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segunda-feira, 5 de junho de 2023

LEGISLATIVO NA GUINÉ-BISSAU: Embalo vai ganhar o seu jogo de poker?

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No passado dia 4 de Junho, os 884 mil guineenses inscritos na lista eleitoral foram chamados a nomear nas urnas os 102 parlamentares que os vão representar na Assembleia Nacional. O principal desafio desta eleição é virar a página da instabilidade política que levou à dissolução do parlamento em maio de 2022. O remédio mágico prometido pelo Presidente Umaro Sissoco Embalo, em caso de vitória, é expurgar a lei fundamental do país, do mal que mina a vida política nacional, passando de uma modalidade semi-parlamentar a uma modalidade presidencial que lhe conferirá plenas capacidades. Recorde-se que é a disposição constitucional que lhe impôs como Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira, homem forte do seu antigo partido, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) fundado por Amílcar Cabral, que fora na origem da crise com o parlamento. Esta crise, agravada pela tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro de 2022, tinha servido de pretexto a Embalo para pôr fim ao parlamento da Guiné-Bissau que se tinha tornado, segundo ele, “um espaço de guerrilha política e conspiração”. A questão que se coloca, no entanto, é a seguinte: será que o eleitorado da Guiné-Bissau vai dar plena confiança a Embalo para fazer a aposta que ousou tentar criar uma nova maioria na 'Assembléia conquistada para a sua causa? Não há nada que responda afirmativamente a esta pergunta. Até porque a sua antiga família política, o PAIGC, parece determinada a bloquear-lhe o caminho. A tarefa da Embalo para melhor estabelecer o seu poder é tanto mais difícil quanto as populações, cansadas da crise económica, em particular a quebra do mercado de comercialização da castanha de caju, principal fonte de rendimentos do país, são pouco permeáveis ​​ao discurso político. CEDEAO deve saber antecipar a possibilidade de uma nova crise política “Temos viajado por todo o país, mas os camponeses recusam-se a vir ouvir os discursos de alguns candidatos devido ao fracasso da campanha de comercialização da castanha de caju. Este ano, é um fiasco total”, sugeriu um militante do partido presidencial, Madem. Mas seria preciso mais para conter o ardor do chefe de Estado que havia vencido a aposta de vencer seu ex-partido na última eleição presidencial no segundo turno. E isto, juntando forças com uma coligação que sem dúvida teve tempo para se afirmar mais seriamente no país na gestão do poder do Estado e que sonha acabar com a hegemonia histórica do PAIGC. Posto isto, pode-se questionar se a eventual vitória do campo presidencial será suficiente, por si só, para trazer de volta a serenidade ao jogo político na Guiné-Bissau. Podemos duvidar na medida em que Embalo promete não aplicar a cláusula constitucional que lhe impõe um primeiro-ministro de maioria presidencial. Se cumprisse sua promessa, criaria a mesma crise que o colocou contra sua antiga família política e a antiga Assembleia Nacional. Se ele não obtivesse a maioria parlamentar, estaríamos fazendo parte da continuidade da velha crise. Em todo o caso, parece que vamos direto para a parede e temos o direito de nos perguntar se o que está a minar a vida política nacional na Guiné-Bissau não são as ambições pessoais do Chefe de Estado. Com efeito, como pode querer governar sem o partido que o levou ao poder? É por isso que podemos ser tentados a acreditar que o problema da Guiné-Bissau não é tanto a Constituição acusada de criogénica, mas a sinceridade dos actores políticos. É, portanto, mais uma terapia de que o país precisa. E é neste sentido que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que há muito se mantém à beira do leito deste país acamado, deve saber antecipar a possibilidade de uma nova crise política que reduza a sua capacidade arruinada esforços. fonte: lepays.bf

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Samuel

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