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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

GUINÉ-CONACRY: PRESIDENTE ALPHA CONDÉ NAS ‘’INTERNATIONALES’’ - A RADIOSCOPIA DE UMA ENTREVISTA PRESIDENCIAL.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

No último domingo, o presidente Alpha Conde estava no show da emissão '' International '' da RFI, TV5 Monde e Le Monde. Principalmente focado sobre a epidemia de Ebola que afecta o país há quase um ano, o show também permitiu que o chefe de Estado falasse sobre outros assuntos tanto da política nacional e estrangeira.


Sobre a epidemia do vírus Ebola, o Presidente Alpha Conde manteve-se fiel ao que ele disse, desde o início da doença. Rejeitando acusações de negligência que o governo teria tido no que diz respeito à epidemia, o que o chefe de Estado diria mais tarde que a doença era desconhecida pelos Guineenses. Com tato e moderação, mesmo com uma nova ponderação, ele denunciouo  atraso na mobilização da comunidade internacional. Sobre a questão do isolamento da Guiné pelos países africanos, revelou-se menos veemente em relação as entrevistas em suas viagens recentes. Ele está apenas feliz porque grandes personalidades, notadamente, François Hollande ajudou a melhorar a forma possível de quebrar esse isolamento.

Contradição e risco de contradições

O verdadeiro anúncio do chefe de Estado é o seu compromisso com realização de eleições presidenciais em 2015. A priori, a oposição nos últimos tempos, suspeita de que o chefe de Estado está a querer explorar o Ebola para adiar as eleições, que ele teme o resultado, pode-se alegrar. No entanto, da parte do próprio Presidente Alpha Condé, ele mesmo, com o compromisso mais categórico de realizar eleições em 2015 eleva-se a uma contradição.
Com efeito, recorde-se que, durante a sua última conferência de imprensa, o mesmo presidente afirmou que sua prioridade é a luta contra o Ebola! As coisas, teriam elas mudadas depois? Não fundamentalmente em todo caso. Com as novas casas que pululam e se multiplicam novos casos, o fim da epidemia não é para amanhã. A situação que prevalece no terreno deixa mesmo crêr que, o presidente Alpha Conde assume grandes riscos, anunciando com alguma confiança de que as eleições seriam realizadas durante o ano que se inicia.

É particularmente evidente que o movimento vai se acalmar daqui para outubro? Mesmo que a epidemia venha a ser controlada dentro de 3 a 5 próximos meses, o país teria tempo, então suficiente para resolver as muitas contradições que cercam o processo eleitoral? O presidente estaria certamente mais sensato a ser mais sutil sobre esta questão.

Argumentos presidenciais bastante questionáveis

Sabatinado, ele também deve estar despoto a responder sobre a questão do correspondente da RFI na Guiné, Mouctar Bah. Como se ele não tivesse interesse algum em acreditar na idéia de que, na realidade, é ele que é a base do bloqueio. Agora, esta é exatamente a sensação que se tem depois de seguir esta entrevista. A isto se soma o fato de que os argumentos do Presidente Alpha Condé são todos menos sólidos. Em primeiro lugar, fez questão de destacar o fato de que, à imagem da BBC, RFI não deve ter "dez correspondentes" na Guiné. Segurando tenazmente a essa linha de defesa, ele não quis ouvir a nossa colega, Sophie Malibeaux, quando esta tentou dizer-lhe que, em alguns países africanos, a Rádio Mundial tem dois correspondentes.
No entanto, a realidade é que notadamente, em Abidjan, Dakar e Bamako a Rfi tem um correspondente principal e um "secundário". O segundo argumento do presidente Alpha Condé consistiu na evocação de um compromisso com a  RFI  que teria tomado há dois anos em favor de substituir Mouctar Bah, por um jornalista não-guineense. Yves Rocle, Adjunto da Diretora responsável pela Informações da África, disse que nós estamos unidos a essa categoria, é categórico: "Nunca foi sobre a substituição de Mouctar Bah." Ele acrescenta: " Sidi Yansané foi contratado para dar '' apoio '' e não para substituir Mouctar Bah." Além disso, qual é o interesse do Presidente Alpha Condé de querer um correspondente cuja especificidade é que '' não seja guineense ''?

Alpha Condé, Hollandophile!

O Presidente Alpha Condé também falou sobre questões de política externa. Ele aproveitou a oportunidade para reafirmar seus fortes laços com o presidente François Hollande. É assim que ele faz crêr, que a intervenção deste último no Mali não deve, de modo algum, ser equiparada com Françafrique. É, antes, a consequência do fracasso de líderes africanos, eles próprios.

Bastante corajosa a intevenção do presidente guineense. Só que quando é perguntado o que ele acha da mudança constitucional na África, ele não demonstrou a mesma coragem. Proferiu na linguagem da madeira, ele disse não ter algum conselho para os outros líderes. Por contras, ele acha que é o direito de François Hollande de dar o seu parecer sobre as mesmas emendas constitucionais.
Da mesma forma, sobre a questão do caos na Líbia, é daqueles que acreditam que "o Ocidente tem de prestar o serviço pós-venda." Aqui, também, em termos de François Hollande, Alpha Condé acha que ele herdou uma situação difícil resultante de um acto feito por seu antecessor.

Por: Boubacar BARRY Sanso GCI © 2014 GuineeConakry.info

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