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terça-feira, 19 de abril de 2011

Calemas fustigam litoral de Cabinda.

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Dezenas de casas construídas em zonas de risco no litoral de Cabinda foram destruídas pelas calemas que fustigam a região.
Fotografia: António Soares| Cabinda
Há mais de quatro dias que a região litoral sul da cidade de Cabinda é fustigada por fortes calemas, que destruíram 50 casas e muitas famílias perderam todos os seus haveres.
Moradores da zona do Luvassa Sul deram conta ao nosso jornal da destruição de meia centena de casas que se encontravam a menos de um metro das águas do mar, o que provocou o desalojamento de muitas famílias e a destruição dos seus bens.
No local era visível o desalento das pessoas, que disseram à nossa reportagem que a fúria do mar é mais evidente no período das 12 às 15horas e da meia-noite às seis da manhã.  
Henrique Manuel, um dos moradores afectados, disse que há 14 anos, quando ali se instalou, a situação era totalmente segura, porque o mar se encontrava a mais de 80 metros de distância das casas.  
Explicou que nos últimos três anos, o mar começou a avançar de forma galopante até se encostar a menos de cinco metros das casas, o que provoca danos consideráveis quando se registam calemas, as águas do mar invadem as suas casas. "Não temos para onde ir. Sairmos daqui e arrendarmos casa é muito complicado", disse Henrique Manuel.
Os moradores da zona não sabem para onde ir já que não dispõem de meios financeiros para arrendar casas noutras áreas mais seguras. Já foi criada uma comissão para tratar com a Administração Municipal os principais problemas. O administrador Francisco Tando nomeou uma comissão para avaliar os danos causados pelas calemas. "Quando viemos para cá não tínhamos dinheiro para comprar terrenos noutros lugares", disse Fernando Kuimbi, que já vive há 14 anos na área.
O capitão do Porto de Cabinda, João Louro, disse que Cabinda é uma região que regista fortes calemas, mas reconheceu que este ano o fenómeno ultrapassou as previsões: "este ano passou tudo aquilo que conhecíamos. Lamentamos o que vimos na zona do Luvassa Sul, onde calemas invadiram casas e deixaram muitas famílias sem casas".
O capitão do porto de Cabinda revelou que 30 casas ficaram destruídas e muitos haveres danificados. "Neste momento estamos a fazer um trabalho preliminar sobre o assunto para confirmarmos quantas famílias ficaram lesadas e quantas casas é que foram destruídas".
João Louro referiu que as populações continuam a construir em zonas consideradas de risco sem autorização das autoridades competentes. Explicou que o Decreto Presidencial nº 04 /2001, de 2 de Fevereiro, delimita uma extensão de 500 metros como zona da responsabilidade da Capitania. Por força dessa norma, foram criadas áreas de reserva sob domínio público marítimo, na qual ninguém pode erguer casas, mas que as pessoas desrespeitam sem avaliarem os riscos que correm. 

Fonte:  www.jornaldeangola.sapo.ao

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Samuel

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