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quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Guiné-Bissau: Opinião: POR QUE CONTINUAM A ADIAR OS NOSSOS SONHOS? O DEMOCRATA 26/12/2023

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Até quando os guineenses de fato desfrutarão de umaverdadeira paz? Até quando poderemos, assim como outras nações do mundo, viver uma vida digna, uma vida sem estresses de constantes quedas de governos, dissoluções de parlamento, cerceamento de liberdades fundamentais, espancamentos etc? Até quando o interesse de todos (causa maior) será de fato colocado acima de interesse de grupos partidários e individuais? Até quando continuaremos a colocar os indivíduos (protagonistas políticos) no centro de debates e não ideias de como edificar uma nação justa, equilibrada e de facto desenvolvido, como realmente merece o nosso sofrido povo? As respostas para esse conjunto de indagações têm sido o maior “mistério” para a sociedade guineense desde há muito tempo. Mais uma vez, com os recentes episódios ocorridos entre os dias 30 de novembro e 01 de dezembro, essas indagações voltam a pairar pelas cabeças de todos(as) guineenses, no país e na diáspora (o meu caso). O Abel Djassi (Amílcar Cabral) – principal arquiteto da epopeia que culminou com a libertação do país das garras do fascismo e totalitarismo do regime português – deve certamente mais uma vez, esteja onde estiver, estar profundamente desapontado em ver todo seu esforço empreendido ir em vão. Em 2019, nas vésperas das eleições presidenciais ocorridas naquele ano, um texto da minha autoria foi publicado neste egrégio semanário, no qual sem titubear defendi com convicção que eleições nenhumas foram e serão panaceia para os nossos problemas, nossas diferenças e dissensos; após quase 5 anos dessa observação, continuo com a mesma convicção e crença. No regime político vigente em nosso país (democracia), a diferença (em todas as suas vertentes e facetas) não deve ser mal vista, pelo contrário, deve ser celebrada e enxergada como salutar para uma ótima e sã convivência, uma convivência lastreada no respeito mútuo, na tolerância, no amor ao próximo etc. O povo guineense não espera milagre e feitos faraônicos de nenhum político; ao contrário, ele apenas quer viver em paz, quer ter um sistema de saúde de qualidade, ensino de qualidade; quer, outrossim, ter oportunidade para empreender, inovar, criar próprio negócio etc., coisas que apenas um ambiente de estabilidade política, credibilidade institucional e tranquilidade plena proporcionarão. Essas são as principais aspirações e sonho do povo guineense que, infelizmente, tem sido sistematicamente adiado pelas ações de uma classe política ultrapassada. Uma classe política, a bem da verdade, movida pelos discursos de ódio, de intriga, de calúnia e de “nós contra eles”. Como cidadão guineense de pleno direito, faço esse desabafo na expectativa de que vocês (a classe política) possam parar e refletir, dialogar como irmãos e “ramos do mesmo troco”, na diferença de opiniões e no contraditório, mas sempre visando o bem de todos(as). Que cada um(as) de vocês possa refletir profundamente sobre o papel que quer desempenhar para o virar de página da nossa história; sobre o legado que quer deixar para os que virão; sobre que tipo de sociedade quer ajudar a edificar (uma sociedade regulada pelas leis ou uma na qual cada um faz o que quer)? Por mais improvável que possa parecer, uma outra Guiné-Bissau é possível e depende essencialmente da mudança de postura de vossa parte. Se não sabem ou não lembram de qual Guiné me refiro, faço questão de vos lembrar: aquela Guiné sonhada por Amílcar e outros combatentes da liberdade da pátria; a Guiné, além de livre e independente como inicialmente preconizada, próspera, pacífica, estável (político, econômica e socialmente) e, em última instância, desenvolvida. Em suma, por essas e outras aspirações – não apenas de Amílcar e daqueles que tombaram para hoje tivéssemos um país e uma nacionalidade reconhecidas nos quatro cantos do mundo – parem, de uma vez por todas, de adiar os nossos sonhos! Parem! Basta! “Paz e bem pa kilis kuna tarbadja, juízo pa kilis kuna perturba”. Mc Mário. In: Relatório (2012). Por: Deuinalom Cambanco Investigador, Analista Político e Mestre em RI.

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Samuel

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