As autoridades de transição e os principais partidos políticos concordaram adiar as eleições de 16 de março para 13 de abril do corrente ano.
Devido às inúmeras dificuldades e lentidão do processo de recenseamento, que só termina no sábado (08.02), conjugado com a não convocação da plenária guineense para aprovar o encurtamento dos prazos, era quase impossível cumprir o atual cronograma eleitoral.
Manuel Alipe da Silva, porta-voz do Fórum Guiné-Bissau, uma plataforma que congrega mais de 20 partidos políticos que apoiam a transição, diz ter concordado em mudar a data para que as eleições possam ser livres, justas e transparentes.
“Deveríamos manter o dia 16 de março, dado a situação política e social do país, mas entretanto tivemos que ajustar o dia 13 de abril, tendo em conta a proposta maioritária que apareceu durante a reunião”, declarou.
“Uma questão nacional”
Perante a realidade no terreno, a segunda força política do país, o Partido da Renovação Social (PRS), decidiu igualmente assumir a nova data. “Fomos confrontados com factos que ditam a obrigatoriedade da alteração da data. É uma questão nacional”, justificou Filipe Quessanqué, um dos porta-vozes dos renovadores.
“Uma questão nacional”
Perante a realidade no terreno, a segunda força política do país, o Partido da Renovação Social (PRS), decidiu igualmente assumir a nova data. “Fomos confrontados com factos que ditam a obrigatoriedade da alteração da data. É uma questão nacional”, justificou Filipe Quessanqué, um dos porta-vozes dos renovadores.
O presidente do movimento nacional da sociedade civil, Jorge Gomes, também se congratulou com o adiamento das eleições para 13 de abril.
“Subscrevemos a data de 13 de abril. Alguns partidos propuseram o dia 27, mas achamos que é muito tarde”, uma vez que coincidiria com o tradicional início da campanha da castanha de cajú, de onde provém o rendimento da maior parte das famílias guineenses, explica Jorge Gomes. “ E no ano passado, a população já sofreu muito”, lembra.
Em nome da comunidade internacional, Ovídeo Pequeno, representante da União Africana (UA) em Bissau, prefere realçar a importância do recenseamento ter atingido números assinaláveis. “A partir de agora o povo da Guiné-Bissau tem na mão um instrumento importante que é uma base de dados que vai determinar o seu futuro”, considerou.
Reforma das chefias militares
Em nome da comunidade internacional, Ovídeo Pequeno, representante da União Africana (UA) em Bissau, prefere realçar a importância do recenseamento ter atingido números assinaláveis. “A partir de agora o povo da Guiné-Bissau tem na mão um instrumento importante que é uma base de dados que vai determinar o seu futuro”, considerou.
Reforma das chefias militares
José Ramos Horta, representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, reconhece que a comunidade internacional já estava sensibilizada para um possível adiamento.
Para Ramos Horta, o mais importante depois das eleições gerais é remodelar as atuais chefias militares, “para lançar o processo de reforma e modernização” das Forças Armadas.
Segundo o representante da ONU, isso significa que “o presidente, o primeiro-ministro e os partidos têm de estar unidos, porque se não o Governo propõe a reforma das Forças Armadas e o Presidente faz politiquices e diz que não. Esta reforma, frisou, “não significa expulsar ninguém”.
De acordo com dados do Governo de Transição, foram recenseadas mais de 700 mil pessoas dos 810 mil potenciais votantes. O recenseamento termina este sábado em todo país. Haverá ainda mais dois dias para registar emigrantes guineenses.
# dw.de
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Samuel