Cipriano Cassamá, presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, assume ser candidato às presidenciais de 24 de Novembro e avisa que, se ganhar, nomeará Domingos Simões Pereira para o cargo de primeiro-ministro.
"Depois de uma reflexão profunda, enquanto primeiro vice-presidente do partido, decidi candidatar-me às eleições presidenciais. Confirmo que sou candidato", revelou Cassamá aos jornalistas, em Luanda, à saída de um encontro com o Presidente angolano João Lourenço na terça-feira, 9.
O presidente do Parlamento garantiu haver condições para as presidenciais se realizarem a 24 de Novembro e descartou qualquer choque com Domingos Simões Pereira, presidente do partido, e apontado como “natural” candidato à Chefia do Estado depois de o Presidente cessante não ter aceite o seu nome para o cargo de primeiro-ministro.
“Dentro de cinco a seis meses, ele voltará a chefiar o Governo da Guiné-Bissau. Tudo farei, porque, neste momento, já temos apoios internos no partido e ao nível das outras instituições da República. Penso que quanto a Domingos Simões Pereira não haverá problema”, disse Cipriano Cassamá, que lembra a aliança feita em 2014 por ocasião do Congresso de Cacheu em que desistiu da candidatura ao partido alegadamente a favor de Pereira.
Cassamá também comentou a actuação do Presidente da República no caso da nomeação do primeiro-ministro dizendo que José Mário Vaz tem uma "interpretação pessoal da Constituição da República".
"Não é nada normal. Penso que, quem conhece bem a nossa Constituição, é clara, explícita e tem de se cumprir", afirmou, reiterando que quem tem de governar é o Executivo e não o Presidente.
Cipriano Cassamá encontra-se em Angola onde participa na IX Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que teve início na terça-feira, 9, em Luanda.
fonte: VOA
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Samuel