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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Angola: Matrículas irregulares têm os dias contados.

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Nas estradas do país circulam veículos com chapas de matrícula sem características determinadas pela lei (artigo 37º e 115º do regulamento do Código da Estrada).
Esta desobediência dos automobilistas ao Código da Estrada motivou a Direcção Nacional de Viacção e Trânsito a preparar um Diploma de revisão que estabelece as características das chapas de matrícula.
O artigo 37º do regulamento do Código da Estrada estabelece as seguintes características para as chapas de matrícula: dimensões gerais de 460 mm de comprimento e 100mm de largura, para a dianteira; e 520 mm por 120 mm ou 340 mm por 230mm para a traseira do veículo; fundo negro e caracteres em cor branca para os automóveis em  regime geral; fundo vermelho e caracteres de côr branca, para os veículos do corpo diplomático; e fundo verde e caracteres  de côr branca para os de regime especial (Instituições internacionais).
“Toda e qualquer alteração destas características sujeita o automobilista a multa por violação ao que está regulamentado” alertou  o porta-voz da Policia de Viação e Trânsito.
Segundo Angelino Sarrote, a proposta procedeu do conselho Técnico do Ministério do Interior e está agora sob apreciação do Conselho de Ministros para  aprovação, mas sem prazo definido.
Não foi indicado se serão introduzidos novos elementos nas matriculas, no futuro, tais  como o ano de fabrico do automóvel, simbolos regionais ou nacionais, como noutros países que os usam para mais facilmente idenficarem os vículos e proprietários em várias sitauções.
“As casas que fazem chapas de matrícula não autorizadas pela Direcção Nacional de Viação e Trânsito serão encerradas com a actuação da Polícia Económica”, disse o porta-voz.
VIDROS ESCURECIDOS
Outra característica frequentemente verificada em veículos automóveis é o escurecimento dos vidros com películas autocolantes.
Questionado sobre o assunto, o porta-voz informou que todo o veículo que  for alterado neste aspecto infringe o que está estipulado.
“Os veículos devem apresentar os vidro de origem ou idênticos; se for incolor que continue assim, até por questões de segurança do próprio automobilista. A lei não prevê o uso de vidros escuros para regime geral, mas está a ser estudada a possibilidade da alteração da percentagem de opacidade que os vidros dos veículos podem ter”, explicou.
 “Se o automobilista tiver necessidade de escurecer os vidros do seu automóvel, deve dirigir um requerimento ao Comandante Geral da Policia Nacional  a explicar os motivos. Os mesmos serão analisados e se forem justificáveis o pedido será aceite”, esclareceu Angelino Sarrote.
A polícia pede aos automobilistas o cumprimento da lei.
REACÇÃO DOS AUTOMOBILISTAS
Que as autoridadse sejam os primeiros a cumprir. O automobilista Simão Sabão é de opinião que “se se mudar vai ser bom para a identificação do veículo e ajudará o agente regulador a fazer o seu trabalho. Pois a diversidade de chapas de matrícula é sinónimo de desorganização no país”.
“Não podemos usar graffitis nas chapas de matrícula nem escurecer muito os vidros do carro, e que as autoridades do país sejam o modelo a seguir. Pois se eles alteram as chapas de matricula dos seus carros e escurecem os vidros dos mesmos, o que nós cidadãos comuns iremos fazer, se não copiar o que eles fazem? E até por que dá ao veiculo outro brilho”, disse o automobilista. O mesmo contou que já foi multado por circular com um veículo de vidros escurecidos aplicados por ele. Outro automobilista que pediu o anonimato defendeu o respeito pelas  normas estabelecidas. “Os que fazem, aplicam e fiscalizam a lei, devem cumprir de igual modo o regulamento do Código da Estrada”, afirmou o nosso entrevistado.
 “Elementos da autoridade dizem que o fazem para elevar o charme e embelezar o carro  e o automobilista comum também o faz com o mesmo fim”, acrescentou.
“Muitos com veículos de vidros escuros ou fumados transportam armas de fogo, droga ou outros ilícitos. A polícia quando os interpela deve fazer a vistoria e aplicar a multa recomendada ou prendê-los, mas a todos sem distinção nem excepção. E que a alfândega impeça a entrada no país de veículos com vidros escuros que não são de origem”, disse.
Os automobilistas pedem a policia um comportamento mais pedagógico e prometem mais disciplina.
FABRICANTES DE MATRÍCULAS
Numa visita feita a algumas casas que fazem chapas de matrícula, os responsáveis dizem estar legais.
Afirmam que quando são procurados pelo cliente aconselham-no a optar por chapas com fundo preto e caracteres brancos porque caracteres com cor diferente das regulamentares implicam multa.
Segundo um dos gerentes da casa Auto Silva Lda, “os preços variam de acordo com a qualidade do material usado para fazer uma determinada chapa de matrícula, mas não foge dos dois mil e quinhentos a quinze mil Kwanzas. A escolha do tipo de chapa depende do cliente”.
Outro proprietário, preocupado, disse: “Se assim for, vai ser bom, mas estragará o nosso negócio e não sei o que faremos depois”.
Os jovens que aplicam peliculas de cor para os vidros pela temem a perda desta actividade com o novo regulamento que impeça a sua continuidade.
Os mesmos pedem ao executivo a criação de mais empregos e políticas que facilitem o acesso ao emprego.
fonte: opais.net

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Samuel

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