Mais de mil personalidades africanas, entre governantes e especialistas em políticas públicas, Finanças, Economia, Desenvolvimento e Planificação, analisaram, em Addis Abeba, na “Semana de Desenvolvimento de África”, que terminou ontem, formas de reforçar a economia do continente.
Fotografia: Miqueias Machangongo
A Comissão Económica da Organização das Nações Unidas para África, em parceria com a União Africana, reuniu delegados do continente para abordar o progresso regional numa série de debates sobre industrialização, cadeias de valor, energias renováveis e tecnologias no continente.
No encontro, que começou em 31 de Março, milhares de mentes brilhantes de África analisaram temas como a implementação, monitorização e avaliação da Agenda 2063 e dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
No encontro, que começou em 31 de Março, milhares de mentes brilhantes de África analisaram temas como a implementação, monitorização e avaliação da Agenda 2063 e dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Entre os mais de 15 documentos apresentados no encontro, destacam-se o Relatório Económico de África e um outro sobre a corrupção no continente.
Os participantes na “Semana de Desenvolvimento de África” concluíram que as previsões de crescimento do continente para 2016 e 2017 continuam positivas, apesar dos riscos e das incertezas.
O director da Divisão de Política Macroeconómica da Comissão Económica da ONU para África afirmou, ao apresentar um panorama dos recentes desenvolvimentos económicos e sociais no continente, que o crescimento em África vai aumentar no próximo ano, motivado por uma forte procura doméstica de bens e investimentos.
Os participantes na “Semana de Desenvolvimento de África” concluíram que as previsões de crescimento do continente para 2016 e 2017 continuam positivas, apesar dos riscos e das incertezas.
O director da Divisão de Política Macroeconómica da Comissão Económica da ONU para África afirmou, ao apresentar um panorama dos recentes desenvolvimentos económicos e sociais no continente, que o crescimento em África vai aumentar no próximo ano, motivado por uma forte procura doméstica de bens e investimentos.
Adam Elhiraika apontou factores que podem prejudicar o crescimento esperado, como a fraca recuperação da economia global, a desaceleração económica chinesa, baixos preços das matérias-primas, depreciação cambial e o aperto da política monetária nos EUA e na União Europeia. Secas, questões de segurança e instabilidade política também foram mencionados como obstáculos à transformação estrutural em África.
Adam Elhiraika defendeu a adopção de “soluções africanas” para preservar as perspectivas de crescimento do continente.
Adam Elhiraika defendeu a adopção de “soluções africanas” para preservar as perspectivas de crescimento do continente.
Entre as “soluções africanas”, Adam Elhiraika propõe adicionar valor a recursos naturais e a criação de empregos, aumentar a estabilidade política e estimular o crescimento nos países africanos através do consumo e do investimento, aumentar o comércio dentro do continente e corresponder à crescente urbanização em África “com um processo industrializado que fornece as habilidades necessárias”.
Para o secretário-executivo da Comissão Económica da Organização das Nações Unidas para África, o guineense Carlos Lopes, as energias renováveis e as tecnologias que protegem o meio ambiente abrem novas possibilidades para o continente.
Para o secretário-executivo da Comissão Económica da Organização das Nações Unidas para África, o guineense Carlos Lopes, as energias renováveis e as tecnologias que protegem o meio ambiente abrem novas possibilidades para o continente.
“Existem oportunidades únicas para o continente africano. Por exemplo, vamos beneficiar do facto de que o custo das energias hoje em dia é tão baixo para as energias renováveis como é para as energias tradicionais. Nós sabemos também que a pegada ecológica que podemos associar a África pode ser diminuída se transformarmos um pouco mais os produtos naturais e aumentarmos a nossa participação nas cadeias de valor. Em relação às tecnologias, podemos também fazer um salto para que não nos adaptemos às tecnologias, já que não as temos e somos retardatários, mas sim saltemos directamente para as novas”, afirmou Carlos Lopes.
Sobre a questão da corrupção, Carlos Lopes afirmou que a Comissão Económica da Organização das Nações Unidas para África destacou no ano passado o tráfico ilícito de capitais no ano passado.
Este ano, o tema foi aprofundado com a apresentação de um relatório que “com alguma densidade tenta demonstrar que não devemos apenas acatar as opiniões e as impressões do continente sobre a questão da corrupção, em relação aos índices de corrupção divulgados, mas fazer um trabalho de casa muito mais sólido que nos permita ver os factos que devem influenciar o debate sobre a corrupção”, concluiu o secretário-executivo Carlos Lopes.
Este ano, o tema foi aprofundado com a apresentação de um relatório que “com alguma densidade tenta demonstrar que não devemos apenas acatar as opiniões e as impressões do continente sobre a questão da corrupção, em relação aos índices de corrupção divulgados, mas fazer um trabalho de casa muito mais sólido que nos permita ver os factos que devem influenciar o debate sobre a corrupção”, concluiu o secretário-executivo Carlos Lopes.
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Samuel