29ª Edição da FILDA abre com 700 empresas
Arrancou nesta terça-feira, em Luanda, a maior bolsa de negócios de Angola. A Feira Internacional de Luanda (FILDA), está engalanada e esperam-se muitos contactos comerciais e muitos negócios. Até domingo, 22, todos caminhos vão dar ao recinto da FIL, onde as empresas vão poder promover as suas potencialidades.
Na abertura do evento, o Ministro da Indústria, Geologia e Minas, Joaquim David, destacou a participação dos empresários nacionais e estrangeiros e expressou a vontade do governo angolano de trabalhar em parceria com o empresariado em outras instituições para o crescimento económico.
“O governo de Angola vai continuar a trabalhar em parceria com outras instituições, com vista a garantir o desenvolvimento da economia e do empresariado”, referiu, para depois sublinhar que o Executivo angolano vai continuar a trabalhar para garantir a presença do investimento estrangeiro, trocas comerciais, aprendizagem tecnológica para uma melhor convivência e promoção do crescimento económico para o bem dos povos.
Joaquim David disse igualmente que a paz que o povo angolano vive, permitiu a reabilitação das infraestruturas, estabilização da macroeconomia, preparação dos sistemas legais propícios aos investimentos, os incentivos e apoio do sector bancário ao empresariado. ‘Os programas levados a cabo após o advento da paz em termos de reabilitação de infraestruturas, estabilização da nossa macroeconomia, preparação de diplomas legais propícios para o investimento, os incentivos, todo o apoio do sector bancário ao empresariado, enfim, demonstram a vontade do Governo angolano e do seu povo de promover a estabilidade, prosperidade e bem-estar’, sublinhou.
O presidente do conselho de administração da FIL, Matos Cardoso, organizadora do evento disse que ‘ a FILDA vem consolidando ao longo dos tempos a sua vocação de internacionalizar a economia angolana, quer na perspectiva de encontrar os melhores parceiros para investir no mercado angolano, quer na perspectiva de encontrar os melhores parceiros que nos possam fornecer os produtos com a qualidade e com os preços mais ajustados que é o interesse de muitos aqui presentes’.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, reiterou a sua confiança e orgulho nos empresários portugueses presentes na feira, realçando a importância das relações entre Angola e Portugal evidenciadas nas trocas comerciais entre dois países. Paulo Portas considerou que ‘as exportações de Portugal para Angola cresceram muito, as importações de Angola para Portugal também cresceram e quando isto acontece satisfaz os dois povos’, sublinhando entretanto que ‘o investimento de Angola em Portugal é bem-vindo e o investimento de Portugal em Angola também o é’. ‘Portugal mais uma vez apresenta um dos maiores pavilhões da feira, com empresas não só portuguesas, mas também luso-angolanas’, acrescentou.
TURQUIA SUPERA PORTUGAL EM NÚMERO DE EXPOSITORES
A edição deste ano da Filda decorre sob o lema “ Os Desafios da Atracção de Investimentos: Estratégia, Legislação, Instituições, Infraestruturas” e conta com a presença de pelo menos 700 expositores nacionais e internacionais. São 87 as empresas portuguesas presentes e, ao contrário do ano passado, Portugal já não é o país com mais expositores, tendo sido superado pela Turquia, que trouxe à FILDA mais de 100 stands.
A área disponível para a exposição corresponde a 28 metros quadrados e espera-se pelo menos uma frequência de 50 mil visitantes, durante os seis dias de actividade.
Vários são os sectores em exposição entre outros, destacam-se a banca, turismo, tecnologias de informação e comunicação, indústrias, construção, hotelaria, energia, petróleo e gás, ambiente, móveis e decoração, agricultura, alimentação, imprensa, marketing, telecomunicações, cosméticos, beleza, peças auto, segurança e serviços e papelaria.
Na feira, que se realiza de 17 a 22 de Julho, participam 35 países, nomeadamente Angola (país organizador), Brasil, Portugal, Espanha, China, França, Inglaterra, EUA, Índia, Tunísia, Noruega, Itália, Ghana, Argentina, Quénia, Alemanha, Guiné Equatorial, Paquistão, Cabo Verde, Turquia, Holanda, Paquistão, Moçambique, Coreia do Sul, Tailândia, Egipto, Zâmbia, Cuba, Nigéria, Malásia Indonésia, Senegal, Macau e Singapura.
ANGOLA PARTICIPA COM 315 EMPRESAS
Pelo menos 315 empresas angolanas participam na 29ª edição da feira internacional de Luanda (FILDA).
Dados avançados pela Fil, indicam que inscreveram-se empresas nacionais e estrangeiras, e 45 porcento das quais são angolanas. Da lista de empresas angolanas inscritas constam, entre outras, a Sonangol, Unitel, Movicel, Taag, Sistec, Porto de Luanda.
A FILDA é um evento multissectorial de exposição e negócios que junta anualmente, desde 1983, empreendedores nacionais e de países de áfrica, américa, europa e ásia para expor produtos e serviços, assim como estabelecer contactos para parceiros.
Na 29ª edição da Feira Internacional de Luanda, a Turquia é o país com a maior representação internacional, com uma participação de pelo menos 95 empresas.
As empresas turcas ocuparam, integralmente, um pavilhão e trouxeram empresas de vários ramos de actividade, tendo ultrapassado Portugal que é habitualmente, o maior expositor internacional e que este ano participa com 90 empresas.
O CEO da Tuckson, entidade responsável pela delegação Turca, Rizanur Meral, disse sentir-se feliz por estar em Angola neste excelente evento através da comunidade turca. ‘Estou feliz por estar neste país que é Angola e neste excelente evento que é a Filda através da comunidade turca. Quer o governo, quer a comunidade empresarial é um acto bastante importante e de elevada importância para nós’, destacou, referindo ainda que ‘em sinal desta nossa dedicação trouxemos 95 empresas num total de 105 stands’.
CINCO PAÍSES ESTREIAM-SE
A edição deste ano da Feira Internacional de Luanda (FILDA), conta com a estreia de cinco países. Tratam-se da Indonésia, Macau, Malásia, Senegal e Singapura.
Os expositores que estão a participar na 29ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), valorizaram a realização do evento como uma montra para mostrarem os seus produtos e serviços e desta forma marcarem a sua presença no mercado angolano e contribuírem para o desenvolvimento do país.
Em declarações a O País destacaram, uma vez mais, a organização do certame, que se realiza num momento crucial em que a economia angolana regista um ‘boom’ de crescimento.
José Loureiro, da empresa Esinal-tecnologias de informação, disse não ser a primeira vez que a sua empresa participa na feira e considerou o certame como ideal para os negócios. ‘A Filda para nós é extremamente importante, é um local onde se pode reunir todos os empresários e todos as pessoas que têm interesse nas áreas das tecnologias e têm necessidades nestas áreas e o sítio certo para nós encontrarmos os nossos parceiros’, disse.
O presidente da Comissão Executiva do BFA, Emídio Pinheiro, disse a O País, que ‘o BFA participa na FILDA em todas as edições com um grande pavilhão, aqui no pavilhão central, e no pavilhão de Portugal. Queremos significar a predisposição para servir o povo e a servir o país para o desenvolvimento’, disse, adiantando que ‘ o BFA está a crescer equilibradamente, está um banco muito robusto. O cash-flow está a crescer e o volume de crédito também e é nisso que estamos a trabalhar para proporcionar a economia e aos cidadãos cada vez melhores serviços e melhores produtos’.
AS PROPOSTAS DA ENSA
A Ensa, segundo o seu Presidente do Conselho de Administração, Manuel Gonçalves, trouxe para a feira 38 produtos de seguros, fundamentalmente seguros ligados à área de habitação. ‘Nós privilegiamos o seguro multirisco habitação por sabermos que a habitação é uma preocupação fundamental do Estado e do Executivo angolano, sendo certo que se torna necessário implementar políticas de seguro para protecção da habitação em todas as suas modalidades, seja habitação social, seja outros tipos de habitação’, indicou. Manuel Gonçalves disse que o seguro multi-risco habitação que a sua empresa apresenta tem tarifas diferenciadas ‘que vão de um prémio de apenas Kz 14 mil para um capital de USD 30 mil, isso significa que um cidadão que tenha uma determinada casa social e que faça um seguro e pagando à seguradora Ensa o montante de Kz 14 mil, em caso de algum dano, em caso de algum sinistro, poderá ver o seu prejuízo reparado na medida em que a Ensa poderá vir a pagar a esse cidadão uma indeminização que vai ao montante de USD 30 mil. Obviamente nos casos de habitação social, sendo certo que existem outras modalidades de valor mais alto e igualmente de capital mais alto em função do valor da habitação a proteger’, disse.
Quanto à participação na Filda, Manuel Gonçalves, considerou a mesma decisiva ‘ porque estamos perante a maior bolsa de negócios do país em que temos a oportunidade de, por um lado, publicitar, divulgar os produtos que temos, contribuindo para que as pessoas conheçam a Ensa e os seus produtos, mas contribuindo também para aumentar a cultura de seguro no país, e, por outro lado, é também importante a participação da Ensa nesta bolsa porque queremos estar presentes no mercado, nós queremos ocupar o nosso espaço modestamente, embora de contribuição para a construção do país, a criação de condições para o crescimento cada vez maior e por essa via a geração de empregos e elevação dos níveis de vida da nossa população’.
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Samuel