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terça-feira, 24 de maio de 2011

Estudantes são-tomenses no Brasil estão a viver na rua.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
 
Numa carta endereçada ao Primeiro Ministro Patrice Trovoada, os estudantes são-tomenses no Brasil, dizem que há 9 meses que não recebem a bolsa de estudo. A lei brasileira não permite que os estudantes exerçam actividade profissional remunerada. “Existem colegas em situações extremas, sem moradia há mais de cinco meses disputando albergues noturnos com os pedintes e sem abrigos, porque perderam as suas casas nesses infindáveis meses sem auxilio do MEC-STP”.

Carta de Estudantes balseiros no Brasil
Brasil 18 de maio de 2011


Excelentíssimo srº 1º ministro e chefe do governo, srº Patrice Emery Trovoada.
Nós os estudantes bolseiros de São Tome e Príncipe na Republica Federativa do Brasil vimos por este meio suplicar a vossa mais alta e urgente intervenção junto ao ministério da Educação, para que o que denominamos de tentativa de banalização de vidas humanas.
Srº 1º ministro, seria inútil nesse momento expor características e condições em que vive e estuda os bolseiros do país que a vossa senhoria governa, uma vez que esse assunto é tão corriqueiro nesse espaço e o consideramos bastante agastado.
Não sabemos se é do conhecimento da vossa senhoria, mas nesse momento vamos ha nove intermináveis meses sem bolsa de estudos, quando o Ministério de Educação e Cultura de São Tomé e Príncipe sabe de antemão ser esse o nosso único meio de subsistência e é-nos vedado qualquer exercício profissional remunerado, sob pena de ser-nos retirada a vaga nas universidades.
Srº 1º ministro, temos percebido um total desproposito, falta de humanismo e vontade de resolver, ou se não minimizar os inúmeros problemas que nos assolam nesse lugar.
Existem colegas em situações extremas, sem moradia há mais de cinco meses disputando albergues noturnos com os pedintes e sem abrigos, porque perderam as suas casas nesses infindáveis meses sem auxilio do MEC-STP.
Existem estudantes que resolveram abandonar tudo e regressar mesmo faltando dois semestres para terminarem os estudos e que no entanto não encontram nenhum feedback do MEC-STP.
É inadmissível que volvidos 36 anos de independência e sendo STP dependente em quase 100% da universidades estrangeiras para formar seus quadros, não exista dentro do MEC um sector que responsabilize pelos bolseiros, e se existe ou sempre existiu é extremamente incompetente ou aquém das funções à que foi concebido. Em pleno ano 2011 o sector se quer tem um meio eletrônico de comunicação ( email, pagina, telefone, etc) para que possamos nos comunicar. O que esta a se passar; Somos relegados a nossa sorte?
É inconcebível que alguém que sinta a sua vida, para não querer dizer a dignidade em perigo queira regressar e não tenha como fazê-lo porque simplesmente o ministério não da uma única resposta ou aceita sob pena de apresentares termo de conclusão do curso.
As poucas informações de que dispomos são de uns ou outros colegas que ao regressarem resolvem nos passar. Essa semana começou a circular um “boletim” em que nos é solicitado o recadastramento, quando o ano já vai no quinto mês, e só conseguimos isso porque algum “ sortudo” achou o tal formulário e resolveu colocar na comunidade dos bolseiros que criamos no facebook.
Será o recadastramento extremamente tardio função da crise mundial?
Queremos também alertar a vossa senhoria para a seguinte situação, a que caracterizamos de ma fé ou “cegueira funcional” do MEC-STP. No Brasil existe uma bolsa emergencial que é dada aos alunos estrangeiros em situação de sobrevivência alarmante. Esse beneficio só é concedido mediante uma rigorosa avaliação dos órgãos social (vistoria a sua casa) e psiquiátrico (exame psicológico) das universidades à cada um dos alunos.
Os bolseiros santomenses como não podia deixar de ser foram alguns deles agraciados com esse beneficio, e para o nosso espanto foi suspenso porque o MEC-STP informou ao MEC-Brasil de que temos vindo a receber bolsa regularmente não havendo necessidade de sermos contemplados. Eis o email da direção do MEC-Brasil recebido por nós e que passamos a expor;
“> Subject: RES: Estudante Santomense do PEC-G - STP > A Bolsa Emergencial que foi concedida aos estudantes santomenses duraria até o momento em que o Governo de São Tomé efetuasse o pagamento de suas bolsas atrasadas. A DCE recebeu a confirmação do Governo de São Tomé confirmando a regularização do pagamento das bolsas “.
Por tudo isso que foi exposto pedimos ao nosso 1º ministro, ao ministro da Educação, ao PCD, ao MLSTP, aos partidos sem assento parlamentar, as Igrejas, e todas as pessoas que almejam o desenvolvimento de STP que comunguem esforços urgentemente e nos tirem dessa “trincheira” em que nos submeteram ou se não, façam com que aqueles que não suportam mais regressem. Não podemos estar a assistir a situação degradante e humilhante dos nossos compatriotas e colegas serenamente sem fazer nada. SÃO VIDAS HUMANAS.
Só para fazer um reparo a um triste facto que temos acompanho pelos medias;
Nos últimos tempos os santomenses têm se tornado gélidos ao sofrimento dos seus irmãos assistindo vidrados sem se quer mexer uma única palha. Os valores que sempre nos nortearam têm sido substituídos por espíritos frios e de um falso slogan “deixem-nos trabalhar”.
A ganância tomou conta de nós e já não se observa o que é fazer uma boa política e o que é criar instabilidade, tudo isso para não falar em crise de competências.
Pedimos desculpa caso haja alguns exageros, mas queira o senhor 1º ministro entender que as nossas vidas estão em perigo eminente neste país longínquo e é extremamente difícil descrever o que realmente estamos passando, e o fizemos no calor do desespero.
Um bem haja a todos e que DEUS abençoe as nossas boas ações.

Ekigilson da TrindadeViegas
Andre Neto da Cruz
Aldameide d´Assunção
Hermenegildo Souza Ponte
Cleide Katy Boa Morte

Fonte: Tela Nón

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Samuel

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