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segunda-feira, 5 de agosto de 2024

CESSAR-FOGO ENTRE A RDC E O RUANDA: Na pendência de um acordo de paz duradouro.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Enquanto a trégua humanitária obtida pelos Estados Unidos, e que foi apenas parcialmente respeitada, se aproximava inexoravelmente do seu fim, a presidência angolana anunciou um cessar-fogo entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda. Isto segue-se à reunião em Luanda entre os chefes da diplomacia congolesa e ruandesa, em 30 de Julho. Este enésimo cessar-fogo, que entrou em vigor em 4 de Agosto de 2024, deverá, pelo menos assim esperamos, conduzir a um acordo de paz duradouro que marcará o fim das hostilidades no leste da RDC. Mas isto, com a condição de que os dois chefes de Estado, Paul Kagame e Félix Tshisékédi, que não se riem um do outro, concordem em reunir-se com vista a resolver as diferenças que os opõem. Porque, se até agora ainda não foi possível um encontro entre os dois dirigentes, é porque o lado congolês continua a estabelecer como pré-requisito, a retirada dos rebeldes do M23 apoiados por soldados ruandeses, das posições que ocupam na parte oriental da RDC. Uma exigência que Kigali não pretende cumprir, por acreditar que tem o direito de se defender. O mínimo que podemos dizer é que este cessar-fogo é muito frágil porque, na véspera da sua entrada em vigor, o M23 tomou a cidade de Nyamilima, no Kivu do Norte. E para piorar a situação, os Wazalendo acreditam que têm o direito de atacar os rebeldes a partir de 4 de Agosto, caso contrário correm o risco de fazer progressos. Basta dizer que nada se ganha antecipadamente. Dito isto, podemos, ainda assim, saudar a diplomacia angolana que, face à animosidade que prevalece entre os vizinhos congoleses e ruandeses, não desiste e trabalha arduamente para encontrar uma solução negociada para a crise. É hora de Paul Kagame e Félix Tshisékédi darem as mãos Especialmente porque o facilitador queniano William Ruto foi deserdado, acusado como é, “de ter defendido a causa do Ruanda”. Foi o próprio Presidente Tshisékedi quem o disse, decretando ao mesmo tempo “a morte do processo de Nairobi”. Isto significa, portanto, que, neste momento, a esperança do fim da crise no leste da RDC repousa no mediador Jao Lourenço que parece, até então, beneficiar da estima de Kagame e Tshisékédi. Ao fazê-lo, deve garantir que o cessar-fogo a que as partes em conflito se comprometeram é estritamente respeitado; daí a necessidade de monitorização no terreno. O mecanismo ad hoc em vigor deve, portanto, ser reforçado, a fim de manter alinhadas todas as partes envolvidas no conflito. É a este preço que poderíamos avançar para uma saída duradoura da crise e esperar pôr fim ao sofrimento das populações que já não sabem que caminho seguir; traumatizados como estão pelo ressurgimento dos combates com a sua quota-parte de violência mortal. Em qualquer caso, esperamos que a assinatura do cessar-fogo entre a RDC e o Ruanda em Angola seja apenas o início de uma etapa que acabará por conduzir à desescalada entre os dois países que, como sabemos, mantêm valores históricos, sociológicos e vínculos culturais. Porque, como gostamos de dizer, há tempo para fazer a guerra e há tempo para fazer a paz. Portanto, é hora de Paulo e Félix darem as mãos, e isso, no melhor interesse dos seus respectivos povos. fonte: lepays.bf

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Samuel

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