Presidente Filipe Nyusi. ARQUIVO | NATION MEDIA GROUP
O
governo de Moçambique está em alerta máximo após ameaças da oposição, a
Renamo, que pode retomar a luta armada
para a mudança.
Os
militares e a polícia reforçaram a sua presença na sexta-feira nas cidades de
Nampula e Beira, em antecipação a qualquer tipo de violência.
A
Renamo disse quinta-feira que usaria a força para impor seu governo nas
províncias em que venceu as eleições.
Na
quinta-feira, a Renamo prometeu usar a força para instalar seu governo nas
províncias do centro e norte, com a criação de uma unidade de polícia e a
redistribuição dos seus militares.
O
Parlamento moçambicano tinha optado por ficar fora do debate sensível da Renamo
em favor da autonomia para as províncias e a descentralização do poder.
A Renamo
e a Frelimo no poder já travaram uma guerra de 16 anos que terminou em 1992, na
qual se estima que um milhão de pessoas morreram.
Um tempo recorde
A Renamo
quer governar as províncias onde venceu na votação presidencial de outubro.
A maioria de seu apoio vem do
norte e do centro do país.
A Renamo
anunciou na quinta-feira durante a sua Sessão Ordinária do Conselho Nacional que
tinha pessoal de combate em todo o país, que poderia contrariar a Frelimo se o
governo bloquear o impulso para a autonomia das províncias.
"A
disponibilidade de pessoal é para se defender e nós avisamos a Frelimo para não
usar qualquer tipo de força para criar agitação nas zonas da Renamo," a Radio
VOA citou o porta-voz da Renamo José Manteigas como o relator.
"No
caso de o governo usar a força para combater os nossos militares, que estarão
disponível para responder em tempo recorde", a estação citou o Sr.
Manteigas como que proferiu esse comentário.
O Presidente
Filipe Nyusi, sem mencionar a Ranamo, reiterou a sua disponibilidade para se
reunir com os líderes da oposição e representantes da sociedade civil para o
diálogo.
"É difícil de acreditar que a Renamo fez esses
pronunciamentos", disse o Secretário-Geral da Frelimo Eliseu Machava.
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Samuel