O Presidente eleito da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prometeu ser acima de tudo um "homem de concórdia nacional", tendo exortado os seus apoiantes a acabarem com as divergências nos seus partidos.
Presidente eleito: Umaro Sissoco Embaló
No primeiro discurso de vitória perante os seus apoiantes, numa unidade hoteleira de Bissau, Sissoco Embaló dirigiu-se particularmente a Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Social Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), instando-o a promover a reconciliação com os dirigentes.
Na corrida às presidenciais, a APU-PDGB dividiu-se, com parte de militantes a apoiarem Sissoco Embaló e a outra parte do partido a suportar o outro candidato na segunda volta das eleições, Domingos Simões Pereira.
“Não serei um Presidente com a mão nos partidos políticos. Sou um Presidente de todos os guineenses”, defendeu Embaló, um dos vice-presidentes do Movimento para a Alternância Democrática.
Ainda na senda da reconciliação que disse ser urgente para o país, o Presidente eleito afirmou que não pretende humilhar o seu adversário na segunda volta das
presidenciais e exortou os seus apoiantes a terem a mesma postura.
“Não vou humilhar Domingos Simões Pereira, se o fizer serei um homem cobarde”, disse o novo Presidente guineense, salientando, porém, que haverá justiça para todos e que ninguém poderá estar acima da lei.
Umaro Sissoco Embaló prometeu exercer a sua presidência de forma intransigente com a corrupção e que no dia em que tomar posse irá apresentar publicamente os seus bens, atitude que exigirá dos futuros membros do Governo.
Prometeu acabar com “a banalidade do Estado”, encontrar soluções internas para os problemas do país e dignificar os antigos chefes de Estado, mesmo o que serviram de forma interina.
A todos os ex-presidentes da Guiné-Bissau prometeu lugar no Conselho de Estado.
Sissoco Embaló disse que a partir de agora começou a era do respeito pelo outro, da disciplina e do rigor no tratamento dos assuntos da Guiné-Bissau, país que, disse, irá reerguer-se do chão.
Segundo os resultados provisórios apresentados pela Comissão Nacional de Eleições, Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) venceu o escrutínio da segunda volta com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), conseguiu 46,45%.
Domingos Simões Pereira recusou aceitar os resultados das eleições dizendo que eles “estão profundamente impregnados de irregularidades, de nulidades, de manipulações” acrescentando que são “um roubo e não
podemos aceitar". Domingos Simões Pereira disse que vai “impugnar” os resultados.
fonte: VOA
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Samuel