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domingo, 4 de outubro de 2015

Burkina Faso: O Líder do golpe foi entregue à Justiça

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Fotografia: AFP

O general Gilbert Diendéré, autor do golpe fracassado de 17 de Setembro, entregou-se quinta-feira às autoridades e encontra-se num acampamento da Polícia de Ouagadougou, que confirmou o fim da crise que abalou o Burkina Faso.

Diendéré tinha prometido repetidamente que ia colocar-se à disposição da Justiça, segundo a agência France presse. Assim, ele deixou na quinta-feira a residência do Núncio Apostólico (embaixador do Vaticano), onde se refugiara terça-feira, pouco antes do ataque ao quartel onde estavam escondidos os últimos elementos da unidade golpista do Regimento de Segurança Presidencial (RSP).

Após dois dias de negociações, Diendéré, um general muito próximo do ex-Presidente Blaise Campaore, concordou em ser levado para o acampamento da Polícia de Paspanga, perto do centro da cidade e depende agora da Justiça militar.

“O general Diendéré e os seus cúmplices vão responder  por todas as suas supostas ofensas”, anunciou num comunicado do Governo, precisando que a “comissão de inquérito” em todo o golpe foi “difícil trabalhar”.

Foto: General Diendéré

Uma outra figura do golpe, o tenente-coronel Mamadou Bamba, que tinha lido o comunicado dos golpistas na televisão, também se entregou , e no dia anterior seis oficiais que participaram no golpe foram presos.  Mahamadou Djeri Maïga, o vice-presidente de uma rebelião Tuaregue activa no norte do Mali, o MNLA, foi detido na quinta-feira no aeroporto de Ouagadougou. O Governo acusou os golpistas de mobilizar  forças estrangeiras e  grupos rebeldes estrangeiros. Para Guy Hervé Kam, da organização da sociedade civil Balai Citoyen, a rendição do general Diendéré representa “uma abertura para a Justiça que pode julgar crimes cometidos durante o golpe de Estado, mas também aqueles em que o general podia estar envolvido” no Governo de  Blaise Compaoré.

“Isso abre o caminho para as eleições que põem fim à transição. A resistência mostrou um senso colectivo de defesa da democracia no Burkina Faso”, acrescentou o porta-voz do Balai Citoyen, que tinha desempenhado um papel importante na queda de Compaoré, após 27 anos no poder em Outubro de 2014. Nas ruas, o anúncio da prisão foi recebido com  euforia: “Estou muito feliz agora, têm que trazer (Diendéré) para o local da Revolução para que as famílias das suas vítimas possam dizer uma palavra”, disse Omar, vendedor de 24 anos. As violências que se seguiram ao golpe de Estado provocaram 11 mortos e 271 feridos, segundo o balanço oficial.

O general Diendéré assumiu as rédeas do poder no Burkina Faso a 17 de Setembro depois da tomada de reféns do presidente e ministros de transição pelo RSP. Ele entregou o poder ao Presidente Michel Kafando a 23 de Setembro, depois da admissão de fracasso do golpe contra a forte mobilização popular. Do lado do RSP, dissolvido a 25 de Setembro, pelo menos 800 a 900 dos 1300 homens desta unidade de elite já se juntaram a sua nova unidade, segundo uma fonte do estado-maior. No entanto, um importante dispositivo militar permanece implantado em algumas partes da capital, e o recolher obrigatório das (23h00 às 05h30) ainda está em vigor. Na quarta-feira, o presidente Kafando tinha afirmado que uma “página foi virada” e prometeu fixar uma nova data das eleições, após consulta com todas as partes.

Inicialmente prevista para  11 de Outubro, as eleições presidenciais e legislativas iria acabar a transição que se seguiu à insurreição de Outubro de 2014. As eleições podem ocorrer no início de Dezembro.


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Samuel

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