Postagem em destaque

EXPULSÃO DE TRÊS DIPLOMATAS FRANCESES DO BURKINA: A espessa nuvem entre Ouaga e Paris não está pronta para se dissipar.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Este é um novo arrepio nas relações já bastante geladas entre o Burk...

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

70 anos do desembarque na Provence: África, finalmente, no centro das atenções!

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Ela foi a grande ausência nas cerimónias comemorativas do 70 º aniversário da Operação Overlord. E bem, a África tem a sua "revanche". Com efeito, por ocasião do 70 º aniversário de outra operação estratégica das tropas aliadas, conhecida como Anvil-Dragoon, a África está definitivamente lá. Porque não foram apenas os quarenta veteranos que representam os 173 mil soldados que a África tinha fornecido no quadro desse desembarque nas margens da região de Provence; mas também, ao lado de François Hollande e a bordo do porta-aviões Charles De Gaulle, nós teremos uma dúzia de chefes de estado africanos.


O desembarque em Provence simboliza o sacrifício que a África consentiu na vitória dos Aliados contra os soldados do Terceiro Reich. Com efeito, para alimentar esta frente aberta dois meses após a Normandia, o papel da África era mais do que importante. Como parte dos preparativos para a aterrissagem, África em geral e Norte da África, em particular, têm sido uma base de retaguarda estratégica. Além disso, além de 173 mil soldados autenticamente africanos que participaram no desembarque, outros soldados do Exército B, sob o comando do General de Lattre de Tassigny eram em sua maioria de África do Norte francesa. Embora seja verdade que o desembarque em Provence não é compatível com a da Normandia, ele ajudou a dispersar o inimigo e provavelmente acelerou a derrota alemã. 

A 'Revanche' de Hollande 
Muitas razões pelas quais a França põe a África no coração da celebração desta sexta-feira. 40 veteranos vieiram do continente, dos quais uma dúzia chegaram de Argel, são convidados a tomar parte nas cerimônias. Alguns vão mesmo ser condecorados pelo chefe de Estado francês. Além da presença destes veteranos, a África será representada por uma dezena de seus líderes, entre eles Macky Sall, Alassane Ouattara, Idriss Deby, Mahamadou Issoufou, Ibrahim Boubacar Keita, Faure Gnassingbé, Paul Biya, Thomas Boni Yayi e Blaise Compaoré. Já fortemente criticado por ter ido na semana passada a Washington, quando seu país enfrenta uma crise sem precedentes de Ebola, Alpha Conde, definitivamente, queria manter um perfil baixo. Precisamente, um dia depois da cúpula que viu Barack Obama sendo cercado por mais de quarenta líderes africanos, esta comemoração oferece a François Hollande a oportunidade de aplicar sua pequena "vingança". 

Uma sombra no quadro! 
Uma única sombra anotada. É a ausência de líderes do Magrebe que pagaram o preço mais alto para esse desembarque. Mas o contexto sócio-político no qual esse aniversário é comemorado fez com não ficasse evidente que os líderes desta parte do continente estarão na recepção de Toulon nesta sexta-feira. Abdoulazziz Bouteflika já está em um estado de saúde que não lhe permite tomar parte. Na Tunísia, é um pouco confuso, desde a queda de Ben Ali. Enquanto do lado de Marrocos, algumas disputas diplomáticas com Paris fizeram com que não fosse possível esperar nas comemorações a vinda do rei Mohamed VI. 

Boubacar Barry para Sanso GuineeConakry.info



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sempre bem vindo desde que contribua para melhorar este trabalho que é de todos nós.

Um abraço!

Samuel

Total de visualizações de página