Ensaios para determinar a eficácia de uma das várias
vacinas contra Ebola em desenvolvimento começará na Serra Leoa, em março, anunciaram
as autoridades nesta terça-feira.
Apelidado de Sierra Leone Ebola Vaccine Evaluation
Study (SLEVES), os ensaios serão orientadas para três distritos e da capital,
Freetown, compreendendo as áreas do país mais afetadas pela epidemia de Ebola.
Cerca de 6.000 participantes participarão nos
ensaios, disse o Dr. Mohamed Samai, reitor da Faculdade de Medicina e Allied
Health Sciences da Universidade de Serra Leoa.
O estudo que tinha gerado longo debate no país sobre
os potenciais perigos que ela representa.
A vacina chamada rVSVD-EBOV foi desenvolvido pela
Agência de Saúde Pública do Canadá e licenciada para os farmacêuticos e de
negócios das empresas NewLink e Merck. Experimentos também estão acontecendo no
Quênia, Gabão, EUA, Canadá, Alemanha e Suíça.
Mas as autoridades de Serra Leoa anteciparam
claramente os problemas para convencer um público altamente cético, e assim
começaram a contrariar quaisquer objecções potenciais.
Os Centros dos Estados Unidos para Controle de Diagnósticos
(CDC) está financiando o processo em colaboração com o Ministério da Saúde e Saneamento
da Universidade da Serra Leoa.
Apresentação nesta terça-feira foi feita
inteiramente por funcionários locais que insistiram de que é uma iniciativa
local.
"Estamos envolvidos no presente, porque
acreditamos na ciência que estamos fazendo. É uma iniciativa local e que todos
nós estaremos participando", disse Dr Samai, acrescentando que a vacina
pode "sob nenhuma circunstância" provocar Ebola.
Crescente oposição
Além de ceticismo público, que de um modo geral
levou à epidemia a ficar fora de controle, os funcionários estão antecipando
oposição até mesmo para pessoas de alto perfil.
O ministro da Saúde do país continua a ser um
fervoroso opositor e já havia expresso abertamente sua oposição à realização de
quaisquer ensaios experimentais de qualquer tratamento com drogas ou vacinas para
candidatos durante o período da epidemia. E em agosto passado, um parlamentar
protestou contra o uso de serra-leoneses como "cobaias".
"É tudo sobre como salvar vidas", disse o
embaixador norte-americano John Hoover na terça-feira, ressaltando o fato de
que é uma iniciativa local.
Os ensaios vem em meio a um novo surto do vírus, que
teve até agora mostrado sinais fortes de estar sob controle na Serra Leoa, um
dos três países mais atingidos.
A vizinha Libéria foi apontada para iniciar os
ensaios semelhantes, mas muito maiores do que este mês. Mas, ao contrário da Libéria,
a Serra Leoa descartou o uso de placebos, disse o Dr. Samai.
Para a Universidade de Medicina da Serra Leoa, este
será o seu maior estudo de sempre, disse o vice-chanceler e Professor Ekundayo
Thompson.
Os profissionais de saúde e outros na linha de
frente na luta contra a epidemia serão o alvo.
Serra Leoa perdeu 12 médicos, entre centenas de
outros profissionais de saúde, para o vírus. Os trabalhadores do hospital e
motoristas de ambulância também serão incluídos, mas numa base voluntária.
#africareview.com
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Samuel