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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Burundi: o que precisamos saber sobre a situação na segunda noite do golpe de Estado de Pierre Nkurunziza (121) - Bujumbura (32) - golpe de Estado (15) - Nyombare Godefroid (1).

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Outra noite de incerteza esperando burundienses nesta quinta-feira depois que os militares golpistas e os fiéis do Presidente Nkurunziza continuaram a batalha pelo controle da mídia. Aqui está o que sabemos sobre a situação.

Un Burundais enjambant une barricade dans Bujumbura.
Um burundiense abrangido numa barricada em Bujumbura. © Erik Esbjörnsson / AP / SIPA

Quem detém o poder?

Difícil de dizer. A confusão na sua totalidade reina. O General Niyombare anunciou nesta quarta-feira a destituição do Presidente Pierre Nkurunziza e os golpistas declararam nesta quinta-feira, à tarde, o controle da quase totalidade da capital. Mas a Presidência continua por sua parte a afirmar que a tentativa de golpe foi fracassada. Contactado por Jeune Afrique, Willy Nyamitwe, conselheiro responsável pela comunicação do presidente do Burundi, diz que "a situação se normaliza cada vez mais" em Bujumbura.

Revivendo a jornada de 14 de maio no Burundi com o nosso correspondente ao vivo
Contatado por telefone pela RTNB, a rádio nacional, Pierre Nkurunziza enviou entretanto uma mensagem ao povo do Burundi em Kirundi, apelando-o para manter a calma. Ele também agradeceu as forças de defesa e segurança do Burundi pelo "bom trabalho que frustrou a tentativa de golpe de Estado." No decorrer da mesma operação, o presidente do Burundi também disse que "muitos líderes do golpe se renderam" e chamou aqueles que ainda resistem a se desarmarem.

Pierre Nkurunziza também assegurou que "as fronteiras do pais não estão fechadas", enquanto que os legalistas e golpistas afirmam que do lado deles controlam o aeroporto.


Quinta-feira à tarde, enquanto a chuva se abateu sobre Bujumbura, o equilíbrio de poder permanece incerta e a população espera os novos combates nesta sexta-feira. Os membros da sociedade civil do Burundi na vanguarda e na anti-campanha ao terceiro termo de Nkurunziza, teriam dito a Jeune Afrique que temiam por suas vidas. "Vivemos na clandestinidade, diz um deles. Se as tropas leais de Pierre Nkurunziza nos encontrarem, vamos ser mortos."
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#jeuneafrique.com

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Samuel

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