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Cidadãos americanos condenados à morte na República Democrática do Congo.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Os três americanos condenados à morte Kinshasa — Trinta e sete hom...

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

GUINÉ-CONACRI: Recepção “triunfal” do General Doumbouya - Atores sócio-políticos denunciam…

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CONAKRY- As boas-vindas “triunfantes” reservadas ao General Mamadi Doumbouya na última segunda-feira, por ocasião do seu regresso de Kigali, foram mal recebidas por certos actores sócio-políticos. Embora as manifestações sejam oficialmente proibidas, elas denunciam uma espécie de “duplo padrão” por trás desta mobilização. Abdoul Sacko, coordenador das forças sociais da Guiné, considera que esta manifestação demonstra a “negação absoluta dos compromissos assumidos no início” pelo CNRD (comité nacional do encontro para o desenvolvimento). “Quando você admite que não pode fiscalizar as manifestações no país, você sustenta que qualquer forma de manifestação será prejudicial à estabilidade, é neste momento que você obriga os executivos da administração pública, os jovens a se mobilizarem para irem formar uma multidão para o presidente da transição como se estivesse competindo com outra pessoa, é paradoxal. Há um verdadeiro paradoxo”, denuncia este membro das forças activas, numa entrevista concedida ao Africaguinee.com, cuja íntegra será publicada posteriormente.
Abdoul Sacko, coordinador do forum das forças sociais. Para Aliou Bah, outro membro das forças, esta mobilização prova claramente que não são as manifestações públicas que são proibidas pela junta militar do CNRD. “É antes a contradição aos seus desejos e à sua agenda que ela não tolera. Caso contrário, todas as atividades de propaganda a seu favor serão apoiadas e tornadas visíveis através dos chamados meios públicos”, denuncia o líder do MoDel. fonte: https://www.africaguinee.com/

CRISE DE SEGURANÇA NO LESTE DA RDC: Os pontos positivos da mediação angolana.

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O Presidente angolano, João Lourenço, mediador da União Africana (UA) na crise entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda, esteve em Kinshasa no dia 12 de Agosto de 2024, onde foi recebido em audiência pelo seu homólogo congolês, Félix Tshisekedi. Esta visita ocorre 24 horas depois da tomada de posse do Presidente do Ruanda, Paul Kagame, cerimónia em que participou o mediador. É claro que, com o seu anfitrião ruandês, o presidente angolano discutiu a crise no leste da RDC, antes de voar para Kinshasa, onde teve um tête-à-tête com Félix Tshisekedi. Esta visita enquadra-se nos esforços diplomáticos que visam garantir o cumprimento do novo acordo de cessar-fogo assinado a 30 de Julho em Luanda, entre os dois países, e que entrou em vigor a 4 de Agosto. Resta apenas esperar que esta trégua dure no longo prazo. Qualquer coisa que possa facilitar a tarefa de João Lourenço nos seus esforços de mediação para o regresso da paz ao leste da RDC. Isto é, pelo menos, o que querem os congoleses que enfrentam os horrores da guerra. De qualquer forma, o mediador angolano parece estar no caminho certo. Isto é evidenciado pela concretização deste cessar-fogo, após a escalada de violência observada no terreno nos últimos meses. O mais difícil seria reunir os dois chefes de Estado à volta da mesma mesa E tudo leva a crer que Lourenço pode pôr fim ao sofrimento vivido pelas populações das províncias do Kivu Norte e Ituri, no leste da RDC. Em qualquer caso, terá demonstrado a sua boa vontade e a sua determinação em resolver esta crise que já dura há demasiado tempo. O líder angolano tem, de facto, trabalhado para ganhar a confiança das diferentes partes no conflito. Teve até o mérito de ter reunido os ministros dos Negócios Estrangeiros da RDC e do Ruanda; qualquer coisa que conseguisse mover as linhas. Dito isto, o mais difícil seria reunir os dois chefes de Estado à volta da mesma mesa. Isto é essencial se quisermos um verdadeiro regresso à paz. Sem dúvida que abordou o assunto durante entrevistas separadas que teve com Paul Kagame e Félix Tshisékédi. Cabe a estes dois líderes mostrar a sua boa fé, colocando água no seu vinho. Porque, obviamente, na falta de sinceridade, a mediação que começou bem estará fadada ao fracasso. E para os líderes preocupados com o sofrimento do seu povo, é inútil prolongar uma guerra. Além disso, o Homem Magro de Kigali, durante a sua tomada de posse, mais ou menos deixou as pessoas esperarem que ele trabalharia para um regresso à paz com o seu vizinho. Podemos esperar que ele seja sincero ao dizer isso. Cabe ao mediador angolano encontrar as fórmulas certas, capazes de levar os dois vizinhos a fumar o cachimbo da paz. Por: Edoé MENSAH-DOMKPIN fonte: lepays.bf

Nuclear na África: este país terá usinas americanas.

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O Ruanda dá um novo passo na sua estratégia energética ao assinar um memorando de entendimento com a empresa americana Nano Nuclear Energy para a construção de pequenos reactores nucleares (SMR). Este anúncio, feito pelo Conselho de Energia Atómica do Ruanda (RAEB), marca um avanço significativo nas ambições do país em termos de diversificação energética e desenvolvimento sustentável. Os pequenos reatores nucleares, ou SMRs, diferem das usinas nucleares convencionais pelo seu tamanho menor e construção simplificada. Ao contrário dos reatores tradicionais, os SMRs são produzidos em massa na fábrica e depois transportados para o local de operação, o que reduz significativamente os custos e os tempos de construção. De acordo com o Conselho de Energia Atómica do Ruanda, este memorando de entendimento visa iniciar a cooperação entre o Ruanda e a Nano Energia Nuclear para facilitar a introdução destas tecnologias inovadoras no país. James Walker, CEO da Nano Nuclear Energy, anunciou que a construção de um reator de teste poderá começar nos próximos anos. Este projecto-piloto permitirá ao Ruanda testar e adaptar as tecnologias SMR às suas necessidades energéticas específicas. Fidele Ndahayo, Diretor da RAEB, expressou o seu entusiasmo por este acordo, sublinhando que as tecnologias SMR estão em plena fase de desenvolvimento e que o Ruanda deseja desempenhar um papel ativo neste processo. Esta iniciativa insere-se num contexto de diversificação das fontes de energia para apoiar o desenvolvimento económico do país e responder às crescentes necessidades de energia eléctrica. A terra das mil colinas conhece bem as iniciativas nucleares. Em 2019, o país assinou um acordo com a Agência Federal Russa de Energia Atômica, Rosatom, para a construção de usinas nucleares. Este acordo levantou preocupações devido a questões de segurança. No entanto, a recente colaboração com a Nano Energia Nuclear reflecte uma estratégia de diversificação de parcerias para explorar a energia nuclear de uma forma segura e inovadora. A escolha do Ruanda de se envolver com vários parceiros para desenvolver soluções de energia nuclear demonstra o seu compromisso com uma transição energética sustentável e os seus esforços para garantir fontes de energia modernas e fiáveis. O projecto SMR poderia oferecer uma solução pragmática para os desafios energéticos do país, reforçando ao mesmo tempo a sua posição na cena internacional como um actor líder no domínio das tecnologias nucleares. fonte: https://lanouvelletribune.info/2024/08

Senegal: França pronta a reconhecer todos os fuzileiros senegaleses mortos em Thiaroye em 1944 (fonte diplomática).

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A França manifestou a sua intenção de trabalhar no sentido do reconhecimento de todos os fuzileiros senegaleses mortos durante o massacre de Thiaroye em 1944. De momento, apenas seis fuzileiros são oficialmente reconhecidos por Paris como “soldados que caíram pela França”. “A porta está aberta para o reconhecimento de todos os fuzileiros senegaleses”, declarou segunda-feira em Paris uma fonte diplomática francesa, segundo a Agência de Imprensa Senegalesa (APS), isto à margem dos preparativos para a celebração dos anos 80? aniversário do desembarque da Provença. O dia 15 de Agosto marcará este acontecimento histórico e a França planeia ampliar a sua homenagem aos soldados africanos que participaram na libertação do país durante a Segunda Guerra Mundial. O 1?? Dezembro de 1944, vários soldados africanos, que lutaram pela libertação da França, foram mortos em Thiaroye pela administração militar colonial francesa. Esses soldados exigiam o pagamento do salário de cativeiro e vários bônus que não lhes haviam sido pagos. O acontecimento é agora descrito como um “massacre” pela França, marcando um ponto de viragem no reconhecimento da sua história colonial. A diplomacia francesa sublinha que esta abordagem é motivada pela necessidade de “olhar a história de frente, de ser justo e de responder às exigências dos próprios fuzileiros e dos seus descendentes”. O Presidente Emmanuel Macron trabalhou para garantir que o reconhecimento dos fuzileiros senegaleses correspondesse ao seu compromisso com a libertação da França, então sob ocupação nazi. Em 15 de agosto de 1944, a Operação Anvil, rebatizada de Dragão, contou com a participação de 250 mil voluntários africanos. Esta operação desempenhou um papel crucial na libertação da Provença, no sudeste da França. Por ocasião da comemoração dos anos 80? aniversário deste evento, o presidente camaronês, Paul Biya, fará um discurso em nome dos chefes de estado e de governo africanos presentes. “O espírito desta celebração é uma forma de a França não obscurecer nenhuma memória, especialmente a africana”, declarou a fonte diplomática francesa. Este reconhecimento é um marco importante para a França e as suas antigas colónias, simbolizando um esforço para reparar injustiças do passado e homenagear aqueles que sacrificaram as suas vidas pela liberdade. fonte: seneweb.com

Com líderes africanos, Macron comemorará desembarque na Provença.

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Dois meses depois das comemorações do desembarque na Normandia, o Presidente francês Emmanuel Macron e vários líderes africanos celebram quinta-feira o 80º aniversário da Operação "Dragão", o seu equivalente na Provença, um episódio pouco conhecido mas essencial para Libertação, uma ocasião para uma homenagem aos combatentes das ex-colônias francesas. Se as dificuldades diplomáticas da França em África reduziram a lista de presentes, as cerimónias também poderão ser perturbadas por violentas tempestades, tendo a Météo-France colocado a costa do Var, no Mediterrâneo, em vigilância laranja até ao início do dia seguinte. Em 1994, 2004 ou 2014, mais de quinze líderes africanos participaram nas comemorações do Desembarque da Provença. Este ano, na cerimónia internacional marcada para as 9h00, na necrópole de Boulouris, estarão apenas seis: Paul Biya (Camarões), Faure Gnassingbe (Togo), Faustin-Archange Touadera (República Centro-Africana), Azali Assoumani ( Comores), Brice Oligui Nguema (Gabão) e Aziz Akhannouch (chefe do governo marroquino). Países como a Tunísia, a Costa do Marfim ou o Senegal enviaram um ministro, outros como o Chade ou o Benim o seu embaixador. Entre os países recentemente em conflito com Paris, o Burkina Faso será representado por um encarregado de negócios, mas o Níger, o Mali ou a Argélia não enviaram ninguém. Estarão também presentes representantes dos aliados (Reino Unido, Estados Unidos, Canadá) bem como o embaixador alemão. Na quarta-feira, uma estátua de Robert Frederick, comandante americano das tropas pára-quedistas na noite de 14 para 15 de agosto de 1944, foi inaugurada em La Motte, a primeira aldeia libertada, entre Fréjus e Draguignan. Durante a cerimónia em Boulouris, Biya falará em nome dos presidentes estrangeiros, depois Macron fará um discurso, antes de apresentar a Legião de Honra a seis veteranos, cinco franceses e um estrangeiro. - “Recuperando o tempo perdido” - Em 15 de agosto de 1944, cerca de 100 mil soldados, principalmente americanos, canadenses e britânicos, desembarcaram nas praias de Var, abrindo caminho para mais de 250 mil soldados do Exército francês "B", composto principalmente por tropas das colônias francesas na África, que tomaram. sobre Toulon e depois Marselha em menos de duas semanas. Este sucesso contribuiu para a libertação da Europa graças ao material transportado através destes dois portos mediterrânicos. Mas também permitiu à França, humilhada em 1940, sentar-se à mesa da vitória graças ao enorme empenho das suas forças na Provença, enquanto na Normandia isso foi apenas simbólico. Durante cerca de trinta anos, as autoridades francesas também fizeram questão de destacar a contribuição das tropas coloniais para estas forças. Colocado sob as ordens do General de Lattre de Tassigny, o Exército "B", futuro "Primeiro Exército", incluía 84.000 franceses do Norte de África, 12.000 soldados das Forças Francesas Livres (FFL) leais ao General de Gaulle e 12.000 corsos, mas também 130 mil soldados ditos “muçulmanos”, da Argélia e Marrocos, e 12 mil soldados do exército colonial, nomeadamente fuzileiros senegaleses, e botos do Pacífico e das Antilhas. “Se a França conseguiu escrever sob a sua bandeira +Liberdade, igualdade, fraternidade+, é em parte graças aos fuzileiros senegaleses”, insistiram na quarta-feira N’Dongo Dieng, um fuzileiro que participou nas guerras da Indochina, à AFP e aos Camarões. “A França tinha-nos esquecido, mas está a recuperar o tempo perdido”, acrescentou Oumar Diémé, convidado, tal como o seu compatriota, entre uma delegação de cinco antigos fuzileiros à necrópole de Boulouris, onde descansam 464 soldados mortos em uniforme francês em agosto de 1944. . Após esta primeira sequência, os chefes de Estado e de governo serão então convidados para um almoço às 12h45 a bordo do porta-helicópteros Dixmude, no porto de Toulon, de onde deverão observar uma evocação do Desembarque. Mas as condições meteorológicas podem perturbar o programa, com risco de tempestades violentas que podem ser acompanhadas de granizo, fortes rajadas de vento e fortes precipitações. A prefeitura marítima também recomendou o adiamento de qualquer viagem marítima. A vigilância laranja deverá ser levantada no início da tarde, bem a tempo do evento do Dia D, marcado das 13h45 às 14h15, com a participação de navios anfíbios, veículos antigos e aviões antigos, e até de aviões antigos. pára-quedistas. Se o vento permitir... fonte: seneweb.com

Pai do jogador Lamine Yamal esfaqueado e hospitalizado.

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Mounir Nasraoui, pai do prodígio espanhol do Barça, Lamine Yamal, foi vítima de um ataque com faca esta quarta-feira em Mataro, subúrbio de Barcelona. Sua vida não estaria em perigo. Mounir Nasraoui, pai de Lamine Yamal, foi esta quarta-feira esfaqueado num parque de estacionamento de Mataro, onde cresceu o avançado do Barça e da La Roja, revelou o La Vanguardia. O homem de 32 anos foi agredido por motivos desconhecidos e levado às pressas para um hospital em Badalona. Ele recebeu várias facadas, segundo a mídia espanhola, mas está fora de perigo. fonte: seneweb.com

Afro-americano inocente, preso por 48 anos, obtém US$ 7 milhões em indenização

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Um homem afro-americano de 71 anos receberá 7,15 milhões de dólares de indemnização depois de passar quase meio século na prisão por um homicídio que não cometeu em Oklahoma, no centro dos Estados Unidos. Antes de ser exonerado no ano passado, Glynn Simmons tornou-se o recluso mais antigo da história dos EUA, de acordo com o Registo Nacional de Exonerações dos EUA. Libertado após 48 anos, um mês e dezoito dias de prisão, apresentou queixa contra a cidade de Edmond, Oklahoma, e contra um inspetor que contribuiu para sua prisão. Na segunda-feira, a Câmara Municipal da cidade aprovou um acordo financeiro para evitar uma batalha judicial, segundo documentos públicos. Esta indemnização põe fim a “parte” dos processos iniciados “contra as cidades e a polícia que falsificaram provas (...) para o acusar de homicídio”, explicaram os advogados do Sr. Simmons num comunicado de imprensa publicado terça-feira. “O Sr. Simmons passou um tempo tragicamente longo na prisão por um crime que não cometeu”, insistiu Elizabeth Wang, uma de suas advogadas. “Mesmo que ele nunca recupere esse tempo, este acordo com Edmond permitirá que ele siga em frente enquanto continua a fazer valer seus direitos contra Oklahoma City e um detetive.” Contactada pela AFP, a cidade de Edmond não quis comentar. Simmons foi condenado à morte em 1975, juntamente com outro homem, Don Roberts, pelo assassinato de um funcionário de uma loja de bebidas durante um assalto em Edmond. A sentença foi posteriormente comutada para prisão perpétua. A condenação dos dois homens foi decidida com base no simples depoimento de um cliente da loja, um adolescente, que levou um tiro na cabeça durante o assalto, mas que sobreviveu. A adolescente alegou tê-los reconhecido durante a sessão de identificação, mas uma investigação posterior questionou suas alegações. Durante o julgamento, os dois homens explicaram que não estavam em Oklahoma no dia do assassinato. A condenação do Sr. Simmons foi anulada em julho de 2023 pelos tribunais americanos. Ele foi oficialmente declarado inocente em dezembro. Don Roberts, o outro condenado no caso, foi libertado da prisão em 2008, segundo o Registro Nacional de Isenções dos EUA. fonte: seneweb.com

SENEGAL: O Presidente Bassirou Diomaye Faye vai efetuar uma visita de Estado a China.

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O Presidente da República, Bassirou Diomaye Faye, realizará uma visita de Estado à China nos dias 3 e 4 de setembro, anunciou esta quarta-feira o comunicado do Conselho de Ministros. Esta visita do líder senegalês será um prelúdio à quarta cimeira do Fórum de Cooperação Sino-Africano agendada para os dias 5 e 6 de setembro. ''Relativamente à sua agenda diplomática, o Chefe de Estado informou o Conselho [de Ministros] que irá realizar uma visita de Estado à República Popular da China, nos dias 3 e 4 de Setembro de 2024, como prelúdio à quarta cimeira da China -Fórum de Cooperação para África agendado para 5 e 6 de setembro de 2024'', dizia o comunicado de imprensa emitido após a reunião semanal do governo. fonte: seneweb.com

SENEGAL: COMUNICADO DO CONSELHO DE MINISTRO NESTA QUARTA-FEIRA - 14.08.2024

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O Chefe de Estado, Sua Excelência, Senhor Bassirou Diomaye Diakhar FAYE presidiu, esta quarta-feira, 14 de agosto de 2024, à reunião semanal do Conselho de Ministros, no Palácio da República. No início da sua comunicação, o Presidente da República enviou as suas calorosas felicitações à comunidade cristã que celebra, amanhã, 15 de agosto de 2024, a Festa da Assunção. Rezou por um Senegal de paz no fortalecimento permanente da convivência e do diálogo inter-religioso exemplar, marcas de um país unido e unido. Tendo em vista o Grande Magal de Touba que será celebrado na sexta-feira, 23 de agosto de 2024, o Chefe de Estado solicitou ao Governo que garanta escrupulosamente a mobilização eficaz e óptima de todos os serviços do Estado envolvidos para o bom funcionamento deste grande evento religioso. de âmbito internacional. Indicou a necessidade de uma acção mais coordenada, coerente e monitorizada por parte dos ministérios e de todas as entidades públicas envolvidas em relação à Comissão Organizadora deste grande evento que marcará fortemente a vida nacional. Neste espírito, indicou a necessidade de dominar, em todas as suas dimensões, os vários aspectos da segurança, saúde, electricidade, hidráulica, saneamento, abastecimento e assistência alimentar mobilizados pelo Estado antes, durante e depois do Grande Magal. Além disso, o Presidente da República informou que irá, nos próximos dias, a Touba para uma visita de cortesia ao Califa Geral dos Mourides e à comunidade Mouride como prelúdio deste grande encontro religioso, feriado legal, desempregado e pago. Referindo-se ao problema da revitalização da economia rural e da investigação agrícola enquanto a época de Inverno de 2024 está em pleno andamento, o Chefe de Estado elogiou o trabalho de antecipação e rectificação realizado pelo Primeiro-Ministro bem como os esforços excepcionais envidados pelo Governo para, por um lado, auditar e liquidar as dívidas herdadas do sector e, por outro lado, apoiar os produtores na implementação, este ano, de forma pragmática, de insumos e equipamentos agrícolas em todo o território nacional graças ao notável assistência das Forças Armadas. Neste espírito, pediu ao Ministro da Agricultura que garantisse a monitorização adequada do desenvolvimento e protecção das culturas contra a ameaça dos gafanhotos e das aves comedoras de sementes. O Presidente da República solicitou ao Ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Pecuária que assegure, juntamente com os Ministros competentes, a boa preparação da próxima campanha de comercialização da produção agrícola. Lembrou-lhe a urgência de finalizar, no espírito do PROJETO, a atualização da lei de orientação agrossilvipastoril. Enfatizou ainda a prioridade a ser dada à reconstituição do capital semente nacional do amendoim e das principais culturas alimentares. O Chefe de Estado sublinhou a necessidade de rever a política de investigação e extensão agrária de acordo com os padrões internacionais. Solicitou ao Ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Pecuária, em conjunto com o seu colega da Investigação e Inovação, que revitalizasse o sistema nacional de investigação agrossilvipastoril e fortalecesse, através de um Contrato de Objectivos e Meios inovadores, o Instituto Senegalês de Investigação Agrícola (ISRA) em infra-estruturas tecnológicas de qualidade e recursos humanos e financeiros significativos para consolidar a estrutura numa posição de ponta da política agrícola e da soberania alimentar. Apelando a um diálogo renovado com a imprensa nacional, o Presidente da República referiu que a situação geral merece especial atenção do Governo e medidas de recuperação adequadas. Na verdade, uma imprensa profissional, responsável e que respeite o Estado de direito continua a ser um pilar importante da democracia. É neste sentido que pediu ao Governo, em particular ao Ministro da Comunicação, que garanta a plena aplicação do Código de Imprensa mas também o bom funcionamento das empresas de imprensa, num espírito permanente de abertura e consulta com vista ao cumprimento dos especificações assinadas. Abordando a sua agenda diplomática, o Chefe de Estado informou ao Conselho que realizará uma visita de Estado à República Popular da China, nos dias 3 e 4 de Setembro de 2024, como prelúdio à 4.ª cimeira do Fórum de Cooperação Sino-Africano, em Setembro 5 e 6 de 2024. Na sua comunicação, o Primeiro-Ministro informou sobre a sua participação, em nome do Chefe de Estado, na cerimónia de posse de Sua Excelência, Sr. Paul KAGAME, Presidente da República do Ruanda. Informou também sobre a sua visita ao Mali, durante a qual foi recebido por Sua Excelência, Sr. Assimi GOITA, Presidente da Transição da República do Mali, e manteve discussões com o seu homólogo, o Primeiro-Ministro Choguel Kokalla MAIGA. O Primeiro-Ministro registou então as principais conclusões emergentes da avaliação da implementação dos planos de ação de emergência dos ministérios durante o período de abril a junho de 2024, instando os Ministros a prestar especial atenção à finalização das ações relativas, em particular, às questões energéticas. , a gestão dos recursos petrolíferos e de gás, a aceleração da política de abertura de territórios e a gestão da emigração irregular. O mesmo se aplica à prevenção e gestão de cheias, à gestão descentralizada das florestas e ao combate ao tráfico ilícito de madeira, bem como ao reforço dos equipamentos nos serviços de acolhimento de emergência ao nível dos hospitais e dos serviços dedicados aos utentes da Justiça. Referindo-se à questão da coordenação do trabalho governamental, o Primeiro-Ministro saudou a qualidade das interacções e da execução das actividades interministeriais, ao mesmo tempo que instou os Ministros e Secretários de Estado a garantirem a perfeita sinergia no planeamento destas actividades. Além disso, o Primeiro-Ministro voltou às conclusões e recomendações emergentes do Relatório da Comissão ad hoc responsável pelo controlo e verificação de títulos e ocupações nas antigas e novas dependências do domínio público marítimo na Região de Dakar, apresentado ao Presidente da República esta terça-feira. Sublinhou a importância que se deve atribuir, no âmbito da sua implementação, ao aprofundamento da análise das causas dos desvios verificados na ocupação do Domínio Público Marítimo. Neste mesmo registo de ficheiros fundiários, o Primeiro-Ministro informou o Conselho da finalização, pela Comissão Técnica responsável pelo apuramento da situação fundiária de diversas zonas, dos dois relatórios relativos, por um lado, ao chamado “BOA ” subdivisões, “HANGARS DES PELERINS”, “RECASEMENT 2”, “EOGEN 1 e 2”, em Dakar e, por outro lado, no loteamento conhecido como “Mbour 4” e no plano de desenvolvimento da Cidade Nova de Axe. , em Thiès. O Primeiro-Ministro anunciou também a recepção do relatório sobre a situação das aquisições e concessões de edifícios do Estado, produzido pelo Ministério das Finanças e pela SOGEPA, em aplicação das directivas do Conselho de Ministros datadas de 22 de Maio de 2024. SOB COMUNICAÇÕES DOS MINISTROS: O Secretário-Geral do Governo fez o ponto da situação da implementação do Plano de Ação de Emergência (abril-junho de 2024); O Ministro da Hidráulica e Saneamento apresentou a situação semanal da gestão das cheias; O Ministro da Indústria e Comércio fez o balanço do abastecimento de arroz ao mercado por “concurso público”; O Ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Pecuária fez um balanço intercalar da campanha de produção agrícola 2024-2025. PARA MEDIDAS INDIVIDUAIS, O Presidente da República tomou as seguintes decisões: No âmbito do Ministério do Meio Ambiente e da Transição Ecológica: O Tenente-Coronel Elhadji Maodo BA, Engenheiro de Águas e Florestas, número 627 951/F, é nomeado Secretário Permanente do Comité Nacional do CILSS, em substituição do Sr. Baba BA, admitido para fazer valer os seus direitos a uma pensão de reforma. Sob o Ministério de Hidráulica e Saneamento: O Sr. Bakary FATY, Doutor em Hidrologia, salário n°711 677/A, é nomeado Diretor de Gestão de Planejamento de Recursos Hídricos, substituindo o Sr. Niokhor NDOUR chamado para outras funções. No âmbito do Ministério da Agricultura, Soberania Alimentar e Pecuária: Sidy Mohamed SECK, Especialista em política agrícola, é nomeado Presidente do Conselho de Administração da Sociedade Nacional para o Desenvolvimento e Exploração de Terras do Delta do Rio Senegal e dos Vales do Rio Senegal e Falémé (SAED), em substituição do Sr. O Ministro da Formação Profissional, Porta-voz do governo Amadou Moustapha Njekk SARRE fonte: seneweb.com

ANGOLA: FECHAR A PORTA E APAGAR A LUZ? - EXISTE RISCO DE OS SALARÁRIOS DA FUNÇÃO PÚBLICA VOLTAREM A SE ATRASAR.

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A ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa, disse hoje, em Luanda, que o MPLA continua igual a si próprio, julgando-se uma jibóia apesar de ser geneticamente uma minhoca, referindo que existe o risco de os salários da função pública voltarem a atrasar-se, à semelhança do que se registou no mês passado, devido ao serviço da dívida. Vera Daves de Sousa, em declarações aos jornalistas, no final da reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, afirmou que “existe este risco, sendo totalmente honesta. Existe esse risco porque está relacionado com a pressão do serviço de dívida e com os ‘timings’ da entrada da receita, mas tudo estamos a fazer para que o risco seja sempre minimizado e mitigado, porque temos consciência dos constrangimentos que isso causa às famílias”. Vera Daves de Sousa sublinhou que se o Governo não fosse criminosamente incompetente e tivesse já conseguido constituir “uma boa almofada para minimizar este ‘timing’, os cidadãos quase que não sentiriam isso”. Mas lá chegará. 49 anos de governação – reconheça-se – não é tempo suficiente para o MPLA saber o que é a competência e trabalhar para servir o Povo e não para se servir dele. “Mas por causa da pressão do serviço de dívida, que nalguns meses é maior do que noutros, não nos tem sido possível constituir essa almofada”, frisou. Chato. Explique-se que almofada significa “dinheiro para cobrir eventuais despesas que não estavam previstas”. A titular da pasta das Finanças sublinhou que sempre que entra receita é automaticamente consumida pelo serviço da dívida e como a maior parte dela é titulada, o sistema automaticamente debita na conta do Estado. É quase como se Angola fosse um Estado de Direito… “À medida que a receita vai entrando nós vamos seguindo com o processo de pagamento”, disse Vera Daves de Sousa, referindo-se à folha salarial. Segundo a ministra, o Governo está cauteloso quanto a novas admissões para a função pública, bem como criterioso em relação à nova dívida que venha a ser contratada. “Não só no que diz respeito ao custo associado a ela, mas também no que diz respeito ao projecto que vai financiar-se, para assegurarmos que se tenha o melhor impacto possível e contribua efectivamente para que o Produto Interno Bruto aumente e com isso tenhamos mais receitas fiscais”, disse. A governante declarou que foram realizadas emissões de bilhetes de tesouro, que totalizaram cerca de 805 mil milhões de kwanzas (849,8 milhões de euros) e o serviço da dívida, ou seja, prestações de capital e juros às instituições financeiras credoras, foi de 1,66 biliões de kwanzas (1,7 mil milhões de euros). No que diz respeito à dívida externa, prosseguiu a ministra, Angola desembolsou financiamentos de cerca de 475,2 mil milhões de kwanzas (501,6 milhões de euros) e pagou 2,04 biliões de kwanzas (2,1 mil milhões de euros) de prestações de capital, juros e comissões. “Estamos assim com um ‘stock’ da dívida de 54,4 biliões de kwanzas (57,4 mil milhões de euros). Em termos de rácio dívida/PIB estamos perto dos 74% do ‘stock’ dívida/PIB”, indicou. Relativamente ao balanço orçamental, Vera Daves de Sousa salientou que a execução orçamental registou um excedente orçamental, na ordem dos 823,51 mil milhões de kwanzas (86,9 milhões de euros). A ministra das Finanças destacou também que os encargos financeiros continuam a ser a rubrica que consome mais daquilo que é a execução orçamental, frisando que a execução no primeiro trimestre foi de 16% em relação ao orçamento aprovado. A Comissão Económica do Conselho de Ministros reuniu hoje e aprovou o relatório de execução do Orçamento Geral do Estado referente ao segundo trimestre deste ano. O OGE 2024 apresentou uma estimativa de receita e despesa autorizada no valor de 24,72 biliões de kwanzas (26 mil milhões de euros), sendo que no segundo trimestre do ano arrecadou receitas no valor de 5,45 biliões de kwanzas (5,7 mil milhões de euros) e realizou despesas de 4,63 biliões de kwanzas (4,8 mil milhões de euros). “A receita arrecadada no período representa uma execução de cerca de 22%, em relação à receita anual aprovada, sendo que foram arrecadas receitas correntes correspondentes a uma execução de 26% e uma participação sobre a receita total de 70% e, por sua vez, as receitas capital tiveram uma execução de 16% do valor anual previsto e uma participação sobre a receita total de 30%”, refere-se em comunicado. O serviço da dívida corresponde à totalidade dos pagamentos de juros e reembolso de capital que o Governo tem de efectuar num determinado período. Este indicador é importante para medir a solvabilidade, risco e rentabilidade da economia. Quanto maior for o serviço da dívida, maior é o risco. Por exemplo, os lucros ficam mais sensíveis face a quedas nas vendas. Além disso, a rentabilidade pode ser afectada, pois as taxas de juro cobradas pelos bancos aumentam com o aumento do risco do cliente. No limite, o Governo poderá ter de recorrer a novos empréstimos para fazer face ao serviço da dívida, o que pode inclusive colocar em causa a solvabilidade da instituição. Folha 8 com Lusa

ANGOLA: SE NEM DEUS É DONO DA VERDADE…(EM CONFERÊNCIA DE IMPREENSA)

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Em Dezembro de 2018, na segunda conferência de Imprensa colectiva do seu mandato, o Folha 8 questionou o Presidente João Lourenço. O nosso Director (“amigo William Tonet” na terminologia então usada pelo Presidente) abordou a questão de ser urgente um Pacto de Regime. Atentemos no que se passou. Por Orlando Castro Folha 8 – Senhor Presidente, involuntária ou voluntariamente, no seu último discurso, na I Reunião Ordinária do Comité Central, colocou o MPLA como o primeiro órgão quase de soberania. Acredita que, nesse seu esforço de combater a corrupção e repatriar os capitais, conseguirá sem um verdadeiro pacto de regime capaz de institucionalizar e conferir soberania aos verdadeiros órgãos de soberania? Presidente – «Eu vou responder-lhe, mas antes, se me permite, deixe-me voltar um pouco atrás a respeito da questão da atenção a prestar à área social, Saúde e Educação. Esta questão não foi colocada por si, mas pelo seu colega que o antecedeu. Em 2018, estava contemplado no Orçamento Geral do Estado 3.6 por cento desse mesmo orçamento dedicado à Saúde. Para o orçamento acabado de aprovar para 2019, nós temos 6.6 por cento desse mesmo OGE, dedicado à Saúde, praticamente o dobro dos recursos alocados em apenas um ano. No que diz respeito à Educação, apesar de não ter sido tão grande como na Saúde, em 2018 era de 5.4 por cento e para 2019 é de 5.8. O aumento não é tão grande, mas é um sinal de que o Executivo dá uma importância muito grande a esses dois sectores, quer a Saúde, quer a Educação. Voltando ao nosso amigo William Tonet, um pacto de regime depende do que é que entende como pacto de regime e, se não se importar, gostaria de que esmiuçasse um pouco mais o que é que entende como pacto de regime, porque, com pacto ou sem pacto, temos de combater a corrupção». Folha 8 – Senhor Presidente, quando falava de pacto, é porque naturalmente o combate à corrupção tem sido falado. O MPLA tomou a dianteira, mas, se se empreender só o viés político, nesse combate vemos que nada pode vir a acontecer, vai mudar o que nada muda. Penso que esse combate deveria engajar todas as forças políticas para encontrar um denominador, porque agora não sente incompreensões na sua força política se o combate assentar fundamentalmente na parte política. É óbvio que pode haver acordos políticos. Se engajar toda a Nação, o Senhor estaria mais blindado e teria maior credibilidade neste combate à corrupção, porque engajaria todas as partes e todos seriam partícipes naquilo que iríamos definir o que é a corrupção, pois temos a Lei 11/2015, que inviabiliza o que é que se vai repatriar, quando e a partir de onde. Se engajar todos, talvez fosse mais blindado este combate. Presidente – «Praticamente, em todos os meus discursos eu falo da necessidade do combate à corrupção e não só falo desta necessidade, mas também tenho tido o cuidado de apelar a todas as instituições do Estado, igrejas, organizações não-governamentais, associações profissionais, associações cívicas e, de uma forma geral, aos cidadãos que participem de forma activa nesta luta, que é de todos. O MPLA não pretende monopolizar esta luta como sendo apenas sua. Nós não fechamos as portas a ninguém, dizendo que esta luta é do MPLA, só nós queremos a taça e que não queremos a interferência de mais ninguém. Isso não é verdade! Antes pelo contrário, somos quem, todos os dias, apela para a participação e contribuição de todos, sem exclusão de ninguém. Se existe alguma força política que se sente excluída desta luta, é porque ela própria se auto-excluiu. Nós só tomamos a iniciativa e talvez pelo facto de tomarmos a iniciativa não tenha sido do agrado de algumas forças políticas, se é que estavam à espera que fosse deles. Nós tomámos a dianteira, tomámos a iniciativa, mas não afastámos ninguém. Portanto, o que está a dizer é precisamente o contrário do que está a acontecer. Nós não estamos a querer ficar sozinhos nesta luta e não estamos sozinhos nessa luta. Não só não queremos estar sozinhos como também sentimos que não estamos sozinhos nesta luta». A (falta de) razão do general Presidente Quem assistiu a esta conferência de Imprensa, ou às avulsas intervenções do Presidente João Lourenço, na maioria das vezes, não tem como não se emocionar, pensando estar na presença de um ex-militante de base, vindo do Longonjo ou do exterior do país. Não é o caso. Não foi o caso com Eduardo dos Santos. As boas intenções estão lá todas, por regra no papel que suporta as suas intervenções. A corrupção, embora na sua génese social seja um cancro gerado e multiplicado pelo MPLA, obriga (dada a sua dimensão) a que a solução passe por todos. E como não tem passado por todos, continua pujante em clara multiplicação. A corrupção é (também) uma questão jurídica que deve ser combatida com leis e não com visões partidocratas, cuja eficácia morre na cumplicidade interna, toda ela sedimentada ao longo de 49 anos de manifesta e total impunidade. No actual contexto, tudo é difuso, tudo confunde, porquanto, paradoxalmente, o partido líder da bagunça institucional, desde 11 de Novembro de 1975, crucificou uma pessoa, José Eduardo dos Santos, ou um grupo, filhos e próximos, antes idolatrados até à exaustão (até pelo próprio João Lourenço), para agora permitir à nova autoridade isentar-se de qualquer responsabilidade no desvario e descaracterização do Estado, atolado numa profunda falência técnica e financeira. Seria bom os novos actores assumirem, em uníssono, os malefícios da “acumulação primitiva do capital” e da privatização partidocrata da economia, reconhecendo, por exemplo, a forma ilícita da aquisição de património imobiliário do Estado, bem como a percentagem de cerca de 2 dólares por barril de petróleo exportado, a favor do MPLA (e, convenhamos, MPLA há só um), colocando-o como um dos partidos mais ricos, financeira e patrimonialmente, em África e no mundo. Uma mudança séria poderia e deveria passar por um verdadeiro “Pacto de Regime, com a participação de todas as forças vivas do país, unidas numa espécie de Assembleia Constituinte (que Angola nunca teve), para elaboração de novas normas jurídico constitucionais e legais e não o abocanhar exclusivo do MPLA, dando a sensação de competência, quando os 49 anos de poder ininterrupto, mostram precisamente o contrário. Essa tendência é perigosa e impossível de resultar numa transfusão de sangue perfeita, por não haver virgens inocentes no reino governativo. Todos foram ao pote do mel, todos, absolutamente todos, com a diferença de uns terem abocanhado mais, do que outros. E tanto assim é que a prova mais evidente é a de ninguém, absolutamente ninguém, integrante do Executivo de João Lourenço, incluindo o Titular, ter apresentado publicamente o património móvel, imóvel e financeiro e a forma como o adquiriu. E quando assim é fica provado ser o MPLA o partido com mais agentes de ilicitude por metro quadrado, em Angola, sendo por isso impossível, acreditar, que quem também, tem as mãos cobertas de sangue, tenha capacidade de julgar de forma imparcial e isenta, o outro, pelo risco de não sobrar ninguém, no final. A luta contra a corrupção teria maior eficácia com a institucionalização do “Pacto de Regime”, que através de uma fórmula, onde a inteligência suplantasse a força, elaboraria um cadastro minucioso, constando o nome e património de cada agente público ou privado, adquirido ilicitamente. Em seguida se veria qual o montante lícito investido e o ilícito, que seria considerado uma forma de financiamento do Estado, que este teria de pagar, com juros, mensalmente. Ademais, era, para estabilidade social obrigatório, em função do montante, a obrigatoriedade de terem nos quadros da empresa, mais de 50% de trabalhadores com carteira assinada, não podendo ser despedidos, a não ser nos marcos da Constituição e da Lei Geral do Trabalho, comprovadamente. Vejamos o seguinte exemplo: O “Pacto de Regime”, no levantamento apura que a Empresa OLHA SÓ, Lda, antes propriedade do Estado, por nepotismo, peculato, corrupção ou tráfico de influência, teve apenas 39% de investimento privado lícito. Confrontado o empresário com este facto, o Estado, nas negociações, destilando sentimento de seriedade e comprometimento com a estabilidade empresarial e social, considera os restantes 61%, adquiridos ilicitamente, como financiamento público, a ser pago, com juros (princípio da recuperação de capitais ilícitos), num período de 5 a 10 anos, para que, cumpridos os prazos, o Estado assista a injecção de dinheiro fresco, nos cofres, para além de estabilidade social, com a geração de emprego com carteira assinada (mais de 50% da força de trabalho), durante o período de amortização. Mais, haveria ainda a obrigatoriedade dos agentes “carimbados de corruptos”, terem de apadrinhar uma escola ou posto médico. No final, com o pagamento integral, o empreendimento entra para a esfera jurídica do empresário, caso contrário é penhorado a favor do Estado. Igual estratégia seria utilizada com os capitais no exterior. A política de ameaça, de confisco coercitivo não está a ter a eficácia desejada e, nesse ínterim, levado a que muito património se tenha esfumado, por falta de confiança no regime, que não inspira – reconheçamos – confiança. A lógica do repatriamento de capitais, não pode assentar na intimidação, coacção e força, autênticos inimigos da estabilidade e confiança emocional dos agentes económicos. A obsessão de se combater a corrupção, colocando no centro dos discursos, apenas um segmento restrito de corruptos, descaracteriza o combate, que deve ser geral e abstracto, segundo a Lei. O Presidente João Lourenço, deve colocar-se como “pai de todos angolanos” e não o carrasco de Zenú e companhia, ao considera-lo, só depois de chegar ao Poder, um criminoso marimbondo. Será que os registos do MPLA ou do Conselho de Ministros, registam algum voto de protesto às nomeações: presidente do Fundo Soberano e presidente da SONANGOL, para legitimar as actuais críticas de quem à época, era vice-presidente do MPLA e ministro da Defesa? Finalmente é preciso colocar todos os intelectuais e actores políticos a pensar o país e não serem sempre os mesmos, do MPLA, num vergonhoso conceito de “vira latas”, que no final, apenas sabem substituir “seis (6) por meia dúzia”. fonte: folha8

ANGOLA: GENERAL INCÓMODO E SEM MEDO.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
O general na reserva, antigo dirigente da UNITA e co-fundador com o general João de Matos (MPLA) das Forças Armadas de Angola, Abílio Kamalata Numa, ficou sujeito a termo de identidade e residência e apresentações periódicas num processo em que é acusado do crime de ultraje ao Estado. Na Procuradoria-Geral da República, local onde foi montado um forte aparato policial, talvez por o regime do MPLA continuar a ver na UNITA um inimigo, Abílio Kamalata Numa foi ouvido por alegados crimes de ultraje ao Estado, seus órgãos e símbolos, eventualmente incluindo nos ultrajados o maior genocida da história de Angola, e único herói nacional permitido pelo MPLA (partido no Poder há 49 anos), Agostinho Neto, responsável pela morte de 80 mil angolanos nos massacres de 27 de Maio de 1977. À saída do edifício, Kamalata Numa disse aos jornalistas que a queixa foi feita pela Procuradoria Militar, devido a uma publicação em que levantou suspeitas sobre a morte do antigo Chefe de Estado Maior General Adjunto para a Areal Operacional de Desenvolvimento das Foças Armadas Angolanas, general Abreu Kamorteiro, que morreu oficialmente de doença, a 27 de Novembro de 2022 e que foi, recorde-se, subscritor do Acordo de Paz, ao lado do general (do MPLA) Armando Cruz Neto. “Fui incisivo ao dizer que havia possivelmente mão humana, mas não me revi na extracção que eles fizeram do Facebook, vou ver a publicação que eu fiz e depois disso juntar aos autos e voltar aqui à DNIAP [Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal]”, disse Abílio Kamalata Numa. Por ser general na reforma, o processo está a ser conduzido pela Procuradoria-Geral da República, onde responde no foro especial de que goza. Segundo o general na reserva e ex-candidato à liderança da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição que a muito custo o MPLA ainda permite, os autos referem que terá dito que o general Kamorteiro morreu envenenado, numa altura em que estava para ser nomeado Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas. Abreu Muengo Ukwachitembo “Kamorteiro”, que era à data da morte Chefe do Estado Maior General Adjunto para Área Operacional de Desenvolvimento das Forças Armadas Angolanas, foi co-signatário dos acordos de paz para Angola, rubricados a 4 de Abril de 2002, pela UNITA, ao lado do general Armando da Cruz Neto, então chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA). Para Abílio Kamalata Numa, “isto é mais política do que outra coisa”, reiterando que “a qualidade da democracia tem de melhorar em Angola, porque apanha-se o pequeno ladrão da galinha e deixa-se o verdadeiro ladrão”. Questionado se considera que o processo tem condições para prosseguir, respondeu que “do MPLA pode-se esperar tudo”. O general realçou que o Estado democrático de direito de Angola causa-lhe “estranheza”, por não ser “como o de outros países, onde a democracia está consolidada”. “Aqui parece que há algumas coisas que não se podem dizer, mas vamos melhorar. É preciso ter coragem para irmos melhorando a qualidade da democracia no nosso país”, referiu. Abílio Kamalata Numa adiantou que o seu advogado tem duas semanas para trabalhar no processo depois deste primeiro interrogatório. O advogado de Abílio Kamalata Numa, Manuel Kamuari, referiu que o seu constituinte foi colocado sob termo de identidade e residência, com a obrigação de apresentação periódica às autoridades. Manuel Kamuari referiu que se trata de uma medida de coacção pessoal branda, salientando que o seu constituinte tem o dever de se apresentar uma vez por mês às autoridades. NUMA – UM GENERAL SEM MEDO Oano passado, Abílio Kamalata Numa disse que “vende-pátria” são aqueles que roubam as riquezas do país. Nós acrescentamos que são também aqueles que dirigem Angola há 49 anos e que, para além de seguindo as regras do assassino Agostinho Neto não “perdem tempo com julgamentos”, são responsáveis – entre outras razões – pela existência de 20 milhões de pobres. Ou seja, o MPLA. Ou seja, desde 2017, o general João Lourenço. Abílio Kamalata Numa disse que “quem criou este ambiente é que é vende-pátria e não os outros, são eles que tiraram os dinheiros públicos, venderam o petróleo e colocaram dinheiro nas capitas europeias, há muito dinheiro que está em Portugal, não sei onde anda o Manuel Vicente, a Isabel também está la, os Higinos, todos eles, muitos deles foram casar as suas filhas com pompa e circunstância”, esclarecendo não conhecer qualquer político da oposição em Angola que desencoraje o investimento estrangeiro no país. “O nosso Presidente está a fazer a sua diplomacia, mas nunca vi e também não é política da UNITA defender o não investimento. Angola não tem ambiente para negócios, o indivíduo que quer fazer negócios com Angola vem para aqui encontrar uma burocracia recheada de corruptos”, acrescentou Numa. Ou seja, sendo a mentira/cobardia uma das principais armas do MPLA, recorde-se que o general João Lourenço, Presidente da República (não eleito), ladeado pelo Presidente do MPLA e pelo Titular do Poder Executivo, disse, em Luanda, haver falta de patriotismo nos políticos angolanos que procuram influenciar negativamente as instituições financeiras internacionais, credores e investidores interessados por Angola. Ou seja, recorde-se, dizer a verdade é – para o Governo – crime. Solidários com o Presidente, nós aqui no Folha 8 só vamos dizer, por exemplo, que Angola tem 20 milhões de pobres… sempre que entendermos que o devemos dizer. Segundo o general Presidente, que falava numa reunião de divulgação de ordens superiores junto dos autómatos do seu órgão chamado Conselho Económico e Social, o compromisso com o povo angolano (onde não inclui os tais 20 milhões de pobres) é sério e inquebrantável e, por isso, se vai continuar a trabalhar para colocar a Angola do MPLA num outro patamar cada vez mais alto. “Mas, infelizmente enquanto trabalhamos para o desenvolvimento económico e social do país, alguns políticos da nossa praça que nunca quiseram o bem de Angola e dos angolanos, vêm realizando trabalho contrário junto das instituições financeiras internacionais, dos credores e investidores a desencorajar o investimento em Angola”, afirmou o general João Lourenço, certamente inspirado no seu herói nacional (Agostinho Neto) que, para defender Angola e os angolanos, determinou que “não iria perder tempo com julgamentos” e mandou assassinar cerca de 80 mil… angolanos nos massacres de 27 de Maio de 1977. Para o Chefe de Estado, esta acção (dizer a verdade) espelha bem a falta de patriotismo, de sabotagem contra os interesses de seu próprio reino, está condenada ao fracasso, porque felizmente os financiadores, credores e investidores guiam-se por critérios objectivos de análise dos mercados e conhecem a seriedade no que diz respeito a honrar os compromissos para com os credores. Os investidores riem-se e, de facto, acham que assim está bem. É mais fácil negociar com ditadores do que com democratas. Por alguma razão o MPLA é o partido que, a nível mundial, mais corruptos tem por metro quadrado. O general João Lourenço (não nominalmente eleito) lembrou que para além de importantes recursos minerais, terras aráveis, rios de águas permanentes, regime de chuvas regular, bom clima, florestas, savana e deserto ricos em biodiversidade, Angola tem um povo hospitaleiro, cultura rica e boa culinária. E, lembramos nós, 20 milhões de pobres. Na sua intervenção, o general disse ainda contar com o saber, experiência e contribuições (obviamente figurativa) dos membros do Conselho Económico e Social para se ter uma economia mais robusta e resiliente, que resista melhor aos choques externos. João Lourenço enfatizou que o governo vive (para além do que rouba ao Povo) dos impostos cobrados às empresas e aos cidadãos para poderem realizar os projectos do Orçamento Geral do Estado, para construir todo o tipo de infra-estruturas públicas como as estradas, pontes, portos e aeroportos, centrais de produção de energia e água, estabelecimentos de ensino, hospitalares, pagar salários e pensões de reforma, garantir o normal funcionamento da função pública e dos órgãos de soberania, entre outras acções. Recorde-se, entretanto, que Marcy Lopes, auxiliar (sipaio) de João Lourenço com o título, na altura, de ministro da Administração do Território, transmitiu ordens superiores do Presidente aos angolanos de primeira residentes em Portugal para não mostrarem “o lado mau” do país sob pena de afugentarem os investidores estrangeiros. Para o ministro, não se deve mostrar ao mundo que Angola vive problemas de desemprego, que tem 20 milhões de pobres, que vê morrer muita gente (sobretudo crianças) com fome e com malária. “Nós não podemos mostrar o lado mau ou mostrar ao mundo que o nosso País tem problemas ou que há desemprego. Temos é que mostrar apenas o lado bom porque precisamos de investidores. Precisamos é de divulgar o país com aquilo que é bom. O que é mau guardamos para nós”, disse Marcy Lopes, durante o encontro (Outubro de 2021) com os angolanas (do MPLA) residentes em Lisboa, onde esclareceu questões ligadas ao registo eleitoral no exterior. Segundo o ministro, os angolanos “devem todos adoptar uma postura de divulgar o país para que os empresários estrangeiros invistam”. Mintam, aconselha o ministro Marcy Lopes. Ou seja, façam como o MPLA. “Se falarmos do desemprego, logo afugentamos os investidores do País. Necessitamos é de investimentos, porque quem dá emprego são os investidores privados e nunca o Estado”, afirmou o ministro. E acrescentou: “Temos de vender uma boa imagem e não podemos mostrar o lado mau das coisas em Angola”. Marcy Lopes salientou durante o encontro em Lisboa que os angolanos insatisfeitos devem é reclamar junto das instituições por escrito e nunca verbalmente. Ou seja, os cidadãos não devem fazê-lo em voz alta, mas sim expor as suas indignações num livro de reclamações. “Críticas mal feitas não resolvem os problemas, críticas feitas fora do tom em nada resolvem, devemos é fazer as críticas em tom certo”, afirmou o ministro. Folha 8 com Lusa

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