Presidente José Mário Vaz
A Guiné-Bissau ainda está envolvida em um impasse político sobre a
nomeação de um novo primeiro-ministro após a dissolução na semana passada do governo liderado pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
Na sexta-feira, o Presidente José Mario
Vaz pediu ao partido no poder, o Partido Africano para a Independência da Guiné
e Cabo Verde (PAIGC), para propor um novo nome para primeiro-ministro.
No entanto, o partido manteve-se firme em
sua posição, mais uma vez de propor o nome do primeiro-ministro demitido.
De acordo com as regras do PAIGC, é o
presidente do partido, neste caso Simões Pereira, que deverá ocupar cargo do
primeiro-ministro. O Presidente da República manteve conversações com outros quatro
partidos políticos que têm representação parlamentar.
Apenas PAIGC poderia propor o nome do
primeiro-ministro, tal como estipulado pela Constituição da Guiné-Bissau.
"Temos de respeitar a Constituição e
dar poder para o partido que ganhou as eleições legislativas", disse
Florentino Mendes Pereira, o secretário-geral do Partido de Renovação Social,
que é a segunda maior força política no país.
Presidente do Partido da Convergência Democrático Vicente Fernandes reiterou que "a vontade popular deve
prevalecer e o poder deve ser dado ao PAIGC." Apoia a mesma posição Agnelo Regala, o presidente da União para a Mudança, que afirmou que o partido
que ganhou as eleições deve formar o governo. Opôem-se à organização das
eleições legislativas de encaixe como uma alternativa.
Vontade do povo
Um professor de Direito na Faculdade de Bissau
Evaristo Vieira disse que estatuto de PAIGC deve ser respeitado e, em caso de impasse,
a dissolução do parlamento será necessário para que o país possa realizar
eleições legislativas antecipadas.
A Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau acusou o presidente Mario Vaz de orquestrar a crise, através do seu porta-voz Alex
Bassucko culpando o presidente "por tomar uma decisão sobre a prematura."
No fim de semana, a Rede de Mulheres para
a Paz e Segurança da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO), organizou um protesto pacífico pedindo a paz e a estabilidade na
Guiné-Bissau.
"O objetivo da passeata era para chamar atenção para o entendimento entre os titulares de cargos públicos", disse o
presidente da Rede Elisa Tavares Pinto. Ao mesmo tempo, o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Guiné-Bissau Aida Indjai Fernandes disse
que "há uma necessidade de respeitar a vontade do povo."
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Samuel