fonte: DW África
Confrontos em Joanesburgo a 2 de setembro.
O Presidente Cyril Ramaphosa enviou uma missão à Nigéria,
Níger, Gana, Senegal, Tanzânia, República Democrática do Congo e Zâmbia para
entregar mensagens de solidariedade devido à vaga de violência xenófoba no
país.
A missão, composta pelo ex-ministro da energia Jeff Radebe,
o embaixador Kingsley Mmabolo e o veterano do partido no poder Khulu Mbatha,
visitará a Nigéria, o Níger, o Gana, o Senegal, a Tanzânia, a República
Democrática do Congo e a Zâmbia, refere a presidência sul-africana em
comunicado divulgado hoje na página oficial de internet.
Moçambique e Portugal, cujas diásporas na África do Sul
foram também afetadas pela violência xenófoba, não são mencionados no
comunicado presidencial como parte do itinerário dos enviados especiais
nomeados pelo chefe de Estado sul-africano.
O comunicado adianta que os enviados especiais partiram da
África do Sul no sábado "para entregar mensagens de solidariedade a vários
Chefes de Estado e de Governo em África".
Tranquilizar e informar
De acordo com o comunicado, os enviados são portadores de
uma mensagem do Presidente Ramaphosa "sobre os incidentes de violência
contra imigrantes estrangeiros na África do Sul, que se manifestaram em ataques
a estrangeiros e na destruição de propriedades".
"Os enviados especiais têm a tarefa de tranquilizar os
países africanos de que a África do Sul está comprometida com os ideais de
unidade e solidariedade pan-africanas. Os enviados especiais vão também
reafirmar o compromisso da África do Sul com a Lei e Ordem", salienta a
nota.
A Presidência da República sul-africana refere ainda que
"os enviados especiais têm por missão informar os governos dos países
africanos identificados sobre as medidas que o governo da África do Sul está a
tomar para parar com os ataques e responsabilizar os perpetradores".
Os últimos dados oficiais das autoridades sul-africanas
indicam que a recente onda de violência xenófoba contra locais e estrangeiros
resultou na morte de 12 pessoas, a maioria sul-africanos, mais de 600 detidos e
no repatriamento voluntário de 600 nigerianos e cerca de 140 moçambicanos desde
o início, a 1 de setembro.
Dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros moçambicano
indicam que a recente onda de violência xenófoba na África do Sul afetou mais
de 400 moçambicanos.
Pelo menos doze comerciantes e empresários portugueses foram
alvo de violentos saques e destruição dos seus negócios.
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Samuel