O IMPASSE político foi quebrado na Guiné-Bissau e o país já tem Governo, sob a chefia do Primeiro-Ministro Carlos Correia, dois meses depois do Presidente da República, José Mário Vaz, ter demitido o Executivo liderado por Domingos Simões Pereira. O novo Executivo tomou posse ontem (13).
Um decreto presidencial anunciou, na noite de segunda-feira (12), quase madrugada de ontem (13) em Maputo, a formação de um novo Governo, após vários dias de impasse entre o chefe do Estado, o Primeiro-Ministro e o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições legislativas de 2014.
O decreto foi divulgado no final de uma maratona negocial, com forte envolvimento de representantes da comunidade internacional, entre o antigo Presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, mediador da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
A nova equipa governamental comporta 15 ministros e 14 secretários de Estado, além do Primeiro-Ministro Carlos Correia, nomeado a 17 de Setembro pelo Presidente Mário Vaz.
Os novos ministros são, na sua maioria, da equipa dissolvida em Agosto e membros do PAIGC.
A sociedade civil assim como duas formações da oposição - o Partido da Convergência Democrática (PCD) e a União para a Mudança (UM) - estão representados no novo Executivo.
A principal força da oposição, o Partido de Renovação Social (PRS) declinou a oferta de participação na nova equipa governamental.
Dois ministérios-chave estão confiados à mulheres. Adiatu Nandigna (PAIGC) é ministra da Defesa Nacional e Aida Injai Fernandes (sociedade civil) da Justiça. Artur Silva (PAIGC), que foi ministro em diferentes Governos bissau-guineenses, é o novo titular dos Negócios Nstrangeiros. Cadi Seidi Mané (sociedade civil), ministra da Defesa no Governo de Simões Pereira, transitou para Saúde. Gerardo Martins (PCD) foi reconduzido como ministro da Economia e Finanças.
Por designar estão ainda os ministros da Administração Interna e Recursos Naturais, na sequência de um desacordo entre Correia e Vaz sobre a escolha dos nomes. Assim, as duas pastas serão assumidas interinamente pelo chefe do Governo.
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Samuel