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sábado, 8 de julho de 2017

5 de Julho: «Quando nos perguntam de de onde sois, de onde vens, a resposta é pronta e vaidosa: sou de Cabo Verde».

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

5 de Julho: «Quando nos perguntam de de onde sois, de onde vens, a resposta é pronta e vaidosa: sou de Cabo Verde»
Discursos de hoje, na sessão solene, não fugiram aos temas que tem marcado a actualidade: a manifestação em São Vicente e a necessidade de se alterarem as políticas seguidas pelos sucessivos governos. Tudo com o objectivo de diminuir assimetrias entre ilhas.

“Podemos ser de Cova Figueira, Achada Falcão, Chã de Alecrim, Furna, Figueiras, Cabeça Fundão ou Preguiça, Morrinho, Santa Bárbara ou Chã de Cemitério, Lagoa, Cobom, Cabeçalinho, Murdeira, Renque Purga.
Podemos ser  filho ou neto de cabo-verdiano nascido no Príncipe, Brockton ou Cova da Moura;
Quando nos perguntam de onde és, de onde sois, de onde vens, a resposta é invariável, pronta e vaidosa: sou de CABO VERDE” – Jorge Carlos Fonseca, Presidente da República.

No discurso que fez hoje, durante a sessão solene comemorativa dos 42 anos da independência nacional, o Presidente da República alertou para a necessidade de se adoptarem políticas de descentralização e lançou algumas perguntas aos presentes na sessão: "Qual o modelo de descentralização que nos garante isso? Um sistema simples já adoptado com sucesso em outras latitudes? Um modelo híbrido talhado para dar conta das nossas idiossincrasias? Importamos tout court um modelo ou vamos exercer, com Peter Drucker, uma cleptocracia inteligente, retendo dos outros o essencial daquilo que nos interessa e retrabalhando-o de modo a sintetizarmos a descentralização de que precisamos?"
E Jorge Carlos Fonseca arriscou mesmo uma resposta. “"É tempo de dar o salto? Tenho a certeza que sim”, acrescentando de seguida que passar “da visão estratégica - traçada para conduzir estas ilhas rumo ao desenvolvimento – à acção organizada – para a operacionalização da estratégia – implica em assumpção séria e responsável de um conjunto de acções voltadas para a consumação de uma reforma substancial, visível e sentida, do Estado, com implicações directas e imediatas na vida das comunidades. E esse envelope, ponderado, não deve perder de vista as características do nosso país – insular e sem recursos no subsolo - nem as aspirações das comunidades."
Mas não foi apenas na descentralização que se centrou o Presidente da República.
Também o crescimento da economia mereceu a atenção do Chefe do Estado: "As recentes previsões do Fundo Monetário Internacional que apontam para uma taxa de crescimento da economia em 2017, de cerca de 4%, são positivas. Esse crescimento, que foi de 1% em 2015 e de cerca de 4% em 2016, parece indiciar alguma retoma da economia." E enalteceu a procura de consensos: "Na linha da procura de consensos há que referir a decisão do Governo de envolver os parceiros sociais na discussão da elaboração do orçamento de Estado em sede de concertação social." Mas... "Não obstante o esforço referido, esse nível de crescimento é insuficiente", diz o PR.
Regionalização e manifestações
Para a representante da UCID, a deputada Dora Oriana, a data de hoje mostra que "ser independente é ser capaz de decidir sobre o regime político que lhe convém, sobre a maneira de organizar a administração, a economia e a política. É saber governar para o povo que o elegeu".
Mas o grande destaque do discurso que a UCID levou a esta sessão solene é a defesa da regionalização e o alerta para as manifestações que hoje se realizaram em Mindelo e Chã das Caldeiras.
"A regionalização do país é incontornável para o desenvolvimento do país". A frase mais forte, até agora, do discurso da deputada da UCID. "Discriminação positiva de cada ilha, eliminando as assimetrias", defende.
"Nesta data e por coincidência, talvez, o povo sairá à rua para fazer ouvir a sua voz", recorda Dora Oriana, numa referência às manifestações marcadas no país.
 Os alertas do PAICV
Diferente foi o tom e a tónica do discurso de Janira Hopffer Almada. A presidente do partido e líder do grupo parlamentar do PAICV mostrou-se preocupada com algumas "atitudes compulsivas", com "estranhos instintos", numa referência à actual governação. Porque, defendeu, a "democracia não é só a possibilidade de cada um exprimir o que de bom ou de mau tem para exprimir", recorda a deputada do PAICV.
Saber comemorar
Em jeito de resposta, tanto a Janira Hopffer Almada como a Dora Oriana, o presidente do grupo parlamentar do MpD refutou as críticas ouvidas antes, provenientes dos partidos da oposição: "Hoje é dia de celebração e não do debate sobre o Estado da Nação que democraticamente se fará no Parlamento, exercendo o contraditório. Contudo, não podemos deixar de dizer que a nação hoje, neste 5 de Julho de 2017, respira mais democracia e mais confiança no desenvolvimento deste país".
"Saibamos, pois, na comemoração desta data, saudar o sucesso do nosso Cabo Verde", prefere Rui Figueiredo Soares.

fonte: expressodasilhas.com

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Samuel

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