Outra noite de incerteza esperando burundienses nesta quinta-feira depois que os militares golpistas e os fiéis do Presidente Nkurunziza continuaram a batalha pelo controle da mídia. Aqui está o que sabemos sobre a situação.
Um burundiense abrangido numa barricada em Bujumbura. © Erik Esbjörnsson / AP / SIPA
Quem detém o poder?
Difícil de dizer. A confusão na sua totalidade reina. O General Niyombare anunciou nesta quarta-feira a destituição do Presidente Pierre Nkurunziza e os golpistas declararam nesta quinta-feira, à tarde, o controle da quase totalidade da capital. Mas a Presidência continua por sua parte a afirmar que a tentativa de golpe foi fracassada. Contactado por Jeune Afrique, Willy Nyamitwe, conselheiro responsável pela comunicação do presidente do Burundi, diz que "a situação se normaliza cada vez mais" em Bujumbura.
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Contatado por telefone pela RTNB, a rádio nacional, Pierre Nkurunziza enviou entretanto uma mensagem ao povo do Burundi em Kirundi, apelando-o para manter a calma. Ele também agradeceu as forças de defesa e segurança do Burundi pelo "bom trabalho que frustrou a tentativa de golpe de Estado." No decorrer da mesma operação, o presidente do Burundi também disse que "muitos líderes do golpe se renderam" e chamou aqueles que ainda resistem a se desarmarem.
Pierre Nkurunziza também assegurou que "as fronteiras do pais não estão fechadas", enquanto que os legalistas e golpistas afirmam que do lado deles controlam o aeroporto.
Quinta-feira à tarde, enquanto a chuva se abateu sobre Bujumbura, o equilíbrio de poder permanece incerta e a população espera os novos combates nesta sexta-feira. Os membros da sociedade civil do Burundi na vanguarda e na anti-campanha ao terceiro termo de Nkurunziza, teriam dito a Jeune Afrique que temiam por suas vidas. "Vivemos na clandestinidade, diz um deles. Se as tropas leais de Pierre Nkurunziza nos encontrarem, vamos ser mortos."
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Samuel