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domingo, 23 de julho de 2023
Nova Constituição entra em vigor no Mali com protestos da oposição e de líderes cívicos.
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Líder da Junta Militar que governa o Mali, coronel Assimi Goita, vota no referendo da nova Constituição, Mali, 18 Junho 2023
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O líder da Junta Militar que governa o Mali apresentou a nova Constituição do país, dando origem a uma onda de protestos da oposição política e líderes cívicos.
As autoridades disseram que 97 por cento dos cidadãos que votaram no referendo realizado em Junho aprovaram a nova lei magna do país, a participação popular foi estimada em 38 por cento.
A nova Constituição entrou em vigor neste sábado, 22, ao ser promulgada pelo coronel Assimi Goita, chefe da Junta Militar no poder desde 2020.
Várias petições apresentadas ao Tribunal Constitucional foram rejeitadas, incluindo uma que pediu a anulação do referendo por não ter sido realizado em todo o país.
Movimentos cívicos voltaram a criticar a forma como o tribunal lidou com "as petições relevantes e bem fundamentadas dos seus membros, chegando ao ponto de ignorar as provas apresentadas".
A coligação da oposição, que reúne partidos políticos e organizações da sociedade civil, denunciou a validação do voto do referendo "apesar das inúmeras irregularidades, violações da lei e ausência de votação em vários pontos do país".
Ismael Sacko, chefe do Partido Social Democrata, que foi dissolvido pela Junta em meados de Junho, condenou o que chamou de "uma conspiração contra a democracia" e pediu ao sistema judicial "para agir em conjunto".
Os opositores do plano acreditam que a votação foi projetada para manter os coronéis no poder além da eleição presidencial marcada para Fevereiro de 2024, apesar do compromisso inicial de devolver o poder aos civis após aquela data
A nova Constituição fortalece o papel do Presidente, uma mudança que gerou expectativas de que Goita pretenda disputar o cargo.
As Forças Armadas também ganharam espaço e poder na nova lei.
fonte: VOA
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Samuel