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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Cristiano como Cruyff e Ronaldo: o Ouro que resiste à mudança.

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O Português é apenas o terceiro jogador a vencer em clubes e países diferentes.

Por: Vítor Hugo Alvarenga

Cristiano como Cruyff e Ronaldo: o Ouro que resiste à mudança
Cristiano Ronaldo venceu nesta segunda-feira a sua segunda Bola de Ouro. À primeira vista, a conquista dupla não coloca o português num patamar extraordinário entre os jogadores que mereceram a distinção.

O avançado do Real Madrid tem agora dois prémios mas há vários nomes com um registo superior. Leo Messi é o recordista com quatro. Porém, surge numa pespetiva distinta e importante para a análise: Cristiano foi considerado o Melhor do Mundo em clubes e campeonatos diferentes

Não é fácil manter o nível exibicional entre mudança de equipas e de realidades. O português atingiu esse patamar, a qualidade comprovada em cenários distintos. Algo só ao alcance do outro Ronaldo, o Ronaldo Nazário de Lima, e Johan Cruyff.

Johan Cruyff conquistou o primeiro Ballon d'Or em 1971, com a camisola do Ajax. Teria o holandês capacidade para repetir o feito em outro campeonato que não o seu? Sim. Dois anos mais tarde, Cruyff venceu novo troféu, já como jogador do Barcelona.

Em 1973, o prémio da France Football foi para Espanha. Porém, há um dado a ter em conta. Johan Cruyff ainda passou metade desse ano na Holanda, ao serviço do Ajax. Normalmente, o sucesso na época anterior é fundamental. Porém, se baixasse o ritmo após a transferência para o Barcelona, a distinção ficaria em risco. Não foi o caso.


Passaram-se quase três décadas até nova façanha em moldes idênticos. Ronaldo Luís Nazário de Lima foi o protagonista.

Não iremos discutir se este é o verdadeiro. Para os distinguir, bastará tratá-los pelo primeiro nome. Em 2002, Ronaldo garantiu o seu segundo Ballon d'Or, numa altura em que vestia a camisola do Real Madrid.

A carreira do brasileiro ficou marcada por várias mudanças de clube e, curiosamente, as distinções chegaram em anos de mudança. O Fenómeno venceu o primeiro troféu em 1997, num período dividido entre o Barcelona e o Inter de Milão. 

No ano do novo feito, Ronaldo esteve seis meses no Inter e o restante tempo no Real Madrid. Curiosamente, num período em que tentava superar problemas físicos, a sua grande montra foi o Campeonato do Mundo. Ballon d'Or deve-se, em grande parte, ao sucesso no Mundial de 2002. Ainda assim, a qualidade resistiu às diferenças entre La Liga e a Serie A.


Chega a vez de Cristiano. O Ouro em dois momentos separados por cinco anos (curiosamente, a mesma distância temporal que Ronaldo Fenómeno), em dois períodos de inquestionável afirmação em campeonatos exigentes e distintos.

O português venceu o primeiro Ballon d'Or em 2008, na melhor fase ao serviço do Manchester United.

Figura de destaque na Premier League de Inglaterra, Ronaldo entrou na galeria de notáveis com naturalidade.


No ano seguinte, o Real Madrid deu tudo para garantir o jogador. Surgiram de imediato as dúvidas, os temores: o que poderia render Cristiano Ronaldo numa equipa como o Real, num campeonato como o espanhol? Seria tão feliz como em Terras de Sua Majestade?

O avançado português contrariou os receios. Adaptou-se à nova realidade, às novas exigências. CR7 percebeu até que teria de jogar de forma diferente. Encarou o novo desafio com entusiasmo.

Cristiano Ronaldo assumiu-se como referência do Real Madrid frente a um Barcelona aparentemente imbatível. Do outro lado estava também Leo Messi, o maior concorrente. Seria o argentino, aliás, a vencer os quatro troféus seguintes.

CR7 esperou por 2013. Marcou, marcou e marcou ainda mais. Terminou o ano sem grande sucesso no plano coletivo (aliás, vence a Bola de Ouro sem ter troféus de monta no clube) mas bateu vários recordes. Resolveu, por exemplo, o play-off entre Portugal e Suécia, deixando Ibrahimovic fora do Mundial. Mas essa foi apenas a cereja no topo do bolo.

Cristiano Ronaldo é apenas o terceiro jogador a vencer duas Bolas de Ouro ao serviço de clubes diferentes, em campeonatos. Muito mais que um mero pormenor. Resta-lhe, ainda, enfrentar em 2014 a 
maldição dos Mundiais: desde a criação do troféu pelo France Football, em 1956, nunca um detentor do troféu se sagrou campeão do Mundo nesse ano. Quebrar essa maldição seria, sem dúvida, a maior proeza numa carreira recheada de impossíveis.

Em 2009, pensou-se que o português não seria o mesmo  com a mudança para o Real.Provou o contrário. Esse é o seu maior triunfo.

Jogadores com mais que uma Bola de Ouro:

Leo Messi: 4 (2009, 2010, 2011 e 2012)
Johan Cruyff: 3 (1971, 1973 e 1974)
Michel Platini: 3 (1983, 1984 e 1985)
Van Basten: 3 (1988, 1989 e 1992)
Di Stéfano: 2 (1957 e 1959)
Franz Beckenbauer: 2 (1972 e 1976)
Kevin Keegan: 2 (1978 e 1979)
Karl-Heinz Rummenigge: 2 (1980 e 1981)
Ronaldo Nazário de Lima: 2 (1997 e 2002)
Cristiano Ronaldo: 2 (2008 e 2013)

Veja o vídeo do CR7: Click no LINK Cristiano Ronaldo

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Samuel

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