Memórias em livro.
“Frelimo 50 anos de história, 20 depoimentos que marcaram uma época” é título de um livro lançado, na última sexta-feira, pelo grupo Soico em parceria com a Texto Editores. Trata-se de uma obra de 303 páginas, que traz testemunhos de personalidades que viveram os primórdios da fundação da Frelimo e o desencadear da luta pela independência nacional, a construção do Estado moçambicano e as mudanças ideológicas até à instauração da democracia. É, na verdade, uma obra que deve servir de fonte de consulta de historiadores, por se tratar de um livro que retrata, de forma singular, as vivências dos 20 autores dos depoimentos nas várias etapas da história do país.
O veterano da luta de libertação nacional, Sérgio Vieira, em representação dos autores dos testemunhos presentes no acto, defendeu a necessidade da divulgação da história de Moçambique, através de testemunhos de quem participou na luta pela independência e na construção do Estado, para garantir que as gerações vindouras tenham referências (…). “se o nosso testemunho não for registado, o testemunho do inimigo será registado. Muitos oficiais, carrascos da Rodésia e da África do Sul do apartheid escreveram sobre a história de Moçambique. Nós não somos um povo sem história, o que necessitamos é que se faça o registo para que não se perca nas brumas do tempo”, afirmou Sérgio Vieira.
A mesma posição é fendida por outros camaradas seus que narraram as histórias reflectidas no livro. “Uma obra com estes depoimentos é um livro de memórias. Aquilo que ficou de história singular de cada um de nós é importante para as gerações vindouras, para que tenham ideia não das pessoas, apenas das situações daquilo que representou a luta do povo moçambicano pela sua independência”, frisaram os autores.
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Corrupção leva Finlândia a cortar ajuda orçamental.
A Finlândia vai cessar o apoio ao sector florestal moçambicano, devido ao “uso indevido de fundos”.
Além disso vai também reduzir a ajuda ao Orçamento estatal, por estar “desapontada” com os resultados do combate à pobreza”, disse ontem o embaixador finlandês.
Em declarações à Lusa sobre a insatisfação filandesa com os resultados da cooperação com Moçambique, Kaariainen Matti afirmou que Helsínquia decidiu abandonar o apoio ao sector das florestas e reduzir, a partir de 2014, a ajuda ao Orçamento do Estado (OE) “devido aos resultados desapontantes na redução da pobreza e na governação”.
A decisão foi comunicada em Outubro às autoridades moçambicanas pela ministra para o Desenvolvimento Internacional, Heidi Hautala, durante uma visita a Moçambique.
“No sector florestal, o projecto bilateral será interrompido, por tere sido detectado uso indevido de fundos, excepto para a cooperação institucional em pesquisa florestal”, disse o embaixador, com base num comunicado anunciando a medida.
O embaixador declarou ainda que o executivo finlandês vai diminuir anualmente o apoio ao OE a partir de 2014, para 1 280 500 dólares, devido aos fracos progressos no combate à corrupção e melhoria da governação.
Para o OE deste ano, a Finlândia desembolsou 896 350 milhões de kwanzas (sete milhões de dólares), refere a embaixada do país. “A Finlândia sente que os desvios de fundos podem ter um carácter sistemático e não necessariamente limitado ao mencionado sector florestal. Para a decisão futura, aguardamos pelos resultados da avaliação contínua do orçamento”, enfatizou o diplomata finlandês.
fonte: http://www.opais.co.mz
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Samuel