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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

A GUINÉ-CONACRY PRESTES A COLHER KARIM WADE.

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Politique

Segundo o jornal Source A, o presidente da Guiné, Alpha Condé, disse a Abdoulaye Wade que seu país está pronto para receber Karim Wade, caso este exilado no Qatar expresse o pedido. Este é um dos resultados da visita do ex-chefe de Estado a Conakry neste final de semana.

Wade fez uma curta estadia na capital guineense a convite de Conde. O objetivo era convencê-lo a parar de chamar os senegaleses para sabotar as eleições presidenciais marcadas para o próximo domingo.

O ex-presidente francês François Hollande participou das discussões. Como o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, que interveio em Paris por telefone.

Está em crêr a Source A, que as discussões não foram fáceis. Wade continuou a exigir o adiamento da eleição presidencial, recusando-se de passagem a aceitar o chamado de Ouattarra.

Este último, conhecido como próximo de Macky Sall, esteve presente em Dakar quando da escolha  deste último para a eleição presidencial.

Uma fonte de jornal disse, no entanto, que "houve progresso desde sábado e que com o acordo de Dakar, um facilitador poderia ser indicado para colocar todos os protagonistas em volta da mesa".

A Source A entende que Dakar enviou dois emissários à Guiné para se juntarem às discussões entre Condé, Holland e Wade. Este último, sublinha o jornal sem dar mais detalhes, foi recebido pelo departamento de protocolo do Ministério dos Negócios Estrangeiros guineense.

No entanto, as propostas das várias partes estão sob consideração, de acordo com uma autoridade guineense que confiou à Source A. Ela informa ainda que o próximo passo dessa mediação é em Abidjan, que será visitada por François Hollande nas próximas hora, de acordo com o jornal diário.

Enquanto isso, Seneweb acolheu de boas fontes que, Wade prometeu a Condé que ele se absteria de fazer declarações inflamadas, pedindo a sabotagem da eleição presidencial de 24 de fevereiro. O ex-chefe de Estado é anunciado sua chegada a Dakar na segunda-feira.

fonte: seneweb.com

ANGOLA: COBARDIA E DESTRUIÇÃO.

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O presidente João Lourenço levantou, dissemo-lo várias vezes, alto (bem alto, embora a altura não seja sinónimo de eficiência e adequação às necessidades), a promessa, ou estratégia, de combate à corrupção. Foi meritório, em tese. Era mesmo isso que todos esperávamos, que todos continuamos a esperar.

Por William Tonet
Mas o grande problema foi, e é, o de a teoria da estratégia nem sempre (foi o caso) se coadunar com a realidade pragmática de um país gerido pelo mesmo partido desde a independência, onde os seus principais responsáveis blindaram, neste caso, a corrupção, tornando-a quase inexpugnável e, dessa forma, afastando todos quantos a queiram combater.
A luta (até lhe podemos chamar guerra) contra a corrupção em Angola está a ser conduzida de uma forma enganosa, deliberadamente ou não, que falseia a realidade e criminaliza todo um Povo que nada tem a ver com ela.
De facto, esta luta protagonizada por João Lourenço dá a sensação de que a corrupção é algo congénito no país quando – como muito bem sabe, até por experiência própria, o próprio Presidente – o seu epicentro esteve, está e parece continuar a estar no MPLA. Apenas e só no MPLA.
O próprio João Lourenço demonstra isso mesmo ao direccionar o combate cerrado contra os seus antigos camaradas, com quem tinha desinteligências. Mas as desinteligências, que se tornaram públicas com a chegada ao Poder, resultam de visões diferentes, antagónicas, quanto à racionalidade e transparência da gestão do país, ou apenas correspondem a mais do mesmo? Isto é, substituir alguns dos poucos que têm muitos milhões, mantendo tudo na mesma para os muitos milhões que hoje, tal como ontem, nada têm?
De facto, se ao longo de 43 anos o MPLA nada mais nos conseguiu dar do que a prova, inequívoca e mensurável, da sua criminosa incompetência, da sua canibalesca forma de alguns roubarem o que a todos devia pertencer, o mal não está no pacífico Povo angolano mas, apenas e só, no partido que nos desgoverna desde 1975, o MPLA.
O problema é o programa do MPLA, que não deve merecer a confiança dos angolanos, se bem que aos mais de 20 milhões de pobres criados pelo MPLA seja difícil pensar sem ser com a barriga. Na verdade, até mesmo para bem do MPLA, um real combate deve levar os eleitores a considerar João Lourenço como líder de uma nova força politica, nova depois da destruição do mal maior do país; o partido do regime, que ora preside, mas não parece orgulhar-se, tal a sujeira em que navega…
Os membros, a maioria dos seus dirigentes, principalmente, a maioria do comité central e do bureau político, são covardes e tal como ontem metem o rabo entre as pernas, diante do líder, ao invés de o criticar nos excessos, mesmo quando está o partido e o país a definhar. Não fossem esses membros autómatos ao serviço, exclusivo e bajulador, de quem está no Poder, e saberiam que um líder sério prefere ser salvo pela crítica do que assassinado pelo elogio.
Mais grave, na actual onda de processos de combate à corrupção com viés político ao invés de jurídico, a PGR surge como uma muleta do Titular do Poder Executivo, que tudo controla e a todos órgãos pode manietar, por deter o poder absoluto. Um presidente não tendo órgãos de contra poder, abeira-se ou navega em barcos da ditadura, logo a salvação do país, reside ou residiria se os demais, principalmente, o órgão legislativo, assumisse o seu verdadeiro papel de fiscalização da actividade do TPE e da Constituição e das leis, mas este, também, está domado e os seus integrantes, pensam mais nas vaidades umbilicais do que no país e nos milhões de pobres.
No actual contexto, ninguém visualiza, no partido no poder, um deputado corajoso e defensor de um verdadeiro programa de combate à corrupção de pendor jurídico ou capaz de apontar caminhos para a lei actuar e a Constituição respeitar. Todos, qual sublime traição ao eleitor, parecem ambicionar, nomeação para qualquer coisa que lhes permita gerir, não a ética, a moral, nos órgãos públicos, não os tostões da dignidade, mas os milhões da perversão e depravação do erário público.
Neste momento, a coragem de João Lourenço não deve ser minimizada, até por conseguir colher simpatia na comunidade internacional de direita, que aplaude líderes dos países subdesenvolvidos submissos aos desígnios das suas organizações financeiras. Estas “oferecem” pacotes de ajuda monetária, que não passam de “algemas” controleiras, para subjugar a economia e poder político dos respectivos países.
Nesta fase de implantação da “agenda lourenciana”, de combate à corrupção, o pecado capital é o de não criando emprego (prometidos 500 mil, na campanha eleitoral), estar a meter “MEDO AO DINHEIRO” e, quando uma liderança age dessa forma, a interpretação geral pode ser ou de cegueira ou de irresponsabilidade política, porquanto o dinheiro, atemorizado, esconde-se, esvai-se, nas profundezas do submundo e, não embarca de nenhum porto ou aeroporto, para o país, salvo para hipnotizar ainda mais o regime, a ser submisso, com as elevadas taxas de juros, que colonizam a soberania dos povos.
Mais grave ainda é quando não se aproveita o potencial financeiro interno, para que este possa alavancar, não só o emprego como a economia, mas se atenta contra quem pode gerar empregos e estabilidade social.
Seria bom o Titular do Poder Executivo controlar muitos dos excessos de combate à corrupção, por violadores da Constituição e das leis, dando-lhes um cariz verdadeiramente jurídico e de abrangência político-partidária, comprometendo os políticos de todos os quadrantes, para fazerem dela (corrupção) um compromisso de engajamento geral, qualquer que seja o regime, visando emprestar a ética e a moral, na função pública.
Finalmente, João Lourenço com coragem ímpar, está a despertar os angolanos a não mais continuarem a apostar e confiar, votando no MPLA, por estarem os autóctones, diante de uma “quadrilha partidária”, que nos governa há 43 anos, com o desplante (segundo o actual líder) de incluir nas listas de deputados, alegadamente, corruptos, ladrões e vilões, com apetência voraz de meter a mão na massa, locupletando dinheiro público.


Por tudo isso e por a corrupção ser sistémica no MPLA, este partido, para higiene intelectual e moral da sociedade, deverá, também, ser levado ao banco dos réus, por inclusão de “gentalha indigna”, que desqualificou os órgãos do poder e afundou o país e a maioria dos 29 milhões de autóctones.
fonte: folha8

ANGOLA: A VINGANÇA SERVE-SE FRIA.

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Em 2010, tanto quanto foi possível apurar (e os valores pecam reconhecidamente por defeito), José Eduardo dos Santos liderava a lista dos angolanos mais ricos, com valores superiores a 100 milhões de dólares. Nessa altura, João Lourenço estava numa “modesta” posição. Era apenas e só o 21º angolano mais rico. Coisa pouca.

Com a devida vénia e com a certeza de ser uma lapidar análise, transcrevemos um artigo de Mia Couto, publicado em 20 de Junho de 2013:
«Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos “ricos”. Aquilo que têm, não detêm. Pior, aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados.
“Novos Ricos angolanos”: São nacionais só na aparência porque estão prontos a serem moleques de estrangeiros.
Necessitariam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por os lançar a eles próprios na cadeia. Necessitariam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.
O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas.
O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade.
As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. O fausto das residências chama grades, vedações electrificadas e guardas privados. Mas por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam.
Coitados dos novos ricos. São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes.
Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam ser sustentadas com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.
Os nossos endinheirados às pressas, não se sentem bem na sua própria pele. Sonham em ser americanos, sul-africanos. Aspiram ser outros, distantes da sua origem, da sua condição. E lá estão eles imitando os outros, assimilando os tiques dos verdadeiros ricos de lugares verdadeiramente ricos.
Mas os nossos candidatos a homens de negócios não são capazes de resolver o mais simples dos dilemas: podem comprar aparências, mas não podem comprar o respeito e o afecto dos outros. Esses outros que os vêem passear-se nos mal explicados luxos. Esses outros que reconhecem neles uma tradução de uma mentira. A nossa elite endinheirada não é uma elite: é uma falsificação, uma imitação apressada.
A luta de libertação nacional guiou-se por um princípio moral: não se pretendia substituir uma elite exploradora por outra, mesmo sendo de uma outra raça. Não se queria uma simples mudança de turno nos opressores. Estamos hoje no limiar de uma decisão: quem faremos jogar no combate pelo desenvolvimento? Serão estes que nos vão representar nesse relvado chamado “a luta pelo progresso”? Os nossos novos ricos(que nem sabem explicar a proveniência dos seus dinheiros) já se tomam a si mesmos como suplentes, ansiosos pelo seu turno na pilhagem do país.
São nacionais mas só na aparência. Porque estão prontos a serem moleques de outros, estrangeiros. Desde que lhes agitem com suficientes atractivos irão vendendo o pouco que nos resta. Alguns dos nossos endinheirados não se afastam muito dos miúdos que pedem para guardar carros.
Os novos candidatos a poderosos pedem para ficar a guardar o país. A comunidade doadora pode ir às compras ou almoçar à vontade que eles ficam a tomar conta da nação. Os nossos ricos dão uma imagem infantil de quem somos. Parecem crianças que entraram numa loja de rebuçados. Derretem-se perante o fascínio de uns bens de ostentação.
Servem-se do erário público como se fosse a sua panela pessoal. Envergonha-nos a sua arrogância, a sua falta de cultura, o seu desprezo pelo povo, a sua atitude elitista para com a pobreza. Como eu sonhava que Moçambique tivesse ricos de riqueza verdadeira e de proveniência limpa! Ricos que gostassem do seu povo e defendessem o seu país. Ricos que criassem riqueza. Que criassem emprego e desenvolvessem a economia. Que respeitassem as/os índios norte-americanos que sobreviveram ao massacre da colonização operaram uma espécie de suicídio póstumo: entregaram-se à bebida até dissolverem a dignidade dos seus antepassados. No nosso caso, o dinheiro pode ser essa fatal bebida.
Uma parte da nossa elite está pronta para realizar esse suicídio histórico.
Que se matem sozinhos. Não nos arrastem a nós e ao país inteiro nesse afundamento.»

Listagem dos angolanos mais ricos

Com as nossas desculpas, ficam de fora os 20 milhões de pobres angolanos que, na sua esmagadora maioria, são gerados com fome, nascem com fome e morrem pouco depois com… fome.
Os 59 angolanos mais ricos de Angola, com mais de 100 milhões de dólares. Os dados são de 2010 e os cargos referidos reportam-se à época:
1 – José Eduardo dos Santos, Presidente da República
2 – Lopo do Nascimento, Deputado
3 – José Leitão, Chefe da Casa Civil de Luanda
4 – Elísio de Figueiredo, Embaixador
5 – João de Matos, General
6 – Higino Carneiro, Ministro das Obras Públicas
7 – Hélder Vieira Dias (Kopelipa), General
8 – António Mosquito, Empresário
9 – Valentim Amões, Empresário
10 – Sebastião Lavrador, Bancário
11 – José Severino, Empresário
12 – Joaquim David, Ministro da Indústria
13 – Manuel Vicente, PCA da Sonangol
14 – Abílio Sianga, Administrador da Sonangol
15 – Mário Palhares, PCA do BAI
16 – Aguinaldo Jaime, Ministro Adjunto do primeiro-ministro
17 – França Ndalu, General da Reserva
18 – Amaro Taty, Governador do Bié
19 – Noé Baltazar, Director Delegado da ASCORP
20 – Desidério Costa, Ministro dos Petróleos
Com mais de 50 milhões e menos de 100 milhões de dólares:


21 – João Lourenço, Secretário-Geral do MPLA
22 – Isaac dos Anjos, Embaixador
23 – Faustino Muteka, Ministro da Administração do Território
24 – António Vandúnem, Secretário do Conselho de Ministros
25 – Dumilde Rangel, Governador de Benguela
26 – Salomão Xirimbimbi, Ministro das Pescas
27 – Fátima Jardim, Ex-Ministra das Pescas
28 – Dino Matross, 1° Vice-Presidente da Assembleia Nacional
29 – Álvaro Carneiro, Ex-Director Adjunto da Endiama
30 – Flávio Fernandes, Ex-PCA da Multiperfil
31 – Fernando Miala, Ex-Director dos Serviços de Segurança do Estado
32 – Armindo César, Empresário
33 – Ramos da Cruz, Governador da Huila
34 – Gomes Maiato, Governador da Lunda-Norte
35 – João E. dos Santos, Governador do Moxico
36 – Gonçalves Muandumba, Governador da Lunda-Sul
37 – Aníbal Rocha, Governador de Cabinda
38 – Ludy Kissassunda, Governador do Zaire
39 – Luiz Paulino dos Santos, Ex-Governador do Bié
40 – Paulo Kassoma, Governador do Huambo
41 – Rui Santos, Empresário
42 – Mário António, Membro do BP do MPLA e ADM da GEFI
43 – Silva Neto, Ex-Administrador da Sonangol Distribuidora
44 – Júlio Bessa, Ex-Ministro das Finanças
45 – Paixão Franco, Presidente do FDES
46 – Mello Xavier, Deputado e Empresário
47 – Kundi Payhama, Ex-Ministro da Defesa
48 – Ismael Diogo, Presidente da FESA
49 – Maria Mambo Café, Membro do BP do MPLA
50 – Augusto Tomás, Deputado
51 – Generoso de Almeida, PCA DO BCI
52 – Luiz Faceira, General
53 – Cirilo de Sá, General
54 – Adolfo Razoilo, General
55 – Gilberto Lutukuta, Ministro da Agricultura
56 – Simão Júnior, Empresário (Grupo Chamavo e Gema)
57 – Carlos Feijó, Assessor da Presidência da República
58 – Armando da Cruz Neto, Chefe do Estado-Maior das FAA
59 – Fernando Borges, Empresário.
fonte: folha8

ANGOLA: MÉDICOS QUEREM OS GOVERNANTES TRATADOS NOS NOSSOS HOSPITAIS.

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Mais de cem médicos angolanos (segundo as contas do comité da especialidade do MPLA não eram mais do que dez) marcharam hoje em Luanda para exigir coisas impossíveis num país pobre como o nosso. Não é que tiveram a lata de exigir melhores condições de trabalho e de pedir aos governantes que “experimentem” fazer as consultas nos hospitais públicos de Angola.

Os médicos exigiram também a colocação de 1.500 colegas que se encontram no desemprego, no meio de cartazes com frases como “governantes façam consultas nos hospitais públicos”, “exigimos boas condições de trabalho e de vida”, “respeito e dignidade da classe”, “PGR faça auditoria do concurso 2018 do Ministério da Saúde” ou “se somos mais de 800 burros, encerrem as faculdades de medicina do país”.
O presidente do Sindicato dos Médicos de Angola, Adriano Manuel, disse aos jornalistas que este é o primeiro momento de um grupo de acções que vão levar a cabo nos próximos dias se, é claro, não forem baixadas ordens superiores a dizer que estes médicos o que querem é fazer um golpe de Estado e atentar contra a segurança do reino.
Segundo o sindicalista, que manifestou disponibilidade para dialogar com a tutela, depois da marcha, “realizada apenas para demonstrar que a classe médica está unida”, os médicos vão aguardar até 2 de Março que o Governo manifeste vontade para negociar.
Se o Titular do Poder Executivo (João Lourenço) não manifestar vontade de negociar, poderão sempre recorrer ao Presidente do MPLA (João Lourenço) ou mesmo ao Presidente da República (João Lourenço).
“Se isso não acontecer, no dia 2 de Março vamos voltar a sentar [o sindicato] e vamos solicitar aos colegas que escolham a decisão a tomar em função do silêncio do Governo. Se houver silêncio, de certeza absoluta que vamos decretar, nesse dia, uma greve”, avisou Adriano Manuel.
Em Novembro de 2018, os médicos realizaram uma greve de três dias, que a entidade patronal considerou ilegal. Aliás, como nos 38 anos de governo de José Eduardo dos Santos, tudo o que seja contra os interesses instalados pelo MPLA e em benefício do MPLA é… ilegal.
Adriano Manuel realçou que o objectivo é que todos os médicos desempregados sejam colocados, “porque os que se encontram em exercício estão sobrecarregados, porque há um elevado índice de mortalidade nos hospitais e uma falta de profissionais na periferia”.
“Não conseguimos entender como é que temos médicos desempregados. Mas, em contrapartida, querem mandar vir médicos estrangeiros. Isto é inconcebível, não pode acontecer. Queremos que os nossos colegas entrem. Se entrarem, vamos diminuir o afluxo de doentes nos hospitais terciários e, dessa forma, minimizar o elevado índice de mortalidade que temos nos nossos hospitais”, frisou.
Sobre o polémico concurso de admissão de novos médicos, realizado em 2018, para o preenchimento de 1.703 vagas, no qual 825 foram considerados não aptos, o sindicato é de opinião que todos devem entrar para o sistema de saúde.
“Isto não é verdade, muitos dos colegas que reprovaram são médicos que já operam. Alguns deles já são especialistas e que operam nos grandes hospitais, fazem grandes cirurgias, como nos hospitais do Prenda, nas maternidades”, disse o médico.
Para Adriano Manuel, os exames feitos no concurso não servem para avaliar a competência de um médico, tendo em conta que 50% dos testes passaram por questões relacionadas com cultura geral.
“A ministra fez isso propositadamente. Só queremos saber se há dinheiro ou não para colocar os nossos colegas, porque são esses que até hoje continuam a garantir os serviços em Cabinda, Lubango, Malanje, são esses colegas que reprovaram”, lamentou.
Na segunda-feira, o sindicato vai divulgar uma carta aberta dirigida ao Presidente João Lourenço (certamente com cópia ao Presidente do MPLA e ao Titular do Poder Executivo), havendo ainda a intenção de marcar um encontro com o chefe de Estado.
“Queremos pedir uma audiência ao Presidente da República para conversar connosco, porque as informações que lhe chegam não são reais. Vamos informar o Presidente da República do que é que verdadeiramente chega aos nossos hospitais. Antes da próxima iniciativa queremos conversar com o Presidente”, referiu.
Sobre a actual situação, Sérgio Romero, médico há quase 50 anos, disse que se vem degradando ao longo do tempo.
“Este processo chegou a este ponto pela falta de valorização da classe médica, pela falta do direito à dignidade, pela falta de respeito pela qualificação dos médicos, pela falta de poder de interpretação dos valores que acompanham qualquer profissional em torno da sua tabela salarial”, sintetizou.
Sérgio Romero considerou que a situação se agrava com o assunto dos 1.500 médicos que, depois de formados, aguardam pela sua entrada como funcionários do Ministério da Saúde.
“São como que rechaçados”, denunciou.


Folha 8 com Lusa

Nigéria: Adiamento das eleições pode ter custos milionários.

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Custos do adiamento das presidenciais e legislativas inicialmente previstas para este sábado podem chegar aos milhares de milhões de dólares, dizem economistas. Nigerianos mostram-se desiludidos com a decisão.
fonte: DW África
Nigeria - Wahlkampf (Getty Images/AFP/L. Tato)
Os nigerianos que ficaram surpreendidos quando as eleições presidenciais foram adiadas, este sábado, poderão sofrer um segundo choque quando souberem quanto custou esta decisão, dizem economistas e empresários.
"O custo económico do adiamento das eleições é imenso", diz Muda Yusuf, diretor-geral da Câmara do Comércio e Indústria de Lagos, que avança uma estimativa de 1,5 mil milhões de dólares.
"A economia estava parcialmente paralisada no dia anterior e completamente parada no sábado, para as eleições" que não tiveram lugar, explica.
As ruas de Lagos continuavam vazias na manhã deste domingo, numa altura em que a capital económica de 20 milhões de habitantes recupera da desilusão e raiva causadas pelo adiamento de uma semana anunciado à última hora, por motivos de logística.
A Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) anunciou o adiamento apenas algumas horas antes da abertura das mesas de voto para eleger o chefe de Estado e os membros do Parlamento da nação mais populosa de África.
A CENI justificou com problemas na distribuição dos boletins de voto e listas eleitorais, bem como sabotagem, após três incêndios em escritórios do organismo no espaço de duas semanas.
As eleições estão agora marcadas para 23 de fevereiro, mas muitos eleitores que viajaram para votar este sábado nas suas regiões de origem afirmam que não podem esperar mais sete dias e alertam para um possível aumento da abstenção.
Solidariedade não chega
Os principais candidatos, o Presidente cessante Muhammadu Buhari e o seu rival Abubakar Atiku apelaram à calma, mas a população de 190 milhões de pessoas fustigadas pelo desemprego e pela pobreza extrema sofreram um duro golpe financeiro com a decisão.
Para muitos, o custo de abandonar as cidades onde trabalham para irem votar nas suas regiões de origem é significativamente alto.
Nas redes sociais, os utilizadores mobilizaram-se  para recolher donativos para vendedores de rua que compraram produtos perecíveis para vender aos eleitores, que normalmente enfrentam longas esperas nas filas para votar. No entanto, o montante recolhido não deverá fazer muita diferença para as dezenas de milhares de pessoas que vivem com menos de 1,9 dólares por dia.
Muitos negócios, incluindo o importante porto de Lagos, tinham encerrado na sexta-feira para que os funcionários pudessem deixar a cidade na véspera de um recolher obrigatório relacionado com as eleições que entraria em vigor no sábado, a partir das 8 horas da manhã. Aeroportos e postos fronteiriços tinham também cessado operações.
Para o economista Bismark Rewane, no entanto, "o custo mais importante é o reputacional".
"A confiança dos investidores será afetada" e, a longo prazo, quando os custos indiretos forem avaliados, o adiamento poderá custar o equivalente a dois pontos percentuais do Produto Interno Bruto, entre 9 a 10 mil milhões de dólares, frisa o especialista.

Dívidas ocultas: Prisão preventiva para sete arguidos em Moçambique.

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Sete dos oito detidos que compareceram este sábado perante o Tribunal Judicial de Maputo, no âmbito do caso das dívidas ocultas, ficam em prisão preventiva. Ndambi Guebuza deverá ser o próximo a ser ouvido em tribunal.
fonte: DW África
Symbolbild Korruption Handschellen auf US Dollar (Fotolia/ia_64)
As audições perante o juiz de instrução no Tribunal Judicial de Maputo, no âmbito da investigação às dívidas ocultas, prolongaram-se por 12 horas, este sábado (16.02), com o acesso vedado aos jornalistas. No final da sessão, nenhum dos advogados de defesa dos oito arguidos aceitou prestar declarações à imprensa.
A DW África apurou de fonte ligada ao processo que o Tribunal decidiu conceder liberdade provisória a Elias Moiane, mediante o pagamento de uma caução de um milhão de meticais, o equivalente a 14 mil euros.
Ainda não é público o nível de participação de Elias Moiane, sobrinho de Inês Moiane, antiga secretária particular de Armando Guebuza, Presidente da República durante o período da contração das dívidas ilegais que lesaram o Estado moçambicano em mais de dois mil milhões de dólares.
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Dívidas ocultas: Prisão preventiva para sete arguidos

Tal como Inês Moiane, o Tribunal legalizou a prisão preventiva do administrador delegado das três empresas envolvidas nestes empréstimos, António do Rosário, do ex-Director do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), Gregório Leão, e de Bruno Tandade, operativo daquele serviço da secreta moçambicana.
O grupo inclui Teófilo Nhangumele, que teria desenhado o projeto que resultou no desfalque do Estado moçambicano.
Mais detenções nos próximos dias?
O número de detenções em Moçambique, no âmbito da investigação às dívidas ocultas  elevou-se este sábado a nove com a detenção de Ndambi Guebuza, filho de Armando Guebuza. Ndambi Guebuza deverá comparecer perante um juiz dentro de 48 horas para a legalização da sua detenção.
Kombibild - Manuel Chang und Armando Guebuza
Manuel Chang e Armando Guebuza
Fontes ligadas ao caso admitem que novas detenções aconteçam nos próximos dias, ao mesmo tempo em que decorre a apreensão de vários bens. A Procuradoria-Geral da República divulgou em janeiro que 18 arguidos estavam a ser investigados num processo aberto por aquela instituição em 2015 relacionado com as dívidas ocultas.
As nove detenções efetuadas nos últimos três dias são as primeiras feitas pela justiça moçambicana após três anos e meio de investigação e aconteceram depois de a justiça norte-americana ter mandado prender Manuel Chang, antigo ministro das Finanças de Moçambique, detido a 29 de dezembro, quando viajava pela África do Sul.
A acusação norte-americana afirma estar na posse de correspondência e documentos que a levam a concluir que três empresas públicas moçambicanas de pesca e segurança marítima terão servido para um esquema de corrupção e branqueamento de capitais com vista ao enriquecimento de vários suspeitos, passando por contas bancárias dos Estados Unidos.
As justiças norte americana e moçambicana solicitaram já a extradição de Manuel Chang, estando a análise destes pedidos pelas autoridades sul africanas marcada para uma sessão no próximo dia 26.
Chang viu na última sexta feira (08.02) rejeitado um pedido de liberdade provisória por decisão do tribunal de Kempton Park em Joanesburgo na África do Sul.

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