Georges Chikoti, o chefe da Diplomacia angolana, veio pôr fim às especulações. A missão militar angolana vai deixar a Guiné-Bissau, em data incerta, devido a exigências de “alguns setores guineenses”.
O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, anunciou hoje (09.04) em Bissau que a missão angolana de apoio à reforma do setor militar (Missang) vai sair da Guiné-Bissau.
Em declarações aos jornalistas à saída de uma reunião com o governo guineense e após uma audiência com o Presidente interino da Guiné-Bissau, o responsável pela diplomacia angolana confirmou a retirada da Missang, sem adiantar a data da partida do contingente. "Há algumas pessoas que não estão satisfeitas com a cooperação entre Angola e a Guiné-Bissau. Todos os aspetos têm de ser devidamente avaliados entre os dois governos", disse.
Quando questionado sobre os motivos da partida da Missang, o chefe da diplomacia angolana disse que os jornalistas sabem melhor o que se passa. "Vocês sabem mais do que eu o que está em causa", afirmou Georges Chikoti, lembrando que a ajuda de Angola foi solicitada pelo governo guineense e era dada de "bom coração". Mas "se essa ajuda fere algumas pessoas então é porque ela pode não estar a corresponder", considerou Georges Chikoti.
"Já há uma data de retirada, que já foi comunicada às autoridades da Guiné-Bissau", disse o ministro das Relações Exteriores de Angola para quem a cooperação com a Guiné-Bissau não pode ser imposta. "O programa de cooperação entre Angola e a Guiné-Bissau tinha váriosaspetos e a nosso ver até aqui era satisfatório, tinha vários aspetos desde condicionamento, reparação, formação do futuro exército, reabilitação de casernas, naturalmente se tudo não satisfaz, naturalmente que Angola não se pode impor", sublinhou.
Instado a comentar as declarações do porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, Dabana Na Walna, segundo as quais teria sido o governo angolano a tomar a decisão de mandar retirar a Missang da Guiné-Bissau, Georges Chikoti disse que Angola tomou tal decisão na sequência de exigências de "alguns setores guineenses"
Em relação ao futuro, o chefe da diplomacia de Angola diz que tudo o que deseja é que haja paz e estabilidade na Guiné-Bissau e que o seu país não coloca de parte a possibilidade de integrar uma nova força mas desde que seja num âmbito mais amplo.
Chikoti não rejeitou a possibilidade de Angola integrar uma possível força conjunta da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) e CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental). "Tudo isso tem de ver visto. Nada pode ser imposto nem improvisado no interesse da paz e da estabilidade da Guiné-Bissau. Ninguém pode sair beliscado deste processo", frisou o ministro das Relações Exteriores de Angola.
Autor: Lusa /HFG
Edição: Helena Ferro de Gouveia
fonte: DW
Em declarações aos jornalistas à saída de uma reunião com o governo guineense e após uma audiência com o Presidente interino da Guiné-Bissau, o responsável pela diplomacia angolana confirmou a retirada da Missang, sem adiantar a data da partida do contingente. "Há algumas pessoas que não estão satisfeitas com a cooperação entre Angola e a Guiné-Bissau. Todos os aspetos têm de ser devidamente avaliados entre os dois governos", disse.
Georges Chikoti, ministro dos Negócios Estrangeiros angolano, confirmou a saída da Missang
Ajuda de "bom coração"Quando questionado sobre os motivos da partida da Missang, o chefe da diplomacia angolana disse que os jornalistas sabem melhor o que se passa. "Vocês sabem mais do que eu o que está em causa", afirmou Georges Chikoti, lembrando que a ajuda de Angola foi solicitada pelo governo guineense e era dada de "bom coração". Mas "se essa ajuda fere algumas pessoas então é porque ela pode não estar a corresponder", considerou Georges Chikoti.
"Já há uma data de retirada, que já foi comunicada às autoridades da Guiné-Bissau", disse o ministro das Relações Exteriores de Angola para quem a cooperação com a Guiné-Bissau não pode ser imposta. "O programa de cooperação entre Angola e a Guiné-Bissau tinha váriosaspetos e a nosso ver até aqui era satisfatório, tinha vários aspetos desde condicionamento, reparação, formação do futuro exército, reabilitação de casernas, naturalmente se tudo não satisfaz, naturalmente que Angola não se pode impor", sublinhou.
A presença militar angolana não é bem vista por alguns sectores guineenses, entres eles as Forças Armadas
Exigências de "alguns setores guineenses" Instado a comentar as declarações do porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, Dabana Na Walna, segundo as quais teria sido o governo angolano a tomar a decisão de mandar retirar a Missang da Guiné-Bissau, Georges Chikoti disse que Angola tomou tal decisão na sequência de exigências de "alguns setores guineenses"
Em relação ao futuro, o chefe da diplomacia de Angola diz que tudo o que deseja é que haja paz e estabilidade na Guiné-Bissau e que o seu país não coloca de parte a possibilidade de integrar uma nova força mas desde que seja num âmbito mais amplo.
Chikoti não rejeitou a possibilidade de Angola integrar uma possível força conjunta da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) e CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental). "Tudo isso tem de ver visto. Nada pode ser imposto nem improvisado no interesse da paz e da estabilidade da Guiné-Bissau. Ninguém pode sair beliscado deste processo", frisou o ministro das Relações Exteriores de Angola.
Autor: Lusa /HFG
Edição: Helena Ferro de Gouveia
fonte: DW
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Samuel