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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

GUINÉ-BISSAU: DE NOVO NA ENCRUZILHADA?

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

O que poderá deduzir-se dos ciclos sucessivos de instabilidade política no nosso país? 

É de reconhecer que a pergunta é vaga e exaspera, de certeza, várias leituras. E também não dá para chorar agora sobre o "leite derramado". Mas, no meu entendimento, esta onda incurável de crise política parece estar directamente relacionada com a noção de poder e o tipo de gestão assumido na transição política, de militar para civil.

Quando se chegou à independência, era suposto ter inicio um processo de transição política, mais ou menos longo, que os próprios militares fossem actores principais e interessados na gestão da transição política militar para civil, tendo em conta a legitimidade da luta de libertação. Mas, infelizmente, este sonho ainda não foi alcançado. Por exemplo, Nino Vieira não foi capaz de fazer a transição política necessária e nem houve entrega pacífica de "testemunho".  Por um lado, não é raro escutar quem defenda o afastamento dos militares da política e, por outro, os que fazem recurso aos militares para a disputa política. Para os partidários de Ramos Horta, Cadogo Júnior e Companhia Lda., os militares são, matematicamente, “ovelha ranhosa” da nossa política. Para eles nunca são parte da solução do problema, mesmo em situação da crise política como a que se vive hoje no nosso país. Essas mesmas pessoas já são capazes de apoiar acção militar contra figuras públicas como de Robert Mugabe, entre tantos outros. 

Pergunto: a nova geração, sem “testemunho” político como poderá dar continuidade ao processo? Os partidários da ruptura com os militares são uma espécie da ideia de “Porsche no buraco”. Sabemos que os carros top de gama não têm ambiente de circulação em Bissau, mas temos que importá-los. Uma visão anti-histórica por excelência que continua a importar modelos de pensamento sem olhar para a realidade que está diante dos nossos olhos.

A visão civil e antimilitar ou de “inclusão” defendida por Ramos Horta e Cadogo Júnior, tem um cunho salazarista, anti-libertação que tem arrastado “tempestades” para a nossa Guiné-Bissau: 1) fez-se eleições mas os militares deram golpe de estado em 2012; 2) falecimento misterioso de Kumba Yalá 3) DSP destituído do cargo de Primeiro-ministro; 4) o PAIGC maioritário expulsa 15 deputados e nunca mais governou; 5) os decretos presidenciais que nomeiam primeiros-ministros esgotaram-se; 6) insanável divergência entre o JOMAV e o Presidente do PAIGC; 7) Assembleia Nacional Popular encerrada “sine die”; 8) a PGR arquiva investigação de assassinatos de figuras públicas; 9) regresso perigoso de Cadogo Júnior do asilo, sem consequências;”; 10) DSP realiza primeiro congresso antidemocrático no país democrático. Conclusão: estão reunidas as condições para os abutres “do interesse político e financeiro”.

“NBUSKA UM AMIGU MAMA…
NBUSKA UM KUMPANHER …
NBUSKA UN KAMARA…
NBA OTCHA UM SAKANA DI MERDA…
NHA PARENTIS NKA TEM SORTE DÉ…”

De Tino Trimó

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Samuel

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