O Presidente José Mário Vaz conferiu
posse esta sexta-feira aos 13 membros do Conselho de Estado da República da
Guiné-Bissau, dos quais três por inerência de funções, cinco representantes dos
partidos políticos e cinco cidadãos de reconhecida idoneidade.
Na cerimónia de investidura o PR
defendeu que as instituições da República devem ser interdependentes e
interligadas, sobretudo, num contexto em que a unidade do Estado deve
constituir uma realidade inquestionável na superação dos desafios do país.
José Mário Vaz fez questão de
sublinhar que “não é aceitável que alguém, ainda que titular de um órgão de
soberania, decida pronunciar-se em nome de todas as autoridades guineenses, dos
partidos políticos ou do povo guineense, sem mandato para o efeito e sem consulta
ou articulação prévia com os órgãos normalmente competentes para tal pronuncio
ou posicionamento político.”
Dessa forma o PR criticou o
presidente da Assembleia Nacional Popular que na sua recente visita à Angola,
no dia 20 de Maio, apresentou, publicamente, desculpas às autoridades angolanas
pelo incidente ocorrido em 2012 que resultou na retirada das tropas da MISSANG
que se encontravam em Bissau.
“O mais das vezes, não está em causa
a assertividade do que se disse mas sim a legitimidade de quem o diz”
considerou JOMAV para a seguir sublinhar que, “há que haver maior
responsabilidade, há que haver um esforço de contenção do impulso mediático da
vontade de aparecer.”
Para o PR “os titulares dos órgãos de
soberania, por vezes, podem ser mais úteis à República se conseguirem manter
uma dose adequada deRESERVA e discrição
na sua conduta pública.”
JOMAV disse que a constituição da
república impõe ao Primeiro Magistrado da nação a obrigação de garantir o
regular funcionamento do Estado, conferindo-lhe poderes e responsabilidades
únicas.
“As instituições públicas devem estar
ao serviço dos cidadãos, defendendo a legalidade e combatendo firmemente a
impunidade. Porque ninguém está acima da lei”, referiu o PR mencionando
que a legitimidade para reclamar as honras e os privilégios, que esta nobre
missão proporciona, tem de corresponder a uma cultura de exemplo e de elevados
padrões éticos.
Por isso, considerou que este estado
de coisas não ajuda aos esforços conjuntos de reabilitação da imagem das instituições
do país.
No entanto, afirmou que a confiança
dos cidadãos nas instituições da república e nos titulares dos órgãos da
soberania depende da eficácia e discrição da atuação do servidor público
pautadas pela apresentação de resultados concretos aos cidadãos, pela contenção
e por um enorme sentido de Estado.
A estabilidade política e governativa
são, segundo José Mário Vaz, resultados de instituições perenes porque são
consequências de um Estado de direito no qual a justiça constitui um pilar
fundamental.
“Tem que se combater a corrupção, o
nepotismo e a impunidade, em suma tem que se fazer justiça perante os
prevaricadores, para que possamos ter instituições fortes e estáveis, independentemente de quem nomeadamente as dirija”,
exortou.
Aos membros do Conselho de Estado
recém empossados, realçou a sua importância, por reunirem um conjunto invejável
de qualidades através do qual irão contribuir, de forma determinante, na
formação das opiniões do Conselho de Estado (CE).
O Presidente da República prometeu
que vai continuar o processo de consultas e que “proximamente” vai reunir-se
com o setor privado, com o conselho superior da defesa nacional, com o poder
judiciário, com os partidos políticos com e sem assento parlamentar.
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Samuel