NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
A campanha para as eleições presidenciais previstas para domingo, 24 de
Novembro, na Guiné-Bissau, encerram hoje, com a realização, pelos
candidatos, de uma série de actividades políticas e culturais, num
momento derradeiro para conquista dos votos.
Os candidatos Domingos Simões Pereira, pelo PAIGC, Carlos Gomes
Júnior, independente, Umaro Sissoco, pelo Madem, todos antigos primeiros
ministros, e o Presidente cessante, José Mário Vaz, vão estar hoje em
Bissau, principal praça de votos, para tentarem conquistar o maior
número de votos possíveis, que lhes possibilite a vitória na primeira
volta.
O dia de ontem
Domingos Simões, esteve
nas ilhas de Bubaqui, Caravela, Unu, Bolama, no Sul do país, e regressou
no mesmo dia a Bissau. Umaro Sossico visitou Bafata, no Norte. Um e
outro estiveram envolvidos numa incansável caça aos votos.
Carlos
Gomes, antigo Primeiro Ministro, que aparece nestas eleições como
candidato independente, ficou em Bissau, onde realizou um encontro com
empresários guineenses a quem apresentou o seu manifesto. A seguir,
deslocou-se ao Bairro de Alto Bandin, na capital, num encontro que
mobilizou algumas dezenas de apoiantes.
O Presidente cessante, José
Mário Vaz, esteve no Norte, devendo regressar hoje a Bissau, onde vai
orientar alguns actos políticos.
Apesar das críticas à campanha de
ostentação que se assiste e acusações de que as presidenciais estariam a
ser utilizadas para fazer o branqueamento ou lavagem de dinheiro
proveniente das drogas, observadores internacionais e sociedade civil
confirma estarem criadas as condições para a realização, de forma
ordeira e pacífica, das eleições.
O Chefe da equipa de observadores
da CPLP, Oldemiro Baloi, disse, em entrevista ao Jornal de Angola, que,
depois dos incidentes registados antes da campanha, estão criadas as
condições para os cidadãos deste país exercerem o seu direito cívico.
“A
campanha começou de uma forma algo atribulada e excitada, mas as águas
tendem a acalmar. Estamos entusiasmados com a organização. Todos actores
nacionais e parceiros estrangeiros, como a CEDEAO ou CPLP, que jogam um
papel muito importante neste processo, estão devidamente
enquadrados, para, mais uma vez, ajudarem o povo guineense a entrar
para a normalidade política e concentrarem-se no desenvolvimento do seu
país” frisou.
Para o vice Presidente da Sociedade Nacional da
Sociedade Civil (MNSCPD), Mamadú Queita, o processo decorre de forma
normal e sem incidentes a registar, obedecendo ao acordo do código de
conduta e ética eleitoral, assinado por todas as partes envolvidas no
processo para a realização de eleições justas livres e transparentes.
Mamadú
Queita manifestou alguma preocupação pela linguagem que está a ser
utilizada por apoiantes de algumas formações políticas e mesmo
candidatos, mas desdramatizou a situação por, em sua opinião, não
concorrer para o incitamento de actos de violência ou representar um
discurso que possa comprometer a paz.
Referindo-se às denúncias de
que a campanha estaria a ser utilizada para fazer lavagem e
branqueamento de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, Mamadú
Queita confirmou serem essas as informações que estão a ser utilizadas
por alguns concorrentes. “Todavia, não reúnem elementos probatórios para
confirmar se são ou não realidade”.
Militares votaram ontem
Mil e seiscentos eleitores, militares e agentes da ordem pública,
exerceram, ontem, o seu direito de voto, em todo espaço nacional da
Guiné-Bissau, sendo os primeiros a exercerem esse direito nestas
eleições presidenciais.
Por força dos poderes que lhes são conferidos
para fazer face às ameaças internas e externas, que podem surgir
durante as eleições, e garantir a manutenção da lei e ordem públicas, os
militares foram os primeiros a exercer o seu direito de voto.
Em
Bissau, 300 militares e agentes da ordem pública depositaram os seus
cartões nas assembleias de votos colocadas para este efeito na sede da
Comissão Nacional de Eleições (CNE).
fonte: jornaldeangola
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