Younes Abouyaaqoub, um marroquino de 22 anos, é confirmado como o autor do ataque, que as autoridades da Catalunha acreditam que foi planeado ao longo dos últimos seis meses. É procurado por toda a Europa.
O
nome já tinha sido avançado, mas a suspeita é agora confirmada oficialmente
pelas autoridades da Catalunha. Younes Abouyaaqoub, um marroquino de 22 anos,
era o condutor da carrinha que atropelou dezenas de pessoas nas Ramblas e
um dos responsáveis pela morte de 13 pessoas no ataque em Barcelona (a 14.ª
vítima foi morta em Cambrils). A informação foi confirmada pelo conselheiro do
Interior do governo autónomo catalão, Joaquin Forn, durante uma entrevista à
Rádio Catalunha e é citada pelo jornal espanhol El Mundo. O
suspeito continua em fuga e não existem pistas sobre a sua localização, estando
neste momento a decorrer buscas "por todos os países europeus", em
coordenação com as autoridades da Catalunha.
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As
imagens do suspeito a sair da zona do ataque foram partilhadas pelo
jornal El País, que mostram Younes Abouyaaqoub a entrar
pelo mercado das Ramblas antes de se dirigir à zona da universidade, onde terá
roubado um automóvel.
Também
esta segunda-feira, a polícia da Catalunha detalhou que os membros da célula
jihadista responsáveis pelos atentados terroristas na Catalunha estavam há seis
meses a preparar os dois ataques — um em Barcelona e outro em Cambrils. Os
encontros aconteciam na casa de Alcanar (Tarragona), detalha Josep Lluís
Trapero, comandante dos Mossos d’Esquadra, a polícia catalã, citado pelo jornal
espanhol El Mundo. De acordo com o chefe da polícia da
Catalunha, durante esse período as autoridades não receberam qualquer alerta
para movimentos “estranhos” naquela morada nem abriram qualquer investigação.
Uma
das explicações ao facto de nunca terem sido feitas investigações é a
inexistência de antecedentes de radicalização ou serem conhecidos quaisquer
laços com o Daesh entre os 12 membros da célula. O mesmo se aplicava a Abdelbaki Es Satty, também de nacionalidade
marroquina, que foi até há dois meses imã da mesquita de Ripoll e que é agora
apontado pelas autoridades como o provável responsável pela radicalização dos
jovens atrás do atentado. O jornal El País noticiou que o
imã seria "amigo" ou "conhecido" de pessoas que foram
detidas por envolvimento nos atentados de 2004 na estação de Atocha, em Madrid,
mas nunca foram encontradas provas que o ligassem directamente aos atentados de
11 de Março.
Na
casa de Alcanar, os terroristas aproveitaram para acumular grandes quantidades
de gás butano e propano, através de roubos em estações de serviço ou de casas
particulares, detalham fontes da investigação.
Para
além destes combustíveis, a polícia da Catalunha e os bombeiros encontraram
também substâncias para fabricar explosivos, entre as quais estavam os
componentes necessários para fabricar uma espécie de explosivo usado no atentado no aeroporto e metro de Bruxelas, em Março de
2016. A fabricação deste explosivo, baptizado pelo grupo
terrorista como “mãe de Satanás”, é simples e barata, mas lenta e sensível a
altas temperaturas.
Entre
os mortos e vítimas do atentado em Barcelona há vítimas de 35 nacionalidades.
Duas portuguesas, uma mulher de 74 anos e a sua neta de 20, morreram no
ataque, reivindicado
pelo Daesh.
Numa
primeira fase da investigação, as autoridades acreditavam que o veículo tinha
sido conduzido por Moussa Okabir. No entanto, o marroquino de 17
anos foi identificado como um dos cinco suspeitos mortos na madrugada de
sexta-feira em Cambrils, a cerca de 100 quilómetros de Barcelona, o que deitou
abaixo a tese inicial.
#fonte: publico.pt
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Samuel