especial sobre o Consumo (IEC), com uma previsão de arrecadação global de receitas de cerca de 712.300 milhões de kwanzas.
Este aumento de receita deriva, essencialmente, do aumento da taxa de IVA quando comparada com as taxas de Imposto de Consumo (IC), bem como do alargamento da base tributária do IVA quando comparada com a do IC.
Quando comparada a receita orçamentada do IVA e do IEC para 2020 com a do último ano em que vigorou em pleno o Imposto de Consumo (2018) - o ano 2019 ficou marcado pela introdução do IVA em data posterior à prevista aquando da execução do Orçamento, pelo que os dados disponíveis não deverão ser utilizados como comparativo, a receita orçamentada para 2020 para os impostos sobre o consumo cresce cerca de 154 por cento, o que representa um aumento na ordem de 432.400 milhões de kwanzas.
A par deste crescimento da receita dos impostos sobre o consumo, verifica-se em 2020 um decréscimo de cerca de 97 por cento da receita orçamentada para o Imposto de Selo, quando comparada com a receita deste imposto para 2018 (decréscimo percentual similar quando comparado com 2019), o que representa uma diminuição de cerca de 153.400 milhões de kwanzas. Este decréscimo deve-se a isenções (e revogações) previstas em determinadas verbas da tabela anexa ao Código do Imposto de Selo decorrentes da entrada em vigor do IVA.
Ainda assim, o saldo da receita tributária (279 mil milhões de kwanzas) neste âmbito é positivo e não atingirá ainda o seu pleno, na medida em que vigorará ainda o regime transitório do IVA.
No que respeita ao Imposto sobre a Produção, verifica-se em 2020 uma manutenção da receita tributária orçamentada, quando comparada com a prevista para 2019, a qual ascende a cerca de 533.800 milhões de kwanzas. Relativamente ao Imposto sobre o Comércio Externo (impostos sobre a importação e exportação), prevê-se um crescimento da receita tributária de cerca de 49 por cento, quando comparada com a prevista para 2019.
Sector Social
Ao analisar o Orçamento de um país pode ser absolutamente tentador resvalar para abordagens técnicas e académicas, mas, no ab-soluto, trata-se de avaliar opções económicas fundamentalmente ao nível do seu impacto nas pessoas.
O sector social vai absorver 40,7 por cento da despesa fiscal, um crescimento nominal de cerca de 27,6 por cento face ao exercício anterior. Neste sector destacam-se os programas de combate às grandes endemias, a melhoria da qualidade e desenvolvimento do ensino primário, o desenvolvimento local e combate à pobreza e a melhoria da assistência medicamentosa.
Relembrando Paul Samuelson, neste exercício económico Angola deu passos adicionais para contrariar o seu rácio tradicional de “manteiga vs canhões”. De facto, o sector da Defesa, Segurança e Ordem Interna regista um crescimento nominal de 21,2 por cento e representa cerca de 19,3 por cento da despesa fiscal, impulsionada sobretudo pela da dotação à Segurança e Ordem Pública que cresce 48,3 por cento.
Sem muitos detalhes, o relatório de fundamentação do OGE, como referido anteriormente, declara que o Executivo deu início à descontinuidade dos subsídios à água em 2018. Em Julho de 2019 ajustou as tarifas de electricidade e ajustou os preços do Jet , que passaram para o regime de preços flexíveis. A reforma dos subsídios está associada à implementação de um programa de transferências monetárias de maior escala. O Executivo materializará o programa de transferência directa de rendimentos para famílias mais pobres, com apoio técnico e financeiro do Banco Mundial, tendo sido acordado um financiamento de 320 milhões de dólares, num ambicioso programa foi concebido para beneficiar cerca de um milhão de famílias.
Conclusões
O OGE de 2020 revela-se bastante prudente, evidenciando na despesa cada vez mais preocupações sociais (sobretudo no domínio da saúde e educação), uma inversão do papel do Estado no domínio do Investimento (menos subsidiação de produtos e serviços e investimento público mais orientado para infra-estruturas e externalidades de suporte à economia), além de uma preocupação com o papel do sector privado, fundamental para restabelecer a credibilidade de Angola como nação solvente, tendo como única via de saída, além das reformas em curso, a consecução de uma trajectória de crescimento que lhe permita reduzir o peso relativo das dívidas ao exterior, destacando-se as seguintes mensagens: É imperativo e possível crescer, alavancando a procura externa e o investimento qualitativo;  As reformas estruturais em causa são imprescindíveis, mas não são suficientes (em sede orçamental a tributária é a mais urgente, mas noutros sectores como a justiça são necessárias intervenções urgentes também); É necessário desenvolver um plano de crescimento externo; O papel do sector privado é central e os poderes públicos têm a oportunidade única de contribuir para o crescimento.
fonte: jornaldeangola

“Fala português!”, dizem professores para alunos brasileiros, africanos e timorenses

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

“Choque de culturas”, “casos de discriminação”, “não aceitação da Língua Portuguesa falada e escrita” por estudantes lusófonos”, “falta de sensibilização dos professores” - são algumas das conclusões de um estudo da investigadora científica do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) e Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT) da Universidade de Lisboa.


Juliana Chatti Iorio, uma brasileira a viver em Portugal há 20 anos, admite que “muita coisa tem sido feita para atrair os estudantes internacionais”, mas alerta para a falta de preparação das universidades para o actual 'boom' de alunos estrangeiros que já são a maioria em alguns cursos.
Num artigo intitulado “O acolhimento de estudantes internacionais: brasileiros e timorenses em Portugal”, publicado na Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, do Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios (CSEM), em co-autoria com Silvia Garcia Nogueira (Universidade Estadual da Paraíba, Brasil), Juliana Chantti disse, numa entrevista à agência Lusa, que não ficou “surpreendida” com os resultados dos estudos.
“Quando entrei para o mestrado, em 2003, havia cinco estrangeiros na minha sala. Era outra realidade. Hoje, há cursos em Portugal que têm mais estudantes estrangeiros do que portugueses e eu penso que muitas faculdades ou institutos não estavam preparadas para isso”, afirmou. A investigadora considera que estas instituições “não estavam preparadas para receber esse 'boom' de estudantes internacionais e, como tal, o acolhimento fica a desejar”.
Culturas inferiorizadas
“Não me refiro só à logística, mas sobretudo à compreensão das diferentes culturas que pretendem receber. Se estão abertas para receberem estudantes de diferentes culturas, os professores, funcionários, enfim, a comunidade docente e discente tem que estar aberta para conhecer e procurar entender estas diferentes culturas”, defendeu.
A investigadora mostra-se especialmente preocupada com as relações humanas entre os estudantes estrangeiros e os professores, destacando que “o choque de culturas acaba por ser um problema, uma vez que muitos funcionários e professores não conhecem a cultura desses alunos e muitos desses alunos também não conhecem a cultura em Portugal”.
No artigo lê-se que “a não aceitação da Língua Portuguesa falada e escrita por esses estudantes, bem como os casos de discriminação sofridos em sala de aula por parte de alguns professores, evidenciou que ainda muito trabalho deverá ser feito para desconstruir a representação de que o português é imune ao racismo e possui uma predisposição para o convívio com outros povos e culturas”.
O “complexo” da Metrópole
A investigadora explica que, à chegada, os alunos brasileiros depararam-se com algumas dificuldades que não estavam à espera, nomeadamente, ao nível da compreensão do Português.
“Muitas vezes, os próprios professores não aceitam a Língua Portuguesa falada e escrita no Brasil, discriminando mesmo o seu uso em sala de aula e não permitindo o uso de livros cuja tradução seja feita no Brasil”, disse.
Nesse sentido, prosseguiu, “a discriminação é notada, quando um professor se vira para um aluno brasileiro e diz, por exemplo, 'fala Português!' ou quando um professor diz que as traduções feitas por editoras brasileiras não têm qualidade”.
“Portugal não dá o devido valor à Língua Portuguesa a partir do momento em que permite o uso do inglês em sala de aula, que não luta pela afirmação da quinta língua mais falada no mundo e a partir do momento em que possui muito mais ferramentas em inglês para acolher os estudantes Erasmus do que para acolher os estudantes lusófonos”, considerou.
E, acrescentou, “ainda age como se fosse a 'metrópole' a ditar as regras do uso da Língua Portuguesa às suas 'colónias', quando inferioriza a maneira como a Língua Portuguesa é utilizada pelos outros países lusófonos”.
Mais sensibilização
No artigo lê-se que “ainda há muito a ser feito, como uma maior atenção às dificuldades de brasileiros e timorenses com o Português de Portugal”.
A investigadora propõe “mais sensibilização dos professores para com os estudantes provenientes de sistemas educacionais distintos, maior divulgação dos serviços disponíveis pelas universidades aos estrangeiros e apoio efectivo e afectivo na chegada ao país de destino”.
E mostrou o que considera um bom exemplo: “Algumas (universidades) já têm núcleos de estudantes internacionais (muitas vezes, núcleos de estudantes brasileiros, africanos, etc), os departamentos de relações internacionais começam a estar mais preparados para dar repostas, sobretudo as que tangem às burocracias exigidas aos estudantes que vêm de outros países”.
Vistos de estudante facilitados
Autorizações de residência mais rápidas, dispensa de entrega de documentos ou redução do valor comprovativo de meios de subsistência: eis as principais mudanças em vigor e que pretendem agilizar e acelerar o processo de atribuição de vistos de estudantes a estrangeiros.
O número de estudantes oriundos de outros países duplicou em Portugal na última década: são já 50 mil e representam 13% do total de alunos do ensino superior, de acordo com dados presentes na Portaria n. º 111/2019, que introduz as principais mudanças. Esta é umas das medidas previstas na iniciativa “Simplex+”, no âmbito da “via rápida para estudantes estrangeiros em Portugal”. Foi também criada uma comissão de articulação entre as áreas governativas dos Negócios Estrangeiros, Administração Interna e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que contam com um membro de cada pasta para acompanhar o processo.
Desde Maio, a partir da entrada em vigor da portaria - a 11 de Maio de 2019 - o prazo para a concessão do Visto ou Autorização de Residência passa a ser 30 dias. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deve emitir o parecer prévio obrigatório no prazo de 15 dias.
É dispensada a apresentação de documentos previstos no nº 5 do artigo 62 da lei 23/2007 (o estudante ter a idade mínima e não exceder a idade máxima fixadas por portaria conjunta dos Ministros da Administração Interna e da Educação e ter alojamento assegurado).
A nova portaria estabelece que o valor a ser comprovado como meio de subsistência seja reduzido para metade (50%), caso a inscrição do estudante seja feita numa instituição situada num município de baixa densidade.
As universidades e outras instituições, a Direcção Geral do Ensino Superior e a Direcção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas vão trabalhar em proximidade e vão fazer o cruzamento de dados: para tornar o processo de autorização de residência mais rápido e evitar a emissão de vistos a quem não está matriculado num curso superior.
Mais de 11 por cento sai de Angola
Para muitos estudantes estrangeiros, o mais difícil, quando se opta por Portugal, é o idioma. De resto, o País é tido como destino económico, a educação é considerada de excelência e os portugueses são avaliados como mestres nas boas-vindas.
Acreditam que é exactamente por isso que o número de estudantes estrangeiros - estatuto que ocupam - tem aumentado nas universidades portuguesas. Só este ano, subiu cerca de 40% face ao período homólogo. De acordo com dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), já são cerca de 50 mil no total, quase mais 40 mil desde o início do milénio (12 717).
Por outro lado, de acordo com o último Inquérito ao Registo de Alunos Inscritos e Diplomados do Ensino Superior (RAIDES), realizado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) - que ainda não inclui os dados de 2018/2019 (são já 50 mil os estudantes estrangeiros inscritos) -, Portugal recebeu 44.485 alunos no ano lectivo de 2017/2018.
Mais de metade (28.122) faz parte do grupo que completou o ensino secundário no estrangeiro e decidiu obter um diploma em Portugal (Mobilidade de grau). Comparando com o ano anterior, verificou-se um aumento de 26,7% destes alunos, que, no ano passado, já representavam 7,5% do total dos inscritos no ensino superior.
Na sua maioria, são mulheres (51,6%) e são oriundos do Brasil (39%), Angola (11,4%), Cabo Verde (9,3%) e França. São estudantes que chegam à procura de formação nas áreas das “Ciências empresariais, administração e direito” (23,9%) e da “Engenharia, indústrias transformadoras e construção” (20,4%).
Oito em cada dez inscreveram-se numa instituição pública, sendo que 77,6% do total optou por uma universidade em detrimento de um politécnico. No entanto, os politécnicos têm vindo a registar um grande aumento de estrangeiros: no ano lectivo de 2016/2017 eram 4.809 estudantes e no ano passado já ultrapassavam os seis mil (6.306).
A Área Metropolitana de Lisboa é a que acolhe mais estudantes (37,2%), sendo que, em 2017, a região do Algarve destacou-se ao quase duplicar o número de alunos em dois anos, passando de 350 alunos para 592. A maioria dos alunos inscreveu-se numa licenciatura 1.º ciclo (10.025) e de mestrado 2.º ciclo (8.260).
fonte: jornaldeangola

Antigo Presidente do Mali, Amadou Toumani Touré regressa de exílio de sete anos.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

O antigo Presidente do Mali, Amadou Toumani Touré, derrubado em 2012, regressou ontem definitivamente a Bamako, após sete anos de exílio no Senegal, anunciou a Lusa.


Acompanhado pela família, Amadou Toumani Touré foi recebido no aeroporto de Bamako, em Mali, por cerca de mil apoiantes, de onde seguiu para a sua residência. “Estou bem e feliz por estar aqui”, disse o ex-Chefe de Estado, de 71 anos, que já tinha estado no Mali em Dezembro de 2017, numa breve estada.
Toumani Touré foi eleito Presidente em 2002, reeleito em 2007 e derrubado em 22 de Março de 2012, por soldados que o acusaram de incompetência face à rebelião no Norte do país. Em Abril de 2012, renunciou formalmente ao cargo e, em seguida, deixou o Mali para o vizinho Senegal, onde manteve uma presença discreta.

fonte: jornaldeangola

ManifestantFOes gambianos exigem saída do Presidente Adama Barrow

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Milhares de manifestantes gambianos saíram ontem às ruas de Banjul para exigir a saída do poder do Presidente Adama Barrow, para assim respeitar a sua promessa eleitoral, noticiou a PANA.

Sob a liderança do grupo de pressão “Three Years Jotna (três anos basta)”, os manifestantes pediram a demissão do Presidente Barrow, que prometeu não fazer um mandato de mais de três anos enquanto líder de coligação. Os manifestantes fizeram saber que se agrupariam todos no local designado, em Denton Bridge, onde iriam entregar uma petição a Ebrima Sankareh, porta-voz do Governo, para que a transmita ao Presidente Adama Barrow. A Polícia gambiana autorizou os dirigentes de “Three Years Jotna”, em reconhecimento do direito a manifestar-se.

fonte: jornaldeangola

Total de visualizações de página