Moradores de Freetown são surpreendidos por fortes chuvas durante a madrugada. Cruz Vermelha estima que muitas pessoas estejam soterradas embaixo da lama e escombros.
fonte: DW ÁFRICA
Mais de 310 pessoas morreram nesta segunda-feira (14/08) após deslizamentos de terra e inundações em Serra Leoa, na África Ocidental. Somente na capital, Freetown, 312 pessoas teriam morrido, segundo informações da Cruz Vermelha.
Os serviços de resgate contam com um aumento do número de vítimas, entre as quais haveria 60 crianças, de acordo com informações do jornal The Sierra Leone Telegraph. Os serviços de proteção civil falaram em 2 mil pessoas desabrigadas.
Em Regent, cidade cerca de dez quilômetros ao sul de Freetown, mais cem pessoas morreram num deslizamento de terras numa área de morros. O vice-presidente da Cruz Vermelha, Victor Foh, afirmou ser provável que centenas estejam debaixo de escombros. "Estamos tentando isolar a área e retirar as pessoas." A área afetada têm muitas moradias ilegais.
"Perdemos tudo"
Os deslizamentos foram causados na madrugada desta segunda-feira após fortes chuvas. Muitas pessoas foram surpreendidas enquanto dormiam.
Fatmata Sesay, que mora no bairro de Juba Hill, conta que acordou às 4h30 por causa das fortes chuvas, juntamente com o marido e suas três crianças. Segundo ela, a água entrou em sua casa de barro, e ela conseguiu se salvar subindo no telhado. "Perdemos tudo, não temos mais onde dormir", disse à agência de notícias AFP.
Algumas das casas estariam completamente cobertas por lama. Emissoras locais mostravam imagens de pessoas com água até a barriga tentando atravessar as ruas inundadas de Freetown. Muitas ruas da capital e de cidades das imediações estão interditadas por causa da chuva.
Freetown tem 1,2 milhão de habitantes e é conhecida pela falta de infraestrutura – mas, nesta região da África, o desmatamento e o mau planejamento urbano também colocam a vida das pessoas em risco. Todos os anos acontecem inundações após fortes chuvas em Serra Leoa.
Há cinco anos, a capital também foi atingida por um grave surto de cólera. Cerca de 4 mil pessoas morreram em 2014 em todo o país durante a epidemia do vírus ebola.
RK/afp/dpa/rtr/efe
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Samuel