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domingo, 22 de março de 2015

Angola; Cuando Cubango - FAPLA aniquilaram Apartheid.

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Foto: http://www.tsf.pt/

Cuito Cuanavale - A história da sangrenta, violenta e decisiva Batalha do Cuito Cuanavale, entre as Ex-FAPLA e o Exército Sul-africano, há muito terá deixado de suscitar dúvidas sobre o desfecho.



(Por Elias Tumba)
 
Era o longínquo 1988, há exactamente 27 anos, quando o mundo assistiu a mais pesada derrota das forças militares do Apartheid, a Sul do Sahara.
 
O tempo passou e com ele esfumou-se uma guerra cujo desfecho honrou a tenacidade dos angolanos, abrindo portas para a independência da Namíbia.
 
A derrota militar dos temidos e bem preparados invasores sul-africanos e seus aliados, a 23 de Março de 1988, simbolizou a queda do Apartheid, um dos mais cruéis regimes do mundo.
 
As marcas do violento combate, que evidenciou a supremacia da ex-FAPLA sobre as forças racistas de Pretória continuam cravadas em várias zonas nas densas matas do Cuito Cuanavale.
 
As memórias revelam-se por largas décadas. Tanques de guerra sofisticados, abandonados pelo inimigo nos combates, comprovam esse desfecho.
 
O Triângulo do Tumpo é o ponto mais expressivo desse duro confronto, como relatou à imprensa o general da então 25ª Brigada, António Valeriano.
 
Comunicação social foi decisiva
 
O oficial e o seu batalhão foram determinantes na vitória contra o Regime Militar Sul-africano.
 
Eles e outros milhares de combatentes vergaram um poderio que parecia imbatível. Lutaram contra tudo: Mig 23, Lança Mísseis, Tanques, Carros de Combate Anfíbio e Taques sul-africano Olifant.
 
"O pessoal estava psicologicamente preparado. Tratou-se de uma acção conjunta, não só das forças. Aproveito destacar a comunicação social que jogou um papel determinante", explicou.
 
Segundo o oficial, em "Janeiro as forças sul-africanas e da UNITA haviam anunciado
a retomada do Cuito Cuanavale, algo que só foi desmentido depois do trabalho da imprensa.
 
"Foi muito difícil. Eles tinham uma comunicação muito organizada e isso só foi comprovado quando a nossa comunicação social veio cá visitar as tropas e confirmou que as unidades das FAPLA estavam intactas e preparadas para o último combate", revelou.
 
Reconheceu que as tropas nacionalistas das FAPLA foram aprendendo com outros combates e o desfecho da batalha final deveu-se à experiência obtida nessas acções.
 
"Havia necessidade de se dar o golpe final", disse, acrescentando que as FAPLA travaram o exército Sul-Africano na área do Tumpo, onde a sua unidade estava confinada".
 
Explicou que a defesa do Tumpo foi preparada durante dois meses, mas o inimigo desconhecia esse importante elemento.
 
"Quando as nossas unidades lançaram-se à ofensiva, na profundidade, já o comando superior estava a pensar onde haveria de derrotar o inimigo. Eles pensaram que a retirada das unidades em operação fosse uma retirada desorganizada", esclareceu.
 
Quem também viveu e sentiu na pele as peripécias dessa Batalha foi o cidadão Carlos Queda. O soldado era especialista em minar terrenos e com isso ajudou a 25ª Brigada na ofensiva final.
 
As suas memórias do confronto são várias.
 
Ele confessa que perdeu muitos companheiros na Guerra do Cuito Cuanavale e a vitória das Ex-FAPLA exigiu coragem e determinação.
 
"Eu era do 2º Batalhão da 25ª Brigada, do Comandante 14. Era infanteiro, fui atirador de RPK e posteriormente mereci de uma reciclagem de engenharia na brigada para ser sapador de minas", lembrou.
 
Ele disse que os combates eram intensos e as tropas tinham de resistir a ofensivas tremendas do inimigo sul-africano.
 
"Dentro dessas acções combativas, os sul-africanos, comandos búfalos, todos os dias faziam ataques contra nós, de manha e de tarde; flagelamentos por cima", lembra.
 
Apesar desse cenário, ele resistiu à dureza da guerra e as condições adversas do clima.
As suas lágrimas e feridas "ficaram" nas matas da histórica Batalha do Cuito Cuanavale, mas da sua mente não quer arrancar uma realidade que o anima por 27 anos: a vitória sangrenta.
#portalangop.co.ao

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Samuel

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