NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
O Bureau Político (BP) do MPLA, partido no poder em Angola, aprovou a
suspensão durante dois anos da antiga deputada Welwitschia José dos
Santos "Tchizé" do Comité Central por violação dos princípios básicos
dos Estatutos e do Código de Ética.
A decisão foi tomada na 4ª sessão ordinária do BP, realizada nesta
quinta-feira, 21, sob orientação do presidente João Lourenço, que
referendou as propostas da Comissão de Disciplina e Auditoria por
“violação dos princípios básicos dos Estatutos e do Código de Ética
partidária”.
A 7 de Junho, o Comité Central aprovou a instauração de um processo
disciplinar e a aplicação da medida de suspensão da qualidade de membro
do Comité Central "pela conduta que atenta contra as regras de
disciplina à luz dos Estatutos e do Código de Ética Partidária”, de
acordo com um comunicado entáo divulgado.
Em Maio, Welwitschia 'Tchizé' dos Santos renunciou ter recebido
constantemente ameaças do partido no poder, situação que a mesma
considera em "abuso de poder".
"Está a haver um crime contra o Estado. Isto é um caso para
'impeachment'. Este Presidente da República merece um 'impeachment'",
afirmou na altura.
Recorde-se que a filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos
viu também suspenso o seu mandato de deputada a 29 de Outubro devido a
ausências prolongadas e reiteradas nas reuniões plenárias.
Alvo de perseguição, diz a filha de José Eduardo dos Santos
Em reacção, “Tchizé” dos Santos disse que está a ser alvo de
perseguição política em Angola e que, como alguns foram no passado,
também ela está a ser sacrificada pela democracia.
Num áudio que gravou para a VOA, a então deputada e empresária
afirmou não ter a certeza absoluta do que aconteceu, se lhe foi revogado
o mandato ou suspenso.
Ela reiterou que não está fora de Angola voluntariamente: "Eu tive
que fugir, porque fui ameaçada de morte pelo camarada presidente do
grupo parlamentar do MPLA", revelou.
Santos acrescentou também que gravar áudios é a forma que encontrou
para comunicar com o povo: "Estou completamente censurada da imprensa
pública e até da maior parte dos meios privados, que são controlados por
pessoas ligadas ao regime".
"Sempre disse que alguns de nós seríamos sacrificados por esta causa,
tal como já foram, no passado, outros sacrificados por outras causas
(...) e foi mais forte do que eu continuar a lutar", concluiu na altura.
fonte: VOA
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