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domingo, 21 de agosto de 2022
FOLHA: FALCÃO (DE)PENADO VIRA FILHO DA GALINHA
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O porta-voz do MPLA, Rui Falcão, este sim – citando João Lourenço – um “burro, bandido e lúmpene”, admitiu hoje que o funeral de José Eduardo dos Santos deve realizar-se em Luanda no dia 28 de Agosto, coincidindo com a data do seu aniversário, e afirmou que “as filhas andaram distraídas”.
Foi esta a justificação avançada pelo responsável do MPLA para explicar o facto de os filhos mais velhos do ex-Presidente se terem hoje queixado de não terem sido avisados de que o tribunal tinha dado autorização para a transladação do corpo de José Eduardo dos Santos, que morreu a 8 de Julho em Barcelona, para Luanda.
“As filhas andaram distraídas (…) estavam na praia, estavam a fazer desfiles de moda, etc.”, zurrou o dirigente do MPLA, indicando que vão ser feitos os “actos públicos que se impõem”, tal como o velório de uma fotografia realizado em Junho, agora na presença do corpo.
Questionado sobre se as filhas, nomeadamente Isabel dos Santos, a braços com a justiça do MPLA poderão vir ao funeral, replicou: “se não devem nada ao Estado, por que não? Se têm algum problema com a justiça, elas que o resolvam, nós temos de tratar o ex-Presidente da República como ele merece”. Ou seja, presume-se, como chefe dos marimbondos que deixou os cofres vazios.
Rui Falcão falava aos jornalistas após um “enorme” comício (nas contas de Rui Falcão foram milhões de simpatizantes) – o último do candidato do MPLA, João Lourenço, para mobilizar os seus apoiantes e convencer o eleitorado que “a força do povo” continua a estar com o partido que governa Angola desde a independência, em 1975.
“Temos eleições no dia 24 de Agosto e o MPLA vai vencê-las, isso para nós é o mais importante. Depois das eleições vamos fazer o acto que ele merece”, declarou com a visível satisfação de um sipaio que faz tudo, até zurrar, para o chefe de posto contente.
Sobre a chegada do corpo hoje, data que em que o actual Presidente da República, João Lourenço, que se recandidata a um novo mandato fez o comício de encerramento da campanha, sublinhou que o partido não dita o calendário da justiça espanhola. Brilhante. Por alguma razão ele é o porta-voz da seita.
“A justiça espanhola decidiu neste quadro e nós tivemos de tomar a decisão de Estado que se impunha, por isso o corpo vai chegar daqui a pouco”, afirmou. Admitiu que o funeral será “provavelmente” no dia 28 de Agosto, rejeitando aproveitamento político da situação.
“Se quiséssemos fazer aproveitamento político faríamos agora, esta mole humana que está aqui respeita o José Eduardo dos Santos como sempre respeitou”, frisou o porta-voz do MPLA, apontando a multidão de militantes que se deslocou ao recinto do Camama para ouvir João Lourenço que, optou no seu discurso, por não fazer qualquer referência ao seu antecessor no cargo.
“Quem não respeita é a família”, acrescentou Rui Falcão, enquanto se descalçava para, com a ajuda dos dedos dos pés, fazer algumas contas que não quis revelar…
“Vamos fazer os actos de Estado que se impõem para a figura que ele era, vamos respeitar o que sempre fizemos. Fizemos com Agostinho Neto e vamos fazer com José Eduardo”, reforçou o dirigente do MPLA, certamente com saudades de Agostinho Neto que não perdia tempo com julgamentos e mandou assassinar milhares e milhares de angolanos nos massacres de 27 de Maio de 1977.
Em 15 de Julho de 2012, o já, então, secretário para informação do MPLA, Rui Falcão, defendeu (isto é como quem diz) um jornalismo responsável que tivesse sempre em consideração a liberdade de opinião.
Discursando no lançamento da “Revista Juventude”, da JMPLA, Rui Falcão afirmou que a educação dos jovens continuava no centro da atenção do MPLA. Pois continuava. Pois continua. Isto, parafraseando João Lourenço, se “haver” necessidade de educar alguém.
Em relação à “Revista Juventude”, o secretário para a Informação do MPLA disse que era um alicerce seguro na formação e informação da juventude angolana. Para o êxito da publicação, que tinha 60 páginas, Rui Falcão considerou fundamental a existência de uma equipa jornalística actuante e dinâmica.
Lançada pelo secretariado nacional da JMPLA, a revista homenageou (obviamente) o Presidente José Eduardo dos Santos, pelo que tinha feito pela melhoria das condições de vida dos angolanos e pelo desenvolvimento do país, disse o na altura primeiro secretário nacional, o malogrado Sérgio Luther Rescova, na cerimónia de lançamento.
Abra-se um parêntesis para informar a ERCA e DIP (Departamento de Informação e Propaganda do MPLA), que “malogrado” significa, em português, “que teve um fim prematuro”.
Por sua vez o então vice-ministro da Comunicação Social, Manuel Miguel de Carvalho “Wadijimbi”, afirmou que a “Revista Juventude” servia para aumentar a informação e fortalecer a democracia em Angola, principalmente no período que antecedia as eleições gerais.
Em Janeiro de 2011, o porta-voz da Polícia Provincial de Luanda, superintendente Jorge Bengui disse à Rádio Ecclesia que os agentes da Polícia não prenderam o secretário-geral da JURA (organização da juventude da UNITA), Mfuka Fuacaca Muzemba e os seus acompanhantes mas – isto é que é democracia – que os levaram até à esquadra da IV divisão da polícia para lhes ensinarem algumas leis e procedimentos legais.
Jorge Bengui, certamente depois da leitura da cartilha leninista do MPLA, disse (importa não esquecer) que os líderes juvenis que se encontravam na altura à porta da Assembleia Nacional foram levados para não incomodar os deputados que estavam a trabalhar. Por outro lado, Mfuka Muzemba desmentiu o porta-voz da Polícia, tendo denunciado que foram ameaçados pelo segundo comandante daquela divisão policial com palavras grosseiras.
Os jovens encontravam-se concentrados junto da Assembleia Nacional, para uma manifestação pacífica, que previa a distribuição de panfletos que protestavam contra o dia 14 de Abril, que consagra o dia da juventude do MPLA, em memória de Hoji Ya Henda, o patrono da JMPLA.
A Direcção da UNITA na pessoa do seu porta-voz, Alcides Sakala, deplorou e condenou tal prática da polícia considerando-a anti-democrática.
Mfuka Muzemba disse também que “o governo angolano não quer nada com a liberdade, pois o que se viu é um tipo de repressão feito nos regimes de partido único e uma ditadura à moda marxista-leninista que se vai implantando no país”, acrescentando que, “o dispositivo da polícia estava montado a partir do Primeiro de Maio à Maianga, e que tudo indica que a arrogância que o efectivo da polícia demonstrou, estava claro de que tinham orientações para impedir qualquer acto pacífico”.
Todos os actos de repressão, ou de defesa da democracia segundo regime, evitavam-se se todos aqueles que não são do MPLA aprendessem que Angola é do MPLA e o MPLA é Angola.
Aliás, num seminário de formação de formadores que há uns anos marcou o lançamento do programa de formação política e patriótica dos dirigentes, quadros, militantes e amigos da JMPLA, curiosamente levado a cabo na colónia angolana de Cabinda, já se confirmava qual era e é o objectivo do regime.
Tal e qual comos nos tempos da militância marxista-leninista do pós-independência (11 de Novembro de 1975), o regime angolano continua a reeducar o povo e não só o povo (veja-se o que estão e reeducar, entre outros, Isabel dos Santos e Tchizé dos Santos) tendo em vista a militância política e patriótica. E tanto a militância política como a patriótica são sinónimos de MPLA. Quem pensar diferente ou vai para os campos (ou esquadras) de reeducação, ou leva um tiro na cabeça.
Num Estado de Direito, que Angola diz – pelo menos diz – querer ser, não faz sentido a existência de organismos, entidades ou acções que apenas visam a lavagem ao cérebro e a dependência canina perante quem está no poder desde 1975, o MPLA, nem perante um presidente não eleito que esteve no poder 38 anos e outro que está há cinco anos.
Dependência essa que, como todas as outras, apenas tem como objectivo o amor cego e canino ao MPLA, como se este partido fosse ainda o único, como se MPLA e pátria fossem sinónimos. Como se, agora e com a morte de José Eduardo dos Santos, João Lourenço tivesse recebido por correio divino o certificado de único representante de Deus em Angola e países contíguos.
Folha 8 com Lusa
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Samuel