A taxa de analfabetismo em Angola baixou de 85 para 27 por cento, nos últimos 40 anos, afirmou em Luanda o ministro da Educação, Pinda Simão, num acto de celebração do Dia Internacional da Alfabetização, celebrado ontem.
Pinda Simão Ministro da Educação (Foto: Antonio Escrivao)
O ministro da Educação disse que a revitalização, em 2012, do Plano Estratégico de Alfabetização deu um novo impulso ao processo, elevando para mais de dois milhões o número de adultos alfabetizados em todo o país.
A Campanha Nacional de Alfabetização foi lançada em 1976, meses depois da Independência Nacional, pelo primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, numa altura em que mais de 85 por cento da população do país era iletrada.
A alfabetização é um instrumento de promoção do desenvolvimento sustentável, mas é sobretudo um direito fundamental do cidadão, sublinhou o ministro da Educação.
Dos mais de 527 mil alfabetizandos inscritos no ano passado, mais de 400 mil tiveram um bom aproveitamento. As actividades alusivas ao Dia Internacional da Alfabetização foram assinaladas sob o lema “Alfabetização e Sociedade Sustentáveis”.
Mensagem da UNESCO
A directora-geral da UNESCO, Irina Bokova, disse, numa mensagem tornada pública ontem, esperar que a promoção da alfabetização permaneça no centro da nova agenda para a educação e desenvolvimento para os próximos 15 anos.
Na mensagem, produzida por ocasião do 8 de Setembro, Dia Internacional da Alfabetização, assinalado ontem, Irina Bokova insistiu na necessidade de se erguer a bandeira da alfabetização como um direito humano, uma força para a dignidade humana e uma base para sociedades coesas e para o desenvolvimento sustentável.
“Esta mensagem é especialmente vital este ano, porque os Estados vão adoptar uma nova agenda para a educação e desenvolvimento para os próximos 15 anos”, lê-se na mensagem sobre o Dia Internacional da Alfabetização, instituído pela ONU em 1967.
Na opinião de Irina Bokova, ao capacitar homens e mulheres, a alfabetização ajuda no avanço para um desenvolvimento sustentável, para a melhoria dos cuidados de saúde e segurança alimentar, para a erradicação da pobreza e a promoção do trabalho digno.
Embora tenha reconhecido a existência de progressos no combate ao analfabetismo no mundo desde 2000, a responsável pela UNESCO declarou que ainda permanecem desafios enormes. Hoje, salienta Irina Bokova, a 757 milhões de adultos, dos quais dois terços são mulheres, ainda faltam competências básicas de alfabetização. O número de crianças e de adolescentes fora da escola está em ascensão – 124 milhões em todo o mundo -, enquanto a 250 milhões de crianças do ensino primário estão a faltar as competências de alfabetização básica.
“Nós não podemos permitir que esta situação continue”, salienta a directora-geral da UNESCO, para quem a alfabetização é essencial para que seja atingida a meta de desenvolvimento sustentável, proposta para promover uma “educação inclusiva e equitativa de qualidade e uma aprendizagem ao longo da vida para todos”.
Na visão da ONU, aprender a ler e a escrever está directamente relacionado com o desenvolvimento de um país. Quanto mais pessoas analfabetas, menor é o índice de desenvolvimento. Por esse motivo, nas últimas décadas vários países têm assumido o compromisso de combater o analfabetismo. Actualmente, a alfabetização atinge cerca de 84 por cento da população mundial. (jornaldeangola.ao)
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Samuel