Os militares que tomaram o poder na Guiné-Bissau na última quinta-feira e
líderes da ex-oposição decidiram neste domingo "dissolver todas as
instituições" e criar um "Conselho Nacional de Transição", anunciou Fernando
Vaz, porta-voz dos partidos políticos. Na semana passada, foram presos o
presidente interino Raimundo Pereira e o primeiro-ministro Carlos Gomes
Junior, candidato favorito para o segundo turno da eleição presidencial prevista
para o dia 29 de abril. A composição do Conselho Nacional de Transição, o
número de pessoas que farão parte e a duração de seu mandato serão
decididos em uma nova reunião que será realizada na segunda-feira pelos
partidos políticos. Estes apresentarão depois suas propostas aos golpistas,
disse Vaz.Ontem, o principal partido da Guiné-Bissau, o PAIGC, havia rejeitado
uma proposta dos chefes militares para a formação de um governo de
transição. Além disso, a legenda, que tem dois terços dos assentos no
Parlamento do país, chegou a pedir a soltura de Gomes Júnior. De acordo com
o comando militar que tomou o poder, o chefe do Estado-Maior do Exército, o
general Antonio Indjai, também foi detido. Além de ter efetuar as detenções,
as forças armadas também controlam a capital. Na sexta-feira, os países
membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram o golpe e exigiram o
retorno do governo civil. Segundo a embaixadora americana nas Nações Unidas
Susan Rice, os 15 países do Conselho de Segurança "condenaram a ação militar
e exigiram o restabelecimento imediato das autoridades civis".
Com informações das agências Reuters e AFP
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Samuel